quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

AINDA EXISTEM PESSOAS HONESTAS


Menina encontra R$ 20 mil em casaco doado a vítimas de enchentes em Santa Catarina


Do UOL Notícias
Em São Paulo*


Uma menina de cinco anos encontrou R$ 20 mil escondidos em um casaco recebido por sua família como doação, após perder tudo na região do Alto Baú, em Ilhota, no Vale do Itajaí, durante as enchentes que castigaram Santa Catarina. As informações são do portal 'Diário Catarinense'.

O avô da menina, Daniel Manoel da Silva, 58 anos, foi atrás do doador, que é morador de Concórdia, município no Meio-Oeste catarinense, para devolver o dinheiro. "Se o dinheiro fosse entregue nas minhas mãos, teria aceitado com certeza, pois agora precisamos. Mas é uma questão de criação, fui educado assim e estou com a consciência limpa" afirmou Daniel ao 'Diário Catarinense'. Segundo o portal, ele recebeu R$ 1 mil pela honestidade.

A menina Daniele Maria Annater, 5 anos, brincava com o casaco quando encontrou o dinheiro escondido na manga. Nem a mãe nem as tias da menina haviam se interessado pela peça, considerada uma roupa muito fina para o estilo de vida da família, e iriam repassá-la para outros desabrigados.

Daniel Manoel da Silva, que plantava cana e fabricava cachaça artesanal, perdeu cinco familiares no dia 23 de novembro, quando a casa nova da família foi encoberta pela lama. Luis Paulo Hostim, 17 anos, João Pedro Silva, um ano e oito meses, Joana Maria Annater, sete meses, Nelson Galdino da Silva, 62 anos, e Maria Tatiana Hostim, sete meses, morreram soterrados.

Com informações do 'Diário Catarinense'



quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

BOM MESMO É SER TRAIDOR...


Expus minhas fotos na Academia de Letras, Ciências e Artes de Londrina no domingo. Na volta li no meu blog alguém me detonando. Mais um petista órfão do “mundo novo possível”, que viu a trupe traidora de Lula-lá jogar no caixa 2 do Mensalão todo seu blá-blá-blá ético de 30 anos. Mas o melhor estava por vir: descobri que um site comunista me classifica como jornalista “traidor”, como “perigo” às causas proletárias. Uau!

Enquanto isso, na Venezuela, Fidel Cas..., quer dizer, Hugo Chávez, força uma emenda constitucional que permita sua ditad..., quer dizer, sua reeleição para ficar no poder até 2021! O grande militar bolivariano-revolucionário que comanda o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) - para se eternizar no poder os socialistas se unem até no inferno! -, stalinisticamente em alto e mau tom decretou: “Eu dei ao PSUV e ao povo minha autorização para começarem o debate e tomarem as medidas necessárias para obter aquela emenda constitucional e a reeleição do presidente. E eu asseguro que vamos obtê-la agora”. Libertador, humano, democrático, impoluto, probo; um santo!

No Brasil, Gleber Naime, secretário nacional de Comunicação do PT, no final do seminário realizado pelo grupo petista Construindo um Novo Brasil(?), afirmou: “A crise tem pai e mãe. É uma crise do modelo neoliberal, daqueles que no Brasil defenderam as idéias de desregulamentação do Estado, ou seja, o PSDB e o DEM. E esse debate o PT vai fazer. Os neoliberais perderam”. O líder do grupo é o acusado de liderar a “sofisticada organização criminosa” dos 40 do Mensalão, José Dirceu.

Pra ficar melhor, Lula ainda criticou a TV brasileira dizendo que além de não ajudar no “processo de educação”, ainda degrada a “estrutura da família”. “Qual é o processo de educação que nós aprendemos quando ligamos uma TV nesse país? Pelo contrário, o que nós assistimos, em muitos casos, é um processo de degradação da estrutura da família desse país”, esbravejou. Esqueceu-se de que, “nesse país”, o PT foi quem mais ajudou a TV a se degradar com a novela do Mensalão.

Já que o assunto é Mensalão, Enivaldo Quadrado, sócio da corretora acusada de lavar parte da fortuna do esquema petista, foi detido em Cumbica com R$ 1,2 milhão na cueca, na cintura, nas meias e numa maleta. Será que o Enivaldo vai ver o sol nascer Quadrado? O trocadilho foi podre; mas não resisti. Desculpe...

Já o ministro Gilmar Mendes, presidente, “nesse país”, do Supremo Tribunal Federal (STF), respondeu que “o texto constitucional diz que também o crime de terrorismo é imprescritível", depois que a ministra Dilma Roussef, da Casa Civil, alfinetou que o crime de tortura não prescreve “nesse país”.

Essa é pra acabar: em Beirute existe a Guns and Bums, a lanchonete do Hezbollah, ícone máximo do terrorismo antiamericano. Eles até vendem um prato chamado Terrorist Meal, além de outros como o B52, M16 e o Kalashnikov. Até então, tudo aparentemente “normal”. Mas o diabo é que o líder máximo do Hezbollah, o xeque Hassan Nasrallah, come alí o seu cheese burger, ícone máximo do capitalismo do grande Satã, os EUA! Até tu, Nasrallah?

Chávez estaria retendo o dinheiro usado para pagar funcionários públicos em Estados e prefeituras governados por adversários. “Vamos continuar pressionando a oposição sem clemência em todo o país”. Nunca acredite em um revolucionário; há um ditador escondido dentro dele.

A verdade é que bom mesmo “nesse país” é ser traidor das causas proletárias, esquerdistas, comunistas. Ah, você nem imagina o prazer que isso me proporciona!

André Arruda Plácido é relações públicas, jornalista e especialista em comunicação e liderança em missões mundiais pelo Haggai Institute de Cingapura. www.andrearrudaplacido.blogspot.com – http://fotologue.jp/andrearrudaplacido

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

MENSALÃO: A FÊNIX PETISTA

Mensalão? Que isso? Nunca existiu! Isso é golpe baixo da imprensa direitista! Acha?... Agora só falta dizer que Lula sabia de tudo! Era só o que faltava...


Justiça nega liberdade provisória a réu do mensalão preso com 361 mil euros

da Folha Online

O juiz federal Alessandro Diaféria negou pedido de liberdade provisória para o sócio da corretora Bônus-Banval, empresário Enivaldo Quadrado, preso na madrugada de sábado, em flagrante, com mais de 361 mil euros não declarados, no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (Grande São Paulo).

Quadrado é um dos 40 réus do mensalão --esquema que financiava parlamentares do PT e da base aliada em troca de apoio político--, sob acusação de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

"Não se faz qualquer juízo de valor sobre o fato de a pessoa responder a inquéritos ou ações penais, em face do princípio da presunção de inocência", disse o juiz. No entanto, segundo ele, "não há como negar que chama a atenção a expressiva quantia apreendida com o requerente e a preexistência de processo criminal envolvendo 'lavagem' de dinheiro; pode ser mera coincidência, mas não há como ignorá-la".

Segundo a PF, o empresário havia chegado a São Paulo em um vôo vindo de Lisboa (Portugal).

Quadrado foi flagrado em uma fiscalização de rotina da PF e da Receita ao desembarcar, e tinha maços de dinheiro nas meias, cintura, cueca e também numa pasta de mão, segundo informou o "Jornal Nacional".

O empresário disse à Receita que o dinheiro era um empréstimo de um amigo português que seria aplicado na compra e na revenda de automóveis no Brasil.

Com Folha de S.Paulo

ESSE É UM PAÍS QUE VAI PRA FRENTE! Ô, Ô, Ô, Ô, Ô...

Quando houve o acidente até os passaportes dos pilotos foram retidos. Tudo era culpa dos americanos. Agora são absolvidos pela justiça brasileira.

Nunca fomos - e duvido de que um dia seremos - um país sério...



Pilotos do jato Legacy são absolvidos de negligência em tragédia da Gol

Rosanne D'Agostino
Do UOL Notícias
Em São Paulo


Os pilotos Jean Lepore e Jan Paul Paladino, do jato Legacy que se chocou com um Boeing da Gol em setembro de 2006, foram absolvidos nesta terça-feira (9) pela Justiça Federal de Sinop (MT) das acusações de negligência no caso. O choque entre o avião e o Legacy, em 29 de setembro de 2006, causou a morte de 154 pessoas. Os ocupantes do Legacy saíram ilesos. Cabe recurso.

"Absolvo Jan Paul Paladino e Joseph Lepore pela conduta relacionada com negligência na adoção de procedimentos de emergência quanto à falha de comunicação com o 'centro'. Continuarão os denunciados a responder pelas demais condutas descritas na denúncia", diz o juiz substituto da Vara Federal de Sinop, Murilo Mendes.

Os pilotos ainda respondem a outro processo e podem ser condenados por atentado contra a segurança de transporte aéreo. A pena vai de dois a cinco anos de prisão.

Também foram absolvidos por negligência os controladores de vôo do Cindacta-1 Felipe Santos dos Reis, Leandro José Santos de Barros e Lucivando Tibúrcio de Alencar. Jomarcelo Fernandes dos Santos, o único que respondia por crime doloso, teve a conduta desclassificada para culposa. Todos são sargentos da aeronáutica lotados no Cindacta 1, em Brasília.

Lucivando ainda responde à acusação de omissão, por não ter programado as freqüências necessárias no console do radar na hora do acidente. "Quanto ao fato relacionado com a exigência de que constasse do console as freqüências "alternativas", deve a ação penal prosseguir", entendeu o juiz.

O magistrado encaminhou ainda a decisão ao Ministério Público Federal para oferecimento de denúncia contra o controlador João Batista da Silva, que estava de serviço em São José dos Campos (SP), de onde partiu o Legacy, por responsabilidade no acidente.

"Eu disse que João Batista 'modificou substancialmente' a mensagem passada de Brasília. Não fui bem claro: a mensagem passada pela Torre de São José, em verdade, desfigurou completamente a primeira. A primeira mensagem -se é permitida uma analogia- era uma arma municiada com bala de borracha; a segunda, com munição verdadeira", afirmou Murilo Mendes.

