Sozinho no mundo
O Brasil perde muito deixando o transporte ferroviário de lado. Os números são impressionantes. Eles dizem também que o Brasil fez uma escolha errada, está sozinho no mundo. Países de grande extensão territorial têm grandes malhas de trem, para transporte de passageiro e carga. É normal. Assim, são os Estados Unidos, China, Rússia, Canadá, Índia. O Brasil está sozinho neste grupo dos grandes, por ter escolhido as rodovias.
O professor de logística Paulo Fleury me disse que o Brasil transporta R$ 100 bilhões por ano por caminhões. O prejuízo por esta opção de concentrar o transporte de carga em caminhões é de 10%. Ao todo, R$ 10 bilhões por ano são perdidos.
As estradas mal conservadas atrasam o transporte, e esses caminhões na cidade pioram o trânsito. Eles mesmos se atrasam ainda mais. O transporte de passageiros por trem tem sido deixado de lado, tanto entre as cidades e estados, quanto dentro das cidades. O ônibus sempre foi a escolha dos governantes.
Em São Paulo, capital, os ônibus transportam por dia nove milhões de passageiros. O Brasil tem feito escolhas insensatas no transporte e no trânsito. Isto custa caro ao Brasil.
Saída de Marina Silva do Ministério do Meio Ambiente
O desflorestamento tem sido péssimo. Os números são muito ruins. A ex-ministra Marina Silva fez o que pôde, mas jogou sozinha durante todo o governo. Ela nunca conseguiu convencer os outros ministros que defender o meio ambiente pode ser a melhor forma de defender a agricultura, a energia, o desenvolvimento.
Hoje, o mundo quer conciliação entre crescimento e meio ambiente. Apesar de todo o esforço que a ministra fez, foram destruídos, no governo Lula, até o ano passado, 96 mil quilômetros quadrados de Floresta Amazônica. Isso é uma área quase quatro vezes o território de Alagoas, e não está na conta o aumento do desmatamento este ano.
Marina tentou convencer o governo que se não produzir de forma sustentável, o Brasil perderá seu maior tesouro, a biodiversidade, e vai enfrentar barreiras ao comércio dos nossos produtos.
Ela engoliu muitos sapos, mas ver um ministro totalmente estrangeiro ao assunto, como Mangabeira Unger, assumir o comando de um programa cujo nome é Amazônia Sustentável foi demais. Marina tem prestígio internacional e será uma perda para o governo Lula.
O presidente só foi surpreendido pela saída dela, porque o ministro Gilberto Carvalho demorou a entregar a carta de demissão ao presidente. Problema de comunicação dentro do Palácio.
Encontre esta reportagem em:
http://bomdiabrasil.globo.com/Jornalismo/BDBR/0,,AA1680926-3682,00.html
O Brasil perde muito deixando o transporte ferroviário de lado. Os números são impressionantes. Eles dizem também que o Brasil fez uma escolha errada, está sozinho no mundo. Países de grande extensão territorial têm grandes malhas de trem, para transporte de passageiro e carga. É normal. Assim, são os Estados Unidos, China, Rússia, Canadá, Índia. O Brasil está sozinho neste grupo dos grandes, por ter escolhido as rodovias.
O professor de logística Paulo Fleury me disse que o Brasil transporta R$ 100 bilhões por ano por caminhões. O prejuízo por esta opção de concentrar o transporte de carga em caminhões é de 10%. Ao todo, R$ 10 bilhões por ano são perdidos.
As estradas mal conservadas atrasam o transporte, e esses caminhões na cidade pioram o trânsito. Eles mesmos se atrasam ainda mais. O transporte de passageiros por trem tem sido deixado de lado, tanto entre as cidades e estados, quanto dentro das cidades. O ônibus sempre foi a escolha dos governantes.
Em São Paulo, capital, os ônibus transportam por dia nove milhões de passageiros. O Brasil tem feito escolhas insensatas no transporte e no trânsito. Isto custa caro ao Brasil.
Saída de Marina Silva do Ministério do Meio Ambiente
O desflorestamento tem sido péssimo. Os números são muito ruins. A ex-ministra Marina Silva fez o que pôde, mas jogou sozinha durante todo o governo. Ela nunca conseguiu convencer os outros ministros que defender o meio ambiente pode ser a melhor forma de defender a agricultura, a energia, o desenvolvimento.
Hoje, o mundo quer conciliação entre crescimento e meio ambiente. Apesar de todo o esforço que a ministra fez, foram destruídos, no governo Lula, até o ano passado, 96 mil quilômetros quadrados de Floresta Amazônica. Isso é uma área quase quatro vezes o território de Alagoas, e não está na conta o aumento do desmatamento este ano.
Marina tentou convencer o governo que se não produzir de forma sustentável, o Brasil perderá seu maior tesouro, a biodiversidade, e vai enfrentar barreiras ao comércio dos nossos produtos.
Ela engoliu muitos sapos, mas ver um ministro totalmente estrangeiro ao assunto, como Mangabeira Unger, assumir o comando de um programa cujo nome é Amazônia Sustentável foi demais. Marina tem prestígio internacional e será uma perda para o governo Lula.
O presidente só foi surpreendido pela saída dela, porque o ministro Gilberto Carvalho demorou a entregar a carta de demissão ao presidente. Problema de comunicação dentro do Palácio.
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