sexta-feira, 21 de maio de 2010

quarta-feira, 19 de maio de 2010

DEUS SEJA LOUVADO!!!



Paulo Maluf deverá ir a julgamento no STF sob acusação de crime contra o sistema financeiro

Para o ministro Lewandowski, denúncia do MPF não evidencia crime antecedente ao delito de lavagem

O deputado federal Paulo Salim Maluf e sua mulher, Sylvia Lutfalla Maluf, deverão ser julgados pelo Supremo Tribunal Federal sob a acusação de manter depósitos em contas no exterior sem declarar esses bens à repartição federal competente (Artigo 22, parágrafo único, da Lei 7.492/86, que define os crimes contra o sistema financeiro, prevendo pena de dois a seis anos de reclusão e multa).

O ministro Ricardo Lewandowski, relator da Ação Penal 461, rejeitou a alegação de inépcia da denúncia, indeferiu provas requeridas pela defesa, concluiu a fase de obtenção de provas e determinou que fosse designada data para o julgamento, quando deverá submeter a denúncia aos demais ministros do STF. A Corte decidirá pelo recebimento ou não da acusação. O processo tramita em segredo de justiça.

Em decisão tomada no último dia 12, Lewandowski acolheu proposta da acusação e conferiu definição diversa às condutas retratadas na denúncia. Na ação original, que tramitou na 2ª Vara Criminal Federal em São Paulo a partir de denúncia do Procurador da República Rodrigo de Grandis (na foto), atribui-se a Maluf os crimes de lavagem de dinheiro ou ocultação de bens (Lei 9.613/98).

Segundo Lewandowski, "a denúncia, não obstante tenha identificado e descrito o ilícito correspondente à manutenção de depósitos bancários dos réus em instituições financeiras situadas no exterior, sem a devida comunicação às autoridades competentes, não evidenciou essa conduta, de modo suficientemente claro, como crime antecedente ao delito de lavagem de capitais".

Como registra na decisão, o ministro valeu-se de faculdade que permite ao juiz "conferir aos fatos descritos na denúncia definição jurídica diversa daquela inicialmente proposta, mesmo que venha aplicar pena mais grave" (Artigo 383 do Código de Processo Penal).

No caso, segundo esclarece Lewandowski, "a pena cominada para a nova tipificação é mais branda, o que, em realidade, afigura-se mais benéfico para os réus". A decisão de atribuir definição jurídica diversa, segundo Lewandowski, "não gera qualquer prejuízo aos réus, pois a narração fática permanece rigorosamente inalterada, o que, por óbvio, não implica a necessidade de complementação das defesas".

Lewandowski rejeitou a alegação sustentada por Maluf na defesa prévia, segundo a qual não haveria provas da movimentação financeira nas contas bancárias em nome de sua mulher, abertas no JP Morgan Chase Bank, em Paris. Segundo o ministro, "a denúncia identificou pormenorizadamente diversas contas correntes dos réus no exterior".

O relator indefiriu o pedido de expedição de ofício às autoridades francesas para obtenção de extratos junto ao JP Morgan e à Receita Federal para esclarecer como eram declaradas as contas bancárias no exterior.

Em setembro de 2009, reportagem da Folha (*) revelou preocupação do Ministério Público Federal de que Maluf venha a ser beneficiado pela prescrição de crimes [perda do prazo para a ação] e pela subida do inquérito para o STF, onde a tramitação costuma ser mais demorada. Como tem mais de 70 anos, Maluf também é beneficiado pelo Artigo 115 do Código Penal, que reduz pela metade o tempo para a prescrição, cuja contagem começa da data do suposto crime. O eventual recebimento da denúncia interrompe a contagem do tempo para prescrição.

"Muito provavelmente o caso estaria em fase final na primeira instância", disse, na ocasião, o procurador da República Rodrigo de Grandis [com a diplomação de Maluf como deputado federal, em dezembro de 2006, o processo subiu para o STF].

O advogado José Roberto Leal, que defende Maluf no STF, afirmou, então, que, "se há demora [na tramitação do inquérito no STF], é o Ministério Público que a provoca".

Segundo o advogado, "o motivo pelo qual o processo ainda não chegou à fase de decisão é que o Ministério Público vem apresentando, "à moda do conta-gotas", elementos que eles entendem necessários ao julgamento. Recentemente vieram para os autos 120 apensos com mais de 20 mil folhas. Isso importou, de acordo com a lei, na abertura de vista à defesa, para que pudesse manifestar-se sobre esses documentos", afirmou Leal, na ocasião.

Maluf sempre negou as acusações. Seu assessor de imprensa, Adilson Laranjeira, reafirmou na reportagem citada: "Paulo Maluf não tem e nunca teve conta no exterior".

(*) Acesso a assinantes do jornal e do UOL

Escrito por Fred às 10h02

http://blogdofred.folha.blog.uol.com.br/arch2010-05-01_2010-05-31.html#2010_05-19_11_02_16-126390611-0

quinta-feira, 13 de maio de 2010

ANDY WARHOL: R$ 58 MILHÕES


Auto-retrato de Andy Warhol é vendido por R$ 58 milhões em Nova York

da Reportagem Local

Um auto-retrato feito por Andy Warhol em 1986 foi vendido por US$ 32,6 milhões (cerca de R$ 58 milhões) nesta quarta-feira pela casa de leilões Sotheby's, em Nova York. O valor ficou bem acima da estimativa de US$ 15 milhões, segundo o jornal "New York Times".

O dono do auto-retrato de Warhol era o estilista Tom Ford, que coleciona obras de arte. Embora não estivesse presente na Sotheby's, ele disse que estava acompanhando pela internet em sua casa em Londres.

Seis pessoas tentaram comprar a obra, que acabou sendo vendida para Gregoire Billaut da Sotheby's de Paris, que comprou por telefone para um cliente anônimo.

Warhol fez cinco versões diferentes de seu auto-retrato, cada um com uma cor. A amarela e a azul estão no The Andy Warhol Museum em Pittsburgh, a verde no Modern Art Museum de Fort Worth, e a vermelha pertence a um magnata chamado Peter M. Brant.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u734485.shtml

quarta-feira, 12 de maio de 2010

ASSESSOR DE LULA


Gilberto Carvalho ajudou líbio acusado de fraude

Com a intervenção do chefe de gabinete de Lula, Khalifa Gannai conseguiu em menos de 24 horas documento que Ministério do Trabalho em geral demora 30 dias para conceder

Na rotina do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), um dos expedientes é emitir para estrangeiros que têm negócios no Brasil um registro de investidor no país. Trata-se de um documento importante para que empresários de outros países que atuam aqui consigam, na Polícia Federal, um visto de permanência. A burocracia estatal faz com que esses registros demorem, em média, 30 dias para sair. Há, porém, um cidadão líbio que conseguiu uma proeza: seu registro de investidor foi prorrogado no mesmo dia em que foi pedido. E ele nem tinha uma empresa em atividade no Brasil para comprovar seus negócios. Era apenas sócio do ex-senador Ney Suassuna (PMDB-PB) numa firma que nunca saiu do papel.

A proeza desse líbio, de nome Khalifa Abdalla Gannai, explica-se por uma importante intervenção em seu favor. Gilberto Carvalho, chefe do gabinete pessoal do presidente Lula, fez um pedido pessoal ao Ministério do Trabalho para que o registro fosse prorrogado. O caso de Khalifa e a intervenção de Gilberto Carvalho são agora alvos de uma denúncia que está sendo investigada pelo Ministério Público Federal.
Processos iguais ao de Khalifa e sem intervenções como a de Carvalho costumam demorar cerca de 30 dias para serem analisados e aprovados no Conselho Nacional de Imigração do MTE. O registro garante a permanência de estrangeiros no país, caso seja comprovado que suas empresas têm capital investido e capacidade de gerar empregos por meio de atividade regular. 

