sexta-feira, 28 de novembro de 2008

VADE RETRO


O fanatismo lulista e os portais do inferno

Os sites da internet muita vez parecem portais do inferno. Não se trata apenas das agremiações virtuais mais pestilentas _nazistas ou pedófilos, anti-semitas ou terroristas, supremacistas brancos ou bandidos comuns, por exemplo. Dos portais do inferno a gente enxerga também a agregação da ignorância fanática, de seitas políticas, de personalidades autoritárias, de grupos de ódio ideológico. De gente que parece inclinada a se juntar a uma tropa de assalto (SA). Que parece à procura ou que encontrou um "duce", um líder, alguém para venerar, uma figura pública com quem se identificar e, assim, consolar seu ressentimento e as frustrações da mediocridade anônima, impotente _enfim, uma figura por meio da qual podem projetar seu ódio. Não são críticos, são ressentidos. Não são parte de um grupo político, mas da massa, de um cortejo de tochas e cantorias sentimentais.

Três posts deste blog (O racismo de Lula 1, 2 e 3) fizeram com o que este blogueiro tivesse o desprazer de conhecer as tropas de assalto lulistas, que saltaram das profundas por meio dos comentários fanáticos enviados ao blog. Isto é, os "comentaristas" ao menos pareciam mais lulistas do que petistas (ou apenas lulistas), pois nem mencionavam o partido. Houve um tempo, aliás, em que havia adversários de Lula no PT. Desde o programa de acaudilhamento do partido, iniciado por Lula e José Dirceu em 1995, o PT foi orientado cada vez mais apenas pelos interesses do "líder". Depois da vitória em 2002, por interesse bajulatório, político ou pecuniário, ou mesmo por expulsão ou auto-exílio, parece que a oposição restante sumiu. Enfim, com a ruína moral de suas principais lideranças, muito mais não sobrou mesmo (caíram Dirceu, Palocci, Genoíno, Gushiken, Mercadante, para não falar de operadores menores como Delúbio e Sílvio Pereira).

A personalidade autoritária lulista não é diferente daquela de adeptos de outras cores políticas. Seu pensamento é binário, se é que se lhes pode conceder a homenagem de dizer que têm um "pensamento". Funcionam mentalmente, digamos, num registro de pretos e brancos, zero e um, sim e não, Lula e não-Lula, amigos e inimigos.

Para tais pessoas Lula não parece ser apenas uma autoridade republicana. É um líder, um salvador, um doador de benefícios, um taumaturgo, a redenção dos ressentidos. A crítica ao líder salvador soa, pois, como um ataque ao padrinho redentor e atinge ainda mais a auto-estima de quem se identifica com o "líder". A reação mais comum do fanatismo lulista aos posts do blog eram típicas de ressentidos tomados de ilusões ou mesmo delírios conspiratórios. O ressentimento, aliás, alimenta a ilusão persecutória ou paranóica, que por sua vez talvez sirva de consolo para o ressentimento da falta de poder, dinheiro ou outra frustração material, política ou espiritual _a ilusão paranóica ameniza a dor da frustração, e talvez também da opressão e da exclusão. Muitos dos lulistas que escreveram atacavam o blogueiro por ser "paulista", da "elite branca", do "partido da mídia golpista" (porém a mesma que golpeava FHC), da "Opus Dei", de pertencer ao "mundinho da minoria rica de São Paulo e Rio", de ter "ódio contra pobres", de ser "intelectual" etc.

No seu ressentimento paranóico, o fanatismo lulista tem semelhanças com a direita religiosa norte-americana. Os fundamentalistas que contaminam a política com sua intolerância religiosa costumam acusar seus críticos (e os críticos de seus "líderes". Duce?) de pertencerem a alguma facção que conspira contra "o povo", "a verdadeira América", "o líder de origem pobre", o que seja. Na recente campanha eleitoral americana, os fundamentalistas adeptos de Sarah Palin voltaram a acusar, por exemplo, "a mídia liberal [ie, de esquerda] da Costa Leste" ou "gente sofisticada e intelectual que come rúcula e veio de Harvard", de "cosmopolitas" e mesmo de "socialistas" (como seria o caso de Obama, diziam). Todos essas figuras expiatórias eram inimigas do "verdadeiro espirito do povo", o que de resto é uma manifestação de política identitária, tendência que costuma dar em massacres e perseguições. Sarah Palin incitou tais preconceitos e obscurantismos, com o que chegou a desencadear uma rápida onda de fanatismo populista, de adoração da mulher "que é como nós", adepta de religiosidade obscurantista e da ignorância. Lula faz coisa semelhante, embora de maneira muito mais esperta.

