André Arruda Plácido nasceu em Pirajuí (SP) e é cidadão português. Reside em Londrina (PR) onde graduou-se em Relações Públicas e Teologia.Em Bauru (SP) concluiu o curso de Jornalismo. Fez especialização em Comunicação e Liderança em Missões Mundiais pelo Haggai Institute em Cingapura. É professor de comunicação, poeta, radialista, cronista e fotógrafo - http://fotologue.jp/andrearrudaplacido
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
BOA NOTÍCIA
Estudo indica que total de fumantes no país caiu 47% em 19 anos
MARIO CESAR CARVALHO
da Folha de S.Paulo
O Brasil reduziu em 47% o número de fumantes nos últimos 19 anos, segundo um estudo comparativo feito pelo Inca (Instituto Nacional de Câncer) a partir de dados do IBGE. Em 1989, o país tinha 32,4% de fumantes na população com idade a partir de 15 anos. No ano passado, eram 17,2%.
A queda corresponde a uma população de 21,4 milhões, segundo Liz Almeida, médica epidemiologista do Inca que fez o estudo. Seria como se dois países com a população de Portugal deixassem de fumar no período de 19 anos.
A conta da queda parte da premissa de que, se o índice de 1989 seguisse inalterado, os fumantes hoje seriam 46 milhões. Como o IBGE encontrou 24,6 milhões de dependentes de fumo no ano passado, a redução foi de 21,4 milhões.
A meta da OMS (Organização Mundial de Saúde) é que os países reduzam o consumo de tabaco em 2% ao ano. O resultado brasileiro ultrapassa esse índice em dez pontos percentuais --se o Brasil tivesse a redução defendida pela OMS, a queda teria sido de 38%.
Não há pesquisas iguais a essas duas em outros países --daí a dificuldade de comparação. Dados similares, porém, apontam que a queda brasileira foi superior à dos Estados Unidos, do Reino Unido e do Japão.
Nos EUA, o índice de fumantes homens caiu 18% em 17 anos --de 28% da população em 1990 para 23% em 2007. No Reino Unido, a redução dos homens que fumam foi de 25,8% de 1990 a 2006. No Japão, a queda foi de 34%, mas o índice de fumantes segue alto --40%, o maior entre os países desenvolvidos.
A maior queda no Brasil ocorreu entre os mais jovens, de acordo com a comparação. Nas faixas etárias de 15 a 24 anos e de 25 a 44, houve uma redução de 53,8% no percentual de fumantes no período.
Já a menor queda foi entre aqueles que têm de um a três anos de estudo (33,6%). O índice é inferior ao encontrado entre aqueles que estudaram menos de um ano (35,6%).
A autora do estudo atribui a queda às políticas adotadas a partir dos anos 1990. "É um resultado impressionante porque o Brasil usou poucos recursos para conseguir essa redução."
As políticas tiveram início em 1996, com a restrição ao fumo em ambientes fechados. Quatro anos depois, o governo vetou a publicidade. Em 2002, adotou imagens de alerta nos maços.
O dado mais impressionante, para ela, foi o fato de os mais jovens terem deixado de fumar numa proporção superior aos dos mais velhos. "As imagens de alerta nos maços e o fim da publicidade foram fundamentais para o público jovem não começar a fumar", afirma.
Ainda segundo ela, o Brasil só manterá essa tendência de queda se avançar na legislação. A medida mais importante, diz, é a aprovação de uma lei federal que proíba o fumo em ambientes fechados, similar à existente no Estado de São Paulo.
MARIO CESAR CARVALHO
da Folha de S.Paulo
O Brasil reduziu em 47% o número de fumantes nos últimos 19 anos, segundo um estudo comparativo feito pelo Inca (Instituto Nacional de Câncer) a partir de dados do IBGE. Em 1989, o país tinha 32,4% de fumantes na população com idade a partir de 15 anos. No ano passado, eram 17,2%.
A queda corresponde a uma população de 21,4 milhões, segundo Liz Almeida, médica epidemiologista do Inca que fez o estudo. Seria como se dois países com a população de Portugal deixassem de fumar no período de 19 anos.