Transponder
A Aeronáutica concluiu no último dia 6 um relatório apontando as causas da segunda maior tragédia da aviação brasileira. O documento diz que o transponder do Legacy foi manuseado de forma errada pelos pilotos. O equipamento poderia ter evitado o acidente, já que acionaria um sistema anti-colisão.

A investigação foi comandada pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) com base em dados das caixas-pretas das aeronaves e radares em terra.

O juiz Murilo Mendes não levou em conta o conteúdo do relatório para proferir a decisão sobre a negligência. "Eu nem consultei o conteúdo do documento. (...) O conteúdo do laudo da aeronáutica não teria, nesse momento, nenhuma eficácia processual. Ele não é um laudo produzido sob o crivo do contraditório judicial", afirmou.

Ainda segundo o magistrado, os pilotos não teriam condições de desobedecer ordens dadas pelo controle de tráfego. "A autorização de plano de vôo na forma devida (aí incluídas alterações que se mostrem indispensáveis por uma situação imprevista ou por razões de segurança, por exemplo) é mesmo, indiscutivelmente, responsabilidade do centro de controle aéreo", disse.

O juiz ressalvou, no entanto, que o caso precisa de melhores esclarecimentos. "Só no curso da ação penal é que se poderá saber maiores detalhes dos acontecimentos que envolveram a elaboração do plano [de vôo]", escreveu.

Sobre a acusação de omissão dos controladores, o juiz afirma: "É preciso reconhecer que tentativa de comunicação houve".



quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

EM BRASÍLIA JÁ É POSSÍVEL HÁ ANOS!!!


Ressuscitar o homem de Neandertal não é possível. Ainda...

O genoma do mamute abre as portas para reavivar espécies extintas. As dificuldades técnicas não são insolúveis, mas existem dilemas éticos

Javier Sampedro

O genoma recuperado dos gelos siberianos é um avanço enorme que nem mesmo o recém-falecido Michael Crichton ousou imaginar em seu livro Jurassic Park. Mas daí a ressuscitar o mamute, existem obstáculos gigantescos que a genética atual não é capaz de contornar. Mas todos esses problemas são puramente técnicos, e serão solucionados mais cedo ou mais tarde. Será que veremos um parque safári na Sibéria com mamutes devolvidos à vida pela graça do homem? E principalmente, o que acontecerá com o homem de Neandertal, o segundo genoma fóssil previsto?

Um óvulo fecundado humano é muito parecido com o de um mamute. Se o primeiro produz uma pessoa e o segundo, um mamute, isso se deve ao genoma, o conjunto de genes, que dirige o desenvolvimento da evolução.
O genoma do mamute consiste em 4 bilhões de bases, ou letras químicas do DNA (aggcttcaa...), e seqüenciá-lo é determinar a ordem exata dessas letras. Isso é o que os cientistas russos e norte-americanos
(quase) conseguiram fazer recentemente.

O genoma do mamute atual é como se fosse uma cópia imperfeita de um livro (tecnicamente, sua cobertura é de 0,7 vezes um genoma). Segundo estima o caçador de genomas fósseis Svante Pääbo, diretor do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva em Leipzig, uma seqüência de "qualidade razoável" precisaria de uma cobertura de 12 vezes, ou 12 livros imperfeitos.

Ainda assim, uma "qualidade razoável" significa um erro a cada 10 mil bases (as letras a, g, c, t do DNA). Como o genoma dessa espécie tem uns 4 bilhões de bases, isso dá um total de 400 mil erros. Esses "erros" no genoma de papel se transformariam em "mutações" reais num mamute reconstruído.

"Ainda não podemos devolver o mamute à vida", diz o subdiretor do centro de DNA antigo da Universidade de Adelaide, Jeremy Austin. "Uma seqüência genômica não faz um ser vivo. Tudo o que temos agora é um genoma parcial, com um número considerável de erros. Seria como tentar fabricar um carro com apenas 80% das peças, e sabendo que algumas estão quebradas".

Entretanto, nenhum desses obstáculos é insuperável. Contorná-los é apenas uma questão de mais mamutes e mais dinheiro. E a solução de muitos outros problemas aparentemente mais graves pode ser mais simples ainda: a trapaça. Ou seja, abandonar a obsessão de reproduzir fielmente um mamute, e conformar-se com algo que apenas se pareça com o animal. A evolução biológica, afinal de contas, também é oportunista.

Por exemplo, os genes do mamute são agora entidades virtuais: textos
(aagattcct...) escritos em um papel, ou gravados na memória de um computador, e será preciso transformá-los em coisas, DNA real dentro de cromossomos palpáveis, para que sirvam para algo. "Mesmo que tenhamos um genoma completo e bastante preciso", diz Jeremy Austin, "resta a questão de como construir os cromossomos". Não sabemos nem sequer quantos cromossomos tinha o mamute.

Mas é provável que isso não seja necessário. Duas espécies de moscas indistinguíveis à vista humana podem diferir enormemente em sua estrutura cromossômica. Até duas pessoas tem algumas diferenças na estrutura. Os elementos essenciais de cada cromossomo são os que iniciam sua duplicação em cada ciclo de divisão celular - origens de replicação - e os que garantem a distribuição das duas cópias às células filhas - centrômeros. E ambos foram sintetizados artificialmente com sucesso.

O mesmo vale dizer em relação a colocar os cromossomos dentro de um núcleo. E o restante são técnicas que ainda não foram testadas em elefantes, mas que já são corriqueiras em outros mamíferos: introduzir o núcleo em um óvulo, estimulá-lo para que comece a desenvolver-se e implantá-lo numa elefanta. Esses são os passos de uma clonagem, ainda que entre espécies diferentes, sendo que uma delas inexistente.

De acordo com projetos existem há anos, o primeiro objetivo de uma ressurreição hipotética do mamute será provavelmente um parque-safári.
Em 2002, por exemplo, uma equipe de cientistas japoneses financiados pela companhia tecnológica Field inspecionou os gelos siberianos em busca de mamutes bem preservados. Eles estavam interessados nos testículos do animal, porque o esperma é um dos tecidos que melhor se conservam a frio. Sua intenção era utilizar um espermatozóide para fecundar um óvulo de elefanta. Se nascesse uma fêmea híbrida, eles tornariam a fecundá-la com outro espermatozóide do mamute original, e assim sucessivamente até construir um parque-safári de 150 quilômetros quadrados na república siberiana de Sakha, no noroeste da Rússia.

Se a finalidade de ressuscitar o mamute é exibi-lo num parque-safári siberiano, as trapaças podem ser levadas ao extremo, como sugere Pääbo à revista Nature. O Instituto Broad de Cambridge, Massachusetts, um dos pólos do projeto genoma, já trabalha na seqüência de um dos parentes vivos do mamute, o elefante africano Loxodonta africana.

Comparar os genomas dos dois paquidermes conduzirá os cientistas aos genes-chave que distinguem o mamute, ou seja, os genes responsáveis pela sua cor escura, por seu pelo abundante e, sobretudo, por seus dentes exagerados. Pääbo acredita que a introdução desses poucos genes num elefante comum produziria algo bastante parecido com um mamute para ser exibido num parque-safári. Um pseudo-mamute de exibição.

"Não seria um mamute em nenhum sentido que pudesse satisfazer a um purista", diz o geneticista de Leipzig, "nem a um ecólogo, nem a um idealista que sonhe em restaurar um grandioso passado perdido. Mas seria suficiente para um parque de atrações e evitaria os problemas técnicos mais perigosos. E é tudo o que posso aspirar a ver nos meus anos de vida".

Michael Crichton acertou três vezes com seu livro Jurassic Park (1990). Primeiro, preveu a ressurreição de espécies extintas. Depois, sua exibição em parques de atrações. E terceiro, as trapaças ao estilo de Pääbo. Seus cientistas não puderam recuperar nenhum genoma completo de dinossauro, e introduziram os genes-chave de dinossauro em simples rãs (uma escolha discutível; o avestruz parece uma opção melhor, já que as aves evoluíram a partir dos dinossauros). Dessa forma, os monstros jurássicos do parque não eram nada além de pseudossauros de exibição incapazes de satisfazer a um purista. Mas isso não os impedia de dar mordidas.

O verdadeiro dilema ético é que, quando for possível ressuscitar o mamute, também será possível ressuscitar o homem de Neandertal, uma vez que esse será o segundo genoma fóssil seqüenciado. Essa é uma questão totalmente diferente, mas não por questões ecológicas. Os problemas técnicos serão tão formidáveis quanto no caso do mamute. Mas também, da mesma forma, nenhum deles será insuperável. E a solução estará em abandonar a obsessão em reproduzir fielmente um Neandertal, e conformar-se com algo que se pareça com ele.

A comparação do genoma humano com o do Neandertal já está em marcha, e pouco a pouco revelará os genes específicos do Neandertal. Será possível então criar um pseudo Neandertal, mas nesse caso a história é bem diferente, porque falamos de uma espécie humana inteligente, que cuidava de seus doentes e enterrava seus mortos.

Os Neandertais se extinguiram há menos de 30 mil anos. As últimas populações viveram em Gibraltar. Sua capacidade craniana era maior que a nossa, e as evidências anatômicas e genéticas apontam para o fato de que eles possuíam a faculdade da linguagem. Eles se espalharam por todo o continente europeu durante centenas de milhares de anos, e co-existiram com a nossa espécie, o Homo sapiens, durante cerca de 10 mil anos na Europa. Nosso papel em sua extinção é um mistério.

Em todo caso, o avanço da genética foi mais rápido do que imaginou Crichton ou qualquer cientista dos anos 90. Os únicos genomas seqüenciados até então eram de vírus, com cerca de 10 quilobases (10 mil letras de DNA).

O genoma humano é 10 mil vezes maior, e os mamutes e dinossauros estão próximos disso, de modo que ler um genoma fóssil completo desses animais era inimaginável (por isso as rãs). Mas 20 anos depois isso é um fato.