Mas este não era o caso da Libras Brasil 2001 Importadora e Exportadora. Inquérito da Delegacia de Imigração da Polícia Federal, ao qual o Congresso em Foco teve acesso, mostra que Gannai, Rodrigo Suassuna - filho de Ney Suassuna e gestor da empresa - e Daniela dos Santos, que dizia ser funcionária da sociedade entre o líbio e a família Suassuna, fizeram falsas declarações no processo para mascarar a inatividade da Libras.

Ao perceber a fraude, a Polícia Federal encaminhou uma denúncia contra os três ao Ministério Público Federal (MPF) em novembro de 2009. Khalifa Gannai não conseguiu seu visto de permanência. 

Segundo a denúncia do MPF, no suposto endereço da empresa funcionava o Banco BRJ, onde trabalha até hoje Daniela dos Santos. "A empresa na realidade nunca funcionou, pois, não teve funcionários, muito menos, em 2005, um investidor", diz a denúncia já transformada em ação penal pela Justiça Federal do Rio de Janeiro e assinada pelo procurador da República Fábio Magrinelli Coimbra. 

A fraude foi descoberta pela PF somente após o pedido de Gilberto Carvalho e quando o Conselho do MTE decidiu prorrogar o registro da empresa em 7 de abril de 2005. Intimadas pela PF, duas funcionárias do MTE, que avalizaram a prorrogação, informaram à PF sobre o pedido do chefe de gabinete do presidente Lula.

Comitiva presidencial

Gannai é personagem conhecido no Palácio do Planalto não por sua atuação como empresário no Brasil. Ele foi intérprete do presidente em encontros com representantes da Libia. Em março deste ano, por exemplo, foi ele quem traduziu para o presidente Lula os termos da conversa que ele teve com Saif Kadaf, filho do presidente da Líbia, Muammar Kadafi. Saif é artista plástico e encontrou-se com Lula em São Paulo. Em 2003, Khalifa foi intérprete de reuniões de Lula com o próprio Kadafi em Trípoli, capital da Líbia. 

Um mês após a tentativa frustrada de conseguir o visto na PF de posse do documento do MTE, em maio de 2005, Khalifa Gannai serviu de tradutor para o ministro das Relações Exteriores da Líbia, Abdelrahman Mohamed Shalqam, durante a Cúpula América do Sul-Países Árabes, e em um encontro reservado com o presidente Lula no Palácio do Planalto. 

O encontro não consta da agenda oficial do presidente publicada na internet do dia 9 de maio de 2005, mas está registrado no sistema interno de recebimento de autoridades estrangeiras do Palácio Planalto, conforme encaminhou ao site a assessoria de Gilberto Carvalho. 

O português fluente, que ele aprendeu durante os mais de dez anos em que viveu no Brasil, ajudou Khalifa Gannai a se aproximar das autoridades brasileiras e ser habilitado como tradutor de confiança dos dois presidentes. 

E foi justamente essa condição do líbio que deu agilidade fora do comum ao seu pedido no MTE. Além dos documentos, das declarações falsas e do pedido de Carvalho, Khalifa e o chefe de gabinete de Lula disseram para as duas funcionárias do conselho de imigração que o tradutor integraria uma viagem do presidente Lula para a Líbia. E que tal viagem aconteceria dias depois de ele requerer a prorrogação do registro de investidor. 

Contradições

Neste mesmo processo, a então coordenadora do Conselho Nacional de Imigração, Hebe Teixeira Romano, e Heloísa Helena de Melo, atualmente na Divisão de Engenharia do MTE, confirmaram o pedido de Gilberto Carvalho. 

Hebe – que hoje é chefe de gabinete do advogado geral da União, Luís Adams – também reforçou que para dar agilidade à concessão da prorrogação, Khalifa afirmou que “integraria comitiva presidencial à Líbia".
O problema é que, em abril de 2005, quando Khalifa fez o pedido de prorrogação do registro, o presidente brasileiro não esteve na Líbia. Na ocasião, Lula foi à Itália e a países da África Ocidental.

Além disso, mesmo que não tenha sido para a Líbia, Khalifa não poderia ter integrado aquela comitiva presidencial. No dia 11 de abril de 2005, quando Lula estava na África num encontro com o presidente de Camarões, Paul Biya, Khalifa Gannai estava na Polícia Federal do Rio de Janeiro, tentando obter seu visto de permanência no Brasil, de posse exatamente da aprovação do registro de investidor concedido pelo Ministério do Trabalho quatro dias antes. A viagem de Lula seguiu até 14 de abril, e o presidente teve encontros com líderes da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Ecowas), organização da qual a Líbia não faz parte. 

Há ainda um outro ponto questionável na afirmação de que Khalifa Gannai precisaria do registro de investidor para integrar a comitiva de Lula caso ele fosse à Líbia. Ele é cidadão líbio. Não precisaria de nenhuma documentação brasileira para entrar sem problemas em seu país de origem. 

Carvalho se defende

Ao contrário do que disse Hebe Teixeira Romano, o chefe de gabinete de Lula afirmou que a suposta viagem presidencial não teve relevância para a obtenção do visto e que pedidos como este são comuns na Presidência da República. 

"Não tenho como provar se ele esteve ou não nesta viagem. Isso não é relevante, o relevante é que essa pessoa ajudou a melhorar a relação comercial entre os dois países", disse Gilberto Carvalho em entrevista ao Congresso em Foco.

"Quanto ao mérito, naturalmente, cabe ao profissional que analisa as condições se deve ou não atender. Eu pedi pura e simplesmente para ele ser atendido", defende-se o chefe de gabinete de Lula.

"Se o postulante integrou ou não comitiva presidencial, não é de meu conhecimento, nem de minha responsabilidade", justificou em nota encaminhada ao site a então coordenadora do Conselho Nacional de Imigração do MTE, Hebe Teixeira Romano. 

Fraude

Caso, porém, se comprove o que investiga o Ministério Público, a intervenção feita em favor de Khalifa Gannai contribuiu para que o líbio tivesse sucesso numa fraude. Para conseguir o registro no MTE, ele apresentou documento em que afirma ter aplicado 200 mil dólares no país, e um projeto em que informa atuação de sua empresa no mercado de importação e exportação de mercadorias em geral. Mas, no registro feito na Receita Federal ainda em 2001, a empresa tinha no ramo de atividade a comercialização de energia elétrica como área de atuação. 

Ocorre que, um ano antes da prorrogação do registro, o sócio de Khalifa, o ex-senador Ney Suassuna, já declarara publicamente que a empresa dos dois não tinha saído do papel. Em 2004, Suassuna, então líder do PMDB no Senado, foi aos jornais para responder matéria publicada pelo jornal Correio Braziliense. A reportagem mostrava a relação dele com o líbio. Suassuna e Khalifa pararam no jornal por uma razão não muito nobre: suspeitas de remessas ilegais de dinheiro para o exterior a partir de investigações da CPI do Banestado. 

"A nossa sociedade acabou não saindo do papel, já que ele foi obrigado a retornar ao seu país de origem e eu não tive tempo de tocar a empresa", respondeu Suassuna, ao justificar a sociedade com o líbio. O relatório final da comissão, que não chegou a ser votado, isentou Suassuna das acusações de lavagem de dinheiro e remessas ilegais para o exterior. 

Assim, as declarações públicas do ex-senador já demonstravam que o registro no MTE não poderia ter sido prorrogado. Afinal, o sócio brasileiro da empresa afirmava que ela nunca teve empregados e não funcionou de fato, pré-requisitos óbvios para a concessão do registro de investidor. 

“Peça-chave”

Ao Congresso em Foco, Carvalho disse que, na ocasião, não sabia das ligações de Khalifa Gannai com Ney Suassuna. "Vim saber isso agora, posteriormente, que tinha vinculação com o senador. Não houve pedido do senador. Esta pessoa é de confiança e, pelo que eu sei, continua ajudando empresas brasileiras que investem na Líbia", contou. 

