quinta-feira, 29 de maio de 2008

EDUCAÇÃO É TUDO


EM NOSSA ÚLTIMA VISITA A BRASÍLIA, JK, SEMPRE SIMPÁTICO E EDUCADO, DEU COM A MÃO.

UM GENTLEMAN...

terça-feira, 20 de maio de 2008

ACREDITE... SE QUISER

Não há iniciativa do governo para ajudar Emenda 29, diz Lula

Em cerimônia do PAC, presidente afirma que para aumentar despesas com a saúde, é preciso aumentar receita

Fausto Macedo, de O Estado de S. Paulo

SANTOS - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, 20, em Santos, onde participou do lançamento de início de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), no valor total de R$ 349,1 milhões, que "não partirá do governo e não haverá da parte do governo qualquer iniciativa para que o Congresso Nacional aprove qualquer imposto" para ajudar a Emenda 29, que prevê que se destine R$ 27 bilhões do Orçamento para a saúde. Para Lula, para aumentar despesa, "tem que aumentar receita".

Lula deu esta resposta quando questionado se ele deseja uma nova CPMF para o País, imposto que o governo perdeu em dezembro passado, quando o Senado votou contra sua prorrogação. "Isso é um problema do Congresso Nacional, o governo federal perdeu a CPMF, em dezembro, e estamos trabalhando sem CPMF".

Lula esteve na Associação Atlético Portuários de Santos, acompanhado de seis ministros, entre os quais a ministra chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, a quem novamente chamou de mãe do PAC; o ministro das Cidades, Márcio Fortes; do Turismo, Marta Suplicy; dos Portos, Pedro Brito; das Comunicações, Hélio Costa; e da Previdência, Luiz Marinho.

Também no palanque, estava o governador de São Paulo, José Serra (PSDB). Durante todo o evento, Lula e Serra trocaram afagos e elogios. Ambos pregaram "harmonia entre os poderes e os entes federados". Lula criticou com veemência, "o Brasil jurídico", modelo, que segundo ele amarra obras públicas com burocracia. "É o País das obras paralisadas", disse o presidente que ouviu em meio a solenidade protestos de um grupo de portuários do Guarujá - trabalhadores avulsos que reclamaram oportunidade de trabalho em um terminal de granéis.

Recado de Lula

Está em curso no Congresso, na Câmara, a Emenda 29, já aprovada pelo Senado, que impõe ao governo a destinação de R$ 27 bilhões do orçamento para destinação exclusiva para o setor de saúde. O presidente mandou um recado direto aos parlamentares: "A única coisa que eu acho é que se o Congresso Nacional quer regulamentar a Emenda 29, e aumentar o dinheiro para a saúde, é importante que os companheiros pensem como aumentar os recursos para a saúde, sem ter uma nova receita".

Lula destacou que a Emenda 29 foi aprovada por unanimidade no Senado. "A Câmara tem que votar, eu só espero que as pessoas pensem na Emenda 29, mas pensem sobretudo que só é possível você aumentar despesas, se aumentar receitas".

90º


Brasil é 90º em "índice de paz global"

da BBC Brasil

O Brasil ocupa o 90º lugar em um ranking que avalia 140 países em termos de pacificidade.

Segundo o relatório Global Peace Index (Índice de Paz Global), compilado pelo Institute for Economics and Peace e a consultoria britânica Economist Intelligence Unit (EIU), o Brasil caiu sete posições em relação ao ranking do ano passado, o que em parte pode ser explicado pela inclusão de 19 nações no estudo.

Na América do Sul, o Chile foi considerado o país mais pacífico, seguido do Uruguai, Argentina, Paraguai e Bolívia. No geral, o Chile também conseguiu uma boa colocação, ficando em 19º.

O Brasil ficou com a 7ª posição na região. Venezuela e Colômbia foram considerados os menos pacíficos da América do Sul.

Categorias

No ranking geral, o Brasil ficou melhor classificado que os Estados Unidos (97º) e logo acima do México (91º).
O Brasil também ficou à frente da Índia (107º) e da Rússia (131º), porém atrás da China (67º), considerado o mais pacífico entre os países do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China).

Pelo segundo ano consecutivo, o Iraque foi considerado o país menos pacífico do mundo, atrás da Somália, Sudão, Afeganistão e Israel.

O ranking avaliou os 140 países em 24 categorias, entre elas as que avaliam relações com países vizinhos, violência, potencial para ataques terroristas, número da população carcerária, direitos humanos, estabilidade política, entre outras.

A Islândia, que não participou do ranking no ano passado, foi considerada o país mais pacífico do mundo, seguida pela Dinamarca e a Noruega.

Também entre os dez primeiros estão Portugal (7º) e Áustria (10º).

EMENDA 29

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 29

Altera os arts. 34, 35, 156, 160, 167 e 198 da Constituição Federal e acrescenta artigo ao Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, para assegurar os recursos mínimos para o financiamento das ações e serviços públicos de saúde.

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do § 3º do art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte Emenda ao texto constitucional:

Art. 1º A alínea e do inciso VII do art. 34 passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art.34.................................................................................................."

"VII-...................................................................................................."

"e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde." (NR)

Art. 2º O inciso III do art. 35 passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art.35.................................................................................................."

"III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde;" (NR)

Art. 3º O § 1º do art. 156 da Constituição Federal passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art.156....................................................................................................."

"§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá:" (NR)

"I - ser progressivo em razão do valor do imóvel; e" (AC)*1

"II - ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel." (AC)

"................................................."

Art. 4º O parágrafo único do art. 160 passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art.160............................................"

"Parágrafo único. A vedação prevista neste artigo não impede a União e os Estados de condicionarem a entrega de recursos:" (NR)

"I - ao pagamento de seus créditos, inclusive de suas autarquias;" (AC)

"II - ao cumprimento do disposto no art. 198, § 2º, incisos II e III." (AC)

Art. 5º O inciso IV do art. 167 passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art.167................................................................................................."

"IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde e para manutenção e desenvolvimento do ensino, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, e 212, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo;" (NR)

"................................................."

Art. 6º O art. 198 passa a vigorar acrescido dos seguintes §§ 2º e 3º, numerando-se o atual parágrafo único como § 1º:

"Art.198................................................................................................."

"§ 1º (parágrafo único original).................."

"§ 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais calculados sobre:" (AC)

"I - no caso da União, na forma definida nos termos da lei complementar prevista no § 3º;" (AC)

"II - no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 155 e dos recursos de que tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alínea a, e inciso II, deduzidas as parcelas que forem transferidas aos respectivos Municípios;" (AC)

"III - no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 156 e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alínea b e § 3º." (AC)

"§ 3º Lei complementar, que será reavaliada pelo menos a cada cinco anos, estabelecerá:" (AC)

"I - os percentuais de que trata o § 2º;" (AC)

"II - os critérios de rateio dos recursos da União vinculados à saúde destinados aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, e dos Estados destinados a seus respectivos Municípios, objetivando a progressiva redução das disparidades regionais;" (AC)

"III - as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas esferas federal, estadual, distrital e municipal;" (AC)

"IV - as normas de cálculo do montante a ser aplicado pela União." (AC)

Art. 7º O Ato das Disposições Constitucionais Transitórias passa a vigorar acrescido do seguinte art. 77:

"Art. 77. Até o exercício financeiro de 2004, os recursos mínimos aplicados nas ações e serviços públicos de saúde serão equivalentes:" (AC)

"I - no caso da União:" (AC)

"a) no ano 2000, o montante empenhado em ações e serviços públicos de saúde no exercício financeiro de 1999 acrescido de, no mínimo, cinco por cento;" (AC)

"b) do ano 2001 ao ano 2004, o valor apurado no ano anterior, corrigido pela variação nominal do Produto Interno Bruto - PIB;" (AC)

"II - no caso dos Estados e do Distrito Federal, doze por cento do produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 155 e dos recursos de que tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alínea a, e inciso II, deduzidas as parcelas que forem transferidas aos respectivos Municípios; e" (AC)

"III - no caso dos Municípios e do Distrito Federal, quinze por cento do produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 156 e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alínea b e § 3º." (AC)

"§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios que apliquem percentuais inferiores aos fixados nos incisos II e III deverão elevá-los gradualmente, até o exercício financeiro de 2004, reduzida a diferença à razão de, pelo menos, um quinto por ano, sendo que, a partir de 2000, a aplicação será de pelo menos sete por cento." (AC)

"§ 2º Dos recursos da União apurados nos termos deste artigo, quinze por cento, no mínimo, serão aplicados nos Municípios, segundo o critério populacional, em ações e serviços básicos de saúde, na forma da lei." (AC)

"§ 3º Os recursos dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinados às ações e serviços públicos de saúde e os transferidos pela União para a mesma finalidade serão aplicados por meio de Fundo de Saúde que será acompanhado e fiscalizado por Conselho de Saúde, sem prejuízo do disposto no art. 74 da Constituição Federal." (AC)

"§ 4º Na ausência da lei complementar a que se refere o art. 198, § 3º, a partir do exercício financeiro de 2005, aplicar-se-á à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios o disposto neste artigo." (AC)

Art. 8º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 13 de setembro de 2000



Mesa da Câmara dos Deputados Mesa do Senado Federal
Deputado Michel Temer Senador Antonio Carlos Magalhães
Presidente Presidente
Deputado Heráclito Fortes Senador Geraldo Melo
1º Vice-Presidente 1º Vice-Presidente
Deputado Severino Cavalcanti Senador Ademir Andrade
2º Vice-Presidente 2º Vice-Presidente
Deputado Ubiratan Aguiar Senador Ronaldo Cunha Lima
1º Secretário 1º Secretário
Deputado Nelson Trad Senador Carlos Patrocínio
2º Secretário 2º Secretário
Deputado Jaques Wagner Senador Nabor Júnior
3º Secretário 3ºSecretário
Deputado Efraim Morais
4º Secretário

E QUANTO AOS QUE JÁ ESTÃO NA POLÍTICA HÁ DÉCADAS?


Sete partidos se comprometem a recusar filiação a acusados de crimes

da Agência Brasil, em Brasília

Sete partidos se comprometeram nesta segunda-feira a orientar seus diretórios municipais a recusar filiação, nas convenções municipais deste ano, a candidatos acusados da prática de crimes graves ou de atos de improbidade administrativa ou ainda aos que tenham renunciado a mandatos políticos para evitar eventuais punições por atos contrários à Constituição.

O documento foi assinado na abertura do Senaje (Seminário Nacional de Juízes, Promotores e Advogados Eleitorais), atendendo a convite formulado pelo Comitê Nacional do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral.

O documento foi assinado pelos representantes do PPS, PMN, PV, PTB, PHS, PCB e PRB, que também se comprometeram a orientar os seus congressistas a cumprir a lei que estabeleça hipóteses de inelegibilidade que considerem a vida pregressa dos candidatos.

