quinta-feira, 30 de abril de 2009

AH, NÃO BRINCA!?!?!?

Irã segue como principal patrocinador do terror, dizem EUA

Relatório sobre práticas terroristas no mundo aponta que Al-Qaeda é a maior ameaça ao Estado americano

Agências internacionais

WASHINGTON - O Irã, que continua a planejar e financiar ataques terroristas no Oriente Médio e outros lugares, permanece como "o Estado patrocinador de terrorismo mais ativo" no mundo, disse o governo dos EUA, em um novo relatório sobre as práticas terroristas no mundo. O documento afirma ainda que a Al-Qaeda permanece como a "principal ameaça terrorista" para os EUA, já que usa suas bases no Paquistão para recuperar a capacidade operacional que tinha antes dos ataques de 11/09.

A lista negra de países patrocinadores do terrorismo divulgada pelo Departamento de Estado dos EUA ainda inclui o Sudão, Síria e Cuba. A Coreia do Norte deixou a classificação em outubro do ano passado depois de uma decisão favorável do governo Bush, afirma o documento. Estes países não podem receber ajuda econômica dos EUA nem obter benefícios comerciais ou tratados financeiros, entre outras proibições.
Segundo o documento, a rede da Al-Qaeda permanece como a principal ameaça terrorista para os EUA, pois "reconstruir parte de sua capacidade operacional anterior aos ataques de 11 de setembro" usando as regiões no Paquistão nas fronteiras com o Afeganistão.

O relatório, elaborado pelo Departamento de Estado, foi apresentado pelo coordenador interino da luta antiterrorista, Ronald Schlicher, e o diretor adjunto para a transferência de informação e de conhecimento do Centro Nacional da Luta Antiterrorista, Russel Travers. A publicação do relatório responde a uma exigência do Congresso dos Estados Unidos e sua divulgação acontece todos os anos na mesma data.

Este é o primeiro divulgado pelo Governo Barack Obama, mas o mais provável é que grande parte da informação tenha sido recolhida pela Administração George W. Bush.

MAIS UMA...


Lula critica excesso de regras e de fiscalização sobre uso de recursos públicos

Vitor Abdala
Da Agência Brasil
No Rio de Janeiro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou hoje (30) o excesso de regras e de fiscalização sobre o uso de recursos públicos no Brasil. Segundo o presidente, que inaugurou um laboratório na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) nesta manhã, tal situação prejudica investimentos no país.

"O país passou mais de 25 anos sem fazer investimentos em nada e nós fomos criando uma poderosa máquina de fiscalização. Agora a máquina de fiscalização é superior à máquina da produção", disse o presidente, em discurso.

Segundo ele, nenhum governante no Brasil consegue fazer uma "obra estruturante" em quatro anos. "Juscelino Kubitschek, se fosse eleito presidente hoje e se não existisse Brasília, ele ia terminar o mandato sem conseguir licença para fazer a pista para descer o aviãozinho dele para começar a estudar o Planalto Central", afirmou Lula.

O presidente também criticou a burocracia dos bancos públicos, como Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para se liberar dinheiro para investimentos.

"O BNDES é um orgulho para nós, mas ele passou parte do seu tempo aprendendo a sanear empresas para serem privatizadas e desaprendeu a discutir investimentos. Lembro uma vez que eu perguntei para um cidadão: 'quanto tempo você leva entre receber um projeto e aprovar um projeto?'. Duzentos e setenta e cinco dias. Não é possível", disse.

O presidente inaugurou hoje o Laboratório de Ensaios Não-Destrutivos, Corrosão e Soldagem do Instituto de Pós-Gradução e Pesquisa de Engenharia (Coppe) da UFRJ. A unidade será usada para testar equipamentos e materiais que serão usados, principalmente, na exploração de petróleo da camada do pré-sal.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

JÚLIO TEM RAZÃO...


Meu amigo Júlio Bahr ficou uma fera comigo! kkk.


É que na matéria do blog, Marcos "Mensalão" Valério é chamado de "publicitário". Mas tenho culpa eu???


Sério: Barh tem razão em ficar bravo. Desculpe amigão! Conheci o Júlio na Academia Londrinense de Letras. É gente finíssima. Em nossa última conversa aqui em Londrina - ele está passando alguns dias em São Paulo - falamos de (quase) tudo; comemos pastéis e tomamos algumas (poucas, vai?) cervejinhas...


Inteligente, me presenteou com um de seus livros, o qual li rapidamente e dei muitas boas risadas. Barh foi publicitário em São Paulo por décadas. Agora mora nessa cidade linda e deliciosa que é Londrina.


Mas, voltando ao assunto, Júlio está coberto de razão. Já pensou chamar o "Nosso" Delúbio de jornalista? Credo em cruz! Vade retro, Nosferatu!


Vá aos blogs do Júlio e conheça suas idéias. Os links estão aqui ao lado direito do blog em "Planeta Interessante". São os dois últimos.


Julio, meu querido, me perdôe, tá?


E volta logo pra gente comer mais pastéis e tomar mais umas (poucas, vai?) cervejinhas...

terça-feira, 28 de abril de 2009

NUM DIA PARTE PARA O BATE-BOCA. NO OUTRO...


Joaquim Barbosa autoriza perícias solicitadas por réus do mensalão

FREDERICO VASCONCELOS
da Folha de S.Paulo

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa autorizou a realização de perícias pedidas por réus do mensalão, contrariando manifestação do Ministério Público Federal. O procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, vislumbrara abuso de defesa, pois os pedidos teriam o objetivo de "tumultuar e atrasar" a ação que tramita no STF.

Na defesa prévia dos réus, oferecida depois do recebimento da denúncia, foram requeridas 16 diligências, cinco das quais solicitadas pelo empresário Marcos Valério. Também tiveram pedidos deferidos Delúbio Soares, Rogério Lanza Tolentino, Henrique Pizzolato, Antonio Lamas, Jacinto Lamas, Luiz Carlos da Silva e Paulo Roberto Galvão da Rocha.

A Procuradoria concordou com um único requerimento, o da defesa de Valério, diante da hipótese de obter novas provas: o banco Itaú --que adquiriu o Bank Boston-- deverá informar se o doleiro Jader Kalid Antônio era correntista, em 2003, em agência de Belo Horizonte.

Para o órgão, os réus tentam ganhar tempo, pois boa parte dos documentos solicitados já estão nos autos. Mas o indeferimento dos pedidos pelo relator poderia dar margem a tentativas, mais adiante, de anular os procedimentos na fase judicial.

Segundo o Código de Processo Penal, as perícias realizadas na fase do inquérito devem ser submetidas ao contraditório durante a ação penal. Para evitar comprometer o andamento do processo criminal, Joaquim Barbosa determinou que as perícias sejam feitas imediatamente, paralelamente à oitiva de testemunhas.

A defesa de Delúbio pediu que a Câmara remeta todas as proposições legislativas entre janeiro de 2003 e abril de 2005, constando o autor de cada uma e o voto de cada parlamentar. O relator fixou prazo de 15 dias para a Casa responder.

O ministro autorizou perícias pedidas por Valério nos contratos da SMPB com o banco Rural e o BMG.

O publicitário quer provar que os empréstimos aos partidos da base aliada do governo (PP, PL, PTB e PMDB) "são verdadeiros" e "única fonte dos recursos repassados". Quer mostrar ainda que a empresa IFT - Ideias, Fatos e Texto prestou serviços terceirizados à Câmara, por valor "muito menor do que se especula".

ASSOMBRAÇÃO NAZISTA

Operários acham garrafa com mensagem de prisioneiros de Auschwitz

Varsóvia, 28 abr (EFE).- Operários que faziam reformas perto do campo de concentração nazista de Auschwitz, no sul da Polônia, encontraram uma garrafa com uma mensagem escrita por prisioneiros, em setembro de 1944, onde estão identidades e o local de nascimento de vários deles.

"Os trabalhadores demoliram um muro do porão de uma escola próxima ao que foi o campo de concentração, quando encontraram uma garrafa", explicaram hoje à Agência Efe membros a direção do museu de Auschwitz.

"Acreditamos que eles arrancaram um pedaço de um saco de cimento para utilizar como papel e escrever a mensagem", completaram.

O colégio onde foi feita a descoberta está em uma área que fez parte das instalações do campo há mais de 65 anos, um centro de matança onde se estima que mais de um milhão de pessoas foram assassinadas, em sua maioria judeus.

Na nota, escrita por jovens prisioneiros com idades entre 18 e os 20 anos, se detalha a identidade de oito deles, sete poloneses e um francês, o número de identificação dado pelas autoridades nazistas e o local de nascimento.