"Ele é o único tradutor que funciona, o único de confiança. Eu estranho este processo do Kalifa, pois para nós ele tem sido uma peça-chave para as relações entre os dois países", completa.
Outra questão que deve intrigar os investigadores do caso. No relatório de gestão de 2005 do Conselho Nacional de Imigração não consta a aprovação do pedido do sócio do ex-senador junto com a de outros processos de estrangeiros deferidos pela pasta no mesmo ano, apesar de ter sido publicado no Diário Oficial da União (DOU). 

O site tenta há mais de uma semana contato com o MTE e com a servidora Heloísa Helena de Melo, por meio da assessoria de imprensa do Ministério do Trabalho. Até o fechamento desta edição, a reportagem não recebeu retorno ao pedido de esclarecimentos sobre este caso.

http://congressoemfoco.uol.com.br/noticia.asp?cod_canal=21&cod_publicacao=32874

sexta-feira, 7 de maio de 2010

STEVE McCURRY EM SÃO PAULO!!!!


Steve McCurry, fotógrafo de zonas de conflito, vem a SP
Autor de uma das mais marcantes imagens do século 20, participa de workshop e palestra na cidade
Simonetta Persichetti, especial para O Estado

SÃO PAULO - Esperar o momento certo para fotografar. Não ter pressa e ao mesmo tempo agir de forma certeira. Parece ser esta a tônica do fotógrafo Steve McCurry, que virá a São Paulo a convite do SP Photo Fest e da revista Fotografe Melhor para workshop e palestra no Museu da Imagem e do Som (MIS), entre os dias 20 e 23 de maio. Também está prevista, a exposição Desassossego da Cor no dia 25 na Galeria Babel. A exposição tem curadoria de Eder Chiodetto e de Jully Fernandes.
McCurry que já esteve presente nos maiores conflitos do mundo tornou-se conhecido nos anos 1980 ao fotografar uma menina afegã, Sharbat Gula. Os olhos verdes que nos fixavam diretamente fizeram a volta ao mundo na capa da National Geographic.
Mas suas fotos também nos trazem os conflitos de lugares como o Iraque, da ex-Iugoslávia, do Líbano e, é claro do Afeganistão. E foi no próprio Afeganistão que sua carreira de fotojornalista passou a ser reconhecida. Vestido com roupas locais, atravessou a fronteira com o Paquistão logo após a invasão soviética no final de 1979. Publicou as primeiras imagens do conflito. Também andou pela Índia, onde aprendeu, segundo ele, a ver e esperar, Tibete, Burma e fotografando os templos de Angkor Wat, assim como o ataque às Torres Gêmeas, nos Estados Unidos em 2001.
Seu trabalho está inserido dentro da mais tradicional escola do fotodocumentarismo. Uma fotografia humanista que se aproxima do sujeito fotografado com o respeito e com vontade de narrar histórias. Cada imagem é uma imagem que se sustenta por si própria, mas que consegue crescer quando editada ao lado de outras criando uma narrativa jornalística. Usa a cor como forma de linguagem, de poética. Um trabalho delicado, mas não por isso menos eficiente e contundente. De sua casa nos Estados Unidos, ele concedeu entrevista exclusiva por e-mail para o Estado.
Quase todos os fotojornalistas que fazem coberturas de guerra não gostam de se definir como fotógrafos de guerra. O senhor também não gosta. Por quê? E por que, então, estão sempre em áreas de conflito?
Eu sou um fotógrafo documentarista. Quero contar histórias com as minhas fotografias. Nos últimos 30 anos andei pelo mundo todo fotografando momentos cruciais de vários países como a Afeganistão, Líbano, Camboja, Índia e Tibete. Algumas pessoas são simplesmente levadas para a linha de frente por sua história particular. Querem ser testemunhas daquelas situações, ver por si próprias em primeira mão. É difícil de explicar, mas de certa forma esta motivação faz parte do DNA. Enquanto algumas pessoas fogem das cenas, outros estão indo ao seu encontro. Como fotógrafo documental me sinto compelido a contar estas histórias. Em muitos casos, as pessoas que você está fotografando não são capazes de contar sua própria história e, informar o mundo por meio dos jornais, revistas, rádio e televisão, é a melhor chance que elas têm de obter visibilidade e ajuda. Creio que cobrir áreas em conflito é importante. O drama humano destes lugares não pode ser subestimado e eu creio que conseguir transmitir estas emoções por meio de fotografias seja nobre. Fotógrafos querem estar perto do perigo porque é lá que as imagens estão.
Depois de tantos anos registrando conflitos, como o senhor vê a humanidade?
Desempenhamos papéis diferentes, mas somos parte da mesma raça humana. Somos iguais, mas fazemos coisas diferentes. Comemos comidas diferentes, vivemos em casas diferentes, falamos diversos idiomas. Sinto curiosidade e empatia pelo ser humano e cada criatura viva é fundamental para minha fotografia. Humanidade e preocupação com a vida neste planeta é o que me guia para conhecer pessoas e culturas.
Impossível não perguntar sobre a menina afegã, Sharbat Gula, que o senhor fotografou em 1984. Esta sua imagem, é talvez, um dos grandes ícones fotográficos do século 20. Por que decidiu procurá-la 20 anos depois?
A imagem desta menina foi reconhecida no mundo inteiro. Recebi várias cartas e e-mails até que decidi tentar encontrá-la. Muitos queriam conhecer sua história. Quando a achamos foram feitos vários testes científicos que comprovassem que era realmente ela. Mas nós não tínhamos dúvidas. O documentário que fizemos para encontrá-la teve um impacto muito forte em minha vida. Mas o melhor da história foi o fato de sermos capazes de reencontrá-la, ajudá-la e fazer sua vida melhor.
Qual a função do fotojornalismo para o senhor?
Gosto de homenagear pessoas, lugares e culturas por meio das minhas imagens. Também gosto de contar as histórias desses personagens com a minha fotografia - especialmente daqueles que mostrei em áreas de conflitos. Acho que esse é um aspecto importante do fotojornalismo - mostrar pessoas, o que está acontecendo.
Fazer uma reportagem fotográfica para um jornal diário ou revista semanal de informação é diferente de fotografar para uma revista como a National Geographic. Como é isso?
Fotografar para os jornais é bom porque te ensina muito sobre jornalismo e deadlines, sobre histórias e fotografia. O único senão é que existe um certo tipo de edição, que privilegia o impacto. Isso acaba por diminuir o mistério e a incerteza que muitas vezes é tão maravilhoso na fotografia: ser capaz de interpretar, cada um a sua maneira, o sentido de uma imagem. Raramente este tipo de ambiguidade tem espaço no mundo do jornalismo.
Existe mesmo um excesso de imagens no mundo hoje em dia? Como saber se a eficiência da imagem continua? Como manter a credibilidade de uma matéria?
A única tática que eu tenho é ser respeitoso, aberto, e ter consideração com as pessoas que eu fotografo. Não me canso de afirmar o quão importante é demonstrar respeito e delicadeza para com todas as pessoas. Problemas no mundo acontecem quando nos sentimos desrespeitados, não vistos e colocados de lado.
Quais suas expectativas para esse encontro aqui em São Paulo?
Espero aprender e trabalhar com fotógrafos e estudantes e também espero ter ótimas discussões durante a palestra. E também espero, como já te disse acima, fazer um belo ensaio explorando novos lugares de São Paulo e do Brasil.
Palestra
Quando: 20 de Maio (Quinta-Feira)
Onde: MIS. Auditório (170 Pessoas). Av. Europa, 158, 2117 4777. Quando: 20 de maio, 19h30. Quanto: grátis - Ingressos distribuídos 1h antes da palestra
Exposição Desassossego da Cor
Onde: Galeria Babel. Rua Dr. Virgilio de Carvalho Pinto, 422, Pinheiros.
Quando: 25 de maio, 18 horas.
Quanto: Grátis


























 
 





quinta-feira, 6 de maio de 2010

JESUS NÃO É REVOLUCIONÁRIO ESQUERDISTA



LEITORES(AS),

VEJAM O ABSURDO QUE ESSE CRISTIANISMO MARXISTA REVOLUCIONÁRIO DO INFERNO FAZ COM NOSSO SENHOR JESUS.