A solenidade de abertura do Senaje foi realizada na sede do Conselho Federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), em Brasília, uma das entidades que participam do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral.

A palestra de abertura foi proferida pelo ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) José Delgado, ex-corregedor-geral eleitoral, que falou sobre a Lei 9840, aprovada pelo Congresso em 1999 para combater a corrupção eleitoral e que é a primeira lei de iniciativa popular da história do país.

Nesta terça-feira (20) o seminário prossegue com palestra do ex-ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Fernando Neves, sobre a Jurisprudência Consolidada; do procurador regional eleitoral no Estado de São Paulo Mario Bonsaglio, sobre As Eleições de 2008 em Perspectiva; do procurador regional da República Nicolao Dino, sobre Fidelidade Partidária e Corrupção Eleitoral; do vice-procurador-geral eleitoral Francisco Xavier Pinheiro Filho sobre Registro de Candidatura e Vida Pregressa dos Candidatos.

CPTMF: LULA-LÁ NÃO SABE DE NADA...


PT tenta ressuscitar CPMF na reforma tributária


Partido de Lula busca a adesão dos outros governistas

Idéia é usar projeto de lei, não emenda constitucional

O quorum para aprovação passa a ser maioria simples

“Que novidade é essa?” Foi assim, curto e grosso, que Lula abriu a reunião do conselho de governo, nesta segunda-feira (19). A pergunta tinha endereço.

Destinava-se a desautorizar o ministro Guido Mantega (Fazenda). O presidente identificou-o como fonte da informação de que o governo poderia patrocinar a recriação da CPMF.

A alíquota seria menor (0,08%). O objetivo, nobre: financiar a injeção de verba nova no orçamento da Saúde. Mas Lula não quis saber.

“Esse é um problema do Congresso, não do governo”, disse. Referia-se à encrenca criada pelo projeto que regulamenta a chamada emenda 29.

Proposta de um aliado: o senador-médico Tião Viana (PT-AC). O Senado aprovou-a em abril, por unanimidade. E a Câmara deve referendá-la na semana que vem.

O projeto de Tião, como se sabe, obriga a União a tonificar o orçamento da Saúde. Reforço gradual. Que, em 2011, somaria pouco mais de R$ 20 bilhões.

Pela projeção desenhada no projeto de Tião, o governo teria de desembolsar já em 2008 algo entre R$ 8 bilhões e R$ 10 bilhões. Daí o alvoroço.

O que fazer? Abriu-se no Congresso uma articulação que passa, a despeito da posição de Pilatos adotada por Lula, pela recriação da CPMF.

Viria, segundo informou ao repórter o próprio Tião Viana, enganchada na reforma tributária. Teria outro nome.

Além disso, ganharia a forma de um projeto de lei. A CPMF rejeitada pelo Senado em dezembro de 2007 era uma emenda constitucional.

Qual é a diferença? Para alterar a Constituição, é preciso que 308 deputados e 49 senadores concordem. O projeto de lei passa por maioria simples.

O que é a maioria simples? Equivale ao voto de mais de 50% dos congressistas presentes em plenário. É preciso que compareçam pelo menos 257 dos 513 deputados e 41 dos 89 senadores.

Com isso, o consórcio governista imagina que será possível vencer a barricada que a oposição promete erguer no Legislativo contra a volta da CPMF.

“Aqui, não passa a recriação da CPMF”, diz, desde logo, o senador Arthur Virgílio (AM), líder do PSDB. “O governo tem, sim, dinheiro para a Saúde. Há excesso de arrecadação.”

José Agripino Maia (RN), líder do DEM, faz coro: “Como não tem dinheiro? Tem dinheiro para investir no exterior [Fundo Soberano], mas não tem para a Saúde da população? É claro que o governo tem dinheiro. O problema é que parece não colocar a Saúde como total prioridade.”

Na Câmara, o deputado-médico Henrique Fontana (PT-RS), líder de Lula na Casa, se dispõe a assinar o projeto de ressurreição da CPMF. Em privado, o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), exibe disposição para angariar apoios.

Decidiu-se envolver na articulação o deputado Antonio Palocci (PT-SP), presidente da comissão que destrincha a proposta de reforma tributária que Lula enviou ao Congresso.

Jeitoso, Palocci é uma voz ouvida por Lula, pela Esplanada e pela oposição, em especial o PSDB. É visto como peça central na busca de uma fonte que torne viável o projeto de Tião Viana.

A despeito das críticas de que é alvo até no Planalto, Tião não se dá por achado. “Ninguém pode alegar que foi surpreendido”, diz ele. “Meu projeto tramita há sete anos.”

O senador petista avalia, de resto, que, não fosse pela aprovação da proposta no Senado, “a necessidade de reforçar o financiamento da Saúde não estaria sendo debatida.”

Nesta segunda (19), o deputado-médico Arlindo Chinaglia (PT-SP), presidente da Câmara, repisou a promessa de levar a voto, nos próximos dias, a proposta de Tião. Na semana passada, comprometera-se a fazê-lo no dia 28 de maio, quarta-feira da semana que vem.

Chinaglia assegura também que, ainda no primeiro semestre, submeterá a voto a reforma tributária. O problema é que a decisão sobre a emenda 29 vem antes da deliberação sobre a mudança na sistemática de cobrança dos tributos.

Resta saber o que fará Lula se o Congresso lhe enviar o projeto de Tião Viana aprovado, sem definir, imediatamente, a fonte provedora das verbas. Na reunião desta segunda, o presidente repetiu que não o assusta a hipótese de vetar o projeto.

http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/index.html

segunda-feira, 19 de maio de 2008

GAYS NA RECORD DO BISPO MACEDO???


Novela da Record terá "romance" gay entre mutantes

da Folha Online

A próxima fase de "Caminhos do Coração" (Record) terá um "romance" gay envolvendo um mutante, informa a coluna Outro Canal, de Daniel Castro, na Folha desta segunda-feira (19), que está nas bancas. O conteúdo completo é exclusivo para assinantes UOL e Folha.

De acordo com Outro Canal, Fernandão (Theo Becker), o Homem-Cobra, terá um "affair" com o homossexual Danilinho (Cláudio Heinrich). Inicialmente, o mutante quer apenas dar um golpe.

A novela, que tem obtido médias de audiência superiores a 20 pontos, pretende agora conquistar maior público infanto-juvenil e será exibida mais cedo, às 21h, a partir da primeira semana de junho --quando a produção passa a se chamar "Mutantes". Entre as novidades, novos dinossauros, novos mutantes e conexões interplanetárias.

Leia mais
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u403200.shtml

GRANDE ELIO!


ELIO GASPARI

A privataria aparelhada vai bem, obrigado
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No lugar da "destruição criadora", os companheiros criaram o capitalismo da destruição destruidora
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DEZ ANOS DEPOIS do festivo leilão do Sistema Telebrás, Pedro Jaime Ziller, conselheiro da Anatel, concluiu o monumento da privataria tucana reciclada pelo aparelho empresarial petista. Numa entrevista à repórter Gerusa Marques, ele justificou a compra da Brasil Telecom pela Oi/Telemar com o seguinte argumento: "A BrT e a Oi, do jeito que estavam, corriam o risco de sumir, era questão de tempo".
Quem passa distraído por essa frase pode acreditar que os usuários de 56 milhões de telefones corriam o risco de micar. Num determinado dia as duas empresas sumiriam, emudecendo 26 Estados. Diante desse risco, qualquer esforço seria razoável. Lorota.
Ziller quis dizer outra coisa. Quem corria o risco de sumir não eram as empresas, mas uma boa parte do capital de seus acionistas. Empresa mal administrada quebra e empresa bem administrada ganha dinheiro, coisas do capitalismo.

No mesmo leilão em que o banqueiro Daniel Dantas e os empresários Carlos Jereissati e Sérgio Andrade arremataram as duas operadoras, os americanos da MCI levaram a Embratel por R$ 2,65 bilhões. Passados quatro anos, uma concordata e administrações ruinosas, a companhia foi vendida ao magnata mexicano Carlos Slim por menos da metade do que haviam pago. Coisas do capitalismo.

A Telemar/Oi, a Brasil Telecom e os fundos de pensão de estatais da Viúva que atolaram os bolsos em ambas, operam num capitalismo especial. Com o dinheiro do BNDES, eles convertem aquilo que o economista Joseph Schumpeter chamava de "destruição criadora" das forças do mercado, numa construção criadora de empresários amigos, ora dos sábios tucanos, ora dos comissários de fundos petistas.
No leilão de 1998, Daniel Dantas, associado a alguns fundos de pensão de empresas da Viúva, comprou a rede do Sul do país por R$ 2 bilhões. A Telemar, também associada a fundos de pensão, arrematou 16 operadoras por R$ 3,4 bilhões. Um mês depois, quando chegou a hora de comparecer com o primeiro cheque, a Telemar passou no BNDES e levantou R$ 687 milhões (25% da empresa) a juros camaradas.

O grão-tucano Luiz Carlos Mendonça de Barros, um dos arquitetos da privatização das teles, chamou os marqueses da Telemar de "telegangue". Não é melhor a reputação da Brasil Telecom. Se fosse verdade o que os comissários dos fundos dizem de Daniel Dantas, ele acabaria preso. A recíproca é verdadeira e quem perdeu nessa briga foi a qualidade da administração da empresa.

As normas do setor de telecomunicações não amparam a fusão dessas duas grandes operadoras. Às favas as normas. O preço combinado para a Brasil Telecom foi de R$ 5,86 bilhões. Comemorando o décimo aniversário da privataria tucana, o aparelho companheiro voltou a ligar o motor do BNDES. O banco entrará com R$ 2,6 bilhões. Com isso, ele e os fundos de pensão das estatais ficarão com 49,8% da Oi/Telemar. Privatizaram o patrimônio e estatizaram a fonte de financiamento.

Com tamanha participação do BNDES e dos fundos de pensão, a empresa corre o risco de cair no colo da Viúva daqui a mais uns dez anos. Pelo lado do banco, pode-se argumentar que seu corpo técnico opera dentro de normas rígidas. Pelo lado dos fundos de pensão, não se deve dizer o mesmo. São instituições vulneráveis a um elemento com o qual Schumpeter não lidou: a destruição destruidora.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc1405200830.htm

sexta-feira, 16 de maio de 2008

VIVA LA REVOLUCIÓN!


Interpol autentica documentos das Farc

Polícia internacional afirma que Colômbia não adulterou arquivos de computadores do número dois da guerrilha, Raúl Reyes

Conteúdo dos textos, que envolvem Chávez e Correa, não foi objeto da perícia; informe aumenta tensão entre líderes dos três países

FABIANO MAISONNAVE
DE CARACAS


A Colômbia não adulterou os documentos encontrados nos computadores do líder das Farc Raúl Reyes, segundo perícia da Interpol (polícia internacional) divulgada ontem em Bogotá.