"O campo do DNA antigo avançou muito desde o primeiro estudo, de 1984, que conseguiu uma amostra de material genético da quagga, uma espécie de zebra extinta", diz Michael Bunce, chefe de DNA antigo da Universidade de Murcoch, na Austrália ocidental. Para este cientista, como para a maioria, o maior interesse desses trabalhos não é reavivar as feras, mas aprender como os genomas se relacionam com os organismos, como as variações dos genes alteram a forma e as características das espécies.

"Comparando os genomas do mamute e dos elefantes atuais, ou do Neandertal e dos humanos modernos, podemos começar a responder as questões biológicas mais fundamentais", afirma Bunce. "Que genes são responsáveis por quais características físicas? Comparado com seus primos africanos, que genes alteraram o mamute para adaptá-lo a climas frios?"

No fundo, Bunce está buscando os mesmos genes que os hipotéticos criadores do parque-safári, ainda que por razões distintas. "Se poderemos dentro de alguns anos devolver o mamute à vida? Nada disso.
Sabermos a seqüência de DNA de algo não quer dizer que possamos manipulá-la geneticamente para recriar o organismo extinto. Esse tipo de desenvolvimento ainda é uma fantasia", diz o especialista.

Mas há uma palavra que aparece por todas as partes nesse contexto: ainda.


Um túnel do tempo

Há túneis do tempo genéticos que nenhum escritor explorou, mas com os quais os lingüistas trabalham diariamente. Não há gravações de 10 mil anos atrás que demonstrem que a palavra pé era "pod" na língua indo-européia ancestral. Os lingüistas comparam as palavras pie, foot, vot, pés e pada e deduzem qual a sua origem evolutiva. Os biólogos podem fazer o mesmo com os genes.

A comparação entre genomas e linguagens é mais do que uma metáfora, porque o DNA é um texto num sentido muito literal. Todos os genes têm a mesma estrutura (a famosa dupla hélice do DNA). A informação genética é a única coisa que distingue um gene do outro, que é a ordem das bases (as letras a, g, c, t) em fileiras. Da mesma maneira que a informação de um texto está contida na ordem das letras.

A comparação entre genomas de mamíferos permite reconstruir o genoma do primeiro mamífero. A comparação entre humanos, moscas e medusas revela o genoma do primeiro animal, a origem da evolução animal. O mesmo vale para cada gene concreto. Não é necessário recuperar fisicamente aquele DNA de 600 milhões de anos atrás. Pode-se deduzi-lo, assim como a palavra pod.

Se há uma conclusão geral, é que todas as funções fundamentais já estavam presentes no primeiro animal, há 600 milhões de anos. A evolução consistiu desde então em amplificar e refinar funções concretas em cada linhagem animal. Por exemplo, os sentidos sempre existiram, e todos têm uma lógica genética similar. Mas os genes dos receptores sensoriais (olfativos, do tato e demais) se propagam e retraem continuamente no genoma para adaptar-se às demandas do entorno.

Os geneticistas também exploram as possibilidades futuras. Utilizam os mesmos mecanismos que a evolução, mas em simulações aceleradas. Por exemplo, as proteínas costumam ser feitas de módulos, e a evolução gera novidade recombinando-os. As opções combinatórias são inesgotáveis, e os seres vivos só usam uma pequena fração das possibilidades. No laboratório, podem ser criadas muitas funções novas por meio desse método.

Um parque-safári verdadeiramente inovador não resgataria o passado de gelo. Mas o deduziria a partir de seus herdeiros atuais. E mostraria a estes as suas possibilidades futuras, além da certeza da extinção.

Tradução: Eloise De Vylder

http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/elpais/2008/12/04/ult581u2943.jhtm

VALEU JANIO!


JANIO DE FREITAS

Às armas

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Lula e o governo entregam-se a uma mentalidade belicista, de concepções apanhadas na matriz norte-americana
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O BRASIL do século 21 afasta-se do "Brasil pacífico e amante da paz" e adere ao mundo das guerras. Lula e seu governo entregam-se a uma mentalidade belicista, de concepções apanhadas na matriz norte-americana. O propósito de liberar a transformação em pequenas pílulas, para o conhecimento lento e sem reações da opinião pública, é feito por algumas notícias, mais à maneira de relações públicas que de jornalismo. São notícias pinçadas entre os muitos negócios em curso para compra de material bélico; referências à fronteira da Amazônia e à insuficiência de recursos para manutenção do equipamento militar atual. E há ainda um Plano Nacional de Defesa, de apresentação prometida desde o ano passado. E cuja exposição na Presidência suscitou tamanho susto, que retornou ao chamado "gabinete filosófico", ou "pentagoninho", para modificar certos tons e calibres.


A primeira intromissão direta no mundo das guerras deu-se agora. O ato terrorista em Mumbai pôs em suspenso a trégua afinal promissora entre Índia e Paquistão, que se confrontam por todos os meios há 60 anos, e os repôs em tensão mutuamente aguda. Este é, no entanto, o momento em que o ministro da Defesa, Nelson Jobim, estabelece a venda de foguetes especiais brasileiros, que nem os Estados Unidos querem vender, para equipar aviões do Paquistão (Folha de ontem).
Ainda que os foguetes não possam estar disponíveis para os paquistaneses em futuro imediato ou próximo, não há caracterização possível para a atitude do Brasil senão como ingerência favorável a um dos dois países em estado de risco de beligerância.


Posto diante desse sentido da transação por integrantes do governo, Nelson Jobim, como publicado na Folha, deu esta resposta: "O negócio é com o governo paquistanês, e não com terroristas do Paquistão". Mesmo para Nelson Jobim, que não é dado a impressionar pelo brilho, a resposta é menos do que infantil e mais do que grotesca. Pois é, o negócio é com um dos governos, e são governos, e não terroristas, que se ameaçam de voltar à hostilidade armada. O que torna a venda de armamento a um deles, não importa qual, um ato de ingerência na situação e de parcialidade.


Não foi por outro motivo que a representação diplomática da Índia no Brasil movimentou-se em imediatos contatos com o governo brasileiro. Como adendo, vale lembrar que Brasil e Índia estão desenvolvendo vários projetos conjuntos, um deles, médico-farmacológico, com a perspectiva de grandes benefícios para vasta maioria da população brasileira.


A resposta de Jobim arriscou-se ainda na temeridade de um complemento: "Se cancelássemos o negócio, estaríamos atribuindo ao governo paquistanês atividades terroristas". Nesse caso, tudo o que o Paquistão quisesse, fosse de quem fosse, deveria ser-lhe concedido, para não haver atribuição insultuosa. Todo o necessário, porém, era só a mínima inteligência do negociador brasileiro para explicar que o Brasil, tendo boas relações com os dois países, devia adiar o negócio para não as macular, com a aparência de posição e contribuição no quadro conflituoso.


A mudança por que passa o Brasil, na concepção de sua geopolítica e do futuro sul-americano, hoje nem chama a atenção. Se vingar, nossos filhos, netos e vizinhos de continente não poderão viver o mesmo desaviso.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc0412200807.htm

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

VINTE E SEIS ANOS...


“Se você acha que pode fazer melhor, essa é a sua chance”, diz Deus (Morgan Freeman) a Bruce Nolan (Jim Carrey) no filme O todo poderoso.

Falando em poder, o Jornal de Londrina publica que a classe média alta da cidade - 18% da população - irá consumir R$ 3 bilhões, ou seja, 48,2% de tudo que será consumido em 2008, num total de R$ 6,4 bilhões(!). Somos a 35ª cidade em potencial de consumo. Desconsidere as capitais. Isso é Londrina. São 26.992 domicílios das classes A1 (renda média familiar de R$ 13.680), A2 (R$ 8.930) e B1 (R$ 4.403). Em cinco anos o total desses lares cresceu 16,7%, e, seu consumo, 56,2%. A classe B1 explodiu em 108,1%. O consumo per capita londrinense é 21% acima da média nacional: vestidos são comprados por R$ 9 mil e cozinhas planejadas por R$ 24 mil. Não é à toa que no lançamento de um condomínio de mansões em que estive - um terreno custa de R$ 300 a R$ 500 mil! - a construtora trouxe Gal Costa e John Pizzarelli! Glamour! Brilho! Poder! Money talks!

Mas nem tudo é comemoração: na rua da empresa em que trabalho o poder do tráfico impõe sua lei do medo, opressão e morte. Viciados fumam crack o dia todo, todos os dias. A comercialização é intensa. Funesto. Somos uma sociedade doente. Os excluídos - fique calmo; não é papo marxista - são cada vez mais oprimidos. Um deles é Luciano: 26 anos, esquálido, esquelético, sujo, viciado. No portão da empresa pede tanto água e comida, quanto thinner e cola. Ganha roupas, marmitex, pizza e refrigerante. Atravessa a rua e troca a pizza, a marmitex ou as roupas pela pedra da infâmia.

Números da Receita Federal mostram o poder da arrecadação em 2008: R$ 756 bilhões. Alta de R$ 106 bilhões sobre 2007. Quais os programas de combate às drogas e amparo aos adictos? Uma das mais belas cenas do cinema é a que Tony Bennett, que se apresenta no restaurante onde está Bruce, cumprimenta o “todo poderoso” e canta o clássico: “Se eu governasse o mundo, todo dia seria o primeiro dia de primavera; todo coração teria uma nova canção; e nós cantaríamos a alegria que toda manhã traria”...

Luciano não queria deixar as drogas. “Não. Já tentei. Não consigo. Desisti!”. Desistiu da vida aos 26 anos! O jovem morreu essa semana. Na calçada. Com o corpo tombado em cima do braço esquerdo esticado e o direito dobrado em cima da barriga. Moscas andavam pelos seus olhos abertos, sem brilho, amargando o poder da morte. Nem Dante descreveria a cena. Enterrado como indigente. Apocalíptico!