ESSE ÓPIO IDEOLÓGICO INTELECTUALÓIDE CHAMADO TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO E SUAS CRIAS, COMO A MISSÃO INTEGRAL, CADA VEZ MAIS DESCARACTERIZANDO O VERDADEIRO EVANGELHO DE CRISTO, O VERDADEIRO E ÚNICO LIBERTADOR, SALVADOR E SENHOR!

CRISTO É SENHOR, E NÃO SOLDADO EXTREMISTA, GUERRILHEIRO ESQUERDISTA.

CRISTO É SALVADOR, NÃO ENGANADOR.

CRISTO É AMOR, E NÃO ÓDIO TERRORISTA.

CRISTO É LIBERTADOR, E NÃO REVOLUCIONÁRIO SOCIALISTA/COMUNISTA OPRESSOR!

CLIQUEM NO LINK PARA VER A INSANIDADE:

http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2010/05/06/grafite-de-jesus-cristo-nossa-senhora-armados-com-fuzis-causa-polemica-em-caracas-916513987.asp

quarta-feira, 5 de maio de 2010

CULTURA LONDRINENSE


SEMEANDO CULTURA

1º Encontro de Poetas de Londrina

O Que é o Projeto Semeando Cultura

É uma iniciativa que visa promover o encontro da classe literária com alunos de 1º e 2º graus, proporcionando incentivo à leitura e a escrita, para o despertar de novos talentos e visão de uma cultura diferente onde a palavra se torna ação e a ação modifica o individuo.


Objetivo Geral

Valorizar a cultura, através do encontro de poetas e da classe estudantil.


Objetivos Específicos

• Favorecer o crescimento literário;
• Oportunizar a troca de conhecimentos;
• Incentivar a leitura e a escrita;
• Despertar novos talentos;
• Lançar “Antologia Literária”


Público Alvo

Poetas londrinenses e região, abrangendo toda classe poética nacional e um grupo de alunos de 1º e 2º graus do COL.EST.PROFª ADÉLIA DIONISIA BARBOSA que desenvolvem trabalho extra curricular.


Programação Geral

Um dia de convivência em contato com a natureza.
O evento será realizado na Estância Cachoeira (Londrina/Tamarana) com a presença de escritores, músicos, recreadores e estudantes.

Data: 26/06/2010
Local: Estância Cachoeira
Chegada: café da manhã 9:00
Abertura solene: 10:00
Tempo interação: 11:00
Almoço: 12:30
Caminhada poética: 14:00
Chá poético e sarau infantil: 16:00
Sarau e lançamento Antologia: 19:00



Promoção e Organização:

ELIZABETH VARGAS MARCONDES

Rua Dionezio Cruzatte-nº 434-Jardim dos Pássaros
Cep 8608 1100 - Fone: (043) 3338 6793
E.mail: betinamarcondes@hotmail.com


Apoio:

Ordem Dos Advogados do Brasil – Comissão de Cultura - Subseção Londrina
Contato: Hamilton Laertes Araújo – 9106-3737

Academia Londrinense De Letras

Núcleo Estadual de Educação


Regulamento para as Inscrições:

As inscrições são limitadas e serão feitas pelo e-mail da Estância Cachoeira.
contato@estanciacachoeira.com.br

Informações: (43) 9114-4742 Beth / (43) 9109-1691 Denise

Para os que participarão apenas da Antologia Semeando Cultura:

O autor deve enviar uma pequena biografia e dois poemas sendo um de tema livre e outro sobre o meio ambiente (natureza) até 20/05/2010 para o e-mail:
contato@estanciacachoeira.com.br

Para os que participarão do Encontro e da Antologia Semeando Cultura:

O autor deve enviar uma pequena biografia e dois poemas sendo um de tema livre e outro sobre o meio ambiente (natureza) até 20/05/2010.

valor R$ 50,00 (cinqüenta reais) - referente a traslado Londrina/Estância Cachoeira, day use e 4 refeições – enviar cópia comprovante de depósito

Enviar para o e-mail : contato@estanciacachoeira.com.br

Para os que participarão apenas do 1º Encontro de Poetas de Londrina

valor R$ 50,00 (cinqüenta reais) - referente a traslado Londrina/Estância Cachoeira, day use e 4 refeições enviar cópia comprovante de depósito

Enviar para o e-mail : contato@estanciacachoeira.com.br

MAIS UMA DO PT DA ÉTICA


Empreiteira destinou "mesada" ao PT paulista

da Reportagem Local

A empreiteira UTC Engenharia começou a pagar uma "mesada" ao diretório estadual do PT de São Paulo, em abril do ano passado, dois dias antes de fechar um contrato com a Petrobras no valor de R$ 114 milhões, informa reportagem de Rubens Valente publicada na edição desta quarta-feira da Folha.

A empresa fez doações mensais de R$ 150 mil ao partido, totalizando R$ 1,2 milhão, e foi escolhida por convite no contrato com a estatal. Segundo o PT, as doações são legais e foram declaradas ao Tribunal Regional Eleitoral.

Nos registros entregues ao TRE, o PT informou um outro nome nas doações, "VTC Engenharia". Contudo, o número do CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) indicou ser a UTC. Indagado, o PT não se manifestou sobre a divergência.

O diretório obteve receitas de R$ 3,7 milhões em 2009. Desse total, R$ 2,15 milhões vieram de empreiteiras. A UTC foi a campeã: doou 55,6% do bolo total das construtoras. Além dela, doaram a Santa Bárbara Engenharia (R$ 300 mil), a Queiroz Galvão (R$ 265 mil) e a OAS (R$ 160 mil).

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u730364.shtml

IRÃ & COREA DO NORTE


Irã convida líder norte-coreano Kim para visita, diz autoridade

Hashem Kalantari
Em Teerã

O Irã convidou o líder norte-coreano, Kim Jong-il, para uma visita à República Islâmica com o objetivo de aprofundar os laços econômicos, informou um porta-voz do Ministério de Relações Exteriores iraniano nesta terça-feira.

"O convite foi feito durante uma viagem do vice-ministro de Relações Exteriores responsável por assuntos na Ásia e na Oceania (Mohammad Ali Fatollahi)", disse o porta-voz Ramin Mehmanparast a jornalistas durante uma coletiva de imprensa semanal.
"Esperamos que a visita seja realizada em breve e que sirva como um salto adiante na cooperação entre os dois países, particularmente no âmbito econômico", acrescentou. Ele não deu mais detalhes.

Os Estados Unidos temem que o Irã e a Coreia do Norte se tornem países com armas nucleares.

A Coreia do Norte exigiu reconhecimento internacional como Estado nuclearmente armado, mas especialistas dizem que apesar de o país ter plutônio suficiente para armas, não tem a capacidade de colocar as ogivas em um míssil.

O Irã, que diferentemente da Coreia do Norte é signatário do Tratado de Não-Proliferação Nuclear, pode enfrentar novas sanções das Nações Unidas por enriquecer urânio.

Teerã, um dos maiores produtores de petróleo e gás natural do mundo, diz que seu programa nuclear tem como objetivo a geração de eletricidade, mas Washington e seus aliados temem que o Irã adquira capacidade para construir armas.

Kim esteve na China nesta semana em sua primeira viagem ao exterior desde seu suposto derrame em 2008.

http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/reuters/2010/05/04/ira-convida-lider-norte-coreano-kim-para-visita-diz-autoridade.jhtm

ATÉ TUMA JR???


Tuma Jr. discute futuro com ministro da Justiça após escândalo da máfia chinesa

LUCAS FERRAZ
da Sucursal de Brasília

O secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, vai se reunir no final desta manhã com o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, para definir seu futuro. Tuma Júnior é acusado de manter ligação com Li Kwok Kwen, conhecido como Paulo Li e apontado em inquérito da Polícia Federal como chefe da máfia chinesa em São Paulo.