Os documentos expõem fortes vínculos entre a guerrilha colombiana e os governos venezuelano e equatoriano e o informe deve estremecer ainda mais as relações diplomáticas entre os três países, cujos presidentes se encontrarão hoje, durante a cúpula de Lima.

"A equipe de especialistas forenses não descobriu indícios de modificação, alteração, adição ou subtração dos arquivos em nenhum dos três computadores portáteis, em nenhuma das três unidades de memória USV e em nenhum dos dois discos externos apreendidos durante uma operação antinarcóticos e antiterrorista em acampamento das Farc em 1º de março de 2008", disse o secretário-geral da Interpol, o americano Ronald Noble, durante a apresentação do relatório.

Acompanhado de várias autoridades colombianas, Noble ressaltou que a análise se ateve apenas à autenticidade dos documentos, sem avaliar seu conteúdo. O secretário-geral fez elogios à polícia colombiana e ao DAS (serviço de inteligência) e usou vários termos adotados pelo governo Uribe para descrever as Farc, como classificar o grupo como "terrorista".

Noble disse não ter dúvidas de que os computadores pertenciam a Reyes.

Mil anos para ler
De acordo com a perícia, o material apreendido no acampamento de Reyes corresponde a 600 gigas e inclui documentos inscritos, imagens e planilhas. Foram empregados 64 funcionários de 16 países, num total de 5.000 horas de trabalho desde 4 de março.
"Este volume corresponderia a 39,5 milhões de páginas em Microsoft Word", disse Noble. "Levaria mais de mil anos para ler todos os dados se uma pessoa lesse cem páginas por dia", comparou.

Questionado se, durante o trabalho de análise, foram encontrados documentos vinculando as Farc ao governo e a organizações brasileiros, Noble disse que sim, mas que não mencionaria nomes. A guerrilha tem alguns contatos conhecidos no Brasil, como o vereador de Guarulhos Edson Albertão (PSUV), amigo de Reyes.

A Interpol reúne 186 países, entre os quais a Venezuela e o Equador. Noble disse que havia se colocado à disposição dos dois governos para esclarecimentos, mas que nenhum deles demonstrou interesse.

O governo colombiano alega ter encontrado os computadores durante ataque ao acampamento de Reyes, em território equatoriano. A morte do número dois das Farc e outras 24 pessoas na operação provocou o rompimento das relações diplomáticas do Equador e da Venezuela com a Colômbia.

Dias depois, durante a cúpula do Grupo do Rio, na República Dominicana, Chávez reatou as relações diplomáticas com o governo de Álvaro Uribe, mas o presidente Rafael Correa manteve sua decisão.

Fim da trégua
A trégua diplomática entre Venezuela e Colômbia durou até o último domingo, quando Chávez, irritado com a divulgação, pela imprensa, de mais documentos vinculando o seu governo às Farc, voltou a atacar Uribe, acusando-o de gerar um clima de guerra entre os países.
Segundo informações atribuídas aos computadores de Reyes, o governo Chávez mantinha contatos regulares com representantes da guerrilha e havia se comprometido a fazer um empréstimo de US$ 250 milhões a US$ 300 milhões para as Farc, além de ajuda com equipamentos militares, entre fuzis e bazucas.

Com relação ao Equador, os supostos documentos mostram contatos com altos funcionários do governo Correa e acordos para melhorar a segurança da zona fronteiriça.

O governo colombiano não deixou claro se tomará medidas judiciais e diplomáticas contra a Venezuela e o Equador. Em março, Uribe chegou a anunciar que denunciaria Chávez ao Tribunal Penal Internacional (TPI), por "financiamento de genocídio", mas recuou em Santo Domingo.
Ontem, a única reação do Equador foi a da chanceler María Isabel Salvador, que afirmou que os dados dos computadores não têm "validez jurídica" "nem moral".

O informe da Interpol deve ser um dos principais temas da 5ª Cúpula América Latina-Caribe e União Européia. Os três presidentes estarão no encontro.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

JAZZ

FOTO - ANDRÉ ARRUDA PLÁCIDO


JOHN PIZZARELLI, ONTEM, NO VILLAGE, LONDRINA, COM O SHOW "DEAR MR. SINATRA".

S-E-N-S-C-I-O-N-A-L!

MEU NOME É GAL...

FOTO - ANDRÉ ARRUDA PLÁCIDO



GAL COSTA, ONTEM, NO VILLAGE, LONDRINA.



LINDA VOZ...

INTERESSES


Países árabes têm interesses em conflito israelo-palestino, diz analista

MARIANA CAMPOS
da Folha Online

Os países árabes sempre tiveram interesses próprios na mediação do conflito israelo-palestino, que continua a ser um dos assuntos mais debatidos no aniversário de 60 anos da criação do Estado de Israel, celebrado oficialmente nesta quarta-feira. A opinião é do cientista político Samuel Feldberg, membro do Grupo de Análise de Conjuntura Internacional da USP (Universidade de São Paulo).

"A questão palestina normalmente é abordada de forma muito simplória: os países árabes preocupados com o sofrimento dos palestinos, pressionando Israel para ter uma solução. Obviamente isso não é verdade, nem parte da verdade. Os países árabes sempre tiveram interesses próprios", afirmou o analista em entrevista à Folha Online.

Ele cita, como exemplos, o caso dos egípcios, jordanianos, sírios, iraquianos e sauditas. "No meu entender, os países árabes nunca estiveram interessados em apoiar a causa palestina, mas, por outro lado, a retórica de apoio aos palestinos sempre foi um elemento muito forte de propaganda para consolidar regimes pouco ou muito populares", disse Feldberg.

O cientista político também descarta a possibilidade de mudança na postura adotada pelos EUA no que se refere à mediação do conflito, caso o Partido Democrada vença as eleições presidenciais de novembro.

Segundo Feldberg, o problema é um assunto que um "sábio candidato tenderia a evitar". "Quando a mediação do conflito é interessante? Quando se pode vislumbrar os trunfos de uma resolução, quando o presidente puder falar que resolveu o conflito israelo-palestino. Caso contrário, [o tema] é um pântano. (...)", afirmou.

Leia os principais trechos da entrevista concedida à Folha Online:

Folha Online - O que o sr. considera como o principal problema, após 60 anos da criação do Estado de Israel?

Samuel Feldberg - Sem dúvida nenhuma, há dois problemas fundamentais. O primeiro está relacionado com a consolidação do Estado. Durante muitos anos, o que houve foi uma canalização da energia do Estado e das divisões da sociedade para consolidar a existência de Israel. Especialmente após a guerra de 1967 e da reversão dos revezes iniciais da guerra de 1973 houve a geração de uma percepção ampla que a consolidação do Estado de Israel era irreversível. Ou seja, o país conseguiu se fortalecer e garantir a sua existência. Talvez o maior problema que exista a partir deste momento seja a multiplicação de forças que deixaram de canalizar suas energias em uma única direção.

Como resultado dessa variante, temos um problema que está refletido na relação entre Israel e os palestinos nos territórios ocupados. Esse era um problema menor e de certa forma um acessório das relações entre Israel e seus vizinhos.

A partir do momento em que a maior preocupação de Israel deixou de ser geopolítica --ou seja, como garantir sua subsistência frente a vizinhos poderosos que ameaçavam aniquilar o Estado-- e com a confirmação de que os países vizinhos não seriam capazes de fazer uma guerra bem-sucedida contra Israel, o foco passa a ser a relação com a população palestina nos territórios ocupados e a tensão com relação à minoria árabe dentro de Israel. Se hoje o problema central tiver de ser focado, ele está relacionado com algo que podemos chamar de identidade do Estado de Israel. Com isso, há uma dispersão interna na sociedade israelense.

Folha Online - Há uma dispersão política também?

Feldberg - Exato. Existem muitas facetas do ponto de vista da representação da sociedade. Há um partido que representa os interesses dos aposentados, há dois partidos que representam os imigrantes russos na sociedade, há partidos das diversas linhas religiosas --um deles inclusive ameaça derrubar o governo israelense se avançarem as negociações em relação a Jerusalém. Todas essas facetas se digladiam em relação à representação, a recursos, à política externa. Havia uma amenização dessa representação quando a maior preocupação era com a segurança e a consolidação da existência do Estado.

Folha Online - Como o sr. vê a influência dos países vizinhos no processo de paz?

Feldberg - Por um lado, a questão palestina normalmente é abordada de forma muito simplória: os países árabes preocupados com o sofrimento dos palestinos, pressionando Israel para ter uma solução. Obviamente isso não é verdade, nem parte da verdade. Os países árabes sempre tiveram interesses próprios. Quando se analisa a participação dos países árabes do conflito de 1947/48, vê-se nitidamente uma dispersão dos recursos aportados pelos países árabes e a defesa de interesses próprios que, na maioria dos casos, iam frontalmente contra o interesse dos palestinos.

Os egípcios estavam interessados em criar uma continuidade territorial em relação ao leste, portanto [queriam] se apropriar do sul de Israel para não ficarem isolados do mundo árabe. Os jordanianos, com apoio da Inglaterra, tinham interesse em se manter como o bastião inglês na região e por isso a Inglaterra até permitia ou se conformava com a perda do mandato na palestina. Os sírios estavam interessados em consolidar um Estado que havia sido criado de forma falha pela criação do Líbano; os iraquianos e os sauditas estavam interessados em ampliar os poderes de suas monarquias.

No meu entender, os países árabes nunca estiveram interessados em apoiar a causa palestina, mas, por outro lado, a retórica de apoio aos palestinos sempre foi um elemento muito forte de propaganda para consolidar regimes pouco ou muito populares.

Folha Online - E com relação aos Estados Unidos?

Feldberg - Depende muito de qual é o momento da política norte-americana. Há um governo como o de Jimmy Carter (1977-1981) que deu uma ênfase muito grande à questão da mediação norte-americana no Oriente Médio que levou ao acordo de paz entre Israel e o Egito. Quando se olha pro governo de Bill Clinton (1993-2001), se vê uma tentativa de último momento de resgatar o processo de paz, com as negociações que não levaram a nada.

E, ao longo do governo Bush temos, desde 2001, uma preocupação com outras questões, uma visão do conflito entre Israel e os palestinos dentro da ótica da guerra contra o terror e, portanto, nenhum engajamento concreto e importante, nem no primeiro nem no segundo mandato, de chegar a alguma acordo. Não acredito nas previsões de que até o fim de 2008 vai acontecer alguma coisa. Certamente não vai acontecer nada no final do governo Bush. E, obviamente, dependendo de quem será o próximo presidente, as opções são muito amplas.

Folha Online - O sr. acredita que há uma possibilidade de mudança se os democratas, independentemente de quem seja, vencerem as eleições em novembro?

Feldberg - Os democratas vão ter problemas muito mais sérios para tratar que mediar o conflito israelo-palestino, que tem o agravante de não permitir deslumbrar uma solução. Quando a mediação do conflito é interessante? Quando se pode vislumbrar os trunfos de uma resolução, quando o presidente puder falar que resolveu o conflito israelo-palestino. Caso contrário, é um pântano. (...)