O museu confirma que a garrafa e sua mensagem serão expostas no centro de visitação como parte do legado de Auschwitz, o campo de concentração mais letal do Nazismo.

http://noticias.uol.com.br/ultnot/efe/2009/04/28/ult1807u50001.jhtm

segunda-feira, 27 de abril de 2009

O CLONE


Deputados ''clonam'' prestação de contas

Após missão no exterior, entregam relatórios rigorosamente iguais

Felipe Recondo e Marcelo de Moraes, BRASÍLIA

Além da farra do uso de passagens aéreas, vários deputados também fazem pouco caso da prestação de contas que são obrigados a entregar para justificar as viagens feitas em missões oficiais ao exterior. Ao apresentar por escrito o relatório oficial sobre o balanço dessas viagens, uma exigência imposta pela Câmara, os integrantes de várias missões simplesmente apresentam o mesmo texto que os colegas, às vezes sem mudar uma vírgula, e descrevendo apenas a agenda de compromissos do evento.

No ano passado, isso ocorreu em várias viagens com a participação de deputados importantes, como por exemplo o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), e o deputado Alexandre Santos (PMDB-RJ). Para justificar a viagem a Nova York (EUA) para participar de uma audiência na sessão da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), entre 19 e 26 de novembro, os dois apresentaram o mesmo texto.

"Devemos estar recebendo a qualquer momento o resultado das reuniões que estarão na Secretaria do Grupo Brasileiro da União Interparlamentar para consulta", escreveram os dois ao concluir o documento clonado entregue ao então presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP).

No texto, os dois se limitam a transcrever a programação oficial do evento, citando somente os nomes dos palestrantes responsáveis pelos "importantes pronunciamentos e debates". Não explicam, por exemplo, qual a importância de um parlamentar brasileiro participar do evento. Além das passagens de ida e volta, cada um teve direito a US$ 1.050 em diárias pagas pela Câmara.

Em outra missão oficial, desta vez à África do Sul, em abril do ano passado, os dois repetiram a parceria. No evento da União Interparlamentar na Cidade do Cabo, os deputados citaram como principais assuntos discutidos a crise política do Zimbábue e formas de facilitar o "direito palestino à autodeterminação". Novamente, os dois entregaram textos copiados para justificar a "missão".

"Anexo ao presente relatório, encontram-se na Secretaria do Grupo Brasileiro da União Interparlamentar cópias de vários documentos distribuídos durante a Assembleia, com especial destaque para os diversos exemplos do Journal e do IPU News, publicações diárias, com informações sobre temas tratados e resultados alcançados", escreveram os dois na conclusão do documento de quatro páginas.

Assim como no caso da farra das passagens, tecnicamente não existe irregularidade em apresentar um relatório igual ao de outro integrante de uma missão oficial. A Câmara recomenda apenas que o parlamentar entregue um relatório. Procurados pelo Estado, Henrique Eduardo Alves e Alexandre Santos não retornaram as ligações.

Além do descaso para relatar o que fizeram nessas viagens, outros deputados pedem, e conseguem da Presidência da Câmara, recursos para missões de relevância discutível. Na legislatura passada, por exemplo, o então deputado Marcus Vicente (PTB-ES) chegou a participar de uma missão oficial para acompanhar um torneio de futebol de juniores em Viareggio, na Itália. O parlamentar viajou de 6 de fevereiro a 14 de fevereiro de 2004. Na justificativa, disse que o torneio é considerado o mais importante do mundo na categoria e contava com a presença dos mais importantes times. Isso incluía, na ocasião, a equipe da Desportiva Capixaba, do Estado do deputado.

PAZ E AMOR, BICHO...


Japão apresenta iniciativa para um mundo sem armas nucleares
Tóquio, 27 abr (EFE).-

O Japão revelou hoje uma iniciativa para impor uma "restrição global eficaz" às armas nucleares com uma menção especial à China e à Coreia do Norte, depois de o presidente americano, Barack Obama, ter proposto um mundo sem armas nucleares.

O ministro de Assuntos Exteriores, Hirofumi Nakasone, apresentou uma iniciativa com o nome de "Condições rumo ao zero: 11 pontos para o desarmamento nuclear global", na qual defende a cooperação internacional para acabar com o armamento nuclear.

No documento, o Japão pede à China para que reduza suas reservas de armas nucleares e aumente a transparência sobre seu arsenal, segundo informou a agência japonesa "Kyodo".

Nakasone deu especial ênfase à China com o objetivo de que o tema seja debatido na visita oficial de dois dias que o primeiro-ministro japonês, Taro Aso, fará a Pequim a partir da próxima quarta-feira.

"A China continua modernizando seu arsenal nuclear e não o reduziu até hoje", assegurou Nakasone, que criticou a falta de transparência de Pequim.

Um dos pontos pede a imposição global efetiva do desenvolvimento de mísseis da Coreia do Norte, após o lançamento de um foguete de longo alcance no dia 5 que poderia servir para melhorar a tecnologia armamentista do país.

Nakasone declarou "forte apoio" à proposta de Barack Obama para um mundo livre de armas nucleares e para a organização de uma cúpula mundial em no máximo um ano para prevenir o terrorismo nuclear.

Hoje, o Japão também propôs a organização de uma cúpula internacional no começo de 2010 para alcançar um compromisso sobre o desarmamento em nível global.

Entre as iniciativas propostas hoje pelo Japão se destacam o pedido de coordenação entre Estados Unidos e Rússia para chegar ao desarmamento, assim como à transparência sobre arsenais, além da proibição de testes nucleares e da produção de material para este tipo de armas.

Desta forma, o Japão, o único país que foi atacado por outro com bombas nucleares - os EUA atacaram as cidades de Hiroshima e Nagasaki ao fim da Segunda Guerra Mundial, deixando 400 mil vítimas -, apoiou a proposta da Casa Branca para um mundo sem armas nucleares.

Nakasone também pediu para que Washington ratifique o Tratado de Proibição Completa dos Testes Nucleares antes de 2010, quando está prevista uma conferência para revisá-lo.

Do mesmo modo, o chefe da diplomacia japonesa pediu a Índia, Paquistão e Israel para que se unam ao Tratado de Não-Proliferação Nuclear como "potências não nucleares".

Além disso, a proposta japonesa pede cooperação internacional para promover o uso civil da energia atômica garantindo a segurança e assegurando a não-proliferação.

http://noticias.uol.com.br/ultnot/efe/2009/04/27/ult1808u139132.jhtm

CULPA DA IMPRENSA...

Gasto do governo com custeio no primeiro trimestre cresceu 23,5%

Incluídas despesas com pessoal e Previdência, valor é 40 vezes maior do que os investimentos federais no período

Fernando Dantas, RIO

As despesas de custeio do governo federal tiveram crescimento de R$ 3,2 bilhões no primeiro trimestre de 2009. Somando-se aos gastos de pessoal e Previdência a alta foi de R$ 30,8 bilhões em relação a igual período de 2008. Esse crescimento é quase 40 vezes maior que o avanço de apenas R$ 783,7 milhões para os investimentos nos três primeiros meses do ano.

Como aponta o economista Mansueto Almeida, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o custeio cresceu 23,5% no primeiro trimestre, atingindo R$ 16,8 bilhões, comparado com R$ 13,6 bilhões em igual período de 2008. "Foi R$ 1 bilhão a mais por mês do primeiro trimestre", comentou Almeida, acrescentando que o custeio era um dos itens em que o desempenho fiscal do governo Lula foi relativamente austero, especialmente em 2008.

Esse aumento de custeio, para o economista, é um sinal a mais da dificuldade que o governo tem em fazer política fiscal anticíclica - gastar mais para ativar a economia - da forma mais recomendável, que é a de ampliar os investimentos. No primeiro trimestre de 2009, o governo teve grande expansão de gastos permanentes (muito difíceis de reduzir no futuro): um total de R$ 8,7 bilhões a mais, ou um avanço de 26,9%, com pessoal ativo e inativo no setor público; e R$ 19 bilhões adicionais, ou um salto de 45,4% com a Previdência do setor privado.

Já o crescimento de R$ 783,7 milhões dos investimentos no primeiro trimestre significa um avanço de 20,1% em relação a 2008, mas a partir de uma base muito baixa, já que o item está em cerca de 1% do PIB (ante 4,59% para ativos e inativos, 6,82% para a aposentadoria privada e 1,99% para o custeio).

O economista trabalha com o conceito de "custeio restrito", para ficar mais próximo do que é a percepção geral sobre o que significa custeio, que elimina qualquer programa social ou previdenciário, e também o custeio em Saúde e Educação. Ficam, como nota Mansueto, itens como material de escritório, passagens, bolsas, serviços de consultoria, contas de energia e água, indenizações e, inclusive, equalização de juros em operações como crédito rural, entre outros gastos.

O "custeio restrito", ao contrário do que frequentemente disseram os críticos da política fiscal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, teve uma evolução relativamente contida no seu governo. Como proporção do PIB, caiu de 2,1%, em 2003, para 1,99%, em 2008.

