Por onde andam os da Reforma Protestante?
Acovardaram-se?
Alienaram-se em suas igrejas?
Refutam sua obrigação de mudar o Brasil para melhor?
Às vezes tenho vergonha de dizer que sou protestante. Ainda mais quando vejo pastor dizendo que "Lula é um enviado de Deus".
Imagine Jesus, hoje, na Terra, andando pelas ruas e calçadões, passando por uma loja de eletrodomésticos, com várias tevês ligadas e surge a imagem de Lula.
Depois do mensalão, dos "dois pau pra eu" do irmão do presidente, do "caixa 2 bandido", dos milhões da Visanet, dos milhões dos cartões corporativos, dos milhões da Telemar na empresa do filho de Lula e tantas outras pilantragens, você consegue ver Jesus apontando para a telinha e dizendo ao povo:
"EIS O ENVIADO DE MEU PAI"???
Duvido.
CNBB: bispos criticam paralisia do Congresso Nacional e o governo Lula
Adauri Antunes Barbosa
INDAIATUBA (SP) - Críticas à paralisia que toma conta do Congresso Nacional, ao modo como o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem enfrentado a crise econômica mundial e à generalização da corrupção marcaram nesta quarta a abertura da 47ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Itaici, localidade de Indaiatuba, na região de Campinas (SP). A assembleia, que se estende até dia 1º de maio e tem a participação de 330 bispos brasileiros, discutiu no primeiro dia a conjuntura nacional sem poupar os parlamentares.
O documento que serviu de base para a discussão da conjuntura, que não é oficial da CNBB, lembra um triste recorde dos parlamentares. "O Congresso Nacional registrou nos dois primeiros meses deste ano a menor produtividade em plenário dos últimos nove anos: só oito projetos votados pelo Senado e pela Câmara dos Deputados. Representa cerca de um terço do ano de 2008 no mesmo período. E o clima interno é desolador. A cada dia surgem novas denúncias de corrupção de pessoas de seus quadros", afirma o texto da CNBB.
"O Congresso registrou nos dois primeiros meses deste ano a menor produtividade em plenário dos últimos nove anos "
Para destacar o caos vivido pelo Congresso, o texto que serviu de base para o debate dos bispos brasileiros fala do temor, manifestado em São Paulo pelo presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP), de um possível plebiscito decidir pelo fechamento do Legislativo. "Um deputado chegou a explicitar o risco de alguém propor um plebiscito para fechar o Congresso", observa.
Logo pela manhã, na missa de abertura da assembleia dos bispos, o vice-presidente da CNBB, dom Luiz Soares Vieira, arcebispo de Manaus, já deu o tom crítico do encontro, chamando a atenção para os problemas enfrentados pelo povo brasileiro, citando a crise econômica, a corrupção e a violência.
- Não nos esqueçamos da realidade e da situação de nossa pátria, a qual servimos e nos sentimos responsáveis. Como no tempo dos apóstolos, o Ressuscitado pede à CNBB que lance as redes da realidade do povo brasileiro. Há um grande cardume de problemas, especialmente os efeitos da crise financeira e econômica, a corrupção e a violência, que aguardam a solicitude missionária da Igreja para serem assumidos à luz da Ressurreição, e transformados em caminho de vida nova para todos - disse dom Luiz.
Ainda no documento de análise de conjuntura, que é praticamente todo dedicado a avaliar a crise econômica mundial, há críticas diretas ao presidente Lula, que "continua dando força ao agronegócio e à mineração, sem atentar para os danos causados ao meio ambiente". De acordo com o texto, "tudo se passa como se o aumento da produção para exportação fosse uma solução e não um paliativo que adia a crise econômica mas antecipa a crise ecológica - que é muito mais grave".
Na análise debatida nesta quarta pelos bispos brasileiros, a crise financeira de setembro do ano passado já é considerada, como afirma o historiador americano Eric Hobsbawn, "o muro de Berlim do neoliberalismo", e propõe saídas inseridas no desenvolvimento da economia solidária. Um exemplo, conforme o documento, são as "pistas práticas" na direção desse novo modelo de produção e consumo apresentadas a partir do Fórum Social Mundial, realizado em Belém em janeiro último, que Lula, conforme a crítica, ignora.
"Há um grande cardume de problemas, especialmente os efeitos da crise financeira e econômica, a corrupção e a violência"
"As principais medidas tomadas pelo governo Lula vão, salvo exceções, na direção contrária à construção de 'outro mundo possível'. Só recentemente o Banco Central começou a baixar a elevada taxa de juros - que retira dinheiro da economia real para alimentar o jogo financeiro dos rentistas improdutivos. O pacote de medidas do governo para dar liquidez à economia é incapaz de atingir a raiz da crise, que é a especulação financeira", dispara o documento não oficial.
As críticas são diretas ao presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. "A política macroeconômica conduzida por H. Meirelles segue igual ao que era antes da crise: ignora o fracasso da autorregulação do mercado e continua apostando no futuro do sistema de mercado regido pela lógica do lucro e pelo produtivismo. Embora tenha diminuído sua meta, a realização de superávits primários (eufemismo que serve para camuflar o déficit fiscal provocado pelo serviço da dívida) continuará sangrando o Tesouro Nacional para sustentar a renda dos credores da dívida pública."
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