André Arruda Plácido nasceu em Pirajuí (SP) e é cidadão português. Reside em Londrina (PR) onde graduou-se em Relações Públicas e Teologia.Em Bauru (SP) concluiu o curso de Jornalismo. Fez especialização em Comunicação e Liderança em Missões Mundiais pelo Haggai Institute em Cingapura. É professor de comunicação, poeta, radialista, cronista e fotógrafo - http://fotologue.jp/andrearrudaplacido
domingo, 11 de março de 2012
segunda-feira, 5 de março de 2012
QUAL É O SEU FRUTO?
"Pois no passado éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor. Assim, andai como filhos da luz (pois o fruto da luz está em toda bondade, justiça e verdade),” (Ef 5.8-9). O apóstolo Paulo escreveu da prisão algumas de suas epístolas, inclusive aos Efésios, que possui algumas particularidades que a caracterizam como uma carta circular, talvez provida de várias cópias que chegaram a diversas comunidades cristãs. Esta epístola traz duas seções bem definidas, a primeira de caráter doutrinário (1.3-3.21), e a segunda com exortações éticas (4.1-6.20).
O comportamento de uma pessoa diz muito sobre quem ela é e Jesus já havia ensinado que conheceríamos uma árvore por seus frutos (Mt 7.16-20). Acima, Paulo diz que o fruto dos filhos da luz, que já não são mais trevas, está em toda bondade, justiça e verdade. Não quero jogar areia no ventilador, mas conheço “crentes”, que não são poucos, que não demonstram o devido cuidado com a sua vida espiritual, consequentemente produzindo frutos questionáveis. O nosso comportamento é resultado da qualidade da nossa relação com Deus e só podemos amar o nosso próximo se primeiro amarmos a Deus sobre todas as coisas (Jo 14.21).
Não podemos iniciar uma jornada se antes não deflagrarmos em nós a vontade para empreendê-la. Não caminhamos com Cristo por obrigação, mas por livre e espontânea vontade e nesta caminhada Jesus ajusta as nossas passadas e direciona o objetivo dela conforme nos entregamos a Ele. O apóstolo Paulo nos deixou o imperativo “Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo” (1Co 11.1), e este versículo denuncia em seu contexto a desigualdade e o desrespeito presentes no seio da Igreja em Corinto, o que é reprovável. Algo positivo só poderá ser evidenciado se houver uma transformação essencial.
Uma árvore só produzirá frutos que correspondam àquilo que ela é: “Quem não está comigo, está contra mim; e quem comigo não ajunta, espalha” (Mt 12.30). Quando presto atenção no comportamento de alguns “crentes” me pergunto se eles realmente são crentes de verdade, ou se estão negligenciando a sua relação com Cristo. Jesus nos deixou alertas quanto à presença do joio no meio do povo de Deus (Mt 13.24-30), porém, nos entristece quando um crente perde a alegria da salvação e passa a viver como os ímpios, não cuidando do seu relacionamento com o Salvador, afinal a salvação não é um fato perdido no tempo, ela também se desenvolve no tempo. É necessário voltar ao local da queda e retomar a carreira proposta, pois para cada um daqueles que se encontram com Cristo há um novo e vivo caminho. O Evangelho se renova dia a dia, o que torna a vida cristã dinâmica, interessante, edificante e responsável.
O cuidado no relacionamento com Deus vale para o crente na sua particularidade, para o seu crescimento espiritual, cujo comportamento vai impactar positivamente os seus irmãos e os incrédulos também, pois somos embaixadores de Cristo na terra e temos de honrar o seu santo nome no meio de uma geração corrompida e as nossas atitudes corretas falam bem alto.
Pr. Flávio Bini Bortoloti – flaviobinib@gmail.com
Lutando contra si mesmo, sob o poder do Espírito Santo, para a produção de frutos dignos de Cristo
DOMINE OS SEUS SENTIMENTOS
“Tempos depois, Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao SENHOR. Abel também trouxe da gordura das primeiras crias de suas ovelhas. E o SENHOR acolheu bem Abel e sua oferta, mas não acolheu Caim e sua oferta. Por isso, Caim ficou furioso, e ficou com o semblante abatido. Então o SENHOR perguntou a Caim: Por que te iraste? E por que estás com semblante abatido? Se procederes bem, não se restabelecerá o teu semblante? Mas, se não procederes bem, o pecado jaz à porta, e o desejo dele será contra ti; mas tu deves dominá-lo” (Gênesis 4.3-7).
Eis o prenúncio do primeiro assassinato da história, para o qual apresento a minha tese da sua motivação: o atentado de Caim contra Abel foi a concretização do seu ódio contra Deus, manifestado na atitude do mais forte que subjuga o mais fraco. É fato que a criatura nada pode contra o seu Criador, então Caim volta-se contra o irmão num ataque indireto a Deus. Alguns pais fazem isso contra os filhos, chefes fazem contra seus subordinados e pessoas com problemas na sexualidade fazem também. Enfim, Caim continua aflorando em pleno século XXI. Desde o início do relato percebe-se em Caim um distanciamento de Deus, resultado da sua indiferença ao Criador. Ele simulava um ato adorador, porque o seu coração não estava com Deus. Por sua vez, Abel tinha um apego sincero ao Senhor, evidenciado na maneira como O adorava.
As motivações diferentes levaram às atitudes também diferentes e Deus as identificou. Sob a aprovação de Abel, Caim vê o aumentar a sua indiferença a Deus acrescida de ódio, que o levou ao fratricídio. Mas, Deus se antecipou à tragédia e lhe deu a oportunidade de mudar: “Se procederes bem, não se restabelecerá o teu semblante?” Deus avança um pouco mais e lhe apresenta a assertiva “mas tu deves dominá-lo”. Caim não dominaria aqueles sentimentos horríveis sozinho, Deus estaria com ele na luta. Isso me leva a pensar que Deus faz o mesmo conosco, sinalizando a necessidade de mudarmos as nossas motivações. Não são apenas as idéias que nos movem, somos um caldeirão emocional, sob o qual sucumbimos tantas vezes por perdermos o bom senso, ou por alimentarmos os piores sentimentos dentro de nós.
O autor de Hebreus mostra a que ponto estes sentimentos negativos podem nos levar: “Que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe e muitos sejam contaminados por meio dela” (Hebreus 12.15b). A expressão raiz de amargura sintetiza a presença dos piores sentimentos que podem se fixar dentro de nós, sugando o nosso melhor até a morte total, como uma parasita faz com o seu hospedeiro.
Tarefa para casa. Utilizando uma folha de papel, aliste os tipos de sentimentos ruins mais freqüentes em você; identifique em quais momentos e sob quais circunstâncias eles se manifestam; anote se eles se concretizam e quais são suas consequências. Agora, reflita sobre o estado emocional em que você se encontra e ore para Deus lhe ajudar a dominar os seus sentimentos.
Flávio Bini Bortoloti – flaviobinib@gmail.com
Mais um aprendiz na arte de dominar os ânimos
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