A maior preocupação de Almeida é o padrão de mudanças da política fiscal diante da crise. Ao contrário de vários outros analistas mais críticos, a sua visão da política fiscal de Lula é relativamente matizada. O que ele teme é que alguns bons sinais, que ficaram claros especialmente em 2008, estejam sendo postos a perder. Isso pode ocorrer à medida que o governo se esforça para gastar, como estímulo à economia, mas tem dificuldade para ampliar vigorosamente seus investimentos.

"Não há dúvida de que o governo é gastador", diz Almeida, ao constatar o crescimento de 2,37 pontos porcentuais do PIB do gasto não-financeiro na comparação de 2008 com 2003. Ele nota, porém, que a decomposição desse aumento mostra algumas virtudes.

O aumento dos gastos com o pessoal ativo e inativo foi de 0,13 ponto porcentual no período. O INSS representou um naco maior, de 0,6 ponto porcentual, mas em cima de uma das maiores contas do governo federal, representando quase 9% do PIB. O aumento do custeio da Saúde e Educação, despesa contra qual poucos estarão dispostos a brigar, foi de 0,42 ponto porcentual do PIB, mas a partir de uma base de 0,93% em 2003.

Os gastos sociais quase dobraram, saindo de 0,88% do PIB em 2003 para 1,65% em 2008, num avanço de 0,77 ponto. E mesmo o investimento recuperou-se de míseros 0,4 % do PIB em 2003 para 1% no ano passado, com avanço de 0,6 ponto.

Almeida nota que 2008 foi um ano positivo, para quem considera que é bom que o governo invista mais, e gaste mais em educação, saúde e programas sociais, ao mesmo tempo em que tenta estabelecer algum controle sobre salários, aposentadorias e custeio.

No ano passado, na comparação com 2007, ativos e inativos absorveram apenas 0,02 ponto porcentual do PIB a mais; as despesas do INSS recuaram 0,13 ponto porcentual; o "custeio restrito" caiu 0,20; e tanto o custeio com educação e saúde quanto os programas sociais cresceram 0,06 ponto cada um. O investimento, finalmente, aumentou em 0,1 ponto porcentual do PIB.

Esse padrão, porém, parece ter sido abandonado em 2009, com a crise. Diante de uma crescente dificuldade em expandir os investimentos , o governo aparentemente soltou as amarras de salários, aposentadorias e custeio, como forma de estimular a demanda, o que pode trazer problemas no futuro .

Frases

Mansueto Almeida,
Economista do Ipea

"Não há dúvida de que o governo é gastador"

Samuel Pessôa
Economista do IBRE/FGV

"O descontrole nos gastos, que estamos vendo agora, vai reduzir o superávit primário, e o próximo governo vai ter de aumentá-lo novamente"


http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20090427/not_imp360934,0.php

HUAHUAHUAHUA!


sexta-feira, 24 de abril de 2009

CIRO EM "CAUSAS PRÓPRIAS"


PROCURE MAIS ABAIXO O TEXO "PARDIEIRO" COM A FOTO DO PRESIDENCIÁVEL CIRO GOMES.

VEJA A BARBARIDADE QUE ELE DIZ ALI NO VÍDEO E VOLTE DEPOIS PARA LER ESSA REPORTAGEM QUE MOSTRA A SERIEDADE DE PAÍSES POLITICAMENTE CIVILIZADOS.

CIRO APENAS SE ESQUECEU DE EXPLICAR COMO E POR QUAIS MOTIVOS O CONTRIBUINTE NORTE-AMERICANO PAGA AS PASSAGENS DE SEUS LEGISLADORES.



Nos Estados Unidos, não tem farra de passagens

Lá, os parlamentares têm que comprovar todos os gastos com dinheiro público.

Giuliana Morrone
Nova York

É sexta-feira, dia de plenário vazio no congresso nacional americano. Deputados e senadores já deixaram Washington e viajaram para as suas bases eleitorais.

Nos Estados Unidos, as passagens aéreas pagas com dinheiro público só podem ser usadas em viagens oficiais ou para levar e trazer o parlamentar do estado dele para Washington. Cada gabinete é obrigado a mostrar - para quem pedir - a relação de todas as passagens.

As regras são bem claras. É proibido usar os bilhetes aéreos para viagens pessoais ou campanhas políticas. Parentes não podem ganhar passagens, a não ser em casos excepcionais, previstos em lei. Se o deputado ou senador quiser participar de um congresso patrocinado por uma empresa privada, quem paga o transporte é o patrocinador.

Tudo fica registrado em vários sites, na internet. É uma informação pública. Eleitor, adversário político, todos podem saber, facilmente, para onde o parlamentar viajou. O mesmo vale para os assessores. É só digitar o nome e a informação aparece. Por exemplo, pelo nome do deputado Barney Frank, de Massachussets, pode-se ver a lista de viagens que ele fez, no ano passado.

As passagens são pagas com a verba de gabinete que, no caso dos deputados, pode chegar ao equivalente a R$ 183 mil por mês.

Para evitar erros e abusos, os partidos oferecem aos parlamentares um manual bem simples, com perguntas e respostas sobre o uso de passagens aéreas, pagas com dinheiro público. "Posso pagar a passagem para um convidado participar de um encontro político?", pergunta um deputado. A resposta é "não".

http://g1.globo.com/bomdiabrasil/0,,MUL1096599-16020,00-NOS+ESTADOS+UNIDOS+NAO+TEM+FARRA+DE+PASSAGENS.html

MARA TKOTZ NO BOM DIA BRASIL

HÁ ALGUNS DIAS POSTEI AQUI AS FOTOS DA EXPOSIÇÃO TEXTURAS AÉREAS DE MARA TKOTZ.

REALMENTE É UM TRABALHO FANTÁSTICO, LINDO! MARA FAZ FOTOS COMO POUCOS. COM A AJUDA DO MARIDO - QUE É PILOTO - MOSTRA TODA A BELEZA DO CAMPO.

HOJE, AO ACORDAR - COMO FAÇO TODOS OS DIAS -, LIGUEI A TV NO BOM DIA BRASIL E LÁ ESTAVA O JORNALISTA RENATO MACHADO FALANDO DAS FOTOS DE MARA.


PARABÉM, MARA!

SITE DE MARA TKOTZ http://www.maratkotz.com.br/

IMAGEM COMUNISTA

O Le Monde publicou comentários de Christian Delporte, especialista em fotos e coautor de Quelle est la place des images en histoire? (Qual é o lugar das imagens na história?), sobre as fotos oficiais do regime autoritário comunista da Coreia do Norte.


AVE, CHÁVEZ!


QUE MALDADE!
ESSES BRITÂNICOS DA ELITE BRANCA DE OLHOS AZUIS QUERENDO DEMONIZAR O GRANDE LÍDER LATINO SOCIALISTA BOLIVARIANO HUGO CHÁVEZ!
VADE RETRO, CAPITALISMO CRUEL!
Para 'Economist', Brasil deveria denunciar 'autoritarismo' de Venezuela

A revista britânica The Economist, em um editorial publicado na edição desta semana, cobra uma nova postura do governo brasileiro em relação a Cuba e Venezuela, de denúncia dos que "usam o antiamericanismo como um pretexto para o autoritarismo".

Fazendo um balanço da Cúpula das Américas e das novas políticas do presidente americano, Barack Obama, para a América Latina, a revista afirma que os Estados Unidos estão tentando convencer a região de que são "uma força para o bem".

Para responder a esta nova postura do governo americano, segundo a revista, o Brasil e outros países deveriam mostrar uma atitude mais firme, para garantir que "a relativamente recente adoção da democracia e dos direitos humanos na região seja sustentável".

Antiamericanismo

A publicação afirma que o antiamericanismo na América Latina foi estimulado pela "atitude autoritária e arrogante" do governo de George W. Bush. O governo de Bush, segundo a revista, transformou os Estados Unidos em um "alvo fácil para aqueles que, como o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, gostam de culpar um bode expiatório estrangeiro pelos problemas de seus países".

Citando a postura de Obama de tratar os países da região como "iguais" durante a cúpula de Trinidad e Tobago, a revista afirma que, no entanto, o novo presidente dos EUA "parece determinado a desarmar os críticos" antiamericanos.

Entre as novas políticas de Obama para a região, a revista cita o relaxamento das restrições a viagens e ao envio de remessas a Cuba por parte de cubano-americanos, mas cobra o fim definitivo do embargo à ilha, que classifica como "injusto, ilógico e contraproducente".

Outras mudanças na diplomacia americana citadas são o apoio de Obama à luta contra o narcotráfico no México e sua postura "polida" com Hugo Chávez.