Não tenho problemas com os ricos. O problema é como se ganha o dinheiro e o quê se faz com ele. É necessário um vestido de R$ 9 mil? O de R$ 900 não veste? De R$ 90? Ajudamos pessoas com nossas posses ou procuramos demonstrar poder? Somos escravos ou senhores do dinheiro? O apóstolo Paulo bem que alertou de que o amor do dinheiro é a raiz de todos os males, e Cristo sentenciou: é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus. Amor ao dinheiro versus amor ao próximo. De que lado você está? O traficante joga com vidas, dinheiro, poder.

Das 37 pessoas que pasmavam Luciano morto, nenhuma o percebia ainda sobrevivendo, suas necessidades, sonhos interrompidos, sede, fome. Um corpo sem vida possui mais poder de atrair atenção do que um ser humano padecendo no inferno da cidade dos bilhões. Nosso maior problema é que conhecemos milhares de pessoas que odeiam o mal, mas poucas que amam o bem.

Se Deus dissesse a cada um dos sete leitores dessa coluna: “Se você acha que pode fazer melhor, essa é a sua chance”, o que faríamos? Misericórdia, Bom Pastor, Misericórdia.

Vinte e seis anos...

André Arruda Plácido é relações públicas, jornalista e especialista em comunicação e liderança em missões mundiais pelo Haggai Institute de Cingapura. www.andrearrudaplacido.blogspot.com – http://fotologue.jp/andrearrudaplacido

OBAMA QUE SE CUIDE


Barack Obama nem havia sido eleito presidente da nação mais poderosa do planeta, onde os negros representam 12,8% apenas, e Lula-lá esculhambou: “Da mesma maneira que o Brasil elegeu um metalúrgico, a Bolívia um indígena (Evo Morales), a Venezuela (Hugo) Chávez e o Paraguai um ex-bispo (Fernando Lugo), acho que será uma coisa extraordinária se na maior economia do mundo um negro for eleito presidente”. Mas Lula estava em Cuba. Lá o esquerdismo permite uma frase dessas.

Mas o quê esperar de Obama? Destacando que o Brasil é emergente como a Rússia, China e Índia, e que poderá ser um dos remédios à ferida economia mundial resultando em um maior estreitamento de relações conosco... quase nada! É que os últimos presidentes democratas (esquerda americana) que deram atenção à América Latina foram John Fitzgerald Kennedy (1961-1963) e Jimmy Carter (1977-1981); sendo que JFK criou a “Aliança para o Progresso”: enviava ajuda aos países sul-americanos como alimentação e vestuário. Zéfini!

E Obama será empossado com a expectativa de 92% de eleitores descontentes com a economia que está em sua pior fase desde 1929. Terá de resolver primeiro a questão interna. A tarefa é hercúlea. Duvido que faça grandes mudanças. Mas os EUA já conseguiram êxito com o “New Deal” e, depois da Segunda Guerra, com Plano Marshall, reerguendo até inimigos ideológicos. Não se engane: os primeiros que sairão da crise serão os EUA; depois o mundo. E eles lucrarão com isso.

Enquanto Lula torcia pela negritude do candidato - e não por sua competência -, no Brasil os impostos sobem sete vezes mais do que os salários, o gasto com juros é oito vezes maior do que com a educação e os chamados trabalhadores de renda mista - os autônomos - tiveram perda de 21,1% no salário. Pior: segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), 50% dos brasileiros não dispõem de saneamento básico.

Kennedy era filho de embaixador, formado em Harvard, católico, com ascendência irlandesa, branco, bonito, herói de guerra, deputado federal por Massachusetts em 1948, 1950, 1952, além de senador. Em 1960, para presidente, venceu Richard Nixon. Em 1962 a crise dos mísseis quase deflagra uma guerra nuclear com os finados soviéticos, mas JFK ganha a queda de braço com Nikita Kruschev. Por ser inovador, foi baleado na Dealey Plaza, em Dallas, Texas, em 22 de novembro de 1963, supostamente por Lee Harvey Oswald. Teorias conspiratórias à parte, desagradou a indústria bélica estadunidense ao desejar um crescente desarmamento com a URSS. E ainda trocou vários figurões do alto escalão da CIA. Desagradou. Mó-rreu!

Obama não será como Kennedy. Mas deve se cuidar. Além de não ser rico, de família tradicional, herói de guerra etc., Ayman al Zawahri, da Al Qaeda, já avisou que o primeiro presidente americano negro é “o oposto dos honrosos americanos negros, como Malcom X”. Pelo menos com os terroristas nada mudou.

“Se você agir sempre com dignidade, talvez não consiga mudar o mundo, mas será um canalha a menos”, disse Kennedy. Ótimo conselho ao metalúrgico, ao indígena, ao militar, ao ex-bispo e ao negro. E aos brasileiros também; é claro...

André Arruda Plácido é relações públicas, jornalista e especialista em comunicação e liderança em missões mundiais pelo Haggai Institute de Cingapura. www.andrearrudaplacido.blogspot.com – http://fotologue.jp/andrearrudaplacido

O BRASIL NÃO FAZ GUERRAS COMO OS EUA. MAS LUCRA COM ISSO...


Brasil vai vender cem mísseis ao Paquistão


LOURENÇO CANUTO
da Agência Brasil


O Brasil vai vender ao Paquistão cem mísseis destinados à detecção de radares. Os artefatos serão fornecidos pela empresa Mectron, associada do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A operação foi aprovada nesta terça-feira pela Câmara de Comércio Exterior (Camex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, destacou, ao final da reunião da Camex, que se trata de uma operação com o governo do Paquistão, ou seja, um negócio entre dois Estados.

Os mísseis vão custar 85 milhões de euros, e a aprovação da operação, já referendada pela Força Aérea Brasileira (FAB), significa garantia do país em relação ao fabricante, a Mectron, por intermédio do Banco do Brasil e do BNDES.

Segundo Jobim, o fornecimento dos mísseis vai desenvolver a capacidade produtiva da Mectron, elevando em 500% sua produção. Trata-se de empresa pequena, mas de alta tecnologia, que produzirá mísseis para equipar aeronaves, com capacidade de anti-radiação e possibilidade de destruir radares.

Após a reunião, o ministro da Defesa não quis comentar notícias sobre a possível substituição do presidente da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), Sergio Gaudenzi, afirmando apenas que a estatal está em fase de reestruturação. Gaudenzi é contra o processo de privatização dos aeroportos, que está em estudo no BNDES.


terça-feira, 2 de dezembro de 2008

RECORDAR É VIVER...

MAIS UM COMPANHEIRO PROGRESSISTA


Justiça encontra irregularidades em doações da campanha de Marinho

da Folha Online

Técnicos da 174ª Zona Eleitoral de São Bernardo do Campo, responsáveis pela primeira análise das contas de Luiz Marinho (PT), constataram uma série de irregularidades nas planilhas de lançamentos de doações à campanha, uma das mais caras do país, informa o "Painel" da Folha, editado por Renata Lo Prete (a íntegra está disponível apenas para assinantes do jornal e do UOL).

Segundo a coluna, a maioria se refere à ausência de recibos ou discrepância de valores declarados nos jantares de arrecadação. São 12 pedidos de informação sobre doações, e dez sobre comprovação fiscal de fornecedores.

Marinho informou que o caixa fechou em R$ 11,1 milhões. Na sexta-feira, a campanha enviou resposta ao cartório eleitoral dizendo que "ensejará necessária prestação de contas retificadora".

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

"VAMOS PASSAR A SACOLIIIINNNHHHAAAAA"

Há 30 anos o "reverendo" americano Jim Jones ordenava o suicídio coletivo de 909 fiéis de sua igreja, a Templo dos Povos. Muitas crianças estavam entre os mortos. Duas delas estão sorrindo na foto.

Abaixo o link do site no qual você poderá ler documentos, ver fotos, e até ouvir o momento em que Jones comandava o absurdo. É o segundo link. Se prepare: dá pra ouvir o choro das crianças...
No site da MSNBC Jones diz que seus seguidores não estão cometendo suicídio, mas um "ato revolucionário de suicídio protestando contra um mundo desumano".
Nunca confie em um revolucionário: há sempre um ditador dentro dele...

Site:

Aqui a gravação do suicídio coletivo:
Aqui site da MSNBC com vídeos

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

VADE RETRO


O fanatismo lulista e os portais do inferno

Os sites da internet muita vez parecem portais do inferno. Não se trata apenas das agremiações virtuais mais pestilentas _nazistas ou pedófilos, anti-semitas ou terroristas, supremacistas brancos ou bandidos comuns, por exemplo. Dos portais do inferno a gente enxerga também a agregação da ignorância fanática, de seitas políticas, de personalidades autoritárias, de grupos de ódio ideológico. De gente que parece inclinada a se juntar a uma tropa de assalto (SA). Que parece à procura ou que encontrou um "duce", um líder, alguém para venerar, uma figura pública com quem se identificar e, assim, consolar seu ressentimento e as frustrações da mediocridade anônima, impotente _enfim, uma figura por meio da qual podem projetar seu ódio. Não são críticos, são ressentidos. Não são parte de um grupo político, mas da massa, de um cortejo de tochas e cantorias sentimentais.

Três posts deste blog (O racismo de Lula 1, 2 e 3) fizeram com o que este blogueiro tivesse o desprazer de conhecer as tropas de assalto lulistas, que saltaram das profundas por meio dos comentários fanáticos enviados ao blog. Isto é, os "comentaristas" ao menos pareciam mais lulistas do que petistas (ou apenas lulistas), pois nem mencionavam o partido. Houve um tempo, aliás, em que havia adversários de Lula no PT. Desde o programa de acaudilhamento do partido, iniciado por Lula e José Dirceu em 1995, o PT foi orientado cada vez mais apenas pelos interesses do "líder". Depois da vitória em 2002, por interesse bajulatório, político ou pecuniário, ou mesmo por expulsão ou auto-exílio, parece que a oposição restante sumiu. Enfim, com a ruína moral de suas principais lideranças, muito mais não sobrou mesmo (caíram Dirceu, Palocci, Genoíno, Gushiken, Mercadante, para não falar de operadores menores como Delúbio e Sílvio Pereira).