Segundo reportagem publicada na edição desta quarta-feira de "O Estado de S.Paulo", o secretário foi flagrado em interceptações telefônicas e em troca de mensagens com o chinês, que tinha trânsito livre no órgão do Ministério da Justiça e é acusado de contrabandear produtos eletrônicos da China.

Segundo o jornal, quando foi preso na operação da PF, em setembro do ano passado, Li Kwok Kwen ligou para Tuma Júnior. O secretário, que é filho do senador Romeu Tuma (PTB-SP), chegou a prestar depoimento à polícia. Ainda segundo a reportagem, Li negociava também o visto de permanência de chineses no país, atribuição ligada diretamente ao posto ocupado pelo secretário no ministério. Tuma Júnior também dirige o CNCP (Conselho Nacional de Combate à Pirataria), que assumiu no final de abril.

A interlocutores do ministério, Tuma Júnior disse nesta manhã que não sai do cargo, no que depender dele, e que vai procurar a AGU (Advocacia Geral da União) para preparar sua defesa. Ele reclamou ainda de perseguição política. Mas tudo, contudo, vai depender de sua conversa com Luiz Paulo Barreto.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u730461.shtml

terça-feira, 4 de maio de 2010

BRASIL CORRENDO RISCO


Brasil tem problemas de liberdade de imprensa

Análise apresentada pela entidade Repórteres Sem Fronteiras destaca que País sofre com decisões judiciais que limita trabalho da mídia


Wilson Tosta / RIO - O Estado de S.Paulo

Em um mapa da entidade Repórteres Sem Fronteiras sobre a situação da liberdade de imprensa no mundo em 2010, dividindo 175 países em um espectro de cores que vai do branco (boa) ao preto (muito grave), o Brasil aparece coberto de laranja claro (com problemas sensíveis).

O desenho foi exibido ontem pelo presidente emérito do Grupo RBS, Jayme Sirotsky, no seminário Liberdade de Expressão, e mostra que, se o País não chega ao laranja escuro (difícil) de Venezuela e Equador e está muito distante do preto da Arábia Saudita, está longe da liberdade clara de Canadá, Austrália, Bélgica, países escandinavos e outros.

Entre os motivos, decisões judiciais vetando reportagens - como a que há 277 dias impôs ao Estado censura em relação à Operação Boi Barrica, da Polícia Federal. "Aqui são praticadas algumas formas veladas de censura e outras explícitas, com base em interpretações equivocadas da lei", disse Sirotsky, em sua palestra, intitulada O cerceamento às liberdades de expressão - visão histórica da evolução dos abusos pelo mundo, no evento promovido pela Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (Emerj) e entidades do setor, no Dia da Liberdade de Imprensa.

"São decisões judiciais sob o argumento de que a liberdade de expressão não é um direito absoluto, de proteção da intimidade. O ministro (do Supremo Tribunal Federal) Celso de Mello diz claramente que a nova forma de censura prévia é a tutela antecipada (contra reportagens) que alguns juízes estão concedendo." Sirotsky destacou a "inexplicável e longa" censura enfrentada pelo Estado, lembrou que a liberdade de imprensa é respaldada em tratados internacionais e na Constituição e classificou a situação brasileira como de "liberdade relativa".

Ele também criticou propostas de "controle social" da mídia, levantadas por representantes de partidos de esquerda e movimentos sociais, denunciando-as como tentativas de controlar a imprensa pelo Estado. "Ora! Controle social da mídia... São 8.621 emissoras de rádio, 497 estações de televisão, 3.079 jornais que circulam e informam no nosso País", disse. "A sociedade tem cada vez mais poder de fiscalizar e de usar as novas tecnologias para exigir qualidade, isenção e para produzir seus conteúdos."

Mesmo no campo da segurança física para jornalistas, a situação do Brasil não é a ideal. Até 2009, frisou Sirotsky, o País era um dos 14 piores locais para a imprensa trabalhar sob esse ponto de vista, de acordo com a organização Comitê para a Proteção de Jornalistas. Em 2010, o Brasil saiu da relação, devido a condenações de criminosos que mataram profissionais da área.

O problema é mais grave em outros países da América Latina. "Honduras chegou a ser considerado o país mais perigoso do continente para jornalistas, com seis profissionais assassinados somente em 2010", declarou Sirotsky.

Denúncias. Representantes de órgãos de comunicação da Venezuela, da Argentina e do Equador denunciaram no seminário iniciativas dos governos de seus países para limitar cada vez mais a autonomia de jornalistas e empresas jornalísticas.

Um dos exemplos foi o do presidente do canal venezuelano Globovisión, Guillermo Zuloaga, preso ao voltar ao país após participar de reunião da Sociedade Interamericana de Prensa (SIP) em Aruba, no Caribe, acusado de ter "vilipendiado" no encontro o governo do presidente Hugo Chávez.

Embora já libertado, o diretor da TV não pôde participar do evento de ontem, por estar impedido de sair da Venezuela, e foi representado pelo filho, Carlos Zuloaga. Venezuela, Argentina, Bolívia, Honduras e México são citados negativamente no relatório de 2010 da World Association of Newspapers and News Publishers (WAN).

Mediador de um debate que reuniu Zuloaga, Hernán Verdaguer, do grupo argentino Clarín, e Emílio Palacios, do jornal equatoriano El Universo, sobre O cerceamento às liberdades de expressão na América Latina, o diretor de Conteúdo do Grupo Estado, Ricardo Gandour, citou estudo do analista Andrés Cañizalez, que apontou um padrão comum de perseguição a órgãos de comunicação na América Latina. Segundo Cañizalez, esse padrão é formado por quatro fatores: valorização direta da comunicação do Poder Executivo com o povo; fortalecimento dos veículos estatais; formação e sistematização de novos marcos regulatórios para a comunicação; e o discurso agressivo dos governantes em relação à mídia.

"Eu chamaria a atenção para um aspecto adicional: o risco de, num país emergente como o Brasil, passarmos a confundir o conceito de progresso com apenas o progresso econômico", declarou Gandour. "Há o risco de a sociedade brasileira se deixar anestesiar pelo progresso econômico e deixar de zelar por todos os demais valores que devem sustentar a democracia. O convívio com o contraditório, a fluidez de ideias de várias formas, várias origens, têm que ser preservados." Segundo ele, o Brasil vive situação de plena de liberdade de imprensa, embora com problemas sensíveis e ameaças periódicas.

O ministro Carlos Ayres Britto, homenageado por ter relatado no STF a ação que resultou no fim da Lei de Imprensa imposta pela ditadura, atribuiu as decisões de primeira instância vetando reportagens a uma certa "perplexidade" de juízes com mudanças recentes.

"Estamos passando de uma cultura restritiva da liberdade de imprensa para uma cultura de plenitude da liberdade de imprensa. Então há um certo negaceio, uma certa perplexidade. É como está no livro de Milan Kundera, A Insustentável Leveza do Ser. De repente, o que pesa sobre os nossos ombros não são as dificuldades de vida, e sim as facilidades da vida. Estamos hoje em pleno gozo da liberdade de imprensa e paradoxalmente nos sentimos mal", afirmou.

Além da Emerj, promoveram o encontro a Associação Nacional dos Jornais (ANJ), a Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão (Abert). a Associação Nacional dos Editores de Revistas (ANER) e o Forum Permanente do Direito à Informação e de Política de Comunicação Social do Poder Judiciário.