Para a Economist, no entanto, "assim como seu antecessor (George W. Bush), Obama inteligentemente reconhece a nova posição do Brasil como o líder da América do Sul".

http://noticias.uol.com.br/bbc/2009/04/24/ult5022u1915.jhtm

EM(PAC)OU

Ritmo do PAC não reflete o discurso de Lula

Presidente quer investimento público contra crise, mas até agora seu governo só gastou 28% do que podia

Renée Pereira

O desempenho do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) está longe de refletir o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em defesa da ampliação dos investimentos públicos para enfrentar a crise mundial. Nos dois primeiros anos de existência do PAC, o governo federal conseguiu gastar apenas 28% do orçamento destinado aos projetos. Agora, se quiserem cumprir o cronograma previsto e inaugurar as obras até 2010, ano da eleição do substituto de Lula, os ministérios terão de gastar mais de R$ 37 bilhões em apenas um ano, o dobro da soma das execuções de 2007 e 2008, segundo cálculos da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Os primeiros números do ano, no entanto, não apontam para este caminho. Até 31 de março, o governo havia gasto apenas 4% dos recursos disponíveis. Se forem excluídos os valores de restos a pagar (empenhados em anos anteriores, mas não desembolsados), a execução cai perigosamente para 0,8% do orçamento atual. Nesse ritmo, especialistas calculam que apenas metade das obras do PAC, que dependem de recursos do governo, será concluída até o ano que vem.

"O que podemos concluir é que há muita propaganda e nenhuma gestão para acelerar os investimentos", afirma o professor de avaliação de empresas do Ibmec São Paulo, Eduardo Padilha, especialista em infraestrutura.

A crítica é que, apesar de haver recursos disponíveis para os investimentos, o dinheiro não chega na ponta final. Exemplo disso é que uma prática que deveria ser exceção acabou virando regra no Brasil. Trata-se dos restos a pagar.

Segundo os dados da CNI, o País iniciou o ano com mais de R$ 18 bilhões referentes a recursos de orçamentos passados que não foram pagos até hoje. No início de 2008, esse número estava em R$ 12,8 bilhões. "O crescimento dessa conta é um reflexo da morosidade das obras no Brasil, já que é a última etapa da execução orçamentária", diz o especialista em contas públicas, Raul Velloso.

Ele explica que o motivo de tanta lentidão está na estrutura ultrapassada da gestão pública. Não faltam problemas para reduzir a velocidade das obras. Entre elas estão as dificuldades no licenciamento ambiental dos projetos e as paralisações do Tribunal de Contas da União (TCU) por irregularidades no processo.

No último relatório do órgão, de 2008, havia 11 empreendimentos do PAC com recomendação de paralisação das obras e 10 com retenção cautelar.

Há ainda questões como projetos executivos mal elaborados, que precisam de revisão no meio do caminho, além de falta de mão de obra qualificada para conduzir os projetos com eficiência. A soma de todos esses entraves resulta na morosidade da execução orçamentária, afirma o vice-presidente da CNI, José de Freitas Mascarenhas.

O efeito disso é que alguns projetos ficam anos em obras por causa da descontinuidade do processo. O cronograma da avenida perimetral da margem direita do Porto de Santos, essencial para melhorar a operação no maior complexo portuário da América Latina, era para estar pronto em junho de 2008. Depois de tantas paralisações e revisões, a expectativa agora é concluir a construção em dezembro deste ano.

Também no setor portuário, o programa nacional de dragagem para elevar o aprofundamento dos canais brasileiros está com o cronograma original bastante comprometido e dificilmente será cumprido.

Vários portos não tinham o projeto básico elaborado nem licença ambiental para o lançamento do edital de licitação. Os serviços de dragagem, que vão custar R$ 1,5 bilhão, estavam previstos para terminar entre o último trimestre deste ano e o primeiro semestre de 2010. Mas alguns ainda nem tem o edital publicado.

No setor rodoviário, obras em dois trechos da BR-101, no Nordeste, estavam com suspeitas de irregularidades. Até o último balanço do PAC, o problema não havia sido solucionado. Segundo especialistas, esse tipo de pendência acaba desviando o foco dos ministérios no esforço de melhorar a infraestrutura do País. Mas muitas vezes o problema está na qualidade dos projetos, que dão margens a erros.

"O que o Brasil precisa é de projetos de engenharia de qualidade, que faça uma definição virtual do empreendimento, que permita um planejamento adequado para a construção", destaca o presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia (Sinaenco), José Roberto Bernasconi. Na avaliação dele, hoje o PAC apenas anda onde há capacidade organizada para gastar. "Sem isso, o gasto se transforma em desperdício."

A opinião é compartilhada pelo presidente do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon), Luiz Fernando Santos Reis. Para ele, se o governo quer usar os investimentos de infraestrutura para combater os efeitos da crise, será necessário mudar a máquina pública.

Mas isso, reconhecem os especialistas, não é algo que se consegue fazer do dia para o outro. "Para melhorar a gestão, o governo precisa fazer uma reengenharia das equipes e novos entendimentos com TCU e Ministério Público", completa o Mascarenhas, do CNI.

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20090420/not_imp357568,0.php

DITADURA SOCIALISTA BOLIVARIANA



Líder oposicionista venezuelano Manuel Rosales diz que Chávez queria matá-lo na prisão

Numa de suas primeiras entrevistas desde que pediu asilo ao Peru, o líder oposicionista venezuelano Manuel Rosales afirma que o governo do presidente Hugo Chávez pretendia matá-lo, e que as acusações contra ele são falsas e já tinham sido arquivadas pela Justiça, mas foram retomadas por decisão política. Além disso, ele estaria sendo perseguido pela polícia política de Chávez, mesmo sem que houvesse um mandado de prisão contra ele.

Depois de semanas escondido na Venezuela, Rosales, que é prefeito de Maracaibo, fugiu para Lima no início desta semana. Ele é presidente de um dos principais partidos da oposição venezuelana, o Um Novo Tempo, e foi o candidato oposicionista único nas eleições presidenciais de 2006, vencidas por Chávez.

Rosales, cujo paradeiro na capital peruana é desconhecido, combinou que a entrevista seria realizada num local não revelado com antecedência, com a equipe de reportagem sendo levada para um escritório por aliados do prefeito da segunda maior cidade da Venezuela. A entrevista foi realizado pelo jornal peruano "El Comercio", membro do Grupo de Diários América, do qual O GLOBO faz parte.

RETIRADO DO BLOG DO NOBLAT

DITADURAS

O ATO INSTITUCIONAL Nº5 (AI-5) ENTROU EM VIGOR DURANTE O GOVERNO DE ARTHUR COSTA E SILVA (1967-1969) EM 13 DE DEZEMBRO DE 1968. FOI MAIS VIOLENTO E AUTORITÁRIO ATO INSTITUCIONAL QUE O BRASIL JÁ CONHECEU.

PIOR: REVOGOU OS DISPOSITIVOS CONSTITUCIONAIS DE 67 E AUMENTOU AINDA MAIS OS PODERES DITATORIAIS DOS MILITARES.

FOI REVOGADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 1978.

ENQUANTO ISSO, EM CUBA, A DITADURA MILITAR COMUNISTA CONTINUA OPRIMINDO E ENCARCERANDO SEUS CIDADÃOS. E HÁ QUEM DEFENDA O ABSURDO!

O DOCUMENTO:



O PRESIDENTE DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, ouvido o Conselho de Segurança Nacional, e

CONSIDERANDO que a Revolução brasileira de 31 de março de 1964 teve, conforme decorre dos Atos com os quais se institucionalizou, fundamentos e propósitos que visavam a dar ao País um regime que, atendendo às exigências de um sistema jurídico e político, assegurasse autêntica ordem democrática, baseada na liberdade, no respeito à dignidade da pessoa humana, no combate à subversão e às ideologias contrárias às tradições de nosso povo, na luta contra a corrupção, buscando, deste modo, "os. meios indispensáveis à obra de reconstrução econômica, financeira, política e moral do Brasil, de maneira a poder enfrentar, de modo direito e imediato, os graves e urgentes problemas de que depende a restauração da ordem interna e do prestígio internacional da nossa pátria" (Preâmbulo do Ato Institucional nº 1, de 9 de abril de 1964);

CONSIDERANDO que o Governo da República, responsável pela execução daqueles objetivos e pela ordem e segurança internas, não só não pode permitir que pessoas ou grupos anti-revolucionários contra ela trabalhem, tramem ou ajam, sob pena de estar faltando a compromissos que assumiu com o povo brasileiro, bem como porque o Poder Revolucionário, ao editar o Ato Institucional nº 2, afirmou, categoricamente, que "não se disse que a Resolução foi, mas que é e continuará" e, portanto, o processo revolucionário em desenvolvimento não pode ser detido;

CONSIDERANDO que esse mesmo Poder Revolucionário, exercido pelo Presidente da República, ao convocar o Congresso Nacional para discutir, votar e promulgar a nova Constituição, estabeleceu que esta, além de representar "a institucionalização dos ideais e princípios da Revolução", deveria "assegurar a continuidade da obra revolucionária" (Ato Institucional nº 4, de 7 de dezembro de 1966);

CONSIDERANDO, no entanto, que atos nitidamente subversivos, oriundos dos mais distintos setores políticos e culturais, comprovam que os instrumentos jurídicos, que a Revolução vitoriosa outorgou à Nação para sua defesa, desenvolvimento e bem-estar de seu povo, estão servindo de meios para combatê-la e destruí-la;
CONSIDERANDO que, assim, se torna imperiosa a adoção de medidas que impeçam sejam frustrados os ideais superiores da Revolução, preservando a ordem, a segurança, a tranqüilidade, o desenvolvimento econômico e cultural e a harmonia política e social do País comprometidos por processos subversivos e de guerra revolucionária;

CONSIDERANDO que todos esses fatos perturbadores, da ordem são contrários aos ideais e à consolidação do Movimento de março de 1964, obrigando os que por ele se responsabilizaram e juraram defendê-lo, a adotarem as providências necessárias, que evitem sua destruição,
Resolve editar o seguinte

ATO INSTITUCIONAL

Art 1º - São mantidas a Constituição de 24 de janeiro de 1967 e as Constituições estaduais, com as modificações constantes deste Ato Institucional.