A personalidade autoritária lulista não é diferente daquela de adeptos de outras cores políticas. Seu pensamento é binário, se é que se lhes pode conceder a homenagem de dizer que têm um "pensamento". Funcionam mentalmente, digamos, num registro de pretos e brancos, zero e um, sim e não, Lula e não-Lula, amigos e inimigos.

Para tais pessoas Lula não parece ser apenas uma autoridade republicana. É um líder, um salvador, um doador de benefícios, um taumaturgo, a redenção dos ressentidos. A crítica ao líder salvador soa, pois, como um ataque ao padrinho redentor e atinge ainda mais a auto-estima de quem se identifica com o "líder". A reação mais comum do fanatismo lulista aos posts do blog eram típicas de ressentidos tomados de ilusões ou mesmo delírios conspiratórios. O ressentimento, aliás, alimenta a ilusão persecutória ou paranóica, que por sua vez talvez sirva de consolo para o ressentimento da falta de poder, dinheiro ou outra frustração material, política ou espiritual _a ilusão paranóica ameniza a dor da frustração, e talvez também da opressão e da exclusão. Muitos dos lulistas que escreveram atacavam o blogueiro por ser "paulista", da "elite branca", do "partido da mídia golpista" (porém a mesma que golpeava FHC), da "Opus Dei", de pertencer ao "mundinho da minoria rica de São Paulo e Rio", de ter "ódio contra pobres", de ser "intelectual" etc.

No seu ressentimento paranóico, o fanatismo lulista tem semelhanças com a direita religiosa norte-americana. Os fundamentalistas que contaminam a política com sua intolerância religiosa costumam acusar seus críticos (e os críticos de seus "líderes". Duce?) de pertencerem a alguma facção que conspira contra "o povo", "a verdadeira América", "o líder de origem pobre", o que seja. Na recente campanha eleitoral americana, os fundamentalistas adeptos de Sarah Palin voltaram a acusar, por exemplo, "a mídia liberal [ie, de esquerda] da Costa Leste" ou "gente sofisticada e intelectual que come rúcula e veio de Harvard", de "cosmopolitas" e mesmo de "socialistas" (como seria o caso de Obama, diziam). Todos essas figuras expiatórias eram inimigas do "verdadeiro espirito do povo", o que de resto é uma manifestação de política identitária, tendência que costuma dar em massacres e perseguições. Sarah Palin incitou tais preconceitos e obscurantismos, com o que chegou a desencadear uma rápida onda de fanatismo populista, de adoração da mulher "que é como nós", adepta de religiosidade obscurantista e da ignorância. Lula faz coisa semelhante, embora de maneira muito mais esperta.

O mais deprimente de tudo, porém, nem é mesmo conhecer a turba de fanáticos. É ficar com a suspeita, talvez absurda mas difícil de afastar e ainda assim deprimente, de que talvez as pessoas que se interessem por política sejam mais inclinadas ao fanatismo.

Escrito por Vinicius Torres Freire às 18h32

MAS SE LULA DISSER QUE ESTÁ TUDO BEM EU ACREDITO...


Banco do Brasil também socorreu Petrobras

Petroleira tomou R$ 751 mi de banco para financiar exportação em outubro, além de R$ 2 bi da Caixa para capital de giro

Petrobras recebeu no mês passado 21% do que o BB emprestou para financiar exportadores e 44% dos créditos a empresas da CEF

LEANDRA PERES
JULIANA ROCHA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA


Além da Caixa Econômica Federal, a Petrobras também precisou tomar dinheiro emprestado no Banco do Brasil no fim de outubro. Num momento de crise no crédito e falta de dólares para exportação, a maior empresa brasileira fez uma operação de R$ 750,99 milhões com o banco estatal, além dos R$ 2,022 bilhões tomados junto à Caixa Econômica Federal.
Procurado, o BB não se manifestou sobre a operação.

Com isso, a empresa ficou com 21% de todos os recursos em moeda estrangeira que o BB, principal financiador do comércio exterior, ofereceu aos exportadores em outubro. No mês, para ter uma idéia da dificuldade de obter dólares, houve queda de quase 30% nas operações de financiamento externos em relação a setembro.

A Petrobras fez um ACC (Adiantamento sobre Contrato de Câmbio) com o BB. Esse tipo de financiamento tem como contrapartida uma exportação.

No caso da empresa, o vencimento será em abril de 2009 e custo de 6,3% ao ano. No último leilão de dólares feito pelo BC (Banco Central), a taxa que os bancos cobraram para repassar moeda estrangeira aos exportadores ficou próxima de 4,5% ao ano. Já o empréstimo da Caixa à Petrobras no mês passado corresponde a 44% dos R$ 4,5 bilhões em créditos para empresas concedidos pelo banco estatal em outubro.

A Caixa disse, por meio de sua assessoria, que possui "várias operações desse porte em sua carteira de capital de giro para grandes empresas", mas que, por razões de sigilo, não poderia comentar os contratos.

O banco também disse que o crédito à Petrobras está de acordo com a regra do Conselho Monetário Nacional que limita a 25% do patrimônio da instituição o valor total de operações com um só cliente. Na Caixa, o teto é de R$ 4,25 bilhões. Segundo a Folha apurou, a Petrobras recorreu à Caixa porque o BB já havia chegado ao limite de empréstimos à petroleira.

Em outubro, a Petrobras teve que recolher R$ 4,7 bilhões em royalties, impostos pelo direito de exploração do petróleo. O aumento de 10% na cotação do dólar em outubro obrigou a empresa a gastar mais do que esperava com esse tributo.

A fórmula de cálculo dos royalties é baseada no faturamento com a exploração, que leva em conta o preço médio do petróleo no período, em dólares, convertido em reais por metro cúbico. Dessa forma, a desvalorização do real fez com que o pagamento devido pela empresa fosse maior em moeda nacional. A situação ficou ainda pior porque, no mês passado, a Petrobras teve que recolher a parcela trimestral de royalties.

O setor de combustíveis, no qual a Petrobras representa a maior parte, recolheu ainda R$ 2,5 bilhões em IRPJ (Imposto de Renda da Pessoa Jurídica) e CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido). E mais R$ 1,4 bilhão em PIS e Cofins.

Somados, esses impostos são cerca de 80% do lucro da estatal de julho a setembro, que foi recorde (R$ 10,8 bilhões).

O recolhimento de impostos é um dos motivos apresentados pelo governo e pela própria empresa para a falta de dinheiro no Caixa no fim do mês. "Ela [Petrobras] não está mal. Está como sempre esteve. Teve apenas dificuldades momentâneas em razão de impostos e compromissos que teve de pagar, mas é uma situação que se restabelece", disse o ministro Edson Lobão (Minas e Energia).

Na página 85 do relatório de informações trimestrais publicado pela Petrobras, no entanto, a justificativa para o dinheiro é outra. A operação teria "como objetivo reforçar o capital de giro da companhia".

Não há nada que impeça a empresa de tomar um empréstimo de capital de giro para pagar tributos. Mas, na prática contábil, são duas contas diferentes. O capital de giro é o dinheiro que financia o funcionamento do negócio da empresa, seu dia-a-dia. O recolhimento de tributos é uma despesa relativamente previsível, já incorporada às estimativas de gasto de uma companhia. Portanto, o pagamento de impostos não deveria surpreender, o que levou analistas a apontarem má gestão na empresa.

A Folha apurou que o Ministério da Fazenda acompanhou a situação do caixa da empresa por causa do alto pagamento de tributos. O ministro Guido Mantega (Fazenda) é integrante do Conselho de Administração da estatal e chegou a presidir a última reunião, no lugar da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil). Além disso, Mantega preside o CMN (Conselho Monetário Nacional), que aprovou o limite de financiamento da Petrobras em 31 de outubro, mesmo dia em que a Caixa concedeu o empréstimo.

Colaborou NEY HAYASHI DA CRUZ, da Sucursal de Brasília

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

POR ONDE ANDAM OS PROTESTANTES?!?


Igreja critica Lula e diz que petista entregará país em situação precária a sucessor


MAURÍCIO SIMIONATO
da Agência Folha, em Indaiatuba


Documento da Igreja Católica intitulado "Análise da Conjuntura", divulgado ontem durante congresso internacional em Indaiatuba (SP), critica a ação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva frente à crise econômica e diz que "Lula entregará ao seu sucessor ou sucessora um país em situação tão precária quanto a que recebeu".

Ao tratar do tema "A política econômica do Brasil frente à crise", a análise aponta que "o presidente continua dando força ao agronegócio e à mineração, sem atentar para os danos ambientais", e que isso gerará "a crise ecológica" no país.

"Tudo se passa como se o aumento da produção para a exportação fosse uma solução e não um paliativo que adia a crise econômica, mas antecipa a crise ecológica, que é muito mais grave e que prejudicará mais os mais pobres do que os ricos", diz um trecho do texto.

O documento tem dez páginas e é assinado por padres e teólogos que são assessores da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).

A "Análise de Conjuntura" foi feita a pedido da CNBB para orientar os bispos sobre temas atuais. Apesar disso, há uma aviso no início do texto que diz que "este não é um documento oficial da CNBB".

A análise foi divulgada durante congresso internacional "Cultura da vida e cultura da morte", promovido pela CNBB e pela Pontifícia Academia Pro Vita, um centro de estudos do Vaticano. O evento começou anteontem e termina amanhã. Entre os temas discutidos por especialistas estão aborto, eutanásia e bioética.

Lula

Ainda no tópico que trata da crise econômica, os religiosos indicam que a política industrial do governo federal "vai no sentido de favorecer a indústria automobilística, como se ela tivesse futuro".

"Fazendo de conta que a crise é apenas financeira e que o capitalismo encontrará uma solução tecnológica para os problemas de energia e de meio-ambiente, Lula entregará a seu sucessor (a) um país em situação tão precária quanto a que recebeu, com o agravante de um contexto mundial em recessão e não em crescimento", diz trecho do documento.

Em outro tópico, denominado "A crise humanitária numa África ensangüentada", a igreja aponta que a crise econômica "parece querer ofuscar que sua gravidade reside menos na quantidade de dólar que perdem o seu valor, do que na sua conjunção com outras crises menos visíveis: crise ecológica, energética e humanitária".