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100504/not_imp546559,0.php

MAIORES INIMIGOS DA IMPRENSA

ONG inclui Putin, Ahmadinejad e Jintao em lista de 40 "predadores" da imprensa

Do UOL Notícias
Em São Paulo

O que diz o relatório

Vladimir Putin
Assim como almeja o controle do Estado, Putin quer controlar as forças econômicas, geopolíticas e também a mídia. As estações de TV nacionais falam, agora, a uma só voz. Cinco jornalistas foram assassinados em 2009 e 22 desde 2000. Pela primeira vez , o presidente Vladmir Medvedev reconheceu a existência dos assassinatos políticos. Além disso, Putin incentiva a perseguição a dissidentes e permite um nível de impunidade que está minando o Estado de Direito.

Mahmud Ahmadinejad
O governo de Ahmadinejad empreendeu uma ofensiva pesada contra jornalistas e internautas, na qual mais de 100 foram presos e cerca de 50 forçados a fugir para o exterior. Quatorze jornais foram fechados e milhares de páginas da web, bloqueadas. Pela primeira vez desde a revolução de 1979, o governo introduziu um sistema pelo qual o conteúdo de mídia imprensa é sistematicamente verificado pelos serviços de segurança antes da publicação. As organizações internacionais raramente conseguem obter permissão para visitar o Irã.

Hu Jintao
Mesmo que professe publicamente o apoio à liberdade de imprensa, Jintao restringe a atuação de dissidentes e aceitou a prisão de mais de 50 tibetanos que foram detidos após tentarem divulgar fotos, vídeos ou relatos sobre a situação na província. Jintao também ordenou uma repressão implacável aos uigures de Xinjiang em julho de 2009: a internet foi desligada por vários meses, enquanto a imprensa oficial se voltou contra os separatistas. Jornalistas que foram presos em 2008, durante os Jogos Olímpicos, por exigir mais democracia, permanecem detidos em condições desumanas.

A organização não-governamental internacional Repórteres Sem Fronteiras divulgou nesta segunda-feira (3), dia internacional da liberdade de imprensa, seu relatório anual com os “predadores” da prática jornalística. No levantamento, a ONG lista 40 indivíduos ou organizações “poderosos, perigosos, violentos e acima da lei” que tratam a imprensa como um inimigo e promovem ataques diretos a jornalistas.

O relatório não lista nem indivíduos, nem organizações brasileiras como predadores da imprensa. Também não está listado o presidente venezuelano Hugo Chávez, sobre quem pairam acusações de impedir o trabalho da imprensa ao não renovar concessões a redes de televisões e ordenar o fechamento de veículos.

A lista de "predadores" traz alguns dos mais importantes líderes globais, como Mahmud Ahmadinejad, presidente do Irã; Kim Jong-il, líder norte-coreano; Vladimir Putin, primeiro-ministro russo; Hu Jintao, presidente da China; e o príncipe Abdallah, monarca da Arábia Saudita. Entre as entidades, estão as Forças de Defesa de Israel e o grupo separatista basco ETA.
Além da lista, a Repórteres Sem Fronteiras divulgou um ranking mundial da liberdade de imprensa com 175 países. O Brasil melhorou 11 posições do ano passado para este ano e ocupa agora o 71º lugar da lista. Dividem a primeira colocação Dinamarca, Finlândia, Irlanda, Noruega e Suécia. Segundo a ONG, não há ameaças à liberdade de imprensa nesses países.

A última posição do ranking ficou com a Eritreia, seguida da Coreia do Norte, Turcomenistão, Irã, Birmânia, Cuba, Laos e China (veja a lista ao final do texto). Entre os países latino-americanos, o México e Colômbia obtiveram as piores posições (137º e 126º, respectivamente) e o Uruguai a melhor (29º). Os principais critérios adotados na lista foram a violência contra jornalistas e a adoção de medidas, por parte do poder público e/ou entidades particulares, que limitem a liberdade de imprensa.

Israel está entre os países que mais caíram no ranking, saltando da 46ª posição para a 93ª. A ONG credita a queda ao impacto que a ofensiva contra a faixa de Gaza trouxe à imprensa. Durante a ofensiva, as tropas israelenses mataram três jornalistas e feriram cerca de 20. Além disso, aumentou a censura aos meios de comunicação e os casos de detenções ilegais de repórteres, de acordo com a entidade.

Em contrapartida ao caso israelense, o relatório anual destaca a subida no ranking dos Estados Unidos --que pularam do 36º lugar ao 20º-- causada pelo  "efeito Obama", que possui uma "abordagem menos agressiva do que seu antecessor [George W. Bush]", destaca a ONG.

Contudo, a entidade acusa os EUA de não conferirem o mesmo tratamento dado internamente à imprensa nos países em que mantêm tropas militares (Iraque e Afeganistão). Segundo a Repórteres sem Fronteiras, vários jornalistas foram presos e feridos por militares norte-americanos.

Países onde há "predadores" da liberdade de imprensa

  • Fonte: Repórteres Sem Fronteiras
"Predadores"
Muitos dos que foram citados no ranking já estavam na lista da ONG no ano passado.

O que diz o relatório

Kim Jong-il
O regime totalitário liderado por Kim Jong-il desde 1994 empreende, de uma maneira única no mundo, a proibição do uso dos poucos telefones móveis existentes no país e ordena o culto às personalidades da família presidencial. O presidente que proibiu a mídia de discutir a fome que matou milhões de norte-coreanos durante a década de 1990 é capaz de enviar aquele que cometeu um simples erro de ortografia do seu nome para os campos de reeducação ideológica.

Príncipe Abdallah
Não há na Arábia Saudita qualquer lei que proteja a liberdade de expressão. Diante disso, os jornalistas não se atrevem a criticar o regime saudita. O país é um dos mais repressivos do mundo no que se refere à internet. O governo criou uma comissão especial em março de 2007 imbuída de garantir a “ordem social” por meio da filtragem da internet. A prerrogativa empregada é de "proteger a sociedade saudita" do terrorismo, de fraudes, da pornografia e da difamação e da violação "dos valores religiosos". Mais de 400 mil sites estão bloqueados. Longe de tentar esconder o que estão fazendo, as autoridades sauditas defendem publicamente as suas decisões de censura.

Raúl Castro
Apesar de se comportar um pouco melhor que seu irmão Fidel no que diz respeito aos direitos humanos, Raúl Castro permite a perseguição de jornalistas independentes e a prisão dos profissionais de imprensa pela polícia política. Dezenove jornalistas presos em março de 2003 continuam detidos em condições desumanas. Outros cinco foram presos desde que Raúl assumiu, o que faz de Cuba uma das maiores “prisões” do mundo para a os jornalistas, apenas atrás da China e do Irã.

Na América Latina, não há mudanças sensíveis, e as quatro principais fontes promotoras de ameaças e de atos de violência contra jornalistas permanecem as mesmas: os traficantes de drogas mexicanos, a ditadura cubana, as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e grupos paramilitares também colombianos, segundo os critérios do Repórteres sem Fronteiras.

Em comparação com o relatório do ano passado, a África sofreu algumas alterações, mas as mudanças mais substanciais ocorreram em os países da Ásia.

Na Somália, saiu da lista o antigo chefe da inteligência do país Mohamed Warsame Darwish --demitido em dezembro de 2008--, autor de ataques pesados à imprensa e mandante de detenções arbitrárias de jornalistas e execuções a profissionais da imprensa, segundo a ONG.

Na Nigéria, o relatório divulgado hoje incluiu o chefe do Serviço de Segurança Ogbonna Onovo, que, de acordo com a Repórteres Sem Fronteiras, incentiva a polícia a usar a violência contra os jornalistas e impede o acompanhamento de operações.

Já no Iraque, a ONG avalia que a situação do jornalistas está melhorando lentamente e que a violência afeta mais a população em geral, do que os profissionais de imprensa em particular. Por esta razão, a organização retirou grupos islâmicos iraquianos do relatório deste ano.

No entanto, entrou na lista deste ano o presidente iemenita Ali Abdulah Saleh, acusado pela entidade de aumentar a repressão por meio da criação de um tribunal especial para crimes de imprensa e incentivar a perseguição a uma dezena de jornalistas, numa “tentativa de impedir a cobertura da guerra suja travada no norte e no sul do país”.

