quarta-feira, 11 de agosto de 2010

COMUNISMO: HÁ QUEM DEFENDA!


Fifa vai investigar supostas punições a jogadores da Coreia do Norte após Copa do Mundo

Jogadores teriam sido obrigados a ficar perfilados durante seis horas ouvindo críticas de 400 integrantes do governo. Também teriam sido obrigados a culpar o técnico Kim Jong Hun como o responsável pelo mau desempenho.

Já se passaram algumas semanas, mas quem poderia esquecer? A eliminação da Coreia do Norte, na Copa da África do Sul, deixou o mundo inteiro preocupado. Parece que o temor tinha fundamento.
A Fifa anunciou hoje que vai investigar denúncias de que os jogadores da seleção norte-coreana sofreram punições.

Segundo dissidentes norte-coreanos e serviços de espionagem da Coreia do Sul, os jogadores foram obrigados a ficar perfilados durante seis horas ouvindo críticas de 400 integrantes do governo. Também teriam sido obrigados a culpar o técnico Kim Jong Hun como o responsável pelo mau desempenho.

O técnico teria tido a punição mais severa. Teria sido demitido e obrigado a trabalhar como operário da construção civil. Ainda segundo os sul-coreanos, a punição saiu barata para os padrões norte-coreanos. Antigamente, atletas e o treinador teriam sido mandados para campos de trabalho forçado.

Além do mau desempenho, a seleção foi envolvida em um dos maiores fracassos de relações-públicas do regime de King Jong Il. Animado com a derrota magra contra o Brasil - só 2 a 0 - o ditador permitiu que os norte-coreanos assistissem ao vivo o jogo contra Portugal. Foi a primeira transmissão desse tipo na história do país, logo o jogo em que a Coreia do Norte levou de 7 a 0. Depois ainda veio a derrota contra a Costa do Marfim.

Por enquanto, a Fifa vai enviar uma carta querendo saber detalhes sobre essas acusações e sobre a inesperada eleição de um novo presidente da federação norte-coreana de futebol. Essa informação foi dada pelo presidente da Fifa, Joseph Blatter, que está em Cingapura para a abertura dos Jogos Olímpicos da Juventude.

Ele também confirmou que na próxima reunião, em outubro, a Fifa vai analisar o uso de equipamentos eletrônicos para evitar a anulação de gols legítimos como ocorreu na última Copa do Mundo.

http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2010/08/fifa-vai-supostas-punicoes-jogadores-da-coreia-do-norte-apos-copa-do-mundo.html

MAIS UMA DO "CARA"

 

Lula sanciona lei que limita ação do TCU

11 de agosto de 2010 | 0h 00
Edna Simão / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo
 
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou ontem a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2011 que cria brechas para o governo gastar com mais facilidade e, ao mesmo tempo, fugir da fiscalização do Tribunal de Contas da União (TCU).

Lula vetou mais de 20 pontos da LDO mas garantiu a flexibilidade na contratação de obras e serviços por empresas públicas e para realização da Copa do Mundo de 2014. Isso será possível porque na LDO de 2011, aprovada às pressas pelo plenário do Congresso Nacional no mês passado, existe um artifício que possibilita que Petrobrás e Eletrobrás fiquem fora da aplicação de tabelas oficiais de preços, que são utilizadas pelo TCU para investigar irregularidades. Além disso, em vez de ser utilizado o preço de cada item, as obras poderão ser fiscalizadas pelo valor global do empreendimento.

Manobra. A derrota do TCU começou com uma manobra comandada ainda no Congresso pela base aliada do Planalto. Na ocasião da votação da LDO, o TCU defendeu alteração de um artigo que estabelecia que somente obras e serviços contratados com base nas regras da Lei de Licitações fossem sujeitos ao cumprimento de tabelas oficiais - Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi) e Sistema de Custos de Obras Rodoviárias (Sicro).

O TCU era contra o artigo porque excluía a Petrobrás e a Eletrobrás do regime de licitação e seria regulado apenas pelo decreto 2.745/98, ou seja, limitaria a fiscalização das contratações feitas pelas estatais. As estatais passariam a estar sujeitas a tabela específica, o que dificultaria a constatação de supervalorização de preços.