Art 2º - O Presidente da República poderá decretar o recesso do Congresso Nacional, das Assembléias Legislativas e das Câmaras de Vereadores, por Ato Complementar, em estado de sitio ou fora dele, só voltando os mesmos a funcionar quando convocados pelo Presidente da República.

§ 1º - Decretado o recesso parlamentar, o Poder Executivo correspondente fica autorizado a legislar em todas as matérias e exercer as atribuições previstas nas Constituições ou na Lei Orgânica dos Municípios.

§ 2º - Durante o período de recesso, os Senadores, os Deputados federais, estaduais e os Vereadores só perceberão a parte fixa de seus subsídios.

§ 3º - Em caso de recesso da Câmara Municipal, a fiscalização financeira e orçamentária dos Municípios que não possuam Tribunal de Contas, será exercida pelo do respectivo Estado, estendendo sua ação às funções de auditoria, julgamento das contas dos administradores e demais responsáveis por bens e valores públicos.

Art 3º - O Presidente da República, no interesse nacional, poderá decretar a intervenção nos Estados e Municípios, sem as limitações previstas na Constituição.

Parágrafo único - Os interventores nos Estados e Municípios serão nomeados pelo Presidente da República e exercerão todas as funções e atribuições que caibam, respectivamente, aos Governadores ou Prefeitos, e gozarão das prerrogativas, vencimentos e vantagens fixados em lei.
Art 4º - No interesse de preservar a Revolução, o Presidente da República, ouvido o Conselho de Segurança Nacional, e sem as limitações previstas na Constituição, poderá suspender os direitos políticos de quaisquer cidadãos pelo prazo de 10 anos e cassar mandatos eletivos federais, estaduais e municipais.

Parágrafo único - Aos membros dos Legislativos federal, estaduais e municipais, que tiverem seus mandatos cassados, não serão dados substitutos, determinando-se o quorum parlamentar em função dos lugares efetivamente preenchidos.

Art 5º - A suspensão dos direitos políticos, com base neste Ato, importa, simultaneamente, em:

I - cessação de privilégio de foro por prerrogativa de função;

II - suspensão do direito de votar e de ser votado nas eleições sindicais;

III - proibição de atividades ou manifestação sobre assunto de natureza política;

IV - aplicação, quando necessária, das seguintes medidas de segurança:

a) liberdade vigiada;

b) proibição de freqüentar determinados lugares;

c) domicílio determinado,

§ 1º - o ato que decretar a suspensão dos direitos políticos poderá fixar restrições ou proibições relativamente ao exercício de quaisquer outros direitos públicos ou privados.

§ 2º - As medidas de segurança de que trata o item IV deste artigo serão aplicadas pelo Ministro de Estado da Justiça, defesa a apreciação de seu ato pelo Poder Judiciário.

Art 6º - Ficam suspensas as garantias constitucionais ou legais de: vitaliciedade, mamovibilidade e estabilidade, bem como a de exercício em funções por prazo certo.
§ 1º - O Presidente da República poderá mediante decreto, demitir, remover, aposentar ou pôr em disponibilidade quaisquer titulares das garantias referidas neste artigo, assim como empregado de autarquias, empresas públicas ou sociedades de economia mista, e demitir, transferir para a reserva ou reformar militares ou membros das polícias militares, assegurados, quando for o caso, os vencimentos e vantagens proporcionais ao tempo de serviço.

§ 2º - O disposto neste artigo e seu § 1º aplica-se, também, nos Estados, Municípios, Distrito Federal e Territórios.

Art 7º - O Presidente da República, em qualquer dos casos previstos na Constituição, poderá decretar o estado de sítio e prorrogá-lo, fixando o respectivo prazo.

Art 8º - O Presidente da República poderá, após investigação, decretar o confisco de bens de todos quantos tenham enriquecido, ilicitamente, no exercício de cargo ou função pública, inclusive de autarquias, empresas públicas e sociedades de economia mista, sem prejuízo das sanções penais cabíveis.

Parágrafo único - Provada a legitimidade da aquisição dos bens, far-se-á sua restituição.

Art 9º - O Presidente da República poderá baixar Atos Complementares para a execução deste Ato Institucional, bem como adotar, se necessário à defesa da Revolução, as medidas previstas nas alíneas d e e do § 2º do art. 152 da Constituição.
Art 10 - Fica suspensa a garantia de habeas corpus , nos casos de crimes políticos, contra a segurança nacional, a ordem econômica e social e a economia popular.

Art 11 - Excluem-se de qualquer apreciação judicial todos os atos praticados de acordo com este Ato institucional e seus Atos Complementares, bem como os respectivos efeitos.

Art 12 - O presente Ato Institucional entra em vigor nesta data, revogadas as disposições em contrário.

Brasília, 13 de dezembro de 1968; 147º da Independência e 80º da República.

A. COSTA E SILVA

Luís Antônio da Gama e Silva

Augusto Hamann Rademaker Grünewald

Aurélio de Lyra Tavares

José de Magalhães Pinto

Antônio Delfim Netto

Mário David Andreazza

Ivo Arzua Pereira

Tarso Dutra

Jarbas G. Passarinho

Márcio de Souza e Mello

Leonel Miranda

José Costa Cavalcanti

Edmundo de Macedo Soares

Hélio Beltrão

Afonso A. Lima

Carlos F. de Simas


Fonte: Acervoditadura.rs.gov.br

quinta-feira, 23 de abril de 2009

ATÉ O CATOLICISMO

Perguntas que não querem calar:

Por onde andam os da Reforma Protestante?

Acovardaram-se?

Alienaram-se em suas igrejas?

Refutam sua obrigação de mudar o Brasil para melhor?

Às vezes tenho vergonha de dizer que sou protestante. Ainda mais quando vejo pastor dizendo que "Lula é um enviado de Deus".

Imagine Jesus, hoje, na Terra, andando pelas ruas e calçadões, passando por uma loja de eletrodomésticos, com várias tevês ligadas e surge a imagem de Lula.

Depois do mensalão, dos "dois pau pra eu" do irmão do presidente, do "caixa 2 bandido", dos milhões da Visanet, dos milhões dos cartões corporativos, dos milhões da Telemar na empresa do filho de Lula e tantas outras pilantragens, você consegue ver Jesus apontando para a telinha e dizendo ao povo:
"EIS O ENVIADO DE MEU PAI"???

Duvido.



CNBB: bispos criticam paralisia do Congresso Nacional e o governo Lula

Adauri Antunes Barbosa

INDAIATUBA (SP) - Críticas à paralisia que toma conta do Congresso Nacional, ao modo como o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem enfrentado a crise econômica mundial e à generalização da corrupção marcaram nesta quarta a abertura da 47ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Itaici, localidade de Indaiatuba, na região de Campinas (SP). A assembleia, que se estende até dia 1º de maio e tem a participação de 330 bispos brasileiros, discutiu no primeiro dia a conjuntura nacional sem poupar os parlamentares.

O documento que serviu de base para a discussão da conjuntura, que não é oficial da CNBB, lembra um triste recorde dos parlamentares. "O Congresso Nacional registrou nos dois primeiros meses deste ano a menor produtividade em plenário dos últimos nove anos: só oito projetos votados pelo Senado e pela Câmara dos Deputados. Representa cerca de um terço do ano de 2008 no mesmo período. E o clima interno é desolador. A cada dia surgem novas denúncias de corrupção de pessoas de seus quadros", afirma o texto da CNBB.

"O Congresso registrou nos dois primeiros meses deste ano a menor produtividade em plenário dos últimos nove anos "
Para destacar o caos vivido pelo Congresso, o texto que serviu de base para o debate dos bispos brasileiros fala do temor, manifestado em São Paulo pelo presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP), de um possível plebiscito decidir pelo fechamento do Legislativo. "Um deputado chegou a explicitar o risco de alguém propor um plebiscito para fechar o Congresso", observa.