A conta da queda parte da premissa de que, se o índice de 1989 seguisse inalterado, os fumantes hoje seriam 46 milhões. Como o IBGE encontrou 24,6 milhões de dependentes de fumo no ano passado, a redução foi de 21,4 milhões.
A meta da OMS (Organização Mundial de Saúde) é que os países reduzam o consumo de tabaco em 2% ao ano. O resultado brasileiro ultrapassa esse índice em dez pontos percentuais --se o Brasil tivesse a redução defendida pela OMS, a queda teria sido de 38%.
Não há pesquisas iguais a essas duas em outros países --daí a dificuldade de comparação. Dados similares, porém, apontam que a queda brasileira foi superior à dos Estados Unidos, do Reino Unido e do Japão.
Nos EUA, o índice de fumantes homens caiu 18% em 17 anos --de 28% da população em 1990 para 23% em 2007. No Reino Unido, a redução dos homens que fumam foi de 25,8% de 1990 a 2006. No Japão, a queda foi de 34%, mas o índice de fumantes segue alto --40%, o maior entre os países desenvolvidos.
A maior queda no Brasil ocorreu entre os mais jovens, de acordo com a comparação. Nas faixas etárias de 15 a 24 anos e de 25 a 44, houve uma redução de 53,8% no percentual de fumantes no período.
Já a menor queda foi entre aqueles que têm de um a três anos de estudo (33,6%). O índice é inferior ao encontrado entre aqueles que estudaram menos de um ano (35,6%).
A autora do estudo atribui a queda às políticas adotadas a partir dos anos 1990. "É um resultado impressionante porque o Brasil usou poucos recursos para conseguir essa redução."
As políticas tiveram início em 1996, com a restrição ao fumo em ambientes fechados. Quatro anos depois, o governo vetou a publicidade. Em 2002, adotou imagens de alerta nos maços.
O dado mais impressionante, para ela, foi o fato de os mais jovens terem deixado de fumar numa proporção superior aos dos mais velhos. "As imagens de alerta nos maços e o fim da publicidade foram fundamentais para o público jovem não começar a fumar", afirma.
Ainda segundo ela, o Brasil só manterá essa tendência de queda se avançar na legislação. A medida mais importante, diz, é a aprovação de uma lei federal que proíba o fumo em ambientes fechados, similar à existente no Estado de São Paulo.
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
POLÍTICOS CORRUPTOS DO TIO SAM
Políticos não têm foro privilegiado nos EUA
Um exemplo a ser seguido. Nos Estados Unidos, político corrupto vai para cadeia. A lista é grande.
JORGE PONTUAL Nova York
Nos Estados Unidos, a lista de políticos presos e condenados por corrupção ou desvio de dinheiro público não é curta. Lá não existe foro privilegiado. Todos são julgados pela mesma Justiça que julga o cidadão comum.
O ex-governador do estado de Illinois, Rod Blagojevich, vai a julgamento ano que vem, acusado de tentar vender a vaga de Barack Obama no Senado e outros crimes de corrupção. O antecessor dele, George Ryan, outro corrupto, preso há dois anos, cumpre pena de seis anos e meio de prisão.
O presidente do Senado do estado de Nova York, Joseph Bruno, acaba ser condenado por receber milhões de dólares em propinas. Em julho, o prefeito da cidade de Hoboken, vizinha de Nova York, foi preso com mais 40 políticos que recebiam dinheiro de construtoras.
Um deputado federal de nome sugestivo, James Traficant, saiu este ano da cadeia depois de cumprir pena de sete anos por corrupção. A prefeita de Baltimore, Sheila Dixon, acaba de ser condenada por roubar verbas públicas.
No estado de Massachussetts, Salvatore Dimasi é o terceiro presidente da Assembleia Legislativa a ser preso por receber suborno. Na Califórnia, o deputado federal Duke Cunningham cumpre pena de oito anos por ganhar presentes milionários de empresários. Todos perderam os cargos para os quais foram eleitos. São só as histórias mais recentes.