Mas o vice-líder do governo no Congresso Nacional, deputado Gilmar Machado (PT-MG), reverteu a situação. Em um acordo em cima da hora, ele inseriu artigo estabelecendo que não teriam de cumprir as tabelas oficiais itens de montagem industrial ou que não sejam considerados de construção civil. Com isso, a Petrobrás poderá construir plataformas e refinarias sem cumprir os preços da Sicro e Sinapi. Já a Eletrobras poderá o mesmo na construção de usinas.

"Petrobrás e o sistema elétrico vão ficar de fora", disse, na ocasião, o deputado. Dessa forma, as estatais acabaram saindo vitoriosas diante de uma briga antiga com o TCU. As empresas públicos, normalmente, se recusam a repassar informações sobre contratos ao tribunal por considerem que não devem obedecer a Lei de Licitações.

No que diz respeito às obras da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos, em muitos casos, não será necessário cumprir as regras da Lei de Licitações. Para agilizar as obras, a ideia do governo é utilizar o regime de empreitada, o que foi garantido com a sanção da LDO.

No mês passado, Machado explicou que esse tipo de contratação não está sujeita a Lei de Licitações. Além disso, para esses empreendimentos, haverá ainda flexibilização de regras jurídicas e ambientais.

A LDO manteve nas mãos dos parlamentares a tarefa de decidir sobre a interrupção ou não de obras públicas apontadas com indícios de irregularidades em relatórios apresentados pelo TCU. Mas o governo, assim como a empresa pública, também poderá apresentar relatório respondendo as pendências apontadas pelo tribunal e os custos de interrupção da obra.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

O PT DE SEMPRE...

No "JN", Dilma defende apoios de Sarney e Collor
Candidata abre ciclo de entrevistas e diz que governo exige "aliança ampla"

Petista cita Lula 7 vezes, se compara a "mãe" ao negar fama de ríspida e tropeça ao localizar Baixada Santista no Rio



Reprodução/TV Globo

Dilma infla dado em entrevista ao "Jornal Nacional"

DE SÃO PAULO A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, abriu ontem o ciclo de entrevistas ao vivo no "Jornal Nacional", da Rede Globo, defendendo o arco de alianças que a apoia. Ela disse que governar o país pressupõe a necessidade de se fazer uma "aliança ampla".

William Bonner listou aliados que, no passado, eram criticados pelo PT: Renan Calheiros (PMDB-AL), Jader Barbalho (PMDB-PA), José Sarney (PMDB-AP) e Fernando Collor (PTB-AL). "Quando foi que o PT errou? Antes ou agora?", questionou.

Dilma não respondeu diretamente, mas disse que o PT não tinha "tanta experiência" de governo. "O PT acertou quando percebeu a sua capacidade de construir uma aliança ampla", afirmou.

No bloco em que foi ao ar a entrevista, a audiência estava em 33 pontos na Grande São Paulo, o que equivale a 5,9 milhões de expectadores na Grande São Paulo, em números preliminares.

Dilma também foi questionada sobre a fama de ter "temperamento difícil" ou da suposta falta de "jogo de cintura" para negociar.
Bonner citou que, em solenidade oficial, Lula disse que recebera de ministros queixas de que foram maltratados por Dilma. "Ele não disse maltrados", respondeu Dilma. "O vídeo está disponível", retrucou o âncora.

Ela usou a metáfora de "mãe" para justificar eventuais embates no governo. "Sabe dona de casa? No papel de cuidar do governo, é meio como se a gente fosse mãe. Há a hora de cobrar e o momento de incentivar."

Dilma citou Lula sete vezes durante a entrevista, numa mudança de estratégia em relação ao debate da Bandeirantes, quando evitou mencioná-lo a toda hora.

Ela se apresentou como "o braço direito e o esquerdo" do presidente no governo e disse duas vezes que ocupava o "segundo cargo mais importante" do governo, ao se referir à Casa Civil.

As perguntas foram longas: Bonner e a Fátima Bernardes falaram por 3min50s dos 12mi35s da conversa.

Levemente nervosa, Dilma se confundiu ao dizer "Baixada Santista do Rio", em vez de Baixada Fluminense.

O "Jornal Nacional" entrevista hoje Marina Silva (PV) e amanhã, José Serra (PSDB).