Ao tratar da chamada "crise humanitária", o texto descreve conflitos atuais no Congo e faz críticas à mídia. "O conflito na África não mobiliza a mídia, pois trata-se de populações pobres, cujas vidas parecem não ter o mesmo valor que a das populações ricas."

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u472107.shtml

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

DITADURA


Greenhalgh pede busca na casa de repórter do 'Estadão'

Ex-deputado do PT, advogado quer documentos de militares obtidos pelo 'Estado' sobre a guerrilha do Araguaia

Greenhalgh, ex-deputado do PT e advogado

BRASÍLIA

O advogado Luiz Eduardo Greenhalgh entrou com pedido na Justiça de recolhimento de documentos obtidos pelo Estado sobre a guerrilha do Araguaia. Greenhalgh pede a intimação do repórter Leonencio Nossa, da Sucursal de Brasília, para que forneça documentos repassados por militares que participaram dos combates entre as Forças Armadas e militantes do PC do B no Pará, nos anos 1970, sob pena de busca e apreensão na casa dele.

Greenhalgh é autor de um processo movido em 1982 em que pede esclarecimentos sobre a guerrilha. Fontes do Judiciário informaram que o pedido de busca e apreensão na casa do repórter chegou ontem à tarde à mesa de um juiz para o despacho. O procurador Rômulo Conrado deu parecer contrário ao pedido do advogado e ex-deputado federal, argumentando que o jornalista "não é parte integrante da lide, razão pela qual não pode figurar no pólo passivo do processo".

Luiz Eduardo Greenhalgh não atendeu aos telefonemas realizados pela reportagem para seus celulares de Brasília e São Paulo. O ‘Estado’ deixou recados em sua caixa postal, mas Greenhalgh não respondeu às ligações. Houve ainda tentativa de contato em seu escritório na Bela Vista, centro de São Paulo, mas ninguém atendeu às chamadas.

O pedido de Greenhalgh, feito no dia 25 de junho, causou surpresa em setores do Ministério Público que trabalham para abrir os arquivos oficiais sobre as mortes no Araguaia. Reconhecido pelo trabalho em defesa das famílias dos mortos no Araguaia, o ex-deputado federal pelo PT foi recriminado por representantes do partido e assessores diretos do presidente Lula, em 2006, por repassar para jornalistas de Brasília documentos militares que supostamente constrangeriam a conduta do atual deputado e ex-guerrilheiro José Genoino durante a guerrilha do Araguaia.

Não havia nada contra Genoino nos documentos, como concluíram jornalistas que tiveram acesso ao material. Um assessor do governo disse ao Estado que o objetivo de Greenhalgh, que em 2006 disputava uma cadeira na Câmara, era tirar votos do colega de partido. Genoino foi preso logo no início dos combates e sofreu tortura.

A investida judicial de Greenhalgh não é a única a atingir jornalistas em tempos recentes. O delegado Protógenes Queiroz, que comandou a Operação Satiagraha, chegou a pedir em julho a prisão temporária da repórter Andréa Michael, da Folha de S.Paulo, a quem acusou de favorecer o banqueiro Daniel Dantas, do grupo Opportunity. O pedido de prisão - com busca e apreensão na casa da jornalista - foi negado pela Justiça.

Em fevereiro de 2003, o Estado começou uma nova apuração sobre o Araguaia, que ainda está em andamento. De lá para cá, o jornal só decidiu publicar histórias que estavam confirmadas e documentadas. Foi o caso da confirmação da prisão e execução da guerrilheira Dinalva Oliveira Teixeira, morta em 1974.

Neste período, o jornal fez uma série de 32 entrevistas com o ex-agente Sebastião Curió Rodrigues de Moura, todas gravadas. Também foram ouvidas dezenas de outras fontes, civis e militares. A polêmica trajetória militar e política de Curió e o destino dos guerrilheiros do Araguaia são os principais focos da pesquisa que está sendo feita.

http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac283856,0.htm

DIRETO DO BLOG DO VINÍCIUS


Apenas leia...


O racismo de Lula

Lula, o boquirroto incontrolável, temperou sua logorréia com racismo num discurso de ontem, quando falava para jovens, entre outros. "Por que o brasileiro tem mais criatividade? Esta mistura do europeu, índio, negro, sabe, permitiu que nascesse um povo mais criativo, mais esperto do que a média, daqueles que são tudo assim, tudo a mesma coisa...".

Pois é. Os japoneses, que estão entre os povos mais "tudo assim, tudo a mesma coisa", devem ser menos criativos. Os alemães também. Assim como os chineses han, várias nações africanas, índios isolados etc, devem, pois, ser menos criativos do que os brasileiros e, também, que os americanos, segundo a ciência de Lula. Os americanos, apesar de suas discriminações negativas, misturaram italianos, judeus, alemães, irlandeses, suecos, gregos, ingleses, mexicanos, porto-riquenhos etc etc. Aliás, afora esses exemplos, sendo o brasileiro o mais "exemplar", a humanidade, segundo Lula, nunca se misturou desde o início dos tempos. Ou valem apenas misturas recentes?

Criatividade, aliás, tem tudo a ver com "raça", esse conceito tão "científico", é claro, nos diz o Gobineau do racismo criativo _Lula.

"Preguiça desgramada" de ler

Lula talvez devesse se impedir de falar diante de crianças e jovens, ao menos. Em 2004, discursando para crianças disse que ler é como começar a fazer exercícios: "dá uma preguiça ‘desgramada’". Um trecho de coluna deste blogueiro a respeito, também de 2004:

"Para as crianças, ler é tão desanimador como as caminhadas para os adultos sedentários: "dá uma preguiça 'desgramada'", disse o presidente Lula da Silva ao inaugurar a Bienal do Livro de São Paulo.

Lula não lê mais de duas páginas de relatórios, dizem assessores, gosta de piscina, churrasquinho, pelada e música sertaneja, samba, suor e cerveja. Não deixa, pois, de ter razão o realismo pedestre de Lula sobre a leitura. Preconceito? Não é o caso.

O presidente não é deus, como alertou, mas gosta de ser a voz do povo, um megafone de hábitos, trejeitos, preconceitos, utopias e até sabedorias populares. Tanto faz, a princípio, que Lula seja assim. O problema é que ele não consegue transcender seu realismo pedestre a fim de desempenhar o papel público de presidente, de transmitir uma visão mais racional e elaborada sobre as questões públicas. Limita-se às metáforas chãs, tem amor pelas mezinhas, pelas alegorias da vida de peão, sobre o companheiro que leva bronca da patroa por ter parado no botequim para a cervejinha.

Esse bestiário da vida operária não dá conta do debate democrático, o metaforismo popular não é capaz de traduzir questões de governo para o povo pobre. É apenas demagogia, talvez não intencional: Lula é o que parece ser. Transmite seus preconceitos sem pejo ou mesmo consciência do que faz, como no caso da gafe sobre a leitura e tantas outras."

Escrito por Vinicius Torres Freire às 21h02
http://blogdovinicius.folha.blog.uol.com.br/arch2008-11-23_2008-11-29.html#2008_11-25_21_02_47-133507641-0

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

LÍDER PROGRESSISTA


"TUCANODUTO": PSDB E PT POSSUEM MESMO DNA



Folha de S. Paulo

O Ministério Público Federal protocolou na Justiça Federal de Belo Horizonte uma denúncia contra Marcos Valério e outros 26 personagens.

A nova denúncia refere-se a um esquema análogo ao do mensalão. Foi montado em 1998.

Destinava-se a borrifar verbas de má origem nas arcas da campanha de Eduardo Azeredo (PSDB) ao governo de Minas.

A malfeitoria mineira teve em comum com o mensalão, além do método, um personagem: Marcos Valério.

O mesmo Valério que, em 2005, seria pilhado na sociedade mensaleiro-petista com Delúbio Soares, então tesoureiro do PT.

De acordo com a denúncia da Procuradoria da República, desviaram-se em Minas R$ 3,5 milhões em verbas públicas.

Dinheiro que migrou dos cofres estaduais para empresas de publicidade que tinham Valério como sócio.

Chega tarde a denúncia. Mas chega. Resta agora uma palavra do STF em relação a Azeredo. Como senador, o grão-tucano dispõe de foro privilegiado.

Está sendo investigado no Supremo. Já foi denunciado pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza.

Devagarinho, empurrado por uma opinião pública que clama por decência na política, o Brasil vai ganhando nova face.

O Ministério Público cumpre o seu papel. Cabe ao Judiciário converter atitude em condenação.

NÃO DEIXA SAUDADES...


quinta-feira, 30 de outubro de 2008

HUAHUAHUAHUA


ESSA PÉROLA ACABEI DE RECEBER DO PANTERA!

VALEU PANTERA!

BEIJOS NA VIVI...

(esse blog já foi mais sério... kkk)



Fizeram então uma reunião em Brasília para decidir onde ele seria enterrado.

Um sem-terra sugeriu:

- Deve ser enterrado em Guaranhuns. É a terra dele.

Então um bêbado, que não se sabe como entrou na reunião, disse com aquela entonação típica dos bebuns:

- Em Guaranhus pode... Só não pode em Jerusalém!!!

Ninguém deu bola para o que ele disse.

Um petista falou:
- O companheiro deve ser enterrado em São Bernardo.

Foi lá, junto com a gente, que ele viveu e fez sua carreira sindical e política.
O bêbado mais uma vez interviu:

- Em São Bernardo pode.. Só não pode em Jerusalém!!!

Novamente, ninguém lhe deu ouvidos.

- Nem em Guaranhuns, nem em São Bernardo ,
interviu um Pemedebista:

- Deve ser enterrado em Brasília, pois era Presidente da República
E todos os presidentes devem ser enterrados na Capital Federal.

E o bêbado novamente:
- Em Brasília pode... Só não pode em Jerusalém!!!

Aí, perderam a paciência e resolveram interpelar o bebum:
- Por que esse medo de que o Lula seja enterrado em Jerusalém?