É um campo de areia movediça em que o presidente entra e envolve a questão de relacionamento de países árabes produtores de petróleo, e a questão do Iraque, onde a popularidade norte-americana já é um problema e só se complica se houver percepção de apoio a Israel ou mesmo de equilíbrio. Porque o que as populações árabes estão procurando não é equilíbrio por parte dos EUA, é um apoio às posições palestinas. Mesmo como mediador equilibrado, os EUA têm desvantagens. Há a questão interna da política norte-americana, da percepção do peso do voto judaico, é um problema que um sábio candidato a presidente tenderia a evitar.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u401792.shtml

ALLAH HU AKBAR!


Friedman: a nova Guerra Fria

Thomas L. Friedman

O próximo presidente norte-americano herdará vários desafios na área de política externa, mas certamente um dos maiores será a Guerra Fria. Sim, o próximo presidente será um presidente da Guerra Fria - mas esta Guerra Fria é com o Irã.

Esta é a verdadeira história que permeia atualmente o Oriente Médio - a disputa por influência na região, tendo ao lado os Estados Unidos e os seus aliados sunitas árabes (e Israel) e do outro o Irã, a Síria e os seus aliados não governamentais, o Hamas e o Hizbollah. Conforme dizia o editorial de 11 de maio do jornal iraniano "Kayhan": "Na luta por poder no Oriente Médio só existem dois lados: Irã e Estados Unidos".

Por hora, a Equipe América está perdendo em quase todas as frentes. Por quê? A resposta curta é que o Irã é inteligente e brutal, os Estados Unidos são estúpidos e fracos, e o mundo árabe sunita é indiferente e dividido. Alguma outra pergunta?

A indignidade da semana foi a tentativa de Irã, Síria e Hizbollah de assumir o controle sobre o Líbano. Os brutamontes do Hizbollah invadiram bairros sunitas na zona oeste de Beirute, concentrando-se especialmente em desmantelar canais progressistas de notícias como a TV Futuro, de forma que a máquina de propaganda do Hizbollah pudesse dominar o universo das transmissões de televisão. A milícia xiita Hizbollah surgiu supostamente para proteger o Líbano de Israel. Tendo feito isso, eles agora mudaram de rumo e venderam o Líbano à Síria e ao Irã.

Tudo isso faz parte daquilo que Ehud Yaari, um dos melhores analistas do Oriente Médio em Israel, chama de "Pax Iranica". Na sua coluna de 28 de abril último no jornal "The Jerusalem Report" Yaari chamou atenção para a rede de influência que o Irã construiu no Oriente Médio - da influência que o país exerce sobre o primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, à sua capacidade de manipular praticamente todas as milícias xiitas no Iraque, e à transformação do Hizbollah em uma força - com 40 mil foguetes - capaz de controlar o Líbano e ameaçar Israel caso este pense em atacar Teerã. E não se pode esquecer da capacidade do Irã de fortalecer o Hamas na Faixa de Gaza, e de bloquear qualquer acordo de paz israelense-palestino promovido pelos Estados Unidos.

"Sintetizando, Teerã criou uma situação na qual qualquer um que deseje atacar as suas instalações atômicas terá que levar em conta que isto gerará uma batalha cruenta nas frentes libanesa, palestina, iraquiana e do Golfo Pérsico. Esta é uma estratégia sofisticada de dissuasão", afirmou Yaari.

Já a Equipe Bush conseguiu em oito anos colocar os Estados Unidos em uma posição única no Oriente Médio: "O país não é apreciado, não é temido e não é respeitado", escreveu Aaron David Miller, um ex-negociador para o Oriente Médio em governos republicanos e democratas, no seu novo e provocante livro sobre o processo de paz, intitulado "The Much Too Promissed Land" (algo como, "A Terra Demasiadamente Prometida").

"Nós tropeçamos durante oito anos no governo de Bill Clinton, tentando descobrir como fazer a paz no Oriente Médio, e depois tropeçamos outros oito anos sob George Bush, procurando determinar de que maneira fazer a guerra na região", disse Miller. "O resultado foi uma América aprisionada em uma região que ela não pode consertar e nem abandonar".

Vejam os últimos meses, disse ele: o presidente Bush foi ao Oriente Médio em janeiro, a secretária de Estado, Condoleezza Rice, foi para lá novamente nesta semana. Afinal, o preço do petróleo está mais alto do que nunca, e as perspectivas de paz nunca estiveram mais remotas. Conforme diz Miller, atualmente os Estados Unidos são "incapazes de derrotar, cooptar ou conter" qualquer dos grandes protagonistas na região.

O grande debate entre Barack Obama e Hillary Clinton diz respeito a se devemos ou não conversar com o Irã. Obama é a favor; Hillary Clinton é contra. A questão para o próximo presidente não é falar ou não falar. O problema é saber se temos influência ou não.

Quando a pessoa tem influência, ela conversa. Quando não tem, consegue alguma - criando incentivos econômicos, diplomáticos ou militares e pressões; fatores que o outro lado ache muito tentadores ou assustadores para ignorá-los. É nisto que a equipe Bush tem se mostrado bastante incompetente em relação ao Irã.

A única parte mais fraca é o mundo árabe sunita, que ou está tão embriagado com o seu petróleo que acredita poder comprar qualquer saída para um desafio iraniano, ou tão dividido que não é capaz de erguer a mão para defender os seus interesses - isso quando não se encontra em ambas as situações.

Nós não iremos à guerra contra o Irã, e nem devemos. Mas é triste ver os Estados Unidos e os seus amigos árabes tão fracos que são incapazes de impedir que um dos últimos redutos de decência, pluralismo e abertura no mundo árabe seja destruído pelo Irã e pela Síria. A única coisa que me dá alento é saber que todos os que tentaram dominar sozinhos o Líbano - maronitas, palestinos, sírios, israelenses - geraram uma reação e fracassaram.

"O Líbano é uma região que ninguém pode controlar sem um consenso, sem fazer com que todos participem", diz o colunista libanês Michael Young. "O Líbano tem sido uma sepultura para pessoas com projetos grandiosos. No Oriente Médio os seus inimigos sempre parecem encontrar uma maneira de se reunir e subitamente tornar as coisas muito difíceis para você".

Tradução: UOL

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NADA MUDOU COM O "PROGREÇISMO"...


Desafeto de Marina Silva, Mangabeira nega divergências

Nomeação de ministro para coordenação do Plano Amazônia Sustentável (PAS) pode ter motivado saída

Luiz Weber, de O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA - Desafeto mais recente da ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva , o ministro da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Roberto Mangabeira Unger, disse nesta terça-feira, 13, que "jamais teve qualquer divergência" com a colega de Esplanada. A assessoria de Mangabeira informou que o ministro disse lamentar a saída do governo da senadora petista. Segundo Mangabeira, "nada abalará o compromisso do governo Lula e do Brasil com o desenvolvimento sustentável da Amazônia, que se confunde como próprio engrandecimento do País".

Fonte da área do meio ambiente comentou que um dos motivos que podem ter levado Marina Silva a, desta vez, ter decidido pedir demissão foi o fato de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter destinado a Mangabeira a coordenação do Plano Amazônia Sustentável (PAS), lançado oficialmente no último dia 8, no Palácio do Planalto. A nomeação teria sido a gota d'água.

A demissão da ministra Marina Silva põe fim a um processo de desgaste que se acentuou no ano passado, quando o atraso na concessão de licenças ambientais pelo Ibama foi apresentado como o grande vilão para o não andamento de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Marina chegou a protagonizar disputas com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e o próprio Lula fez críticas públicas à área sob seu comando quando a falta de licenças atrasou o processo de leilão das usinas do Rio Madeira.

Marina fez um discurso durante a solenidade no qual não escondeu seu descontentamento no cargo. "Sempre fui chamada de ministra dos bagres", disse ela, referindo-se à polêmica em torno das espécies de peixes que poderiam ser extintas com a construção das usinas do Rio Madeira. Durante todo o fim de semana, a ministra discutiu a possibilidade de sair do Ministério em conversa com seus principais assessores.

Roberto Mangabeira Unger, por sua vez, teve reunião nesta terça-feira com o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, com quem discutiu uma política para estimular a produção de grãos a longo prazo. Ao sair do ministério, Mangabeira disse que está discutindo com outros ministros uma política para o desenvolvimento sustentado da Amazônia. Ele não deu mais detalhes sobre o assunto.

http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac172107,0.htm

SÓ, SOMENTE SÓ...

Sozinho no mundo

O Brasil perde muito deixando o transporte ferroviário de lado. Os números são impressionantes. Eles dizem também que o Brasil fez uma escolha errada, está sozinho no mundo. Países de grande extensão territorial têm grandes malhas de trem, para transporte de passageiro e carga. É normal. Assim, são os Estados Unidos, China, Rússia, Canadá, Índia. O Brasil está sozinho neste grupo dos grandes, por ter escolhido as rodovias.

O professor de logística Paulo Fleury me disse que o Brasil transporta R$ 100 bilhões por ano por caminhões. O prejuízo por esta opção de concentrar o transporte de carga em caminhões é de 10%. Ao todo, R$ 10 bilhões por ano são perdidos.

As estradas mal conservadas atrasam o transporte, e esses caminhões na cidade pioram o trânsito. Eles mesmos se atrasam ainda mais. O transporte de passageiros por trem tem sido deixado de lado, tanto entre as cidades e estados, quanto dentro das cidades. O ônibus sempre foi a escolha dos governantes.

Em São Paulo, capital, os ônibus transportam por dia nove milhões de passageiros. O Brasil tem feito escolhas insensatas no transporte e no trânsito. Isto custa caro ao Brasil.

Saída de Marina Silva do Ministério do Meio Ambiente

O desflorestamento tem sido péssimo. Os números são muito ruins. A ex-ministra Marina Silva fez o que pôde, mas jogou sozinha durante todo o governo. Ela nunca conseguiu convencer os outros ministros que defender o meio ambiente pode ser a melhor forma de defender a agricultura, a energia, o desenvolvimento.

Hoje, o mundo quer conciliação entre crescimento e meio ambiente. Apesar de todo o esforço que a ministra fez, foram destruídos, no governo Lula, até o ano passado, 96 mil quilômetros quadrados de Floresta Amazônica. Isso é uma área quase quatro vezes o território de Alagoas, e não está na conta o aumento do desmatamento este ano.

Marina tentou convencer o governo que se não produzir de forma sustentável, o Brasil perderá seu maior tesouro, a biodiversidade, e vai enfrentar barreiras ao comércio dos nossos produtos.

Ela engoliu muitos sapos, mas ver um ministro totalmente estrangeiro ao assunto, como Mangabeira Unger, assumir o comando de um programa cujo nome é Amazônia Sustentável foi demais. Marina tem prestígio internacional e será uma perda para o governo Lula.