Casos de políticos acusados de corrupção são comuns nos Estados Unidos, quase sempre investigados pela Polícia Federal. Quando há provas, eles são levados a julgamento e, se condenados, cumprem penas de prisão.
Na constituição americana não existe imunidade para políticos eleitos. Nenhum detentor de cargos públicos está acima da lei. O jurista James Jacobs publicou estudos sobre a corrupção na política americana. Ele se surpreende ao saber que no Brasil os políticos têm imunidade. “A política cria muitas oportunidades para corrupção”, admite. Por isso é essencial punir os políticos corruptos, culpados de crimes altamente destrutivos para a sociedade.
http://g1.globo.com/bomdiabrasil/0,,MUL1407032-16020,00-POLITICOS+NAO+TEM+FORO+PRIVILEGIADO+NOS+EUA.html
Um exemplo a ser seguido. Nos Estados Unidos, político corrupto vai para cadeia. A lista é grande.
JORGE PONTUAL Nova York
Nos Estados Unidos, a lista de políticos presos e condenados por corrupção ou desvio de dinheiro público não é curta. Lá não existe foro privilegiado. Todos são julgados pela mesma Justiça que julga o cidadão comum.
O ex-governador do estado de Illinois, Rod Blagojevich, vai a julgamento ano que vem, acusado de tentar vender a vaga de Barack Obama no Senado e outros crimes de corrupção. O antecessor dele, George Ryan, outro corrupto, preso há dois anos, cumpre pena de seis anos e meio de prisão.
O presidente do Senado do estado de Nova York, Joseph Bruno, acaba ser condenado por receber milhões de dólares em propinas. Em julho, o prefeito da cidade de Hoboken, vizinha de Nova York, foi preso com mais 40 políticos que recebiam dinheiro de construtoras.
Um deputado federal de nome sugestivo, James Traficant, saiu este ano da cadeia depois de cumprir pena de sete anos por corrupção. A prefeita de Baltimore, Sheila Dixon, acaba de ser condenada por roubar verbas públicas.
No estado de Massachussetts, Salvatore Dimasi é o terceiro presidente da Assembleia Legislativa a ser preso por receber suborno. Na Califórnia, o deputado federal Duke Cunningham cumpre pena de oito anos por ganhar presentes milionários de empresários. Todos perderam os cargos para os quais foram eleitos. São só as histórias mais recentes.
Casos de políticos acusados de corrupção são comuns nos Estados Unidos, quase sempre investigados pela Polícia Federal. Quando há provas, eles são levados a julgamento e, se condenados, cumprem penas de prisão.
Na constituição americana não existe imunidade para políticos eleitos. Nenhum detentor de cargos públicos está acima da lei. O jurista James Jacobs publicou estudos sobre a corrupção na política americana. Ele se surpreende ao saber que no Brasil os políticos têm imunidade. “A política cria muitas oportunidades para corrupção”, admite. Por isso é essencial punir os políticos corruptos, culpados de crimes altamente destrutivos para a sociedade.
http://g1.globo.com/bomdiabrasil/0,,MUL1407032-16020,00-POLITICOS+NAO+TEM+FORO+PRIVILEGIADO+NOS+EUA.html
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
CAMARGOS'S LIST
Camargo deu propina a 200 políticos, diz PF
Relatórios citam deputados, secretários e conselheiros e ministros de Tribunais de Contas como supostos beneficiários
Autoridades que gozam de foro privilegiado têm nome retirado de processo sobre construtora, pois só podem ser julgados por STF ou STJ
MARIO CESAR CARVALHO
LILIAN CHRISTOFOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL
A relação de políticos suspeitos de terem recebido propina da empreiteira Camargo Corrêa já ultrapassa 200 nomes, segundo relatórios da Operação Castelo de Areia da Polícia Federal. Estão na lista deputados federais, secretários municipais e conselheiros e ministros de Tribunais de Contas, segundo a Folha apurou.