E o bêbado respondeu:
- Porque uma vez enterraram um cara lá, e ele RESSUSCITOU !!!!

HUAHUAHUAHUA

LULA MAROLINHA X REALIDADE

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

EMBALAGENS E A "MELHOR IDADE"


Queridos oito leitores do blog:

Aqui está o texto que havia prometido do publicitário londrinense Júlio Bahr.

Bem humorado e atual, o texto é sensacional.

Os blogs de Bahr estão ao lado direito da página. Apareçam por lá.

Valeu Júlio!


Embalagens e a “Melhor Idade”

Julio Ernesto Bahr


Será que os meus colegas publicitários pensam nas pessoas da Terceira Idade quando elaboram rótulos e embalagens? Terceira Idade, aliás, que algumas almas generosas preferem designar como a da “Melhor Idade”.

Melhor idade para o quê? Para ler, certamente que não!

Pois é geralmente na “Segunda Idade” que os óculos para leitura começam a fazer parte do nosso “uniforme” obrigatório. Daí para diante, a visão só tende a piorar.

Na Terceira Idade a seleção dos alimentos permitidos pelos médicos se torna cada vez mais restrita. Controles da glicose e do colesterol impõem novas regras. Isso quando os triglicerídios e o ácido úrico ainda não chegaram a níveis críticos.

Aliás, sua uréia e creatinina, como estão?

Açúcar, não pode. Alto índice de calorias, não pode. Gordura vegetal, não pode. Sal é perigoso. Gordura animal é veneno. Cuidado com alimentos que contenham ovos.

Você aí, que é jovem, não tem restrições alimentares e possui a visão aguçada da águia, já parou alguma vez em um supermercado para examinar as embalagens dos produtos? Consegue ler tudo o que está escrito?

Parece que boa parte das embalagens foi feita para dificultar nossa leitura e a identificação do conteúdo.

Simples torradas, por exemplo. Só mesmo usando uma potente lupa para descobrir que aqueles fios pretos na parte posterior da embalagem, que você julgava ser apenas um grafismo criado pelo diretor de arte, na verdade são linhas de texto descritivas dos ingredientes. Provavelmente em corpo 2 ou 3, para caber em português e espanhol. E quando você consegue o supremo milagre de ler o que está escrito, mata a charada: nenhum fabricante de alimentos faz questão de alardear que, junto com a torrada, estamos ingerindo emulsificante diacetil tartarato de mono e diglicerídios, alfa amilase e estabilizante. O que quer que isto signifique.

Deixei de comprar uma geléia aparentemente saborosa, cujo rótulo, impresso com as cores fora de registro, continha letras douradas sobre um fundo lilás... em corpo 3. Ou seja, o rótulo foi mesmo planejado para não ser lido.

Muitos produtos embalados em vidros apresentam informações na lateral da tampinha metálica. Como geralmente são textos longos, eles mais parecem cocozinhos de mosca atuando como mero adorno gráfico.

De tudo isso, podemos tirar algumas conclusões:

1 – Alguns fabricantes de produtos alimentícios não fazem questão que os consumidores leiam o que está escrito nas embalagens.

2 – Pessoas da Terceira Idade nunca devem fazer compras sozinhas em supermercados

3 – Os publicitários acreditam que jamais ficarão idosos – ou que sua visão será eternamente perfeita

4 – A legislação obriga os fabricantes a imprimir rótulos e embalagens legíveis. Mas, falta maior fiscalização, além de denúncias, por parte do consumidor lesado.

Em países ditos do Primeiro Mundo, a população é muito mais exigente, luta ostensivamente pelos seus direitos e freqüentemente boicota produtos que não atendam às suas exigências.

E nós aqui, no Brasil? Até quando nossos olhos vão ser enganados pelos micro-textos de embalagens, lendo “emocionante”, no lugar de emulsificante, “policiais” em vez de polióis, “ácido crítico” onde está ácido cítrico e “gordura legal” em vez de gordura total?

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

AMIGOS ACADÊMICOS


Mês passado participamos, com nossas fotos, de uma exposição de artes aqui em Londrina. Conheci pessoas muito interessantes. Uma delas foi a poeta Leonilda Spina. Sempre alegre, educada e muito simpática, me fez um convite: uma exposição na Academia de Letras Ciências e Artes de Londrina.

Fiquei muito feliz e aceitei. Lá fiz outros amigos, entre eles, o publicitário Júlio Bahr. Já adicionei os dois blogs do Júlio aí ao lado direito da página. Dê uma olhadinha que é muito interessante. Antenado com o mundo, Júlio fala sobre quase tudo. Além de ser uma simpatia de pessoa...

Estou esperando o texto que Júlio leu na Academia. Assim que ele enviar, publico para todos lerem.

Manda logo Júlio! Huahuahuahua

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Morte e ressurreição


A notícia da vez - tirando os marxistas que já mataram o capitalismo por umas 47 vezes nos últimos dias - vem do Pará, governado pela petista Ana Júlia Carepa, eleita pela "força do povo". A Folha de S. Paulo já havia noticiado de que a força do dinheiro do povo pagaria R$ 148,5 mil pela reforma de uma casa alugada por R$ 60 mil - sem licitação – em um condomínio de luxo onde um lote de 800 m2 custa apenas R$ 220 mil: "adequar a casa para a moradia da governadora", dizia a ordem de serviço expedida pela Secretaria Especial de Integração Regional. Uau!

Mas Ana Júlia ficou famosa com o caso da adolescente encarcerada por 30 dias com 20 homens, e quando depois ainda confirmou que tudo aquilo já ocorria em seu estado "há algum tempo", lembrou? Mas, à época, cumpriu seu papel "pogreçista" de defensora dos frascos e comprimidos: "É bom tornar isso público, para que a sociedade se mobilize e possamos acabar com essas práticas.". Há mais de 10 anos o Movimento de Mulheres do Campo e da Cidade (MMCC) torna públicos casos assim. Foi preciso a garota ser estuprada em troca de comida para que a "sociedade" se mobilizasse? Ana Júlia não se mobilizou antes por quê? Quem já passou por reforma de casa sabe que isso toma todo nosso tempo mesmo...

Agora o Pará de Ana Júlia desmatou a dar com pau em agosto: 435 quilômetros quadrados. E vem acompanhado do Mato Grosso. Das 100 maiores áreas desmatadas no Brasil, segundo Carlos Minc, ministro do Meio Ambiente(!), as seis primeiras são assentamentos do Incra: 5.995 famílias apontadas por desmatarem 221 mil hectares! No país foram 756 km2. Mais que o dobro de julho! Para Rolf Hackbart, presidente do Incra, "o levantamento foi mal feito tecnicamente"; e já jogou a motosserra no colo da Funai: "vejo muita unidade de conservação de terra indígena com desmatamento crescente, sem pessoal, sem fiscalização, sem controle, sem regularização fundiária" Chamem o John Wayne antes que a floresta vire cinzas!

Mas a Folha noticiou o pior dos mundos: PT, PSDB, DEM e PPS foram os grandes companheiros na eleição em 2.292 cidades: 42% dos municípios "desse país". O número é 13,9% maior que nas eleições de 2004. No mercado da política as ações pelo poder subiram: a aliança entre os quatro partidos em chapa única cresceu 36%, passando de 89 para 121! Os investimentos em cargos futuros bateram todos os recordes: as ações do PT-DEM valorizaram 41,9%! Em 2004 os "demo" de Agripino Maia e os "iguais" da mãe do PAC estiveram sob o mesmo ideal em 674 cidades; hoje investem milhões e compartilham riscos em 957 municípios! Já a "zelite" do poder foi à loucura: PSDB e PT investiram capital em 1.095 alianças. São 20,9% de crescimento! É a maior quebradeira ética da história das eleições!

Agora tire as crianças da sala: Paulo Maluf, com 58% de rejeição na capital paulista, comentou sua injusta prisão em 2005: "Se você for para a vida pública tem que se preparar para todas as injustiças. Eu fui preso por injustiça. Sabe quem mais foi preso? O Mahatma Gandhi e o Nelson Mandela". Movido por uma grande depressão acabei de cortar os pulsos... Sinto o sangue escorrendo pelo teclado do computador e a vida se esvaindo... Espero semana que vem ser ressuscitado como já foi o capitalismo por umas 47 vezes nos últimos dias...

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

BUTCH CASSIDY IS DEAD...


Paul Newman morreu aos 83 anos. Um dos maiores atores de todos os tempos.
Se você nunca ouviu falar dele, agora não dá tempo de explicar.


Vale lembrar de "Butch Cassidy and the Sundance Kid", gravado com Robert Redford em 1969.


Se mesmo assim você nunca ouviu falar dos caras, mude para o Irã, coloque uma camiseta com a bandeira de Israel e saia gritando: "Abaixo o islã!".

Sua vida não tem sentido mesmo...

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

“Voz no deserto”


Sou um jovem sonhador. Os Engenheiros do Hawaii definem a juventude como “uma banda numa propaganda de refrigerantes”. Alienada, sofre: 46% estão na pobreza. No nordeste são 68%; dos quais, 36,9% vivem apenas com ¼ do salário mínimo. “A ética deve valer também na economia”, disse Lula-lá na Assembléia Geral da ONU, do alto dos seus 68% de popularidade, segundo a CNT/Sensus. É a maioria. A voz do povo.

Sou minoria: apenas 6,8% desaprovam Lula. Hitler, Mussolini, Stalin, Fidel, Mao, Tetzel, Torquemada, Jim Jones. Todos despontariam nas pesquisas. Barrabás teve 100% de aprovação; foi liberto pela voz do povo. Cristo, crucificado. Pilatos viu insanidade no ato. Três milhões de pessoas do povo de Israel não quiseram entrar na Terra Prometida por medo. Apenas Josué e Calebe queriam enfrentar os riscos. Imagine uma pesquisa: “Vai encarar a Terra Prometida?” A) Sim; B) Tô fora!; C) Fico por aqui mesmo; toda essa areia me lembra Porto de Galinhas!; D) Nem com as coelhinhas da playboy e uísque 12 anos! E) NDA. Apenas dois marcariam “A”. Maioria. Voz do povo. Mas não voz de Deus. Jeová castigou Israel pela falta de confiança: 40 anos no deserto.