O presidente só foi surpreendido pela saída dela, porque o ministro Gilberto Carvalho demorou a entregar a carta de demissão ao presidente. Problema de comunicação dentro do Palácio.

Encontre esta reportagem em:
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BRASIL, SIL, SIL!!!

Exportação a conta-gotas

Trem como alternativa para o transporte coletivo. Estamos péssimos, se comparados a outros países. Enquanto o mundo transporta cargas e passageiros por trem, o Brasil exporta a sua riqueza a conta-gotas, de caminhãozinho a encher estradas mal asfaltadas. O Brasil só vai licitar neste ano o seu primeiro trem-bala.

A Argentina já comprou o dela para fazer 700 quilômetros entre Buenos Aires, Rosário e Córdoba. A Espanha tem uma dúzia de trens de alta velocidade. A China que se prepara para o futuro já tem 300 trens que andam a mais de 200km/h e compra trens-bala por atacado. Portugal tem muito mais trilho e trem que o Brasil proporcionalmente.

Aqui, os poucos trens que circulam nas poucas linhas vão devagar, e alguns só andam quando o MST permite como agora.

Saída de Marina Silva do Ministério do Meio Ambiente

É um duro golpe para o governo e para o presidente. A ministra Marina vista como um selo de qualidade para o governo, símbolo na luta para a preservação da Amazônia e no combate ao desmatamento, é mais para o exterior. Era um daqueles aqueles selos que aplicam ao Brasil, talvez com o aval de Ongs estrangeiras, cada vez mais atuantes, mais fortes e mais intrometidas.

A ministra saiu, porque vinha batendo de frente com a ministra Dilma Rousseff. E entre as duas, não é preciso dizer quem é a mais forte. Era o Programa de Aceleração do Crescimento (pac) versus política ambiental. Por fim, veio o programa da Amazônia Sustentável, entregue ao intelectual de Harvard, Mangabeira Unger.

Era demais, e a ministra saiu sem dar antes uma ligadinha para o presidente que ficou sabendo em um almoço no Itamaraty. Era o último a saber. Irritado, o presidente ligou para o governador do Rio e pediu o secretário do Meio Ambiente, Carlos Minc. O governador e o Minc toparam. Mas de cabeça fria, o presidente lembrou do sonho de levar para o Ministério Jorge Viana, o petista que governou o Acre com os tucanos. Vai recebê-lo na manhã desta quarta-feira (14). Avisado da mudança, Minc, já em Paris, deu a clássica explicação mineira dizendo que não aceitou, de pé junto.

O episódio mostra que cabeça quente precisa de panos frios. Marina Silva volta ao Senado, e o seu suplente, Sibá Machado, volta ao mestrado de Geografia. Piauiense, ele já foi cobrador de ônibus em são Paulo e se tornou senador desde o início do governo Lula. Marina saiu contra a derrubada de árvores e quem saiu foi o machado, Siba Machado.


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sexta-feira, 9 de maio de 2008

DITADURA SOCIALISTA

A DEMOCRACIA JÁ NÃO EXISTE EM MYANMAR - ANTIGA BIRMÂNIA - DESDE 1962, QUANDO UMA JUNTA MILITAR DEU UM GOLPE COMANDADO PELO GENERAL NE WIN QUE JUSTIFICAVA O BRAVO ATO REVOLUCIONÁRIO COMO "O CAMINHO BIRMANÊS PARA O SOCIALISMO".

PIOR: CENTENAS DE PESSOAS FORAM ASSASSINADAS EM 1988 PELA REPRESSÃO POLÍTICA DO "CAMINHO".

EM 1990, DEPOIS DE MAIS DE 30 ANOS SEM ELEIÇÕES DIRETAS, A LIGA NACIONAL PELA DEMOCRACIA GANHOU 392 DOS 489 VOTOS PARA A ASSEMBLÉIA POPULAR, MAS, COMO SEMPRE, OS RESULTADOS FORAM ANULADOS PELOS SOCIALISTAS.
ATÉ MESMO A ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO (OIT) AVALIOU NECESSÁRIO PROCESSAR A JUNTA MILITAR POR CRIMES CONTRA A HUMANIDADE PELOS TRABALHOS FORÇADOS IMPOSTOS AOS CIDADÃOS.

ANO PASSADO MONGES BUDISTAS FIZERAM PASSEATAS PELA DEMOCRACIA MAS FORAM REPRIMIDOS COM MUITA VIOLÊNCIA E MORTES.

AGORA, COM O CICLONE QUE JÁ FOI CONSIDERADO "MAIS VIOLENTO QUE KATRINA", JÁ SE FALA EM MAIS DE 100 MIL MORTOS E UM MILHÃO DE DESABRIGADOS. MAS OS DO "CAMINHO SOCIALISTA" NÃO PERMITEM A ENTRADA DE AJUDA INTERNACIONAL NAQUELE PAÍS POBRE E SUFOCADO PELA IDEOLOGIA DAS CAVERNAS QUE INSISTE EM DESAFIAR A LIBERDADE E OS DIREITOS HUMANOS EM PLENO SÉCULO 21.
LEIA A MATÉRIA E TIRE SUAS CONCLUSÕES.



Mianmar: um milhão de desabrigados

A tragédia em Mianmar tem mais de um milhão de desabrigados e 81 mil mortos até agora. Mas a Junta Militar que governa o país insiste em recusar a entrada de estrangeiros.

Vários jornalistas e voluntários foram expulsos. O ministro do Exterior agradeceu ajuda, mas disse que a distribuição será feita internamente pelo Exército.

O governo que recusa a ajuda do mundo não tem condições de socorrer o próprio povo. A tragédia completa uma semana. Mesmo na maior cidade do país, Yangun, destroços ainda estão nas ruas. Caminhos continuam bloqueados.

As autoridades entregam boa parte do trabalho para os monges, sempre dispostos a ajudar. A falta de água limpa aflige a população. Nas áreas mais distantes, o cenário é muito pior.

Como as regiões alagadas estão ao nível do mar, a água não vai embora. Meteorologistas dizem que o ciclone Nargis foi mais forte do que o furacão Katrina, que em 2005 arrasou a cidade americana de Nova Orleans.

Famílias inteiras ainda dormem entre os destroços e comem no chão. Uma mãe diz, diante dos filhos, que esta é a última refeição. A comida acabou e ninguém sabe quando a ajuda vai chegar.

Onze aviões de diferentes países já posaram em Mianmar, mas especialistas em ajuda humanitária temem que o Exército esteja escondendo boa parte das doações para alimentar as tropas.

Nas áreas que não foram atingidas pelo ciclone, a Junta Militar convocou a população para um referendo no sábado (10), que dá ainda mais poderes para o governo. No discurso, as autoridades sequer mencionaram as vítimas da catástrofe e pediram à população para exercer a cidadania.

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PASSADO DIFERENTE


Em um lago, sinais da lenta mudança da savana para o Saara

Kenneth Chang

Seis mil anos atrás, o norte da África era um lugar de árvores, pastagens, lagos e gente. Hoje é o Saara -uma área deserta maior que a Austrália. O lago Yoa, no nordeste do Chade, permaneceu um lago durante milênios e ainda é um lago, rodeado pelo deserto quente. Embora haja pouca chuva, a água do lago Yoa é reabastecida por um aqüífero subterrâneo.

Analisando as milhares de camadas de sedimentos de um núcleo, que é uma coluna de sedimentos perfurada do fundo do lago, uma equipe de cientistas reconstruiu o clima da região conforme a savana se transformou em Saara.

Na edição de sexta-feira da revista "Science", os pesquisadores liderados por Stefan Kroepelin, um geólogo do Instituto de Arqueologia Pré-histórica da Universidade de Colônia na Alemanha, relata que a transição climática ocorreu gradualmente.

Particularmente, a mudança nos tipos de pólen que caíam na água e afundavam conta a história de como o terreno mudou de árvores para arbustos para gramíneas e areia -"onde hoje você não encontra um único pedaço de grama", disse Kroepelin.

As conclusões vão contra uma visão prevalecente de que a mudança ocorreu abruptamente, em poucos séculos, há cerca de 5.500 anos, marcando o fim do "período úmido africano", quando as chuvas de monções inundavam a região.

Essa visão surge de núcleos de sedimento oceânico retirado ao largo da costa oeste da Mauritânia. Em 2000, análises dos núcleos de pesquisadores liderados por Peter B. deMenocal, do Observatório da Terra Lamont-Doherty da Universidade de Columbia, mostraram um súbito aumento da poeira soprada da África naquela época.

Kroepelin não discutiu os dados do núcleo oceânico, mas disse que haviam sido "interpretados exageradamente".

Os dados sobre o que acontecia na terra são esparsos, porque as areias sopradas pelo vento não preservam um registro geológico claro como os sedimentos nos lagos. Mas no lago Yoa a água que enchia os aqüíferos subterrâneos no período úmido, que começou 14.800 anos atrás, continuou fluindo para o lago de 18 metros de profundidade. É o suficiente para compensar os 6 metros de água que evaporam do lago todos os anos, disse Kroepelin. Apenas alguns milímetros de chuva caem por ano.

Kroepelin disse que espera voltar ao lago Yoa no ano que vem para perfurar um núcleo que poderá rastrear a história climática há 12 mil anos.

DeMenocal elogiou a pesquisa de Kroepelin. "Acho que é um corpo de trabalho muito bom", ele disse. "Realmente é a única coisa desse tipo do interior árido." Mas ele disse que o pólen poderia ter vindo principalmente da área imediatamente ao redor do lago e não do Saara em geral.

Jonathan A. Holmes, diretor do Centro de Pesquisa de Mudança Ambiental no University College em Londres, disse que os dois conjuntos de pesquisas foram realizados cuidadosamente e que o desafio seria montar uma história mais complexa do clima da região.

"Eu não acho que qualquer dos registros esteja errado", disse Holmes, que escreveu um comentário que acompanha o artigo na "Science". "Acho que eles representam coisas ligeiramente diferentes."

Holmes disse que uma possibilidade é que a poeira no litoral reflita uma diminuição no nível de água ao redor do lago Chade, revelando um solo que produz mais poeira.

Por mais rápida que tenha ocorrido a seca, ela empurrou a população para fora do centro-norte da África, disse DeMenocal, e essa migração forçada pelo clima poderia ter levado à ascensão dos faraós e da civilização egípcia.

Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves

Visite o site do The New York Times

http://www.nytimes.com/


quinta-feira, 8 de maio de 2008

PIZZARELLI


DIA 13 DE MAIO, EM LONDRINA, JOHN PIZZARELLI, COM O SHOW "DEAR MR. SINATRA".

VOU TAMBÉM!

HUAHUAHUAHUA

LOVE HURTS!

DIA 30 DE MAIO, EM LONDRINA, A SUPER BANDA QUE ARREBENTOU NOS ANOS 1970: NAZARETH.

EU VOU...


LOVE HURTS!

HUAHUAHUA

ONLY YOUUUUUUUUUU


AMANHÃ, EM LONDRINA, THE PLATTERS.