Logo pela manhã, na missa de abertura da assembleia dos bispos, o vice-presidente da CNBB, dom Luiz Soares Vieira, arcebispo de Manaus, já deu o tom crítico do encontro, chamando a atenção para os problemas enfrentados pelo povo brasileiro, citando a crise econômica, a corrupção e a violência.

- Não nos esqueçamos da realidade e da situação de nossa pátria, a qual servimos e nos sentimos responsáveis. Como no tempo dos apóstolos, o Ressuscitado pede à CNBB que lance as redes da realidade do povo brasileiro. Há um grande cardume de problemas, especialmente os efeitos da crise financeira e econômica, a corrupção e a violência, que aguardam a solicitude missionária da Igreja para serem assumidos à luz da Ressurreição, e transformados em caminho de vida nova para todos - disse dom Luiz.

Ainda no documento de análise de conjuntura, que é praticamente todo dedicado a avaliar a crise econômica mundial, há críticas diretas ao presidente Lula, que "continua dando força ao agronegócio e à mineração, sem atentar para os danos causados ao meio ambiente". De acordo com o texto, "tudo se passa como se o aumento da produção para exportação fosse uma solução e não um paliativo que adia a crise econômica mas antecipa a crise ecológica - que é muito mais grave".

Na análise debatida nesta quarta pelos bispos brasileiros, a crise financeira de setembro do ano passado já é considerada, como afirma o historiador americano Eric Hobsbawn, "o muro de Berlim do neoliberalismo", e propõe saídas inseridas no desenvolvimento da economia solidária. Um exemplo, conforme o documento, são as "pistas práticas" na direção desse novo modelo de produção e consumo apresentadas a partir do Fórum Social Mundial, realizado em Belém em janeiro último, que Lula, conforme a crítica, ignora.

"Há um grande cardume de problemas, especialmente os efeitos da crise financeira e econômica, a corrupção e a violência"

"As principais medidas tomadas pelo governo Lula vão, salvo exceções, na direção contrária à construção de 'outro mundo possível'. Só recentemente o Banco Central começou a baixar a elevada taxa de juros - que retira dinheiro da economia real para alimentar o jogo financeiro dos rentistas improdutivos. O pacote de medidas do governo para dar liquidez à economia é incapaz de atingir a raiz da crise, que é a especulação financeira", dispara o documento não oficial.
As críticas são diretas ao presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. "A política macroeconômica conduzida por H. Meirelles segue igual ao que era antes da crise: ignora o fracasso da autorregulação do mercado e continua apostando no futuro do sistema de mercado regido pela lógica do lucro e pelo produtivismo. Embora tenha diminuído sua meta, a realização de superávits primários (eufemismo que serve para camuflar o déficit fiscal provocado pelo serviço da dívida) continuará sangrando o Tesouro Nacional para sustentar a renda dos credores da dívida pública."

OPRIMIDOS

Donos de carro de luxo têm bolsa do ProUni

Auditoria feita pelo TCU aponta indícios de irregularidade em mais de 30 mil bolsas, cerca de 8% do total de 385 mil beneficiários

Cruzamento de dados mostra que mais de mil bolsistas são proprietários de veículos novos; tribunal pede maior controle do MEC

MARTA SALOMONDA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Embora se destinem apenas a jovens com renda mensal de até um salário mínimo e meio (R$ 697,50) por pessoa da família, bolsas integrais do ProUni (Programa Universidade para Todos) foram concedidas a mais de mil proprietários de carros novos, entre eles modelos de luxo, como Honda Civic, Toyota Hilux, Ford Fusion, Vectra, Zafira, Mitsubishi Pajero e o XTerra da Nissan.

A irregularidade, que alcança uma fatia de 0,6% dos beneficiários de bolsas integrais, foi detectada por auditores do TCU (Tribunal de Contas da União) ao cruzarem a lista de beneficiários do ProUni com os cadastros do Renavam, o registro nacional de veículos.

Com base no cruzamento com outros cadastros oficiais, foram identificados indícios de irregularidades que envolvem 30.627 bolsistas, ou 8% do total de 385 mil beneficiários.O relatório da primeira auditoria no programa, a que a Folha teve acesso, foi aprovado ontem pelo tribunal, com recomendações ao Ministério da Educação de maior controle na concessão de bolsas e mudança no cálculo do incentivo fiscal.

O TCU fez a auditoria por iniciativa própria. Uma avaliação do MEC, que teve acesso ao relatório, foi anexada à auditoria.As regras do ProUni preveem a seleção dos estudantes pelo perfil socioeconômico informado pelos candidatos do Enem (Exame Nacional de Ensino Médio) no ato da inscrição. Cabe às instituições de ensino aferir as informações. As falhas na comprovação desses dados foram consideradas "graves" pelo TCU.

O ProUni custará aos cofres públicos neste ano R$ 394 milhões em renúncias fiscais, segundo estimativa da Receita Federal. Esse é o valor dos tributos que deixam de ser cobrados de instituições privadas de ensino e não inclui as instituições beneficentes, que já contavam com incentivos fiscais antes do programa, lançado em 2005, com o objetivo de aumentar o acesso de jovens ao ensino superior.

O Renavam contém 57.850 veículos registrados em nome de bolsistas. Esse número inclui os donos de motos (41% do total). Entre os automóveis, a maioria tem mais de dez anos de uso. Mas passa de mil o número de carros fabricados entre 2005 e 2008 registrados em nome de bolsistas integrais.

Há modelos cuja posse é incompatível com as regras de acesso às bolsas do ProUni. O MEC contabilizou 39 modelos de luxo na lista do TCU.No caso das bolsas parciais, o candidato deve ter renda per capita de, no máximo, três salários mínimos (R$ 1.395,00). Entre os bolsistas parciais, o TCU encontrou 700 proprietários de veículos novos.

As irregularidades não se limitam aos proprietários de veículos caros. Ao cruzar os nomes dos beneficiários com informações da Rais (Relação Anual de Informações Sociais), do Ministério do Trabalho, os auditores do TCU identificaram bolsistas com renda anual acima de R$ 200 mil.Dos 385 mil beneficiários do ProUni, cerca de 126 mil estão nos arquivos da Rais.
"Foi identificado que quase 24% dos alunos [que aparecem na Rais] declararam renda menor, ou muito menor", relata o ministro José Jorge, do TCU, no documento levado ao plenário do tribunal ontem.

"PARDIEIRO"

Vejam vocês, sete leitores do Jornalismo e Cia., como nossos nobres deputados, dos quais aqui desposta o presidenciável Ciro Gomes, defendem seus próprios interesses daquilo que Ciro, evocando a imprensa - Lula faz discípulos -, chama de "sanha violenta, intimidatória".


Ciro diz que sua defesa é de uma "questão republicana" (Lula de novo fazendo discípulos!). Lembra que "os jovens brasileiros hoje pensam que a política é um pardieiro de pilantras, enganadores e defensores de privilégios".


Pior: lembrou que os parlamentos americano, francês, sueco, dinamarquês possuem custo de passagem pago por seus contribuintes. Só esqueceu de que tais parlamentos comparados ao nosso...


Duvida? Veja aqui: http://mais.uol.com.br/view/206314


Leia o relato do jornalista Josias de Souza sobre o que disse o homem que sonha um dia ser presidente "desse País":


Do plenário, Ciro rumou para uma área conhecida como "cafezinho da Câmara". Foi rodeado por jornalistas. E não conseguiu deter os ímpetos da língua.

Apontando em direção ao plenário, chamou de "babacas" os colegas que se rendem às pressões. Acrescentou: "Ministério Público é o caralho..."

"...Não tenho medo de ninguém. Da imprensa, de deputado, de ninguém. Pode escrever o caralho aí".

MENSALÃO: RECORDAR É VIVER





Câmara absolveu 12 suspeitos de envolvimento com o "mensalão"; veja nomes

da Folha Online
A Câmara dos Deputados absolveu 12 dos 19 suspeitos de envolvimento com o "mensalão". O último a se livrar da cassação foi José Janene (PP-PR). Veja acima o que aconteceu com os suspeitos...

quarta-feira, 22 de abril de 2009

SAUDADES DE TI, WALY...





Waly Salomão e aquela sua risada indecente, pertinente, incoerente se foi em 2003. Um poeta brasileiro filho de sírio com uma sertaneja. Uma figura sem igual. Um gênio!

Era final de copa do mundo, trio elétrico na avenida, quando Waly aparecia lá na TV Cultura de São Paulo: as palavras fluíam daquela boca que metralhava com metáforas nossas mentes; um liquidificador de palavras!

Seus livros: Me segura qu'eu vou dar um troço (1972); Algaravias (Poesias com as quais ganhou o prêmio Jabuti de literatura) e Pescados Vivos (2004), publicado após sua morte. Pena. As letras choraram órfãs...