O mais deprimente de tudo, porém, nem é mesmo conhecer a turba de fanáticos. É ficar com a suspeita, talvez absurda mas difícil de afastar e ainda assim deprimente, de que talvez as pessoas que se interessem por política sejam mais inclinadas ao fanatismo.

Escrito por Vinicius Torres Freire às 18h32

MAS SE LULA DISSER QUE ESTÁ TUDO BEM EU ACREDITO...


Banco do Brasil também socorreu Petrobras

Petroleira tomou R$ 751 mi de banco para financiar exportação em outubro, além de R$ 2 bi da Caixa para capital de giro

Petrobras recebeu no mês passado 21% do que o BB emprestou para financiar exportadores e 44% dos créditos a empresas da CEF

LEANDRA PERES
JULIANA ROCHA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA


Além da Caixa Econômica Federal, a Petrobras também precisou tomar dinheiro emprestado no Banco do Brasil no fim de outubro. Num momento de crise no crédito e falta de dólares para exportação, a maior empresa brasileira fez uma operação de R$ 750,99 milhões com o banco estatal, além dos R$ 2,022 bilhões tomados junto à Caixa Econômica Federal.
Procurado, o BB não se manifestou sobre a operação.

Com isso, a empresa ficou com 21% de todos os recursos em moeda estrangeira que o BB, principal financiador do comércio exterior, ofereceu aos exportadores em outubro. No mês, para ter uma idéia da dificuldade de obter dólares, houve queda de quase 30% nas operações de financiamento externos em relação a setembro.

A Petrobras fez um ACC (Adiantamento sobre Contrato de Câmbio) com o BB. Esse tipo de financiamento tem como contrapartida uma exportação.

No caso da empresa, o vencimento será em abril de 2009 e custo de 6,3% ao ano. No último leilão de dólares feito pelo BC (Banco Central), a taxa que os bancos cobraram para repassar moeda estrangeira aos exportadores ficou próxima de 4,5% ao ano. Já o empréstimo da Caixa à Petrobras no mês passado corresponde a 44% dos R$ 4,5 bilhões em créditos para empresas concedidos pelo banco estatal em outubro.

A Caixa disse, por meio de sua assessoria, que possui "várias operações desse porte em sua carteira de capital de giro para grandes empresas", mas que, por razões de sigilo, não poderia comentar os contratos.

O banco também disse que o crédito à Petrobras está de acordo com a regra do Conselho Monetário Nacional que limita a 25% do patrimônio da instituição o valor total de operações com um só cliente. Na Caixa, o teto é de R$ 4,25 bilhões. Segundo a Folha apurou, a Petrobras recorreu à Caixa porque o BB já havia chegado ao limite de empréstimos à petroleira.

Em outubro, a Petrobras teve que recolher R$ 4,7 bilhões em royalties, impostos pelo direito de exploração do petróleo. O aumento de 10% na cotação do dólar em outubro obrigou a empresa a gastar mais do que esperava com esse tributo.

A fórmula de cálculo dos royalties é baseada no faturamento com a exploração, que leva em conta o preço médio do petróleo no período, em dólares, convertido em reais por metro cúbico. Dessa forma, a desvalorização do real fez com que o pagamento devido pela empresa fosse maior em moeda nacional. A situação ficou ainda pior porque, no mês passado, a Petrobras teve que recolher a parcela trimestral de royalties.

O setor de combustíveis, no qual a Petrobras representa a maior parte, recolheu ainda R$ 2,5 bilhões em IRPJ (Imposto de Renda da Pessoa Jurídica) e CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido). E mais R$ 1,4 bilhão em PIS e Cofins.

Somados, esses impostos são cerca de 80% do lucro da estatal de julho a setembro, que foi recorde (R$ 10,8 bilhões).