ZOLA TAYLOR, AO CENTRO, COM A BANDA NOS ANOS 1950 EM LOS ANGELES.


INFELIZMENTE A DIVA SE FOI EM 30 DE ABRIL DE 2006.


ONLY YOUUUUUUUUUUUU




quarta-feira, 7 de maio de 2008

SALGADO SEMPRE DEFENDEU RENAN CALHEIROS


Wellington Salgado é denunciado por sonegação ao STF

Denúncia só foi revelada na semana passada, quando o plenário decidiu desmembrar o inquérito

FELIPE RECONDO - Agencia Estado

BRASÍLIA - O senador Wellington Salgado (PMDB-MG) foi denunciado pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, por crime contra a ordem tributária, cuja pena varia de seis meses a dois anos de prisão. O inquérito tramita em sigilo no Supremo Tribunal Federal (STF) e é relatado pela ministra Cármen Lúcia. A denúncia, feita no dia 26 de março, só foi revelada na semana passada, quando o plenário decidiu desmembrar o inquérito e deixar que o senador fosse investigado separadamente das outras pessoas envolvidas no caso. O senador, suplente do ministro das Comunicações, Hélio Costa, é suspeito de sonegar tributos quando foi diretor da Associação Salgado de Oliveira de Educação e Cultura (Asoec), entre 2000 e 2002.

Como a pena por crime tributário é pequena, o procurador, depois de analisar o histórico criminal do senador, poderá propor ao Supremo a suspensão do processo. No entanto, para que o processo seja suspenso, Salgado deverá cumprir determinadas condições que serão negociadas com o Ministério Público, como a prestação de serviços à comunidade.

Foi com base nessa legislação que o MP propôs a suspensão de Silvio Pereira, ex-secretário-geral do PT, da ação penal contra os 40 mensaleiros. Silvinho topou o acordo e presta hoje serviços à comunidade à Subprefeitura do Butantã, na zona oeste de São Paulo. Procurado em seu gabinete no Senado, Salgado não foi localizado. A assessoria informou que o senador não tem mais relação com as universidades e que não se manifesta sobre o assunto. A defesa de Salgado argumentou, quando foi aberto o inquérito, que os recursos não pagos referem-se a uma dívida gerada pelo atraso em duas parcelas do programa de Parcelamento Especial (Paes), programa de refinanciamento de dívidas tributárias da Receita Federal.

DEMOCRACIA DA FALECIDA U.R.S.S.


Medvedev assume a Presidência russa sob a sombra de Putin

Primeiro ato do novo presidente foi indicar o seu mentor, Vladimir Putin, ao cargo de primeiro-ministro do país

Agências internacionais

MOSCOU - Com passo firme e semblante sério, Dmitri Medvedev assumiu nesta quarta-feira, 7, a Presidência da Rússia em uma cerimônia solene celebrada no Kremlin. Medvedev, porém, Mas terá de dividir a cena com Vladimir Putin, que deixa a chefia de Estado após oito anos, mas assume na quinta-feira, 8, a chefia de governo. Momentos após a posse, o presidente propôs formalmente a candidatura de Putin ao cargo de primeiro ministro.

Impedido pela Constituição de concorrer a um terceiro mandato presidencial, mas sem nenhuma intenção de abrir mão do controle do país, Putin orquestrou nos últimos meses uma série de medidas para garantir que ele continuará dando as cartas na Rússia. Medvedev, que chega ao cargo pela própria escolha de Putin, coloca fim oficialmente aos 8 anos de governo do seu mentor. Aliado leal de Putin e sem base política forte, o advogado de 42 anos, eleito presidente em março, é visto como o sucessor ideal do líder russo. Para analistas, a expectativa é de que Medvedev cumpra seu mandato sem grandes mudanças de política, permitindo que Putin volte a candidatar-se em 2012.

Em seu primeiro pronunciamento como presidente russo, Medvedev disse que considera como "importantíssima tarefa" o "desenvolvimento das liberdades cívicas e econômicas", e estipulou como objetivo transformar seu país em "um dos melhores de mundo". Com a mão direita sobre um exemplar da Carta Magna, Medvedev jurou ainda defender a Constituição e os direitos dos cidadãos russos.

Durante a cerimônia de posse, Putin fez um curto discurso, descrevendo a passagem do cargo como “um estágio enormemente importante” para a Rússia. Ele também pediu que Medvedev mantenha as políticas que ele vinha implementando nos últimos oito anos, dizendo que elas se provaram “corretas”. O novo presidente agradeceu a Putin pelo apoio pessoal, dizendo esperar que ele também pudesse desfrutar de apoio semelhante no futuro.

O golpe de mestre de Putin foi a decisão de ocupar o cargo de primeiro-ministro. O líder russo garantiu várias vezes que não fará mudanças na divisão de poderes entre o presidente - que é quem fixa os rumos da política externa, possui os códigos nucleares e escolhe os ministros de Defesa e Interior e o chefe do serviço secreto - e o premiê. Putin, no entanto, já adotou algumas medidas para ter maior autonomia em seu futuro cargo.

No dia 28, Putin baixou um decreto estabelecendo que os enviados regionais do Kremlin passarão a prestar contas ao premiê e não ao presidente. O cargo de enviado foi criado pelo próprio Putin, e seus escolhidos detêm grande influência sobre os governos regionais. Agora, caberá ao primeiro-ministro redigir o relatório anual sobre a atuação de cada governador.

Com o controle de dois terços das cadeiras do Parlamento, o Rússia Unida tem votos suficientes para uma eventual reforma da Constituição. Na semana passada, a cúpula do partido apresentou um projeto de lei que prevê a redistribuição de uma série de tarefas burocráticas da chefia de governo para os vários ministérios. Com isso, o premiê poderia concentrar-se basicamente em "questões estratégicas".

NÃO HÁ DÚVIDA


NÃO HÁ DÚVIDA DE QUE "PAULINHO" É O FILHO MAIS NOVO DO APÓSTOLO PAULO, AQUELE DA BÍBLIA, LEMBRA?


Quem é o Paulinho?

Quem é o Paulinho citado em escutas telefônicas feitas pela Polícia Federal? A Câmara dos Deputados vai investigar o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical. Ele é suspeito de participar de um esquema de desvio de dinheiro do BNDES.

O deputado se defendeu atacando. Disse que é vítima do que chamou de elite que não gosta de trabalhador e prometeu abrir mão dos sigilos fiscal, bancário e telefônico. O partido dele, o PDT, vai aguardar a decisão do procurador-geral da República, que poderá ou não pedir ao Supremo Tribunal Federal a abertura de processo contra Paulinho.

O deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) ocupou a tribuna. Atribuiu as acusações contra ele a uma elite que não gosta de trabalhador. Disse que podem investigá-lo, que não vão encontrar nada e que não precisa de dinheiro.

“Você acha que quem preside uma Central Sindical como eu, com dez milhões de trabalhadores, precisa de R$ 300 mil?”, defendeu-se o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP).

Paulo Pereira da Silva foi apontado pelo Ministério Público de São Paulo como um dos prováveis beneficiários de um suposto esquema de desvio de dinheiro do BNDES. Alguns colegas de partido defendiam que ele se afastasse.

“Acho que seria bom para ele e para o partido se ele apresentasse um pedido de licença até o final das investigações”, disse o líder do PDT, senador Jefferson Peres (PDT-AM).

Mas, em uma reunião da direção do PDT, ele contou com a confiança que esperava. O partido decidiu que Paulo Pereira da Silva não precisa se afastar enquanto for investigado.

Com o apoio do PDT, o deputado Paulo Pereira da Silva disse que não vai se licenciar do partido de jeito nenhum. Ele abriu mão dos sigilos fiscal, bancário e telefônico e acha que cabe à Polícia Federal descobrir quem é o Paulinho citado em escutas telefônicas feitas durante a investigação. No relatório da Polícia Federal, aparecem gravações em que ex-assessores do deputado citam o nome “Paulinho”, que a polícia acredita que seja Paulo Pereira da Silva.

“O que há são citações do seu nome por terceiras pessoas. Ele só será investigado se assim entender o procurador-geral da República com o aval do Supremo Tribunal Federal, que recém recebeu os autos do inquérito. Então, como é que nós vamos falar em punição de alguém que nem indiciado está?”, indaga o presidente interino do PDT, deputado Vieira da Cunha (PDT-RS).

O deputado Paulo Pereira da Silva tem foro privilegiado. Só pode ser processado pelo Supremo Tribunal Federal. Hoje a Câmara dos Deputados volta a discutir a emenda constitucional que acaba com esse foro.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

QUE VÃO RECLAMAR AO BISPO "PROGREÇISTA"!

TODA A AMÉRICA DO SUL, EXCLUINDO A COLÔMBIA, ESTÁ NAS GARRAS DA ESQUERDA "PROGREÇISTA" DAS CAVERNAS.
DO LESTE EUROPEU DIRETO PARA OS LATINOS ESPERTOS...

Paraguai estuda reavivar disputa territorial

Governo eleito no país vizinho pode utilizar pendência com Brasil por área na fronteira para forçar revisão do Tratado de Itaipu

A contragosto do Itamaraty, direção da hidrelétrica afirma que área equivalente a 1.300 campos de futebol é "território em litígio"

CLAUDIO DANTAS SEQUEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL


O governo eleito do Paraguai estuda ressuscitar uma antiga disputa territorial para pressionar o Itamaraty a rever as cláusulas financeiras do Tratado de Itaipu. O alvo do bispo Fernando Lugo, que assume em 15 de agosto, é um trecho de 1.356 hectares -cerca de 1.300 campos de futebol- na fronteira entre Brasil e Paraguai.

A área, entre os municípios de Mundo Novo e Salto del Guairá, é o que sobrou de 20 km de fronteira que acabaram inundados pelo reservatório de Itaipu, em 1982. As águas cobriram praticamente todo o território em disputa, inclusive as cataratas das Sete Quedas.
O Itamaraty nunca admitiu oficialmente a existência do litígio e trata o assunto como encerrado. Um assessor de Lugo disse à Folha que não considera a iniciativa oportunismo, mas sim tentativa de reparar uma demanda histórica.

A favor de sua tese, está a própria direção de Itaipu, que considera aquela área como "território em litígio". No site institucional, a empresa dá a sua versão da história, reiterando a posição paraguaia. Chega-se a afirmar que a Guerra do Paraguai (1864-70) alimentou "o impasse" bilateral.

No capítulo "Itaipu encobre área em litígio", a direção da hidrelétrica reitera que "a solução proposta, que previa o alagamento de grande parte da área em litígio, encerrou a disputa por terras na fronteira". Acrescenta que "somente uma pequena parcela da área em litígio não foi inundada".

Na década de 80, a direção da usina comprou o terreno e o batizou de "Refúgio Biológico de Maracaju", uma reserva ecológica binacional.