Esses nomes estão sendo separados do processo sobre a empreiteira porque os supostos envolvidos gozam de foro privilegiado e não podem ser investigados por procuradores nem julgados pela primeira instância da Justiça.
Quando estiver pronta, a listagem será encaminhada pelo Ministério Público Federal à Procuradoria-Geral da República, em Brasília.
A Procuradoria, por sua vez, deve enviar cópias de toda a documentação ao STF (Supremo Tribunal Federal), ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e aos tribunais regionais federais, instâncias que têm poder de investigar políticos que ocupam cargo eletivo.
O advogado da Camargo Corrêa, Celso Vilardi, diz que não teve acesso aos documentos reunidos pela PF e, por isso, não comentaria o suposto pagamento de propina. Ele classificou de "criminoso" o que chamou de "vazamento de informação" (leia texto abaixo).
A lista do pendrive
Todos os nomes de políticos e funcionários públicos foram encontrados em planilhas que estavam armazenadas em um pendrive ou em pastas apreendidas na sala de Pietro Francesco Giavina Bianchi, diretor da Camargo Corrêa.
Bianchi é um dos diretores da Camargo Corrêa acusados pelo Ministério Público Federal de lavagem de dinheiro com origem em corrupção passiva e ativa e evasão de divisas.
Ontem, a Folha revelou que a acusação atinge Darcio Brunato e Fernando Dias Gomes, além de Bianchi.
Na denúncia (acusação formal) contra os diretores, a procuradora Karen Louise Jeanette Kahn diz que a Camargo Corrêa pagou cerca de R$ 4 milhões em propina para conseguir vencer duas licitações e para mudar a legislação sobre uma área no município de Caieiras, na Grande São Paulo, no qual a construtora fez um empreendimento imobiliário.
As licitações eram para a construção de cinco hospitais no Pará e a produção de 23 embarcações para a frota da Transpetro (Empresa Petrobrás de Transporte) no Estado do Rio de Janeiro. A Transpetro disse em nota que seguiu as recomendações feitas pelo Tribunal de Contas da União.
No caso dos cinco hospitais, construídos em Belém, Santarém, Breves, Redenção e Altamira, Kahn diz que papéis apontam que a suposta propina foi paga ao PT e ao PMDB.
A Folha apurou que o PT aparece nos documentos como beneficiário de R$ 230 mil e o PMDB, de R$ 130 mil.
Os cerca de R$ 4 milhões não foram entregues diretamente aos políticos no Brasil, de acordo com a procuradora.
Na acusação, ela sustenta que o dinheiro era transferido para empresas "offshore" com sede nos Estados Unidos, Suíça, Andorra e Taiwan.
"Offshores" são empresas que têm como uma de suas características a dificuldade de saber quem são os seus verdadeiros controladores. Esse tipo de companhia também é usada em negócios ilícitos por causa dos empecilhos legais que oferece para se saber quem foi o beneficiário final do dinheiro.
O Ministério Público diz que as remessas eram feitas por Kurt Pickel, um suíço radicado no Brasil que já trabalhou para bancos do seu país de origem e é acusado de operar como doleiro do suposto esquema de pagamento de propina.
A procuradora sustenta que a intimidade entre Pickel e a Camargo Corrêa era tamanha que ele tinha a senha bancária para fazer movimentações financeiras em nome dos diretores da construtora.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc0212200916.htm
Relatórios citam deputados, secretários e conselheiros e ministros de Tribunais de Contas como supostos beneficiários
Autoridades que gozam de foro privilegiado têm nome retirado de processo sobre construtora, pois só podem ser julgados por STF ou STJ
MARIO CESAR CARVALHO
LILIAN CHRISTOFOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL
A relação de políticos suspeitos de terem recebido propina da empreiteira Camargo Corrêa já ultrapassa 200 nomes, segundo relatórios da Operação Castelo de Areia da Polícia Federal. Estão na lista deputados federais, secretários municipais e conselheiros e ministros de Tribunais de Contas, segundo a Folha apurou.
Esses nomes estão sendo separados do processo sobre a empreiteira porque os supostos envolvidos gozam de foro privilegiado e não podem ser investigados por procuradores nem julgados pela primeira instância da Justiça.
