terça-feira, 22 de janeiro de 2008

SE LUTERO FOSSE VIVO...


O bispo d. Luiz Flávio Cappio é exemplo para muitos pastores evangélicos que apóiam Lula, mesmo depois do mensalão e de tanto desperdício de dinheiro público, arrancado do brasileiro por meio de altíssimos impostos.

Cappio se parece mais com Lutero do que muitos reformados. Afirma que Lula "cuspiu no prato que comeu" e que o bolsa-família é uma maneira de "comprar votos". Enquanto isso, vi um pastor dizer em seu programa de tevê que Lula é um homem como Cristo e que está sendo enganado e levado a fazer coisas que não quer. É o final dos tempos, mesmo...

A vergonha que sinto desses pastores só não é maior do que a indignação de ver o Brasil nas mãos de Lula e sua trupe traidora, e a certeza de que Deus fará justiça sobre tais líderes religiosos que, em vez de apontar os erros e protestar, estão aliados, estão fazendo vistas grossas a tudo o que vem ocorrendo no País. São aqueles para quem Jesus dirá: "Apartai-vos de mim, malditos..."

Ainda bem que não sou "evangélico fashion"; sou protestante!

Chega! Cadeia aos corruptos! Parabém d. Cappio!

Se Lutero fosse vivo, diria apenas uma frase aos pastores: "O que é isso, companheiros?"




Lula cospe no prato em que comeu, diz d. Luiz Cappio

Recuperado da greve de fome, bispo ataca posicionamento do presidente

Clarissa Oliveira

Recuperado da greve de fome de 24 dias realizada em Sobradinho (BA) no fim do ano passado, o bispo de Barra (BA), d. Luiz Flávio Cappio, afirmou ontem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva "cospe no prato em que comeu" e dá as costas aos movimentos sociais, ao se negar mais uma vez a abrir o diálogo sobre as obras de transposição do Rio São Francisco.

"Na hora em que os movimentos sociais conseguiram colocá-lo lá onde ele está, na hora em que ele alcançou o poder, ele dá as costas aos movimentos sociais, esquece os movimentos sociais. Eu diria que ele cospe no prato em que comeu", disse o bispo, em entrevista durante uma visita a São Paulo, onde celebrou uma missa em homenagem a migrantes baianos. "Quando precisou dos movimentos sociais para se eleger, se elegeu. Uma vez lá, só governa o Brasil para as elites."

Ao comparar o presidente a Pôncio Pilatos, d. Luiz disse que Lula "lavou as mãos" e decidiu em favor de interesses industriais. "Eu fui para Sobradinho na esperança de encontrar com ele. Mas ele não quis papo comigo, não", prosseguiu o bispo. Ele disse ainda que, se fosse conselheiro de Lula, lembraria o presidente de sua origem nordestina. "Eu diria: ?Meu irmão, volte a ser nordestino, volte a ser pernambucano, volte a ser um migrante. Porque, quando você era tudo isso, você era povo?", afirmou d. Luiz, que também acusou o governo de "bloquear" o acesso da mídia à campanha contra a transposição.

D. Luiz aproveitou para criticar o programa Bolsa-Família. "Bolsa-Família não é valorizar e reconhecer o povo como cidadão. É dar uma esmola", disse. Questionado se seria um jeito de comprar votos, o bispo emendou: "Sem dúvida."

POLÍTICA

Realizada anualmente na Igreja São Judas, na zona sul da capital, a missa em homenagem aos migrantes baianos é celebrada há 18 anos pelo próprio d. Luiz. Desta vez, entretanto, o tom político dominou a cerimônia. O bispo lembrou da greve de fome e agradeceu a solidariedade dos fiéis. Disse ter chegado "bem pertinho de São Pedro" ao final do jejum. "Ele falou: você, aqui, de jeito nenhum", disse o religioso, para milhares de fiéis que participaram do culto.

Até mesmo o candidato derrotado ao governo de São Paulo na última eleição, Plínio de Arruda Sampaio (PSOL), teve a oportunidade de discursar no altar e elogiar o bispo: "O que ele pediu foi que o presidente da República, nosso companheiro Lula, em quem votamos, desse uma oportunidade ao povo brasileiro, para que soubesse das conseqüências do projeto."

D. Luiz negou qualquer contradição entre o tema tradicional da missa e os discursos contra a transposição. "Nós respondemos à grande expectativa que todo esse povo tem de uma luta de libertação."


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