Apoio

No Itamaraty, o chanceler Celso Amorim determinou a assessores que peçam à direção da binacional para retirar as informações da internet. Para um graduado diplomata, as frases que apareciam na página da hidrelétrica poderiam ser usadas por Lugo e abrir um precedente para outras queixas. Ele censurou a posição de Itaipu, uma empresa estatal cuja direção é nomeada pelos dois governos.

Em Brasília, o embaixador paraguaio Luis Gonzáles Arias, confirmou que levará o tema à Comissão Nacional Demarcadora de Limites, responsável por questões de fronteira. "É um tema difícil. Mas o fato é que a demarcação nunca terminou", revelou. A assessoria do Ministério das Relações Exteriores informou que "o governo brasileiro não reconhece qualquer litígio fronteiriço".

Ocupação

Para o historiador Mauro Silveira, o litígio fronteiriço segue vigente. "O Tratado de Limites de 1872 carece de legitimidade. Foi assinado durante a ocupação das tropas brasileiras", disse. Silveira acha que a questão do litígio "é mais um forte argumento a favor do Paraguai para revisão do preço da energia".

O Brasil paga ao Paraguai US$ 45,31 o MWh pela energia de Itaipu que não é utilizada pelo vizinho -que só consome 5%. Desse valor, US$ 42,50 ficam retidos para pagar a dívida contraída na construção.

O historiador Francisco Doratioto, lamentou a dependência. "A usina poderia ter sido erguida mais acima. Seria só nossa", disse. Efraín Enríquez Gamón, assessor econômico de Lugo, aposta na revisão das bases financeiras do acordo. "Em breve vamos apresentar uma lista com as demandas."

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc2904200824.htm

CONVERSA PARA "PROGREÇISTA" DORMIR




Blog do Josias: Governo só gastou 0,07% da verba do PAC em 2008

da Folha Online

Lançado em janeiro de 2007 como maior projeto do segundo governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o PAC teve investido apenas 0,07% do total dos R$ 17,2 bilhões destinado ao projeto em 2008, informa o blog do Josias de Souza.

Dados disponíveis no Siafi, um sistema informatizado que registra as despesas do governo, mostra que até o final de abril o governo só havia empenhado R$ 1,27 bilhão --7,35% do total-- nas obras do programa. Desses, apenas R$ 12,7 milhões já deixaram as arcas do Tesouro.

No começo do ano, Lula afirmou: "eu estou convencido de que, este ano, nós vamos transformar as regiões metropolitanas e muitas outras cidades brasileiras, eu diria, num canteiro de obras."

Contudo, os dados do Siafi mostram que quase nada foi gasto
. As Secretarias da Pesca e dos Portos, por exemplo, têm R$ 7,3 milhões e R$ 537,4 milhões, respectivamente, no projeto, mas não aplicaram nem R$ 1. Nem o Ministério das Cidades, um dos campeões de verba --R$ 1,9 bilhão para 2008--, gastou sua verba de direito no PAC.

"EDUCASSÃO" EM FOCO


JÁ COLOQUEI OS DOIS TEXTOS EM ORDEM PARA FACILITAR SUA LEITURA E ENTENDER O QUE OS "PROGREÇISTAS" DO PT ESTÃO FAZENDO COM A "HISTÓRIA DESSE PAÍS"...


O vestibular da enganação

A história de um candidato que passou no vestibular e fez a inscrição para a faculdade virou notícia. Ele tinha só 8 anos. Será que certos vestibulares para faculdades pagas mais parecem provas de ensino fundamental? O Fantástico resolveu fazer o teste. A cada ano, cinco milhões de candidatos disputam vestibulares em todo o país, segundo o último censo do Ministério da Educação, de 2005. As vagas disponíveis são 2,5 milhões. Destas, só 300 mil para universidades e faculdades públicas. E 80% dos universitários estão em escolas privadas. Cada ano, em média, surgem cem faculdades privadas.

“Esse sistema particular se inchou e precisa de alunos como condição de sobrevivência. Ele começa a usar estratégias de mercado no sentido de ter o aluno que ele precisa com o potencial de pagar a mensalidade, com potencial de comprar as coisas que existem dentro dos seus shoppings, menos interessado talvez no seu mérito acadêmico, na reflexão que o aluno é capaz de fazer. Então, é um grande mercado de diplomas”, explica o educador Zacarias Gama.

A prova do vestibular existe para evitar que alunos não qualificados consigam ingressar na universidade. Mas a lei é pouco exigente quanto ao conteúdo das provas: a única determinação é que seja feita uma redação com caráter eliminatório. Cada instituição decide como vai avaliar os candidatos. “O Ministério de Educação não tem como avaliar e não é de sua competência avaliar diretamente cada uma das provas. É uma incumbência de cada instituição por conta da sua autonomia”, afirma um representante do MEC.

É só entrar nos sites de algumas faculdades privadas para ver como o vestibular é fácil. Em alguns casos a prova é só uma redação. Ou então, você pode fazer o vestibular no computador, no dia e hora que quiser, e o resultado sai em meia-hora. Encontramos uma prova aplicada no ano passado por uma universidade particular do Rio de Janeiro, a Unigranrio, e resolvemos fazer um teste.

O Fantástico reuniu 21 alunos do ensino fundamental, com idades entre 9 e 11 anos. Propusemos a eles o desafio de fazer uma prova que, em tese, só alunos que completaram o ensino médio estariam capacitados a enfrentar.

"Algumas questões, eu até acho que ele acerta: geografia, história, português. Eu acredito que ele faça uma boa redação. Agora, o resto ele vai chutar mesmo”, explica Márcio Esser, pai de um dos alunos. Os pequenos voluntários estudam em colégios diferentes, públicos e particulares, no Rio. "Vocês vão fazer essa prova, ela é composta de uma redação", propõe o professor Néliton Ventura, coordenador do vestibular da Universidade Federal Fluminense(UFF).

A prova foi aplicada e corrigida pela comissão de vestibular da UFF, a Universidade Federal Fluminense. Detalhe importante: nem os professores, nem os alunos sabiam de qual universidade era o exame. "A finalidade da nossa participação é, exatamente suscitar na sociedade a discussão pelo aprimoramento dos mecanismos de acesso ao ensino superior", esclarece Ventura.

Para começar, a redação. O tema foi moleza para os nossos bravos candidatos. Eles precisavam escrever sobre os primeiros anos de escola. "Essa proposta favorece um desenvolvimento de texto bastante restrito, infantil, imaturo", comenta a supervisora de redação do vestibular da UFF, Vanda Menezes. Para Breno, de 9 anos, a redação foi fácil.

Logo depois, o aluno tinha que acertar, pelo menos, uma das três questões discursivas. Veja a pergunta, como é fácil: "em qual continente está inserida a Colômbia?". A resposta é simples: América do Sul! De acordo com as regras da universidade, essa etapa da prova - a redação e as perguntas discursivas - é eliminatória. Quase metade dos nossos aluninhos se deu bem. “Em torno de sete a oito crianças não seriam eliminadas e talvez duas ou três tivessem probabilidade de conseguirem classificação entre as vagas”, diz Ventura.

Veja que ridícula esta pergunta de múltipla escolha. Para responder a questão 32, bastava o candidato saber a diferença entre maior, menor e igual! "Dizer se um número é maior do que o outro, isso aí seria muito fundamental e acho também que é até bizarrol", analisa o professor de matemática da Uff, Luiz Cruz. E tem mais! Pelo regulamento, só será reprovado no vestibular o candidato que acertar menos de 10% das questões de múltipla escolha. Ou seja, basta acertar 6 das 60 perguntas para se classificar.

As duas primeiras colocadas acertaram 30 questões, ou seja, acertaram metade das 60 questões. Algumas dessas questões valiam dois pontos. Somando os acertos, as campeãs, Isabela, Rafaela e Ana Clara, conseguiram 40 pontos ou mais de um total de 90. O que isso significa? Com 35 pontos o aluno consegue se matricular para os cursos de administração, ciências contábeis e pedagogia. “Mesmo não estudando para o vestibular, você pode fazer esta prova até no chute. Eu, por exemplo, que estou defasado, posso fazer 25 pontos” , admite o pró-reitor da faculdade.

O repórter pergunta: Qual a nota mínima de corte, por exemplo, num curso como administração? “Eu não me preocupo com isso. Olhando nos seus olhos: eu não me preocupo com isso. Eu não preciso disso. Eu não valorizo isso”, revela o pró-reitor. “Tem alunos que passaram com 25,26 pontos para administração”, diz a secretária da universidade. Então, outras seis crianças do nosso desafio também teriam vaga nessa universidade: elas tiraram 27 pontos ou mais. Já são nove crianças aprovadas em nosso teste.

“Isso é muito preocupante porque ela não tem preparação nenhuma pra entrar numa faculdade”, Patrícia Alves, mãe de Isabela. O Fantástico procurou o presidente da Associação Nacional das Universidades Privadas, a Anup, para comentar o processo seletivo dessas instituições, inclusive da Unigranrio. “A Anup orienta as universidades para que mesmo que eles facilitem o vestibular, que coloquem o aluno dentro da universidade. Os melhores alunos do ensino médio não vão para inicativa privada. Eles vão primeiro para o ensino público gratuito. O que sobra para o ensino particular é efetivamente aquele problemático”, comenta Abib Cury, presidente da Anup.

“Acho que na verdade a universidade tem um critério seletivo muito baixo. Está querendo aceitar qualquer tipo de aluno e acha que ter os alunos em sala de aula não significa apenas ter mais um profissional no mercado brasileiro, sendo qualificado, mas sim alguém que vai estar ali mantendo o carnê em dia, que é uma instituição sendo rentável”, critica o educador Cláudio Mendonça.

Por Reinaldo Azevedo

Em macroeconomia, BBB-. Em educação, D, em “default”

Fantástico reuniu um grupo de alunos do ensino fundamental para fazer um vestibular de uma universidade chamada Unigranrio. Boa parte deles seria aprovada. No teste, perguntavam-se coisas complexas como o continente em que fica a Colômbia e se 2 é maior ou menor do que nove. O meu velho teste do “diga rápido quanto é sete vezes nove” para saber como andam as escolas passou longe daquela prova. Só havia questões fáceis...

Fernando Haddad, ministro da Educação eventualmente lembrado para sucessor de Lula — ele tem uma aparência asséptica de bom moço, embora diga coisas assombrosas quando escreve, por exemplo, sobre socialismo, — comanda hoje um dos maiores esquemas de transferência, a fundo perdido, de recursos públicos para o setor privado — para o pior setor privado, é bom deixar claro. Já volto aqui. Antes, algumas considerações.