O recolhimento de impostos é um dos motivos apresentados pelo governo e pela própria empresa para a falta de dinheiro no Caixa no fim do mês. "Ela [Petrobras] não está mal. Está como sempre esteve. Teve apenas dificuldades momentâneas em razão de impostos e compromissos que teve de pagar, mas é uma situação que se restabelece", disse o ministro Edson Lobão (Minas e Energia).

Na página 85 do relatório de informações trimestrais publicado pela Petrobras, no entanto, a justificativa para o dinheiro é outra. A operação teria "como objetivo reforçar o capital de giro da companhia".

Não há nada que impeça a empresa de tomar um empréstimo de capital de giro para pagar tributos. Mas, na prática contábil, são duas contas diferentes. O capital de giro é o dinheiro que financia o funcionamento do negócio da empresa, seu dia-a-dia. O recolhimento de tributos é uma despesa relativamente previsível, já incorporada às estimativas de gasto de uma companhia. Portanto, o pagamento de impostos não deveria surpreender, o que levou analistas a apontarem má gestão na empresa.

A Folha apurou que o Ministério da Fazenda acompanhou a situação do caixa da empresa por causa do alto pagamento de tributos. O ministro Guido Mantega (Fazenda) é integrante do Conselho de Administração da estatal e chegou a presidir a última reunião, no lugar da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil). Além disso, Mantega preside o CMN (Conselho Monetário Nacional), que aprovou o limite de financiamento da Petrobras em 31 de outubro, mesmo dia em que a Caixa concedeu o empréstimo.

Colaborou NEY HAYASHI DA CRUZ, da Sucursal de Brasília

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

POR ONDE ANDAM OS PROTESTANTES?!?


Igreja critica Lula e diz que petista entregará país em situação precária a sucessor


MAURÍCIO SIMIONATO
da Agência Folha, em Indaiatuba


Documento da Igreja Católica intitulado "Análise da Conjuntura", divulgado ontem durante congresso internacional em Indaiatuba (SP), critica a ação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva frente à crise econômica e diz que "Lula entregará ao seu sucessor ou sucessora um país em situação tão precária quanto a que recebeu".

Ao tratar do tema "A política econômica do Brasil frente à crise", a análise aponta que "o presidente continua dando força ao agronegócio e à mineração, sem atentar para os danos ambientais", e que isso gerará "a crise ecológica" no país.

"Tudo se passa como se o aumento da produção para a exportação fosse uma solução e não um paliativo que adia a crise econômica, mas antecipa a crise ecológica, que é muito mais grave e que prejudicará mais os mais pobres do que os ricos", diz um trecho do texto.

O documento tem dez páginas e é assinado por padres e teólogos que são assessores da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).

A "Análise de Conjuntura" foi feita a pedido da CNBB para orientar os bispos sobre temas atuais. Apesar disso, há uma aviso no início do texto que diz que "este não é um documento oficial da CNBB".

A análise foi divulgada durante congresso internacional "Cultura da vida e cultura da morte", promovido pela CNBB e pela Pontifícia Academia Pro Vita, um centro de estudos do Vaticano. O evento começou anteontem e termina amanhã. Entre os temas discutidos por especialistas estão aborto, eutanásia e bioética.

Lula

Ainda no tópico que trata da crise econômica, os religiosos indicam que a política industrial do governo federal "vai no sentido de favorecer a indústria automobilística, como se ela tivesse futuro".

"Fazendo de conta que a crise é apenas financeira e que o capitalismo encontrará uma solução tecnológica para os problemas de energia e de meio-ambiente, Lula entregará a seu sucessor (a) um país em situação tão precária quanto a que recebeu, com o agravante de um contexto mundial em recessão e não em crescimento", diz trecho do documento.

Em outro tópico, denominado "A crise humanitária numa África ensangüentada", a igreja aponta que a crise econômica "parece querer ofuscar que sua gravidade reside menos na quantidade de dólar que perdem o seu valor, do que na sua conjunção com outras crises menos visíveis: crise ecológica, energética e humanitária".

Ao tratar da chamada "crise humanitária", o texto descreve conflitos atuais no Congo e faz críticas à mídia. "O conflito na África não mobiliza a mídia, pois trata-se de populações pobres, cujas vidas parecem não ter o mesmo valor que a das populações ricas."