As Filipinas foram incluídas na lista deste ano como país perigoso aos jornalistas após o massacre de 30 jornalistas na província de Maguindanao, em 23 de novembro de 2009, por milícias particulares.
Para a ONG, houve falta de vontade política do governo local para julgar e punir os responsáveis pelas chacinas.

Também foi incluído à lista o líder taleban Mullah Omar, cuja influência se estende pelo Paquistão e Afeganistão.

O líder, afirma a Repórteres sem Fronteiras, dirigiu sua guerra santa também à imprensa, ao ordenar 40 atentados contra jornalistas e empresas midiáticas.

Ramzan Kadyrov, o presidente da República russa da Chechênia, foi incluído por impor um “regime de terror” na região.

Segundo a ONG, ele estaria envolvido na morte de Anna Politkovskaya, em 2006, e Natalia Estemirova, em 2009, duas jornalistas críticas ao seu governo.

Ranking da liberdade de imprensa

MAIS LIBERDADE MENOS LIBERDADE
1º Dinamarca 175º Eritreia
- Finlândia 174º Coreia do Norte
- Irlanda 173º Turcomenistão
- Noruega 172º Irã
- Suécia 171º Mianmar
6º Estônia 170º Cuba
7º Holanda 169º Laos
- Suíça 168º China
9º Islândia 167º Iêmen
10º Lituânia 166º Vietnã
71º BRASIL
  • Fonte: Repórteres Sem Fronteiras

PERIGO DA CENSURA



Dia da Liberdade de Imprensa: evento alerta para ameaças de censura

O encontro na Escola de Magistratura do Rio reuniu jornalistas brasileiros e estrangeiros e representantes da Justiça.

Nesta segunda-feira, Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, um evento no Rio alertou para as ameaças de censura a meios de comunicação na América Latina.

O encontro na Escola de Magistratura do Rio reuniu jornalistas brasileiros e estrangeiros e representantes da Justiça.

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Carlos Ayres Brito, foi homenageado por ter sido o relator da decisão que aboliu a Lei de Imprensa, que vigorava desde a ditadura militar.

Ele recebeu uma placa de reconhecimento entregue pelo vice-presidente das Organizações Globo, João Roberto Marinho.

“Entre a imprensa e a população e a comunidade há uma linha direta que não passa pela figura do Estado-ponte, não passa pela figura do Estado-mediador”, declarou o ministro do STF, Carlos Ayres Britto.

Segundo os organizadores, o encontro serviu para chamar a atenção para a situação de diversos países da América do Sul, onde há não só ameaças, mas ataques diretos de todas as formas, contra a liberdade de imprensa.

O presidente do canal de televisão venezuelano Globovision, Guillermo Zuloaga, tinha sido convidado para participar do encontro, mas foi proibido de sair do país depois de ter feito críticas ao presidente Hugo Chávez.

Zuloaga mandou um depoimento gravado e foi representado pelo filho, que denunciou ser este mais um ato de censura do governo de Hugo Chávez.

Também relataram pressões dos governos, os representantes da Argentina e do Equador.
O americano Carl Bernstein, que cobriu o escândalo Watergate que, na década de 70, levou à renúncia o presidente Richard Nixon, fez um apelo em defesa da liberdade de expressão.

Em nome da Associação Nacional de Jornais, o presidente emérito do grupo RBS, Jayme Sirotsky, denunciou que as anunciadas tentativas de controle social da imprensa são, na verdade, censura.

“Nós achamos que há aí não o controle social, o controle da sociedade, há uma tentativa de controle do estado sobre a imprensa e esta é extremante perigosa. Sobretudo, porque há pessoas que assumem o aparelho do Estado e que através desse aparelhamento procuram influir sobre os meios de comunicação”, disse.

http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2010/05/dia-da-liberdade-de-imprensa-evento-alerta-para-ameacas-de-censura.html

CLARÍN NA MIRA


Representante do ''Clarín'' ataca lei argentina

O gerente de Assuntos Regulatórios do jornal argentino Clarín, Hérnan Verdaguer, criticou duramente ontem a Lei de Serviços de Comunicação aprovada pelo Congresso da Argentina por proposição do Poder Executivo, mas atualmente suspensa pelo Poder Judiciário. Ele reclamou que as mudanças propostas proibindo, por exemplo, que uma mesma empresa tenha, ao mesmo tempo, licenças para TV aberta e TV a cabo na mesma localidade, não têm precedente em nenhum lugar do mundo e tiram "escala" do negócio.

"Os meios estatais são os que florescem, não têm nenhuma restrição para transmitir em cadeia", declarou ele, no evento Liberdade de Expressão. Ele chamou a mudança de "falsa democratização". Pela nova lei, só o Estado poderia transmitir em nível nacional. Segundo Verdaguer, em um mundo globalizado a ausência de escala cria dificuldades para competir frente a "players" globais.

Verdaguer também criticou a regra que impede que um operador de canal a cabo na Argentina concentre mais de 35% do número de assinantes. Ele afirmou que a mudança atenta contra a escala e tem poucos precedentes em nível internacional. "Nos Estados Unidos há limitação similar, mas está sendo desafiada em cortes judiciais", afirmou. Ele também criticou a redistribuição de publicidade oficial por critérios políticos.

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100504/not_imp546562,0.php

MAIS UMA DA CRIAÇÃO DE FIDEL CASTRO


Chávez anuncia formação de exército para lutar contra oposição
Na Venezuela, o governo de Hugo Chávez anunciou a formação de um exército paralelo para lutar contra a oposição. A milícia já tem 35 mil soldados. São militares da reserva, policiais e voluntários que receberam treinamento para pegar em armas.

Segundo o presidente Chávez, a milícia está preparada para dar a vida para defender o governo.

http://g1.globo.com/bomdiabrasil/0,,MUL1568830-16020,00-CHAVEZ+ANUNCIA+FORMACAO+DE+EXERCITO+PARA+LUTAR+CONTRA+OPOSICAO.html

DITADURA SOCIALISTA DO SÉCULO 21



''Opinar, na Venezuela, virou um delito''


ENTREVISTA
Carlos Zuloaga, vice-presidente da TV Globovisión

Representante do pai, o presidente da TV venezuelana Globovisión, Guillermo Zuloaga, que está impedido de sair da Venezuela por responder a processo contra o presidente Hugo Chávez, o vice-presidente da empresa, Carlos Zuloaga, afirmou ontem que o modelo chavista de censura à mídia está sendo exportado. Segundo ele, opinar, na Venezuela, virou um crime - mesmo quando a opinião é emitida fora das fronteiras do país. A seguir, os principais trechos da entrevista de Carlos Zuloaga durante o evento Liberdade de Expressão.

Por que seu pai não pôde vir a este encontro?

Ele está proibido de sair da Venezuela simplesmente por ter emitido uma opinião, e uma opinião sobre fatos históricos da Venezuela, acontecimentos ocorridos no ano de 2002. Ocorreu fora do território venezuelano, em uma reunião da SIP, na ilha de Aruba. Opinar, na Venezuela, virou um delito. Delito de opinião, dos quais temos casos similares.

Este modelo de Hugo Chávez para cercear a liberdade de imprensa está-se expandindo para outros países?

Bem, se vê claramente, com o exemplo que vemos do Equador, da Argentina, nos quais há um modelo que se repete nesses países, muito similar. Com leis que limitam a liberdade de expressão, com impostos, com outras formas, vemos que é um modelo que é exportado.

Como o senhor vê os próximos anos de governo Chávez?

Vê-se claramente que o presidente Chávez já tem uma visão do que vai ser o futuro da Venezuela, quando disse que não há sucessão alguma e que não vê um sucessor. Quando Chávez disse que não tem nem sequer data para sair do governo, se vê claramente que este governo vai crescer e vai continuar.

E os demais poderes, como se portam?

O presidente dá ordens publicamente a todas as instituições. E o que ocorre é que o que ele manda se cumpre.

