GOVERNO BRASILEIRO AMEAÇA IGREJA CATÓLICA POR CAUSA DE OPOSIÇÃO À CANDIDATA PRESIDENCIAL PRÓ-ABORTO 
Matthew Cullinan Hoffman, correspondente na América Latina
BRASIL, 8 de outubro de 2010 (Notícias Pró-Família)  — O secretário pessoal do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da  Silva, Gilberto Carvalho, avisou ontem a liderança da Conferência  Nacional dos Bispos do Brasil que se os ataques contra a candidata  presidencial Dilma Rousseff do Partido dos Trabalhadores continuarem, o  acordo da Igreja Católica com o governo poderá ser revisto, de acordo  com uma reportagem originária do jornal Valor Econômico, e foi repetida pela agência noticiosa italiana ANSA.
O  acordo, conhecido como “concordata”, é um tipo de tratado assinado pelo  governo da Cidade do Vaticano e vários governos mundiais. A concordata  brasileira inclui apoio do governo às escolas católicas e outros  benefícios, que foram concedidos à Igreja Católica no Brasil em 2009.
A  candidatura de Rousseff tem recebido oposição de muitos bispos e padres  católicos por causa da clara posição dela a favor da eliminação de  penalidades criminais para o aborto propositado, o qual é condenado pelo  ensino católico como “crime inexprimível”.
Hoje,  depois da reportagem sobre a ameaça, a Conferência Nacional dos Bispos  do Brasil (CNBB) divulgou uma declaração distanciando-se de críticas a  Rousseff e ao Partido dos Trabalhadores, e ao mesmo tempo continuou a  exortar os eleitores a fazer suas decisões à luz dos valores da vida  humana e da família.
A  liderança da CNBB escreve que “lamentamos profundamente que o nome da  CNBB — e da própria Igreja Católica — tenha sido usado indevidamente ao  longo da campanha, sendo objeto de manipulação”.
A  CNBB prossegue acrescentando que “reafirmamos… que a CNBB não indica  nenhum candidato, e recordamos que a escolha é um ato livre e consciente  de cada cidadão. Diante de tão grande responsabilidade, exortamos os  fiéis católicos a terem presentes critérios éticos, entre os quais se  incluem especialmente o respeito incondicional à vida, à família, à  liberdade religiosa e à dignidade humana”.
A  declaração da CNBB também afirma que “certamente, é direito — e, mesmo,  dever — de cada Bispo, em sua Diocese, orientar seus próprios  diocesanos, sobretudo em assuntos que dizem respeito à fé e à moral  cristã”, num reconhecimento evidente de declarações feitas por  proeminentes líderes católicos do Brasil, inclusive o presidente da  primeira divisão sudeste da CNBB, o qual denunciou a candidatura de  Rousseff em vídeos postados no YouTube no final de setembro no nome de  todos os bispos membros da divisão.  
Um  padre católico muito conhecido que fez um programa na rede de televisão  Canção Nova também deu uma recente homília em que ele denunciou o  Partido dos Trabalhadores, que está no governo, como pró-aborto,  pró-homossexualidade e marxista, e disse que ele jamais votaria neles ou  realizaria um “casamento” homossexual. O Partido dos Trabalhadores está  agora exigindo tempo igual no canal católico para a campanha de  Rousseff responder às acusações feitas contra ela.
Embora  Rousseff afirme ser pessoalmente “contra o aborto”, ela continua a  chamá-lo de “questão de saúde pública”, e não se retratou de sua posição  declarada anteriormente em favor da eliminação das penalidades  criminais para o assassinato de bebês em gestação.
Brazilian president threatens to review agreements with Vatican

Dilma Rousseff
This week, the personal secretary of Brazilian President Luiz Lula da Silva told high-ranking Church officials that if presidential candidate Dilma Rousseff continues to be called out for her stance on abortion, the country's accords with the Vatican will be reviewed.
The Italian news agency ANSA reported that the president's secretary, Gilberto Carvalho, met with members of the National Bishops' Conference of Brazil and told them that the government may carry out a review of the accords that establish aid for Catholic schools and other programs.
In recent weeks, the country's bishops have been vocal, reminding Catholics that they cannot support pro-abortion politicians.
Presidential frontrunner and Workers Party candidate Dilma Rousseff supports the legalization of abortion, believing it to be a matter of “public health.”
The run-off election will take place Oct. 31.
The current accords between Brazil and the Holy See were signed by President Lula and Pope Benedict XVI in 2007 in Brazil and were revised in 2009.
 
 
Nenhum comentário:
Postar um comentário