Caetano Veloso, Adriana Calcanhoto, Gal Costa, Maria Bethânia foram alguns cantores que gravaram músicas de Waly; além de estar à frente de dois discos de Cássia Eller nos anos 1990.

Ao trabalhar com o então ministro da Cultura, Gilberto Gil, Waly propunha que fosse acrescentado um livro em cada cesta básica "nesse País". As cestas continuam "básicas"...

Waly fez uma letra sensacional com Lulu Santos, gravada pelos Paralamas do Sucesso - no mais puro estilo The Police - que é genialidade da copa à raiz:

"Assaltaram a Gramatica

Assassinaram a lógica

Meteram poesia na bagunça do dia-a-dia

Seqüestraram a fonética

Violentaram a métrica

Meteram poesia onde devia e não devia

Lá vem o poeta com sua coroa de louros, bertalha, agrião, pimentão, boldo!

O poeta é a pimenta do planeta! (Malagueta!)"



Um pouco mais da poesia de Waly:


"Eu faço versos

Como quem chora

De desalento

De desencanto

Fecho o meu livro

Se por agora

Não tens motivo

Nenhum de pranto

Meu verso é sangue

Volúpia ardente

Tristeza esparsa

Remorso vão

Dói-me nas veias

Amargo e quente

Cai gota

A gota
Do coração

E nestes versos

De angústia rouca

Assim dos lábios
A vida corre

Deixando um acre

Sabor na boca

Eu faço versos

Como quem morre."
Veja Waly declamando aqui na TV Cultura: http://www.youtube.com/watch?v=l4J91sAJOpY
Saudades de ti, Waly...

HIGH VOLTAGE!

Estive na Austrália. É lindo aquele país! Sydney, Opera House, Melbourne, Canberra, Port Campbell, The Twelve Apostles, a pequena Euroa, Ballarat, Coalas, Cangurus, Uluru Rock e muito mais. Mais de três mil km de carro. Sensacional!
Até tenho um amigo lá: Ashley Dowell. G'day Ash!

Mas olha o que esse maluco ai faz... Esculturas elétricas!
Oz, um dia eu volto! See ya baby...

IRMÃO LULA


Lula está construindo um gigante regional único, diz 'Newsweek'

O Brasil vem se transformando na última década em uma potência regional única, ao se tornar uma sólida democracia de livre mercado, uma rara ilha de estabilidade em uma região conturbada e governada pelo Estado de direito ao invés dos caprichos dos autocratas. A afirmação é feita em artigo publicado na última edição internacional da revista americana Newsweek.

"Contando com a cobertura da proteção de segurança americana, e um hemisfério sem nenhum inimigo crível, o Brasil tem ficado livre para utilizar sua vasta vantagem econômica de seu tamanho dentro da América do Sul para auxiliar, influenciar ou cooptar vizinhos, ao mesmo tempo conseguindo conter seu rival regional problemático, a Venezuela", afirma o artigo.


Segundo a revista, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva "preside uma superpotência astuta como nenhum outro gigante emergente".

O artigo foi publicado menos de um mês após Lula ter aparecido na capa da Newsweek, com uma entrevista exclusiva à revista após seu encontro com o presidente americano, Barack Obama, na Casa Branca.

Poderio militar

A Newsweekobserva em seu último artigo que enquanto outros países emergentes e mesmo os Estados Unidos contam com seu poderio militar como forma de afirmação, o Brasil "expressou suas ambições internacionais sem agitar um sabre".

A revista observa que quando há algum conflito na região, o Brasil envia "diplomatas e advogados para as zonas quentes ao invés de flotilhas ou tanques".

O artigo também comenta que o Brasil tem se tornado uma voz mais assertiva para os países emergentes nos temas internacionais, contestando por exemplo os subsídios agrícolas dos países ricos.

"Nenhum governo foi tão determinado como o de Lula em estender o alcance internacional do Brasil. Apesar de ter começado sua carreira política na esquerda, Lula surpreendeu os investidores nacionais e estrangeiros ao preservar as políticas amigáveis ao mercado de Fernando Henrique Cardoso internamente, para a frustração dos militantes de seu Partido dos Trabalhadores. Para a esquerda, ele ofereceu uma política externa vitaminada", diz a Newsweek.

Influência americana
A revista diz que os esforços brasileiros advêm da estratégia "não-declarada" de se contrapor à influência dos Estados Unidos e de dissipar as expectativas de que exerça um papel de representante de Washington", mas que nem por isso o país embarcou na "revolução bolivariana".

"Pelo contrário, Lula tem controlado a região ao cooptar os vizinhos com comércio, transformando todo o continente em um mercado cativo para os bens brasileiros", diz o artigo. "No fim das contas, o poder do Brasil vem não de armas, mas de seu imenso estoque de recursos, incluindo petróleo e gás, metais, soja e carne."

A revista afirma que isso também tem servido para conter a Venezuela e que a provável aprovação próxima da entrada do país de Hugo Chávez ao Mercosul não é "um endosso aos desejos imperiais de Chávez, mas uma forma de contê-lo por meio das obrigações do bloco comercial, como o respeito à democracia e a proteção à propriedade".

"Isso pode ser política de risco. Mas as apostas estão nos brasileiros. Sem um manual para se tornar uma potência global, o Brasil de Lula parece estar escrevendo o seu próprio manual", conclui a Newsweek.

"HERANÇA MALDITA"


Lula já supera FHC em número de dias de agenda no exterior

A 20 meses do término do mandato, petista completa amanhã na Argentina 15% do governo fora do país; tucano atingiu 11,8%

Atual presidente fez mais viagens a países da América do Sul e da África; Fernando Henrique priorizou visitas a América do Norte e Europa

EDUARDO SCOLESE
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA


Assim que a aeronave presidencial aterrissar hoje em Buenos Aires, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva superará a marca de Fernando Henrique Cardoso no número de dias com agenda no exterior, restando ainda 20 meses para o término do mandato.

Com a visita de hoje e amanhã à Argentina, Lula atingirá 348 dias no exterior, o que representa 15% do governo. Em oito anos, entre 1995 e 2002, o tucano passou 347 dias em viagens internacionais. Esses 347 dias de Fernando Henrique, que repassou a Lula a fama de caixeiro-viajante, representam 11,8% do mandato.

Crítico dos deslocamentos de seu antecessor, Lula já havia ultrapassado FHC no número de nações visitadas. A marca do tucano, de 115 visitas internacionais, foi batida pelo petista em junho de 2007. Hoje, na Argentina, Lula acumulará 183 visitas ao exterior, incluindo as repetições. Nos Estados Unidos, por exemplo, o petista já esteve dez vezes desde 2003.

No ano passado, Lula passou 75 dias em viagens ao exterior. Foi seu recorde, seguido de 2003 (67 dias), 2007 (61), 2005 (52) e 2004 (40). Em 2006, ano no qual priorizou os deslocamentos nacionais por conta da campanha à reeleição, marcou sua pior milhagem -apenas 34 dias fora do país.

Roteiros diferentes

Alvo de críticas e de elogios, a política externa de Lula tem sido apresentada por ele como uma das vitrines do governo. Ao longo desses seis anos e quase quatro meses de mandato, os discursos sobre o tema têm sido repetidos, como o lobby por um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), a aproximação cultural e comercial com os países africanos e a chamada integração física da América Latina.

Em viagens pela América do Sul, o petista permaneceu 120 dias, com 13 idas à Argentina, dez à Venezuela e oito à Bolívia, por exemplo.

A tabulação dessas visitas, feita pela Folha a partir de dados da Presidência da República, revela a distinção dos modelos de política externa dos governos Lula e FHC.
O tucano, por exemplo, privilegiou o Primeiro Mundo. Dos dias que passou no exterior, 49% (170 dias) foram em nações da América do Norte e da Europa, contra 37% (129 dias) de Lula até agora.

Por outro lado, o petista tem optado por um roteiro terceiro-mundista. Na África, por exemplo, visitou até agora 19 países diferentes, em um total de 40 dias. Fernando Henrique, por sua vez, cumpriu 13 dias de agendas oficiais em quatro países do continente.

Na lista de Lula, houve espaço também para destinos arriscados, como Antártida e Haiti, sendo que a primeira passagem por Porto Príncipe, em 2004, foi desaconselhada até mesmo pela equipe de segurança do Palácio do Planalto.

Numa comparação com outros presidentes, FHC e Lula lideram com folga nessa estatística. Entre março de 1985 e março de 1990, José Sarney passou 145 dias no exterior, o que representa 9% do mandato, contra 9,8% de Fernando Collor (1990-1992) e 5,2% de Itamar Franco (1992-1994).

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc2204200908.htm

DESENHO "NEOLIBERAL DA ELITE"

Presidente Lula vira personagem animado em "South Park"

colaboração para a Folha Online

O presidente Lula virou personagem na série de animação "South Park". É possível assistir ao episódio no site South Park Studios.