Quando estiver pronta, a listagem será encaminhada pelo Ministério Público Federal à Procuradoria-Geral da República, em Brasília.
A Procuradoria, por sua vez, deve enviar cópias de toda a documentação ao STF (Supremo Tribunal Federal), ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e aos tribunais regionais federais, instâncias que têm poder de investigar políticos que ocupam cargo eletivo.
O advogado da Camargo Corrêa, Celso Vilardi, diz que não teve acesso aos documentos reunidos pela PF e, por isso, não comentaria o suposto pagamento de propina. Ele classificou de "criminoso" o que chamou de "vazamento de informação" (leia texto abaixo).
A lista do pendrive
Todos os nomes de políticos e funcionários públicos foram encontrados em planilhas que estavam armazenadas em um pendrive ou em pastas apreendidas na sala de Pietro Francesco Giavina Bianchi, diretor da Camargo Corrêa.
Bianchi é um dos diretores da Camargo Corrêa acusados pelo Ministério Público Federal de lavagem de dinheiro com origem em corrupção passiva e ativa e evasão de divisas.
Ontem, a Folha revelou que a acusação atinge Darcio Brunato e Fernando Dias Gomes, além de Bianchi.
Na denúncia (acusação formal) contra os diretores, a procuradora Karen Louise Jeanette Kahn diz que a Camargo Corrêa pagou cerca de R$ 4 milhões em propina para conseguir vencer duas licitações e para mudar a legislação sobre uma área no município de Caieiras, na Grande São Paulo, no qual a construtora fez um empreendimento imobiliário.
As licitações eram para a construção de cinco hospitais no Pará e a produção de 23 embarcações para a frota da Transpetro (Empresa Petrobrás de Transporte) no Estado do Rio de Janeiro. A Transpetro disse em nota que seguiu as recomendações feitas pelo Tribunal de Contas da União.
No caso dos cinco hospitais, construídos em Belém, Santarém, Breves, Redenção e Altamira, Kahn diz que papéis apontam que a suposta propina foi paga ao PT e ao PMDB.
A Folha apurou que o PT aparece nos documentos como beneficiário de R$ 230 mil e o PMDB, de R$ 130 mil.
Os cerca de R$ 4 milhões não foram entregues diretamente aos políticos no Brasil, de acordo com a procuradora.
Na acusação, ela sustenta que o dinheiro era transferido para empresas "offshore" com sede nos Estados Unidos, Suíça, Andorra e Taiwan.
"Offshores" são empresas que têm como uma de suas características a dificuldade de saber quem são os seus verdadeiros controladores. Esse tipo de companhia também é usada em negócios ilícitos por causa dos empecilhos legais que oferece para se saber quem foi o beneficiário final do dinheiro.
O Ministério Público diz que as remessas eram feitas por Kurt Pickel, um suíço radicado no Brasil que já trabalhou para bancos do seu país de origem e é acusado de operar como doleiro do suposto esquema de pagamento de propina.
A procuradora sustenta que a intimidade entre Pickel e a Camargo Corrêa era tamanha que ele tinha a senha bancária para fazer movimentações financeiras em nome dos diretores da construtora.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc0212200916.htm
AMEAÇA DE COMPANHEIRO
Evo ameaça prender candidato da oposição
Às vésperas da eleição, presidente boliviano diz que conservador é corrupto
AFP, COLABOROU ADRIANA MOREIRA, DE LA PAZ
A cinco dias das eleições presidenciais bolivianas, o presidente Evo Morales, favorito à reeleição com 55% das intenções de voto, ameaçou levar à prisão seu principal concorrente, o conservador Manfred Reyes Villa, que teria, segundo pesquisas locais, 18% de apoio do eleitorado.
"Vamos mudar a Justiça e os dois vão para a cadeia", disse Evo, em referência a Reyes Villa, que é investigado por corrupção no período em que esteve à frente do Departamento (Estado) de Cochabamba, e seu vice, Leopoldo Fernández, ex-governador da Província de Pando.