No "Jornal da Dez", da Globonews, Dilma disse que não há problema em indicações políticas, mas em falta de transparência. "Não é necessário que o cargo não seja indicado por um partido que compõe a minha aliança", disse, ao ser questionada sobre a frase de seu vice, Michel Temer (PMDB), sobre partilhar o governo.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/po1008201002.htm

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

FALSEANDO A HISTÓRIA

Instituto iraniano lança site de cartuns que questionam Holocausto

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DE SÃO PAULO
A fundação cultural não governamental Khakriz lançou um site de cartuns que ironizam o assassinato em massa de judeus no Holocausto e questionam "a grande mentira" histórica.
O site, que abre com a música tema da Pantera Cor-de-Rosa, traz os desenhos de Maziar Bijani, publicados originalmente em 2008, com textos de Borzo Bitaraf "dedicados a todos aqueles mortos sob o pretexto do Holocausto".

Reprodução
Site 
holocartoons traz desenhos que ironizam o que chama de mentira do 
Holocausto
Site holocartoons traz desenhos que ironizam o que chama de mentira do Holocausto
No texto, os autores ressaltam "respeitar todas as vítimas da Segunda Guerra, sejam judeus, cristãos ou muçulmanos", mas alegam que não esquecerão os palestinos mortos sob a mentira do Holocausto.
Desde a Revolução Islâmica de 1979, Irã não reconhece Israel como um Estado soberano e se refere ao país como regime sionista.
O massacre de judeus na Segunda Guerra (1939-1945) é frequentemente questionado pelo presidente iraniano, Mamhoud Ahmadinejad, que já chamou o Holocausto de "conto de fadas", e criticado pelos iranianos linha-dura como uma desculpa para Israel ocupar terras palestinas.
Ahmadinejad chegou a sediar uma conferência em dezembro de 2006 para questionar o Holocausto.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

COMUNISMO...

 

Chineses resistem aos confiscos de propriedade pelo Estado

Der 
Spiegel
Wieland Wagne

Segundo a constituição chinesa, as autoridades só podem confiscar propriedades para que estas sejam utilizadas em nome do interesse público

Autoridades municipais na China estão usando meios brutais para expropriar cidadãos comuns em uma tentativa de lucrarem com o boom do setor de construção no país. Alguns cidadãos desesperados se suicidaram, enquanto outros juraram defender as suas propriedades com a própria vida.

O empresário Gu Kui, 55, olha pelo espelho retrovisor do seu veículo utilitário esportivo. Ele está tentando desesperadamente despistar o carro azul que o está seguindo. Gu está tão nervoso que quase bate na traseira do automóvel à sua frente. Ele pisa forte no pedal de freio e gira abruptamente o volante. Derrapando, o seu veículo faz uma volta de 180 graus e para na direção oposta da rodovia.

O quase acidente sofrido por Gu na cidade de Chengdu, no oeste da China, termina sem ferimentos ou danos ao veículo. Com a sua manobra perigosa, Gu conseguiu se livrar das pessoas que o vinham seguindo – pelo menos por hoje. O motorista do carro que o seguia, acompanhado de cinco passageiros corpulentos, não tem escolha a não ser acompanhar o fluxo do tráfego e passar por Gu, no sentido oposto.

Gu acostumou-se a tais perseguições e encontros de arrebentar os nervos desde que desentendeu-se com as autoridades municipais de Chengdu, a capital da província de Sichuan. Ex-proprietário de um mercado de peças de automóveis, Gu faz parte de um grupo crescente de cidadãos chineses insatisfeitos. Eles estão se tornando cada vez mais ousados na sua oposição às práticas dos planejadores urbanos comunistas, que procuram confiscar propriedades e revendê-las para os tubarões do mercado imobiliário, em uma tentativa de lucrarem com o superaquecido boom do setor de construção na China.

“Eu tive que ficar olhando enquanto tratores demoliam a minha propriedade”


A ex-propriedade de Gu fica convenientemente localizada perto de uma estrada de acesso à rodovia principal. No terreno de aproximadamente cinco hectares, onde antigamente ele vendia carros e peças usadas, gruas e funcionários de construção agora trabalham arduamente para construir novos prédios de apartamentos. Faixas vermelhas fazem propaganda dos futuros apartamentos para potenciais compradores.