No episódio que foi ao ar nesta quarta-feira (15), nos Estados Unidos, intitulado "Pinewood Derby", Stan mata um alienígena tido como perigoso. Em seguida, a polícia espacial aterrissa na cidade e pergunta pelo alienígena.

O pai de Stan, que está conversando por telefone com diversos líderes mundiais, entre os quais Lula, questiona se alguém viu o alienígena.

Nesse momento, a tela se divide em quatro, mostrando vários políticos que negam ter visto a criatura. O presidente Lula aparece nesse momento no canto inferior direito, sentado com a bandeira do Brasil ao fundo.

A polícia espacial explica que o alienígena é procurado por roubar milhões em dinheiro do espaço, que é logo encontrado pelos personagens. Eles mentem sobre desconhecerem o paradeiro do dinheiro.

A partir daí, o pai de Stan começa a controlar e dividir o dinheiro entre os países do mundo. Diante da ameaça da Finlândia de revelar a verdade à polícia espacial, as demais nações resolvem acabar com o país nórdico.

Em uma nova visita da polícia espacial, os personagens voltam a mentir, com a exceção de Stan. É nesse momento que Lula volta a surgir, desta vez no canto inferior esquerdo da tela, acompanhado de dois assessores. Para manter a história mentirosa, ele solta a fala: "Sem mudanças".

Outros líderes mundiais também podem ser identificados, como o presidente da França, Nicolas Sarkozy, a chanceler alemã, Angela Merkel, o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, entre outros.

No fim, a polícia espacial revela que o caso do alienígena procurado não passa de um teste para ver se um planeta é confiável o suficiente para se juntar à Federação dos Planetas.

FAROESTE CAMPONÊS


Polícia investiga tiroteio em fazenda invadida no Pará

Cinegrafista registrou troca de tiros entre agricultores e seguranças.
Oito pessoas ficaram feridas.


Do G1, com informações do Bom Dia Brasil

O fim de semana foi violento em uma fazenda no interior do Pará. Invasores sem-terra enfrentaram seguranças e houve troca de tiros. O confronto mostrou que o clima no campo é de guerra. O tiroteio acabou com oito feridos e foi registrado, com exclusividade, pelo repórter cinematográfico Felipe Almeida, da TV Liberal , afiliada da Rede Globo no Pará.

As cenas parecem de faroeste. Os agricultores sem-terra ocupam desde fevereiro a fazenda, que fica em Xinguara. O banqueiro Daniel Dantas é um dos donos da área. Segundo funcionários da propriedade, no sábado (18), os sem-terra tentaram invadir a sede da fazenda. Os repórteres da TV Liberal Victor Haôr e Felipe Almeida estavam na propriedade e contaram que, juntamente com outros jornalistas, foram usados pelos sem-terra.

“Os sem-terra obrigaram os jornalistas a ficarem à frente do grupo, como se utilizassem um escudo humano", contou o repórter Victor Haôr, por telefone.

Armados com espingardas, revólveres, facões e pedaços de pau, os sem-terra destruíram um carro que bloqueava a estrada. “Quando vi que ia acontecer um tiroteio, corri", lembrou o cinegrafista Felipe Almeida, por telefone.

Em seguida, os sem-terra avançaram em direção aos seguranças da propriedade, que estavam fortemente armados. Começou um tiroteio. Os sem-terra recuaram um pouco, mas depois o confronto recomeçou.

Gravação

Os flagrantes foram registrados pelo repórter cinematográfico Felipe Almeida. “Comecei a gravar. Aí você perde a noção da gravidade do fato e quer fazer imagem. Foi o que eu fiz. Depois, achei uma mangueira, fiquei atrás da árvore”, contou.

Um sem-terra foi baleado na barriga. No tiroteio, sete integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e um segurança ficaram feridos. A polícia abriu inquérito e vai apurar crimes como cárcere privado, porte ilegal de arma e tentativa de homicídio.

Depois do confronto, jornalistas e funcionários da fazenda ficaram impedidos de sair da área porque os sem-terra bloquearam a entrada da propriedade. Só no domingo (19) à tarde, depois de quase um dia na fazenda, é que os jornalistas foram retirados, de avião.

Informações contraditórias

Segundo hospitais da região, alguns dos feridos já foram liberados. Mas nenhum corre risco de morrer.

Uma liderança do MST afirma que os sem-terra foram à sede da fazenda tentar resgatar um integrante do grupo, que estaria em poder dos seguranças. Já os seguranças e jornalistas que estiveram no local negam a informação.

De acordo com a advogada dos proprietários da fazenda, há uma reintegração de posse concedida, que ainda não foi cumprida.

DURA LEX?


Homem é morto a tiros em acampamento do MST em Belo Horizonte

da Agência Folha, em Belo Horizonte

Um homem foi morto a tiros ontem em um acampamento com mais de 900 famílias organizado pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) no terreno de uma construtora em Belo Horizonte.

Segundo informações da polícia e dos coordenadores dos movimentos que organizam o acampamento junto com o MST, a morte de Claudinei da Costa Barreiros, 24, não tem relação com eventual retaliação à invasão. De acordo com eles, Claudinei foi vítima de acerto de contas relacionado a tráfico de drogas.

Ele estava no acampamento, mas vivia em uma comunidade vizinha ao bairro Nova Pampulha, palco da invasão.

Um homem, ainda não identificado pela polícia até o início da noite de ontem, entrou durante o dia no acampamento e, à noite, matou Claudinei com três tiros. Outro integrante do acampamento, que estava dormindo, também foi baleado, mas passa bem.
O acampamento já conta com pelo menos 900 famílias, segundo os organizadores. Elas começaram a chegar ao terreno de aproximadamente 200 mil metros quadrados na última quinta-feira.

A área pertence a uma construtora que, desde a década de 90, tem projeto para a construção de um conjunto habitacional no local. A obra ainda aguarda liberação da prefeitura, segundo a empreiteira. A construtora conseguiu, anteontem, mandado de reintegração de posse da área, ainda não cumprido pela polícia.

ADIVINHA QUAL É O PARTIDO DE ANA JÚLIA?!?


CNA acusa Ana Júlia de omissão

Confederação afirma que governadora do Pará é conivente com ação de sem-terra contra fazendeiros

A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) acusou ontem o governo do Pará de ser tolerante e conivente com a violência de sem-terra contra fazendeiros. Em nota, a entidade acusou a governadora Ana Júlia Carepa (PT) de adotar uma política de "deliberada omissão". Por isso, enviará representação à Procuradoria-Geral da República para que o Supremo Tribunal Federal (STF) determine intervenção no Estado.

Confira a íntegra da nota da CNA

Um confronto armado, no sábado à tarde, deixou oito feridos na região de Xinguara e Eldorado dos Carajás, no sul do Estado. Enfrentaram-se militantes do Movimento dos Sem-Terra (MST) e seguranças contratados pela Fazenda Castanhais, da Agropecuária Santa Bárbara, do grupo do banqueiro Daniel Dantas.

Segundo os relatos, quatro jornalistas e uma advogada foram mantidos reféns pelo MST e usados como "escudo humano". A CNA alega que as autoridades, "a despeito de terem recebido a missão constitucional de manter a ordem pública e cumprir as leis, convivem amigavelmente com movimentos que desprezam" a lei.

A Associação Nacional de Jornais (ANJ) também divulgou nota na qual "repudia com veemência" o que chamou de "ação criminosa" do MST.

O texto, assinado pelo vice-presidente da entidade, Júlio César Mesquita, vai além: "É injustificável e condenável sob todos os aspectos que se atente dessa forma contra a integridade física das pessoas, num revoltante descaso com a vida humana. Além disso, os integrantes do MST atentaram contra o livre exercício do jornalismo, aterrorizando profissionais que cobriam o evento com objetivo de informar à sociedade."

CRÍTICAS

Já o secretário de Segurança Pública do Pará, Geraldo Araújo, criticou a demora do governo federal na reforma agrária, o que levaria ao cenário de violência. "Está comprovada a ineficácia dos órgãos da União", afirmou. "Não basta retirar as famílias e colocá-las às margens de estradas, porque elas retomam a terra logo que a polícia vai embora", insistiu.

O desembargador aposentado Otávio Marcelino Maciel, ouvidor agrário estadual, pensa de maneira diferente. Para ele, o confronto armado de sábado "era previsível" e o Estado "deveria ter investido em ações preventivas", o que não ocorreu.

Ontem, a polícia começou a interrogar os envolvidos no confronto. Os dois lados fazem acusações mútuas de agressão e nenhum deles assume a responsabilidade pelo começo dos tiros.

Líderes sem-terra negaram ontem, em entrevista e depois por nota, que o grupo estivesse armado. Rejeitaram, ainda, a informação sobre reféns.

O MST informou que o grupo tinha "instrumentos de trabalho". Admitiu, porém, que um posseiro - mas de outro acampamento - portava uma espingarda. Para o movimento, houve "tentativa de massacre".