O sr. corre o mesmo perigo que seu pai, se estivesse aqui?

Isso estamos vivendo na Venezuela, onde uma opinião pode atrair uma consequência. É um alto risco.

Qual é a acusação a seu pai?

Vilipêndio, ofensa ao presidente, e difusão de informações falsas.

Há outro processo, de fraude?

Esse processo segue aberto. Vê-se claramente que é uma discriminação, como tratam meu pai por ser simplesmente presidente da Globovision.

Além das fronteiras. O modelo de Hugo Chávez, de limitar a liberdade de expressão, está sendo exportado, analisa Carlos

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100504/not_imp546564,0.php

"TODOS OS HOMENS DO PRESIDENTE"


LEITORE(AS),

VEJAM AS OPINIÕES DE UM ÍCONE DO JORNALISMO MUNDIAL A RESPEITO DA RESPONSABILDADE DO JORNALISTA: “NÃO É COM O LUCRO E NEM COM A IDEOLOGIA”. ISSO VALE PARA TUDO EM NOSSAS VIDAS, COMO, TAMBÉM, A VISÃO DELE SOBRE “NÃO FICAR SÓ PRESO AOS FATOS”. ASSISTAM AO FILME: TODOS OS HOMENS DO PRESIDENTE, SOBRE O CASO WATERGATE.

“SÓ PORQUE O CARA É AMERICANO”, VÃO CRITICAR OS MARXISTAS ESQUERDOFRÊNICOS.

POIS É... MAS É QUE, À ÉPOCA, O MUNDO AINDA VIVIA A GUERRA FRIA E OS PAÍSES DOMINADOS PELA CORTINA DE FERRO DO COMUNISMO DA FINADA U.R.S.S. (UNIÃO DAS REPÚBLICAS SOCIALISTAS SOVIÉTICAS), COMO A RÚSSIA, BIELORÚSSIA, CAZAQUISTÃO, LETÔNIA, LITUÂNIA, UCRÂNIA, MOLDÁVIA, ARMÊNIA, GEÓRGIA, ESTÔNIA, AZERBAIJÃO E OS ESTADOS-SATÉLITES DA POLÔNIA, BULGÁRIA, HUNGRIA, TCHECOSLOVÁQUIA, ROMÊNIA E ALEMANHA ORIENTAL (ASSISTA “A VIDA DOS OUTROS”, PARA COMPREENDER O COMUNISMO NESTE PAÍS), ALÉM DE CUBA (DESDE O SÉCULO PASSADO É DITADURA COMUNISTA!), MYANMAR, CAMBOJA, VIETNÃ, LAOS ETC., NÃO POSSUÍAM IMPRENSA LIVRE, DEMOCRACIA.

CARL BERNSTEIN E BOB WOODWARD DERRUBARAM O PRESIDENTE AMERICANO RICHARD NIXON. SÓ ISSO. POR AQUI, NEM MESMO O MENSALÃO FOI CAPAZ DE DERRUBAR “TODOS OS HOMENS DO PRESIDENTE”.

BOA LEITURA.

‘Missão do repórter é lançar luz sobre a realidade’, diz Carl Bernstein

O jornalista americano que investigou o caso Watergate esteve no Brasil e deu uma entrevista exclusiva ao Bom Dia Brasil.
O jornalista americano Carl Bernstein participou do encontro que discutiu ameaças de censura a meios de comunicação, no Rio de Janeiro. Ele é protagonista da mais devastadora investigação do século 20 - o caso Watergate, Um repórter minucioso, sério, com um sentido de missão. A missão de informar, de servir ao público.

A história do jornalismo no século 20 como nós o conhecemos se divide praticamente em duas metades: antes e depois de Carl Bernstein e Bob Woodward e do episódio do Watergate. O Watergate foi uma grande crise política, que levou um presidente dos Estados Unidos a renúncia, graças ao trabalho de dois repórteres, que com suas reportagens investigativas foram descobrindo tudo o que tinha de errado no poder em Washington, no Poder Judiciário, na polícia e em todos os homens que cercavam o presidente. Esse, aliás, é o nome do primeiro livro de Carl Bernstein. Bernstein é autor de vários livros, de muitas pesquisas, está no jornalismo há 50 anos.

Renato Machado – O que mudou em 50 anos?

Carl Bernstein - Quase tudo mudou, menos o jeito de se contar uma história. Você tem que procurar sempre a melhor versão possível da verdade. Isso parece uma afirmação simples, mas o conceito é complexo. Significa bater na porta das pessoas, conversar com muita gente, ouvir com atenção, fazer o dever de casa, respeitar as fontes e não ficar só preso aos fatos. Tentar sempre entender o contexto. A coisa mais importante que nós, jornalistas, fazemos é decidir o que é notícia.

Qual é a missão do repórter?

A missão do repórter é lançar luz sobre a realidade. Para mim, o papel da imprensa é antes de tudo compreender que a nossa maior responsabilidade é com o interesse público, não com lucro ou ideologia. O objetivo de ditadores e tiranos que querem controlar a população e não acreditam em liberdade de expressão é induzir a autocensura. Isso dificulta o trabalho dos repórteres, seja nos Estados Unidos da era Bush ou sob o regime de Hugo Chávez na Venezuela.

O jornalista também lembrou a cobertura do caso Watergate: “Além de mim, de Bob Woodward e do antigo editor do jornal, ninguém sabia a identidade do informante Garganta Profunda. Não contamos nem para as nossas ex-mulheres. Me perguntaram se o caso Watergate teria se desenrolado do mesmo jeito se a investigação tivesse sido feita por dois outros repórteres. Olhei para Woodward e pensei que seria impossível. Tinha uma espécie de sinergia naquele momento entre nós dois e nossos editores, que fazia com que tudo funcionasse. Era uma tensão, uma competição, um respeito, uma troca de papéis. Tudo funcionava”.

Para os repórteres de hoje, Bernstein manda uma mensagem: “Ser jornalista é a melhor profissão que alguém pode ter. Passei os últimos 50 anos aprendendo, na linha de frente dos acontecimentos. Sem falar na humildade que você sente quando desempenha o papel de informar. Por último, nunca é bom se levar muito a sério”.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

NOSSA CULPA

CULPA DOS EUA? CULPA DA CIA? DO FBI?

NÃO! CULPA NOSSA MESMO QUE VEMOS TUDO ISSO E FAZEMOS NADA!

Ficha limpa não valerá neste ano, diz líder do governo

NANCY DUTRA
MARIA CLARA CABRAL
da Sucursal de Brasília

 
O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), afirmou nesta segunda-feira que não há condições de aplicação do projeto ficha limpa nas eleições deste ano. Apesar disso, a intenção é votar a proposta, que torna mais rígidas as regras de inelegibilidade, nesta terça-feira.
"Não haverá mais prorrogação", afirmou Vaccarezza.

Para o líder do governo, o relatório de José Eduardo Cardozo (PT-SP), apresentado na semana passada na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), é "bastante adequado" e conseguiu mais apoios que o projeto inicial, que previa a inelegibilidade de candidatos condenados em 1ª instância.

Cardozo propôs alterações no texto apresentado no projeto de iniciativa popular, que reuniu cerca de 1,6 milhão de assinaturas, e o elaborado pelo grupo de trabalho que analisou o tema, de autoria do deputado Indio da Costa (DEM-RJ).

Pela proposta do relator, o candidato pode apresentar um recurso, com o chamado efeito suspensivo, contra a decisão tomada em 2ª instância por um colegiado que o tenha condenado por algum crime que implique inelegibilidade. Nesse caso, haverá prioridade para o julgamento do recurso, o que, segundo o relator, irá acelerar a decisão. Caso o recurso seja rejeitado, o registro da candidatura é cassado.

"Só entrará com recursos quem acreditar que a decisão será favorável na instância superior. Acaba a história de recorrer para que a tramitação se prolongue", afirmou Cardozo na semana passada.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u729534.shtml