Não tenho nada contra a que motoristas de táxi, padeiros ou torneiros-mecânicos sejam formados em engenharia, direito ou administração. Melhor do que um torneiro-mecânico ignorante, sem dúvida. Se o motorista, diplomado em história, quiser fazer digressões sobre a crise do ano 1.000 enquanto roda, talvez seja mais agradável do que aquele exercício constante de teses conspiratórias a que se dedica parte da categoria. Ademais, sou favorável à lei de mercado também para o ensino superior: se uma escola for muito ruim, o mercado de trabalho se encarregará de dizê-lo. E o estudante escolhe se quer estudar ali ou em outro lugar. Mas e quando o dinheiro público entra na parada, e o único a fazer escolhas é o governo?

Vejam o mimo que está no site da Unigranrio:

“PROUNI
A UNIGRANRIO integra o Programa Universidade para Todos – PROUNI, e os critérios de seleção de bolsistas pode ser conhecido por meio de consulta ao SEBBA, Setor de Bolsas e Benefícios da AFE (Associação Fluminense de Educação).”

Agora nós estamos com um problema. E dos grandes. Recursos públicos estão sendo canalizados para escolas de quinta categoria. Assim como se exige que a universidade pública tenha qualidade — e o resultado no Enade dos estudantes de medicina da Universidade Federal da Bahia está dando o que falar —, é preciso exigir o mesmo das instituições particulares. Alguns milhares de alunos do ProUni, que incham as estatísticas para gáudio do lulismo, estão sendo enganados. Ou, se quiserem, enganado está sendo o país.

Que teoria de administração se vai ensinar a um aluno de quem se exige que saiba se dois é maior ou menor do que nove? Ou de quem se cobra, numa redação, que escreva sobre seus primeiros anos escolares? É evidente que se trata de um teste boçal, que infantiliza os alunos. Reitero: cada um sabe o que faz com o seu dinheiro. Acho até simpático que tenhamos balconistas arquitetos e garçons economistas, a questão é saber com que recursos se opera essa estrovenga. Alimentar a enganação com dinheiro público é inaceitável.

No texto que sugeri que leiam, nota-se numa fala ou outra certa animosidade contra o ensino privado. Isso, claro, é besteira. Por mim, as universidades e faculdades particulares parariam com essa fantasia de vestibular — a menos que tivessem menos vagas do que candidatos; nesse caso, alguma seleção é necessária, a exemplo das instituições públicas. Se há quem pague pelo curso que elas oferecem, muito bem. Mas transferir recursos públicos para o que não passa de enganação? Aí não dá.

É evidente que, se essa promiscuidade se desse num governo que os tontos-maCUTs considerassem de direita, o mundo viria abaixo. A UNE já estaria nas ruas, queimando as vestes. Como a expansão do ensino universitário também colabora com o cartório da União Nacional dos Estudantes, por causa da carteirinha, os beneficiários disso que não passa de uma autarquia ficam de bico fechado.

“Ah, olhem lá, que liberal é o Reinaldo, que está querendo mexer numa relação que tem de ser regulada pelo mercado?” Mercado é uma coisa; cartório é outra. Se o dinheiro do ProUni é público — e é —, o estado está contratando um serviço que ele não pode oferecer. E esse serviço tem de ter qualidade. E não tem.

Diogo é BBB-.
Eu sou BBB-.
Você é BBB-.
O Brasil é BBB-.
A educação do petismo é D. Mas é um sucesso de crítica e de público, o que só agrava o problema.

Por Reinaldo Azevedo

sexta-feira, 2 de maio de 2008

PROTESTANTES X MARXISMO: IMPOSSÍVEL AGRADAR A DOIS SENHORES


ALGUNS MESES ATRÁS TIVE A INFELICIDADE DE ACESSAR O BLOG DE UM "FAMOSO" PASTOR DE SÃO PAULO. O "GRANDE LÍDER" DEFENDIA SEUS IRMÃOS MARXISTAS DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA DIZENDO QUE A ECONOMIA COMUNISTA CRESCIA CERCA DE "10% AO ANO". ALGO JÁ DEFENDIDO POR ALGUNS ARTISTAS E INTELECTUAIS DE ESQUERDA.
E AINDA CRITICAVA OS "IRMÃOS DO NORTE", OS ESTADUNIDENSES, PELO BLOQUEIO. NÃO HÁ BLOQUEIO - ISSO FOI EM 1962 PELA CRISE DOS MÍSSEIS DA FALECIDA U.R.S.S. - HÁ SIM, UM EMBARGO. MAS, COM HONESTIDADE INTELECTUAL E UM POUCO DE LEITURA, QUALQUER PASTOR, ARTISTA E ATÉ MESMO(!) UM INTELECTUAL DE ESQUERDA PODERÁ PERCEBER QUE A DITADURA CUBANA É UMA VERGONHA PARA A HUMANIDADE.

PASTORES, EM SUA MAIORIA, INFELIZMENTE, QUANDO SE METEM EM POLÍTICA, COMETEM BLASFÊMIAS DE TODO O TIPO. O QUE É UMA PENA, APESAR DE QUE EXISTEM MUITOS HOMENS DE DEUS SÉRIOS, COMPROMETIDOS COM O SER HUMANO E O REINO DE DEUS.

HÁ APENAS DUAS OPÇÕES: OU SÃO INGÊNUOS AO EXTREMO, OU SÃO LOBOS EM PELE DE CORDEIRO... MELHOR, EM PELE DE CABRITOS, AQUELES A QUEM JESUS DIRÁ: "APARTAI DE MIM MALDITOS, PARA O FOGO ETERNO. NÃO VOS CONHEÇO!" OU QUEM DEFENDE DITADURA É LIBERTADOR, EMBAIXADOR DE CRISTO?

DEFENDER UMA DITADURA COMUNISTA E DAR UMA DE DEMOCRÁTICO AO CRITICAR A DITADURA MILITAR NO BRASIL, NÃO ME PARECE ATITUDE INGÊNUA. AS DUAS - E TODAS AS DEMAIS - DITADURAS SÃO REPROVÁVEIS ATÉ AOS QUE NÃO SE DENOMINAM CRISTÃOS.

O MARXISMO CEGA ALGUNS CRISTÃOS. ENQUANTO ELES BRINCAM DE SER "REVOLUCIONÁRIOS" - OU DAR CRÉDITO A INFORMAÇÕES DE UMA DITATURA COMUNISTA DE QUE SUA ECONOMIA CRESCE CERCA DE 10% AO ANO É ATITUDE DE LÍDER SÉRIO? - PESSOAS SÃO TORTURADAS, ENCARCERADAS E MORTAS AQUI EM CUBA, BEM DEBAIXO DE NOSSOS NARIZES PROTESTANTES. TUDO EM NOME DO COMUNISMO, SOCIALISMO, DA FRATERNIDADE HUMANA, DA IGUALDADE.
QUE OS EUA NÃO SÃO SANTOS, É ÓBVIO QUE NÃO.

ORE PARA A LIBERTAÇÃO DESSES IRMÃOS CUBANOS.
ORE PELA LIBERTAÇÃO VERDADERIA EM CRISTO DAQUELES QUE SE DENOMINAM "CRISTÃOS-MARXISTAS". QUEM É LIBERTO POR CRISTO NÃO PODE TER COLORAÇÃO POLÍTICA OU IDEOLÓGICA. POR QUÊ? POR QUE QUANDO ALGUM LÍDER, PARTIDO, OU IDEOLOGIA NÃO SE PAUTA PELO CARÁTER DE CRISTO, DEVE SER REPREENDIDO, E NÃO DEFENDIDO.
NÃO É ISSO QUE PERCEBEMOS QUANDO MUITOS DEFENDEM OU SE CALAM PERANTE A TANTOS CRIMES, TANTA VIOLÊNCIA, TANTA CORRUPÇÃO NA POLÍTICA BRASILEIRA?
A LIDERANÇA CRISTÃ DEVE SER PAUTADA PELA HONESTIDADE E PELA PALAVRA DE DEUS. SUA IDEOLOGIA DEVE SER A DA LIBERTAÇÃO DO SER HUMANO EM SUA TOTALIDADE E O CARÁTER, DEVE SER O DE CRISTO, E NÃO O DE MARX, MAO, POL POT, HONECKER, SALAZAR, STALIN, PINOCHET, DUVALIER (BABY DOC), CEAUCESCU, SADDAM, HOXHA, LÊNIN, FRANCO, KHOMEINI, HITLER, KIM-JONG II, CASTRO ETC.
ORE PELOS LÍDERES, SEJAM ELES POLÍTICOS OU RELIGIOSOS. PELO SIMPLES FATO DE NÃO SE PODER AGRADAR A DOIS SENHORES.
BEM JÁ AVISAVA ROBERTO CAMPOS: "É DIVERTIDÍSSIMA A ESQUIZOFRENIA DE NOSSOS ARTISTAS E INTELECTUAIS DE ESQUERDA: ADMIRAM O SOCILAISMO DE FIDEL CASTRO, MAS ADORAM TAMBÉM TRÊS COISAS QUE SÓ O CAPITALISMO SABE DAR: BONS CACHÊS EM MOEDA FORTE, AUSÊNCIA DE CENSURA E CONSUMISMO BURGUÊS. TRATA-SE DE FILHOS DE MARX NUMA TRANSA ADÚLTERA COM A COCA-COLA..."

SAIBA MAIS SOBRE A IGREJA PERSEGUIDA NO SITE DO PORTAS ABERTAS:


Prisioneiros em Cuba

28ª posição na Classificação de países por perseguição

Por enquanto, não temos acesso a esse cristão. Sendo assim, não envie cartas para ele.

Jose Luis Rodriguez Chavez
Funcionário de um grupo de direitos humanos na municipalidade de San Miguel Padron, foi detido no dia 26/11/07 por forças de repressão do governo cubano que bateram brutalmente em famílias cristãs de um bairro pobre de Havana que realizavam uma vigília de oração em nome de todos os prisioneiros políticos cubanos.

Yordis Ferrer
Pastor conduz uma congregação pentecostal, foi detido no dia 26/11/07 por forças de repressão do governo cubano que bateram brutalmente em famílias cristãs de um bairro pobre de Havana que realizavam uma vigília de oração em nome de todos os prisioneiros políticos cubanos.

Oscar Elias Biscet (1961)
Ativista cristão pró-democracia, preso com outros 75 dissidentes em 2003. Ele foi condenado a 25 anos de prisão, culpado de “conduta desordeira” e “atividades contra-revolucionárias”. Eles está detido atualmente na prisão Combinado del Este, em Havana.

Osmar Osmani Balman del Pino
Delegado de um grupo de direitos humanos na municipalidade de San Miguel Padron, foi detido no dia 26/11/07 por forças de repressão do governo cubano que bateram brutalmente em famílias cristãs de um bairro pobre de Havana que realizavam uma vigília de oração em nome de todos os prisioneiros políticos cubanos.

William Cepero
Funcionário de um grupo de direitos humanos na municipalidade de San Miguel Padron, foi detido no dia 26/11/07 por forças de repressão do governo cubano que bateram brutalmente em famílias cristãs de um bairro pobre de Havana que realizavam uma vigília de oração em nome de todos os prisioneiros políticos cubanos.