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u472107.shtml

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

DITADURA


Greenhalgh pede busca na casa de repórter do 'Estadão'

Ex-deputado do PT, advogado quer documentos de militares obtidos pelo 'Estado' sobre a guerrilha do Araguaia

Greenhalgh, ex-deputado do PT e advogado

BRASÍLIA

O advogado Luiz Eduardo Greenhalgh entrou com pedido na Justiça de recolhimento de documentos obtidos pelo Estado sobre a guerrilha do Araguaia. Greenhalgh pede a intimação do repórter Leonencio Nossa, da Sucursal de Brasília, para que forneça documentos repassados por militares que participaram dos combates entre as Forças Armadas e militantes do PC do B no Pará, nos anos 1970, sob pena de busca e apreensão na casa dele.

Greenhalgh é autor de um processo movido em 1982 em que pede esclarecimentos sobre a guerrilha. Fontes do Judiciário informaram que o pedido de busca e apreensão na casa do repórter chegou ontem à tarde à mesa de um juiz para o despacho. O procurador Rômulo Conrado deu parecer contrário ao pedido do advogado e ex-deputado federal, argumentando que o jornalista "não é parte integrante da lide, razão pela qual não pode figurar no pólo passivo do processo".

Luiz Eduardo Greenhalgh não atendeu aos telefonemas realizados pela reportagem para seus celulares de Brasília e São Paulo. O ‘Estado’ deixou recados em sua caixa postal, mas Greenhalgh não respondeu às ligações. Houve ainda tentativa de contato em seu escritório na Bela Vista, centro de São Paulo, mas ninguém atendeu às chamadas.

O pedido de Greenhalgh, feito no dia 25 de junho, causou surpresa em setores do Ministério Público que trabalham para abrir os arquivos oficiais sobre as mortes no Araguaia. Reconhecido pelo trabalho em defesa das famílias dos mortos no Araguaia, o ex-deputado federal pelo PT foi recriminado por representantes do partido e assessores diretos do presidente Lula, em 2006, por repassar para jornalistas de Brasília documentos militares que supostamente constrangeriam a conduta do atual deputado e ex-guerrilheiro José Genoino durante a guerrilha do Araguaia.

Não havia nada contra Genoino nos documentos, como concluíram jornalistas que tiveram acesso ao material. Um assessor do governo disse ao Estado que o objetivo de Greenhalgh, que em 2006 disputava uma cadeira na Câmara, era tirar votos do colega de partido. Genoino foi preso logo no início dos combates e sofreu tortura.

A investida judicial de Greenhalgh não é a única a atingir jornalistas em tempos recentes. O delegado Protógenes Queiroz, que comandou a Operação Satiagraha, chegou a pedir em julho a prisão temporária da repórter Andréa Michael, da Folha de S.Paulo, a quem acusou de favorecer o banqueiro Daniel Dantas, do grupo Opportunity. O pedido de prisão - com busca e apreensão na casa da jornalista - foi negado pela Justiça.

Em fevereiro de 2003, o Estado começou uma nova apuração sobre o Araguaia, que ainda está em andamento. De lá para cá, o jornal só decidiu publicar histórias que estavam confirmadas e documentadas. Foi o caso da confirmação da prisão e execução da guerrilheira Dinalva Oliveira Teixeira, morta em 1974.

Neste período, o jornal fez uma série de 32 entrevistas com o ex-agente Sebastião Curió Rodrigues de Moura, todas gravadas. Também foram ouvidas dezenas de outras fontes, civis e militares. A polêmica trajetória militar e política de Curió e o destino dos guerrilheiros do Araguaia são os principais focos da pesquisa que está sendo feita.

http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac283856,0.htm

DIRETO DO BLOG DO VINÍCIUS


Apenas leia...


O racismo de Lula

Lula, o boquirroto incontrolável, temperou sua logorréia com racismo num discurso de ontem, quando falava para jovens, entre outros. "Por que o brasileiro tem mais criatividade? Esta mistura do europeu, índio, negro, sabe, permitiu que nascesse um povo mais criativo, mais esperto do que a média, daqueles que são tudo assim, tudo a mesma coisa...".