Aqui na Terra Proletária da ética do mensalão, dos aloprados, do caixa 2 “bandido”, dos dólares na cueca, das sanguessugas, do caso Celso Daniel, dos “dois pau pra eu” do irmão de Lula, dos milhões da Telemar na empresa de Lulinha, do Conselho Nacional de Jornalismo, da “quadrilha dos 40” etc., o governo petista surfa no capitalismo e se bronzeia na política econômica do real. Enquanto isso, no ranking de percepção de corrupção medido pela organização Transparência Internacional, despencamos oito pontos: agora ocupamos a 80º posição na lista de 180 países. A maioria. O povo.

Não, não sou sacerdote da ética. Profeta da honestidade. Messias da moralidade. Penso como o apóstolo Paulo: “Porque nem mesmo compreendo meu modo de agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que detesto”. Mas me lembro muito bem de Jandaia, Goiás, anos 1970, casa sem forro, paredes cor-de-rosa e portas cinza, minha linda mãe me educando: “Ca, co, cu. Mas esse cu não é o que a molecada fala na rua”. Também abandonei o marxismo aos vinte e poucos anos. E sou filho da Reforma Protestante: o erro, as mazelas, a corrupção, devem ser apontados a fim de serem extirpados. Talvez sejam essas as diferenças. A voz de Deus na consciência.

Recordar é viver: o general Emílio Médici, do alto da ditadura militar, foi condecorado pelo povo com 84% de popularidade. Maioria. Voz do povo. Lembre-se do recado lúcido e incontestável dos Engenheiros: “Quem ocupa o trono tem culpa. Quem oculta o crime também. Quem duvida da vida tem culpa. Quem evita a dúvida também tem”. Minoria. Voz da percepção.

Disseram-me que sou uma “voz no deserto”. Minoria. Não importa. Sou a voz de 6,8% que amam “este país”, que não se calam por dinheiro, posição social, oportunismo do poder ou medo. Que Deus não castigue a minoria com 40 anos de PT no governo. Misericórdia, Senhor. Misericórdia!

Como diria Lennon, “Você pode dizer que sou um sonhador. Mas não sou o único”…

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

"O primeiro entre vós"


Tive uma péssima notícia: dona Maria Luíza F. Camilo morreu. Um pedaço de mim foi junto. Lembro-me do parque infantil em Pirajuí. Meus primos Fábio e Mariela passavam as férias na casa da vó Jenny. Brincadeiras, risadas, castelos de areia, futebol, gangorra, a piscina de azulejos brancos! Mergulhos! Festa! O tempo - desde aquela época, como diria Alceu Valença, primo-irmão da solidão -, fazia seu melhor: roubava nossa infância aos poucos... Mas logo vinha o melhor do dia: sopa! Fecho os olhos. Aquela mesa comprida, cheirinho delicioso, a molecada faminta. Maria Luíza e outras senhoras servem alegremente a comida...

Lembro também dos versículos 32 a 45 do capítulo 10 do evangelho de Marcos. Jesus ia para Jerusalém. Seus discípulos o “seguiam”. E o Mestre revela: “O Filho do Homem será entregue aos principais sacerdotes e aos escribas; condená-lo-ão à morte e o entregarão aos gentios. Hão de escarnecê-lo, cuspir nele, açoitá-lo e matá-lo; mas, depois de três dias, ressuscitará”. Era questão de tempo. Ninguém entendeu a mensagem. McLuhan gritaria: “O meio é a mensagem!” Mas Tiago e João não perderam tempo: “Permite-nos que, na tua glória, nos assentemos um à tua direita e o outro à tua esquerda”.

Surpresa: “Mas Jesus, chamando-os para junto de si, disse-lhes: Sabeis que os que são considerados governadores dos povos têm-nos sob seu domínio, e sobre eles os seus maiorais exercem autoridade. Mas entre vós não é assim; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será servo de todos. Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos”. Uau! Cristianismo é isso: contracultura pura!

Enquanto o ser humano se preocupa em ser o maior, ter o melhor cargo político para escravizar, ser o principal da igreja para dominar, ter amigos influentes para ser servido, Jesus prega que devemos servir, assim como ele, que deu “sua vida em resgate por muitos”. Veja que ele não diz todos, mas apenas “muitos”. É que nem todos aceitam Jesus como senhor e salvador. Não compreendem que, na lógica de Cristo, o primeiro é o que serve, e não o que é servido. Imagine Brasília servindo ao Brasil.

Mas para servirmos temos de amar ao próximo. Pense na pessoa que mais te odeia. Agora se surpreenda com Cristo em Lucas 6: 27 a 32: “Digo-vos, porém, a vós outros que me ouvis: amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam; bendizei aos que vos maldizem, orai pelos que vos caluniam (...) Como quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles. Se amais os que vos amam, qual é a vossa recompensa? Porque até os pecadores amam aos que os amam”. Contracultura, meu nego!

Cristianismo é servir. Quer ser o primeirão? Sirva. Nossos avós e pais nos serviram. O primo-irmão da solidão roubou muito mais que nossa infância: Maria Luíza se foi. Mas hoje Fábio é engenheiro, Mariela é juíza e eu relações públicas e jornalista. Maria Luíza, obrigado por nos servir! Jesus, obrigado por eles! Tempo, vê se dá um tempo!

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

VIVA LA REVOLUCIÓN!!!!!!!!!

Minha amiga Carlinha me enviou um teste: politicômetro. Para eu saber minha posição política.

Pois é, deu: CENTRO ESQUERDA LIBERAL...

HUAHUAHUAHUAHUAHUAHUA

Valeu Carlinha!

quinta-feira, 11 de setembro de 2008


Lula-lá inaugurou a plataforma P-34 da Petrobras e recolheu amostra de óleo. Com as mãos sujas, sorriu. A companheira da Casa Civil, Dilma Roussef, lembrou Monteiro Lobato e seu livro O poço do Visconde, para expressar o momento lúdico pelo qual atravessa “este país”: “Voltamos ao Sítio do Pica-Pau Amarelo. O sítio é o Brasil e a Petrobras achou petróleo atrás do galinheiro”. Depois dessa FHC pediu para que o país deixe de lado as “calças curtas”. Até tucano canta de galo nesse terreiro! Có-có-déco!

Não há dúvidas de que vivemos no Sítio. O instituto Ipsos entrevistou mil brasileiros em 70 cidades de nove regiões metropolitanas. Ao apontar o Brasil no mapa-múndi metade acertou. Os outros 50% nem sequer sabem onde fica o próprio galinheiro. Pior: para 2% que cacarejou, o Sítio fica na Argentina! Pibe, diz que fica no inferno, mas não diz Argentina! Outros apontaram o Brasil na África; mas a dúvida é cruel: estaria na República Democrática do Congo ou Chade? Outros 29% desistiram da resposta. É o resultado da pesquisa Pulso Brasil. Quem nunca confundiu Amapá com Canadá que atire o primeiro Visconde de Sabugosa! “Marmelada de banana, bananada de goiaba, goiabada de marmelo. Sítio do pica-pau amarelo.”

E a Cuca da ignorância assusta sem dó: dos frangotes que já passaram por uma faculdade, 10% nem imaginam que a terra de Lobato está localizada na América do Sul. Já no ensino médio são 30% dos galetos. Isso porque devem estudar geografia por seis anos! E os pintinhos que ainda nem saíram da casca do ensino fundamental preocupam o futuro da granja: 50% não dão um pio sobre o assunto. “Boneca de pano é gente, sabugo de milho é gente. O sol nascente é tão belo! Sítio do pica-pau amarelo”.

Se o próprio galinheiro é terra desconhecida aos brasileiros, imagine atrás dele: só 3% reconhecem a França e 84% ignoram de que o país de Maradona faz fronteira com o país de Pelé. "O estudante que não decifra o mapa-múndi não reconhece o mundo concreto que o cerca. É simples assim", sentenciou a secretária de Educação de São Paulo, Maria Helena Guimarães de Castro. Alô PSDB! “Rios de prata, pirata, vôo sideral na mata, universo paralelo. Sítio do pica-pau amarelo”.

Mas aqui no Sítio nosso hobby é criticar os americanos. Enquanto só 18% dos brasileiros sabem onde ficam os EUA, 86% dos estadunidenses reconhecem seu terreiro no mapa; 81% sabem que o país de Emiliano Zapata faz fronteira com o país de Luther King e 54% reconhecem a França. O diabo é que 47% sabem onde está a Argentina!

Tenho pena do brasileiro. Cisca uma TV, um MP3, um DVD no “universo paralelo” e vota na Dona Benta que lhe dá o farelo da riqueza nacional. Abriu o bico: não tem saúde, educação, alimentação, habitação, segurança, respeito, justiça; enfim, democracia plena. Mesmo com a raposa dos impostos abocanhando R$ 700 bilhões até o momento.

Já a ministra Dilma é uma granjeira rendida à elite neoliberal capitalista que manda no Brasil há 500 anos, estudou com os riquinhos da USP e conhece Monteiro Lobato. Viu só, também sei fazer retórica petista “pogreçista”! Nunca na história deste Sítio uma trilha sonora está tão cotada a hino nacional: “No país da fantasia, num estado de euforia, cidade polichinelo. Sítio do pica-pau amarelo”. Có-có-có-déco!

terça-feira, 2 de setembro de 2008

ESPETÁCULO DO CRESCIMENTO


NUNCA NA HISTÓRIA DESSE BLOG RECEBEMOS UM E-MAIL TÃO CARINHOSO.

UMA AMIGA PERGUNTOU INDIGNADA A RAZÃO DE EU DIZER QUE ESTE BLOG POSSUI APENAS QUATRO LEITORES.

O.K. LUCILENE, AGORA SÃO CINCO!!!

SE CONTINUAR ASSIM, EM 2079 SEREMOS 17!

PARA O ALTO E AVANTE!!!