O governo municipal alugou a propriedade a ele por 30 anos. Na República Popular da China, todo terreno pertence ao Estado, que concede direitos de uso por períodos fixos: até 70 anos para as propriedades residenciais e 50 anos em se tratando de operações industriais. Mas outras regras se aplicam às áreas rurais, e este é o caso de Gu. De qualquer forma, as autoridades locais decidiram que poderiam ganhar mais dinheiro expulsando Gu do terreno e oferecendo-o a construtoras de prédios.

Gu se recorda do dia em que eles destruíram o seu meio de vida. Ele conta que centenas de policiais fortemente armados e capangas à paisana apareceram no local, trazendo três ambulâncias como medida de precaução. “Eu tive que ficar olhando enquanto os tratores demoliam a minha propriedade”, lembra-se Gu.

À medida que o ritmo da modernização da economia chinesa se acelera, as pessoas estão agarrando-se cada vez mais às suas propriedades e resistindo às prática arbitrárias do governo. Na cidade de Zhengzhou, no leste da China, uma mulher de 45 anos de idade foi morta em maio quando uma escavadeira a arrastou para fora do andar superior do seu restaurante, onde ela havia se entrincheirado para proteger a sua propriedade.

Agora Gu está processando o governo municipal de Chengdu. O processo – que, de forma bizarra, está sendo custeado por funcionários públicos locais, aparentemente em uma tentativa de livrarem-se dele – chegou a chamar atenção na distante Pequim.

Interesse público

O motivo pelo qual o processo de Gu está atraindo tanta atenção é o fato de ele não estar processando o governo apenas por danos. Em uma petição ao governo central e ao parlamento chinês, o Congresso Popular Nacional, o seu advogado, Zhang Xinkui, está também contestando fundamentalmente a suposta autoridade dos governos municipais para aquecerem o mercado imobiliário por meio do confisco e da venda arbitrários de propriedades.

O processo questiona toda a prática de capitalismo estatal chinês. Para os governos locais e seus funcionários frequentemente corruptos, comprar e vender terrenos transformou-se em uma fonte lucrativa de dinheiro para aumentar as verbas exíguas. Muitos deles, afirma Liu Jiayi, o auditor geral do país, enfrentam “fortes pressões de dívidas”.

Mas, segundo Zhang, os municípios da China estão violando a constituição nacional com os seus negócios no setor imobiliário. Segundo a constituição, as autoridades só podem confiscar propriedades para que estas sejam utilizadas em nome do interesse público. Embora “interesse público” seja um termo elástico no comunismo chinês, Zhang argumenta que o governo, com o seu papel duplo de fiscalizador e agente do mercado, está fomentando desnecessariamente a especulação e exacerbando as injustiças sociais.

Em 2007, o Congresso Popular Nacional da China baixou uma lei de proteção à propriedade privada – com a exceção de terrenos. Mas no decorrer da rápida urbanização, os planejadores, com o objetivo de promoverem crescimento econômico, muitas vezes dão pouca atenção aos direitos estabelecidos de moradores e donos de negócios. E, contrariando as diretrizes de Pequim, muitas autoridades locais tendem a promover, mais do que tudo, a construção de condomínios de luxo.
Suicídios e tortura

Yang Youde, por exemplo, traz no seu passado três gerações de fazendeiros. Até recentemente, ele plantava melões e algodão, e criava peixes, nos arredores de Wuhan, uma cidade de nove milhões de habitantes. Atualmente o mato toma conta dos seus campos de cultivo, e quase todos os peixes do seu grande lago morreram de fome. Este homem de 56 anos de idade passa a maior parte do tempo defendendo a sua propriedade do confisco por parte de autoridades municipais e especuladores.

As fachadas dos novos prédios de apartamentos de luxo estão se aproximando da propriedade de Yang, e a maioria dos seus vizinhos já capitulou. Yang conta que um homem desesperado e a sua mulher atearam fogo a si próprios, e outros se lançaram nos seus lagos e morreram afogados.

A propriedade de Yang, que consiste de casinhas de tijolos, parece uma fortaleza. Ele construiu uma plataforma sobre um depósito e está sempre de guarda. Yang conta que em agosto de 2009, após ter apresentado uma petição contra o planejado confisco da sua fazenda, a polícia veio e arrastou-o para uma das famosas “prisões negras” da China, onde ele ficou detido por 51 dias. “Eles me penduraram pelas mãos e me queimaram com cigarros”, diz Yang.

Agora ele pretende defender a sua propriedade com a única coisa que lhe restou: a sua vida.

Tradução: UOL