Pois é. Os japoneses, que estão entre os povos mais "tudo assim, tudo a mesma coisa", devem ser menos criativos. Os alemães também. Assim como os chineses han, várias nações africanas, índios isolados etc, devem, pois, ser menos criativos do que os brasileiros e, também, que os americanos, segundo a ciência de Lula. Os americanos, apesar de suas discriminações negativas, misturaram italianos, judeus, alemães, irlandeses, suecos, gregos, ingleses, mexicanos, porto-riquenhos etc etc. Aliás, afora esses exemplos, sendo o brasileiro o mais "exemplar", a humanidade, segundo Lula, nunca se misturou desde o início dos tempos. Ou valem apenas misturas recentes?

Criatividade, aliás, tem tudo a ver com "raça", esse conceito tão "científico", é claro, nos diz o Gobineau do racismo criativo _Lula.

"Preguiça desgramada" de ler

Lula talvez devesse se impedir de falar diante de crianças e jovens, ao menos. Em 2004, discursando para crianças disse que ler é como começar a fazer exercícios: "dá uma preguiça ‘desgramada’". Um trecho de coluna deste blogueiro a respeito, também de 2004:

"Para as crianças, ler é tão desanimador como as caminhadas para os adultos sedentários: "dá uma preguiça 'desgramada'", disse o presidente Lula da Silva ao inaugurar a Bienal do Livro de São Paulo.

Lula não lê mais de duas páginas de relatórios, dizem assessores, gosta de piscina, churrasquinho, pelada e música sertaneja, samba, suor e cerveja. Não deixa, pois, de ter razão o realismo pedestre de Lula sobre a leitura. Preconceito? Não é o caso.

O presidente não é deus, como alertou, mas gosta de ser a voz do povo, um megafone de hábitos, trejeitos, preconceitos, utopias e até sabedorias populares. Tanto faz, a princípio, que Lula seja assim. O problema é que ele não consegue transcender seu realismo pedestre a fim de desempenhar o papel público de presidente, de transmitir uma visão mais racional e elaborada sobre as questões públicas. Limita-se às metáforas chãs, tem amor pelas mezinhas, pelas alegorias da vida de peão, sobre o companheiro que leva bronca da patroa por ter parado no botequim para a cervejinha.

Esse bestiário da vida operária não dá conta do debate democrático, o metaforismo popular não é capaz de traduzir questões de governo para o povo pobre. É apenas demagogia, talvez não intencional: Lula é o que parece ser. Transmite seus preconceitos sem pejo ou mesmo consciência do que faz, como no caso da gafe sobre a leitura e tantas outras."

Escrito por Vinicius Torres Freire às 21h02
http://blogdovinicius.folha.blog.uol.com.br/arch2008-11-23_2008-11-29.html#2008_11-25_21_02_47-133507641-0

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

LÍDER PROGRESSISTA


"TUCANODUTO": PSDB E PT POSSUEM MESMO DNA



Folha de S. Paulo

O Ministério Público Federal protocolou na Justiça Federal de Belo Horizonte uma denúncia contra Marcos Valério e outros 26 personagens.

A nova denúncia refere-se a um esquema análogo ao do mensalão. Foi montado em 1998.

Destinava-se a borrifar verbas de má origem nas arcas da campanha de Eduardo Azeredo (PSDB) ao governo de Minas.

A malfeitoria mineira teve em comum com o mensalão, além do método, um personagem: Marcos Valério.

O mesmo Valério que, em 2005, seria pilhado na sociedade mensaleiro-petista com Delúbio Soares, então tesoureiro do PT.

De acordo com a denúncia da Procuradoria da República, desviaram-se em Minas R$ 3,5 milhões em verbas públicas.

Dinheiro que migrou dos cofres estaduais para empresas de publicidade que tinham Valério como sócio.

Chega tarde a denúncia. Mas chega. Resta agora uma palavra do STF em relação a Azeredo. Como senador, o grão-tucano dispõe de foro privilegiado.

Está sendo investigado no Supremo. Já foi denunciado pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza.

Devagarinho, empurrado por uma opinião pública que clama por decência na política, o Brasil vai ganhando nova face.

O Ministério Público cumpre o seu papel. Cabe ao Judiciário converter atitude em condenação.

NÃO DEIXA SAUDADES...