Chávez cria Milícia Bolivariana, com treino de civis
FABIANO MAISONNAVE
da Folha de S. Paulo, em Caracas
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, formalizou nesta segunda-feira (13) a criação da Milícia Nacional Bolivariana, em substituição à Reserva Nacional.
A mudança, prevista numa lei promulgada pelo próprio mandatário em julho, fez parte das celebrações do sétimo aniversário do fim do frustrado golpe de Estado de abril de 2002.
"Que viva a milícia bolivariana! As Forças Armadas são hoje e cada vez mais profundamente revolucionárias, anti-imperialistas, socialistas e populares", disse Chávez, com trajes militares, durante ato no quartel Cipriano Castro, em Caracas.
A criação da milícia estava prevista na ampla reforma constitucional proposta por Chávez e derrotada no referendo de dezembro de 2007. Mesmo assim, uma lei escrita e assinada por Chávez criou em 31 de julho o novo corpo, dentro das Forças Armadas.
Formalmente, a milícia está dividida entre a Reserva Militar, formada por quem prestou serviço militar e voluntários, e a Milícia Territorial, formada por associações civis --como comunas-- que queiram participar da "defesa integral da nação", e que aceita estrangeiros.
A Reserva Nacional também havia sido criada por Chávez em abril de 2005, como parte da estratégia de promover uma "união cívico-militar" que apoie o seu governo. A Venezuela é o único país sul-americano a ter esse corpo.
O governo não tem divulgado quantos milicianos já foram treinados desde 2005 -a meta declarada é que o corpo chegue a 1 milhão de inscritos, num país de cerca de 28 milhões.
A analista militar Rocío San Miguel, da ONG Controle Cidadão, estima que o treinamento esteja bem abaixo da meta, com cerca e 300 mil pessoas inscritas, das quais apenas 11 mil com caráter de combate.
San Miguel diz que a milícia é uma espécie de "corpo pretoriano" de Chávez. O maior risco, afirma, é que, num eventual conflito interno, o corpo "atenderá à direção e parcialidade do presidente, da forma que ele julgar necessária".
FABIANO MAISONNAVE
da Folha de S. Paulo, em Caracas
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, formalizou nesta segunda-feira (13) a criação da Milícia Nacional Bolivariana, em substituição à Reserva Nacional.
A mudança, prevista numa lei promulgada pelo próprio mandatário em julho, fez parte das celebrações do sétimo aniversário do fim do frustrado golpe de Estado de abril de 2002.
"Que viva a milícia bolivariana! As Forças Armadas são hoje e cada vez mais profundamente revolucionárias, anti-imperialistas, socialistas e populares", disse Chávez, com trajes militares, durante ato no quartel Cipriano Castro, em Caracas.
A criação da milícia estava prevista na ampla reforma constitucional proposta por Chávez e derrotada no referendo de dezembro de 2007. Mesmo assim, uma lei escrita e assinada por Chávez criou em 31 de julho o novo corpo, dentro das Forças Armadas.
Formalmente, a milícia está dividida entre a Reserva Militar, formada por quem prestou serviço militar e voluntários, e a Milícia Territorial, formada por associações civis --como comunas-- que queiram participar da "defesa integral da nação", e que aceita estrangeiros.
A Reserva Nacional também havia sido criada por Chávez em abril de 2005, como parte da estratégia de promover uma "união cívico-militar" que apoie o seu governo. A Venezuela é o único país sul-americano a ter esse corpo.
O governo não tem divulgado quantos milicianos já foram treinados desde 2005 -a meta declarada é que o corpo chegue a 1 milhão de inscritos, num país de cerca de 28 milhões.
A analista militar Rocío San Miguel, da ONG Controle Cidadão, estima que o treinamento esteja bem abaixo da meta, com cerca e 300 mil pessoas inscritas, das quais apenas 11 mil com caráter de combate.
San Miguel diz que a milícia é uma espécie de "corpo pretoriano" de Chávez. O maior risco, afirma, é que, num eventual conflito interno, o corpo "atenderá à direção e parcialidade do presidente, da forma que ele julgar necessária".
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