Conta de celular do Senado usado pela filha de Viana foi de R$ 14 mil
O próprio senador se viu obrigado a confirmar valor, ao ser confrontado com levantamento feito pelo Estado
Rui Nogueira e João Bosco Rabello, BRASÍLIA
A conta do telefone celular do Senado que o senador Tião Viana (PT-AC) emprestou à filha em viagem de férias ao México foi de R$ 14.758,07. O valor, ocultado por Viana, corresponde a 20 dias de uso - de 2 a 22 de janeiro - e foi pago por ele após a denúncia de adversários na guerra em que se transformou o Senado com a eleição de José Sarney (PMDB-AP) para a presidência. O próprio senador, que se negara a fornecer o valor da conta, se viu obrigado, ontem, a confirmá-lo quando confrontado com levantamento feito pelo Estado.
Viana insistiu na justificativa de ter agido como pai preocupado com a ausência da filha do País. "Eu cometi um erro, paguei caro por esse erro e juro que foi a única vez em que emprestei o celular. Minha decisão foi tomada por puro instinto paternal, querendo manter contato com minha filha pelo fato de que ela e uma amiga atravessaram o México em uma viagem de ônibus", disse.
No dia 18 março, abalado pela denúncia de uso indevido de prerrogativa exclusiva do senador, que possui telefone celular sem limite de gastos e pago com dinheiro público, Viana depositou o valor na conta da administração do Senado.
O diretor-geral da Casa, Alexandre Gazineo, acha o caso de Viana menos grave que outros em exame pela administração da Casa - pelo valor e por ter sido a única vez em que Viana cometeu o desvio. Significa que há outros casos semelhantes e contas muito mais expressivas. "O senador Tião Viana está sendo crucificado, mas a conta do telefone celular que ele emprestou à filha está longe de ser das maiores", disse.
O Estado apurou com dois senadores que há contas de celulares da Casa que ultrapassam os R$ 100 mil.
PENTE-FINO
A administração do Senado está passando um pente-fino nos gastos com os celulares. Além disso, a direção-geral abriu uma sindicância para investigar como e por que o ex-diretor da Secretaria de Telecomunicações Carlos Roberto Muniz tinha em seu poder um dossiê com gastos telefônicos de parlamentares, no qual alguns nomes de senadores aparecem com uma anotação manuscrita indicando quanto do valor global da conta é irregular. Muniz foi exonerado da função na semana passada, por ordem do senador Heráclito Fortes (DEM-PI), primeiro-secretário da Casa.
Ano passado, o Senado gastou cerca de R$ 500 mil com contas de celulares. Os senadores não têm limite de gasto, mas o diretor-geral e os chefes de gabinete têm cota de R$ 350 e R$ 300, respectivamente.
A história do celular emprestado pelo senador Tião Viana veio à tona em meio à briga política envolvendo PT e PMDB, depois da vitória do senador José Sarney (PMDB-AP) para a presidência da Casa. Viana, o derrotado, foi praticamente rifado pelo Palácio do Planalto, que preferiu apoiar um nome peemedebista para ajudar na montagem do palanque eleitoral de 2010 em favor da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) como candidata de Lula à sua sucessão.
SOGRA
No rol dos desmandos administrativos, o artifício usado pelo senador Renan Calheiros (PMDB-AL) para aumentar o salário de um assessor é considerado inusitado. Para reforçar a remuneração do assessor de imprensa Douglas de Felice, o senador permitiu que ele increvesse na folha de pagamento a própria sogra.
O Senado, segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, paga R$ 4.900 para a funcionária Amélia Neli Pizatto, 51 anos, sogra de Douglas. O dinheiro vai, na verdade, para o genro. Apesar de procurados insistentemente, nem o senador nem o assessor quiseram falar com a reportagem do Estado.
Viana insistiu na justificativa de ter agido como pai preocupado com a ausência da filha do País. "Eu cometi um erro, paguei caro por esse erro e juro que foi a única vez em que emprestei o celular. Minha decisão foi tomada por puro instinto paternal, querendo manter contato com minha filha pelo fato de que ela e uma amiga atravessaram o México em uma viagem de ônibus", disse.
No dia 18 março, abalado pela denúncia de uso indevido de prerrogativa exclusiva do senador, que possui telefone celular sem limite de gastos e pago com dinheiro público, Viana depositou o valor na conta da administração do Senado.
O diretor-geral da Casa, Alexandre Gazineo, acha o caso de Viana menos grave que outros em exame pela administração da Casa - pelo valor e por ter sido a única vez em que Viana cometeu o desvio. Significa que há outros casos semelhantes e contas muito mais expressivas. "O senador Tião Viana está sendo crucificado, mas a conta do telefone celular que ele emprestou à filha está longe de ser das maiores", disse.
O Estado apurou com dois senadores que há contas de celulares da Casa que ultrapassam os R$ 100 mil.
PENTE-FINO
A administração do Senado está passando um pente-fino nos gastos com os celulares. Além disso, a direção-geral abriu uma sindicância para investigar como e por que o ex-diretor da Secretaria de Telecomunicações Carlos Roberto Muniz tinha em seu poder um dossiê com gastos telefônicos de parlamentares, no qual alguns nomes de senadores aparecem com uma anotação manuscrita indicando quanto do valor global da conta é irregular. Muniz foi exonerado da função na semana passada, por ordem do senador Heráclito Fortes (DEM-PI), primeiro-secretário da Casa.
Ano passado, o Senado gastou cerca de R$ 500 mil com contas de celulares. Os senadores não têm limite de gasto, mas o diretor-geral e os chefes de gabinete têm cota de R$ 350 e R$ 300, respectivamente.
A história do celular emprestado pelo senador Tião Viana veio à tona em meio à briga política envolvendo PT e PMDB, depois da vitória do senador José Sarney (PMDB-AP) para a presidência da Casa. Viana, o derrotado, foi praticamente rifado pelo Palácio do Planalto, que preferiu apoiar um nome peemedebista para ajudar na montagem do palanque eleitoral de 2010 em favor da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) como candidata de Lula à sua sucessão.
SOGRA
No rol dos desmandos administrativos, o artifício usado pelo senador Renan Calheiros (PMDB-AL) para aumentar o salário de um assessor é considerado inusitado. Para reforçar a remuneração do assessor de imprensa Douglas de Felice, o senador permitiu que ele increvesse na folha de pagamento a própria sogra.
O Senado, segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, paga R$ 4.900 para a funcionária Amélia Neli Pizatto, 51 anos, sogra de Douglas. O dinheiro vai, na verdade, para o genro. Apesar de procurados insistentemente, nem o senador nem o assessor quiseram falar com a reportagem do Estado.
Um comentário:
Entre tanta robalhera, agora o Senado restringiu o ascesso as informações .Os Jornalistas terão que encaminhar as perguntas por oficio esperar 5 dias para a resposta.Como disse Alexandre Garcia O marido enganado que vende o sofa, para esconder as informações.
Estes reportes intrometidos que pela transparecia descoprirão as pelantrangens ................................da sogra , da filha,dos jatinhos , das passagens aereas...........etc
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