Fernández já está detido há mais de um ano em La Paz, esperando por uma decisão da Justiça sobre o massacre de 11 camponeses aliados de Evo, em setembro de 2008, quando distúrbios entre partidários e adversários do governo varreram o país. "Fernández inventa sua candidatura para sair da cadeia, enquanto Reyes Villa faz o mesmo para não entrar na prisão", disse o presidente, que se refere a ambos como "delinquentes que roubam o dinheiro do povo". Uma ordem da Justiça boliviana já impede Reyes Villa de deixar o país. Ele acusa o governo Evo de perseguição política e diz ter certeza de que será preso após o fim da campanha.
RECADASTRAMENTO
Nos últimos meses, mais de 400 mil eleitores bolivianos tiveram seus títulos eleitorais suspensos. Apenas metade desse grupo conseguiu colocar seus documentos em dia, enquanto aproximadamente 200 mil pessoas permaneciam excluídas dos cadastros por irregularidades detectadas pela Justiça.
A porta-voz do Tribunal Eleitoral, Roxana Ibernegaray, disse que a demanda pelo recadastramento provocou o colapso do sistema na segunda-feira.
A eleição de domingo definirá um novo mandato presidencial, além de renovar toda a Assembleia Legislativa da Bolívia.
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20091202/not_imp475281,0.php
Às vésperas da eleição, presidente boliviano diz que conservador é corrupto
AFP, COLABOROU ADRIANA MOREIRA, DE LA PAZ
A cinco dias das eleições presidenciais bolivianas, o presidente Evo Morales, favorito à reeleição com 55% das intenções de voto, ameaçou levar à prisão seu principal concorrente, o conservador Manfred Reyes Villa, que teria, segundo pesquisas locais, 18% de apoio do eleitorado.
"Vamos mudar a Justiça e os dois vão para a cadeia", disse Evo, em referência a Reyes Villa, que é investigado por corrupção no período em que esteve à frente do Departamento (Estado) de Cochabamba, e seu vice, Leopoldo Fernández, ex-governador da Província de Pando.
Fernández já está detido há mais de um ano em La Paz, esperando por uma decisão da Justiça sobre o massacre de 11 camponeses aliados de Evo, em setembro de 2008, quando distúrbios entre partidários e adversários do governo varreram o país. "Fernández inventa sua candidatura para sair da cadeia, enquanto Reyes Villa faz o mesmo para não entrar na prisão", disse o presidente, que se refere a ambos como "delinquentes que roubam o dinheiro do povo". Uma ordem da Justiça boliviana já impede Reyes Villa de deixar o país. Ele acusa o governo Evo de perseguição política e diz ter certeza de que será preso após o fim da campanha.
RECADASTRAMENTO
Nos últimos meses, mais de 400 mil eleitores bolivianos tiveram seus títulos eleitorais suspensos. Apenas metade desse grupo conseguiu colocar seus documentos em dia, enquanto aproximadamente 200 mil pessoas permaneciam excluídas dos cadastros por irregularidades detectadas pela Justiça.
A porta-voz do Tribunal Eleitoral, Roxana Ibernegaray, disse que a demanda pelo recadastramento provocou o colapso do sistema na segunda-feira.
A eleição de domingo definirá um novo mandato presidencial, além de renovar toda a Assembleia Legislativa da Bolívia.
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20091202/not_imp475281,0.php
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
PALAVRA DE COMPANHEIRO
Filme ''é uma baita mentira''
Julia Dualibi e Ricardo Brandt
Personagem no filme Lula, o Filho do Brasil, o sindicalista aposentado Paulo Vidal criticou o longa de Fábio Barreto, ao afirmar que o retrato histórico é "mentiroso" e tenta "mitificar" o presidente Lula. Após assistir à pré-estreia sábado, em São Bernardo do Campo, Vidal, que presidiu o Sindicato dos Metalúrgicos antes de Lula, disse que o filme depõe contra a realidade. "O retrato da inserção de Lula no universo sindical é uma baita de uma mentira que não tem cabimento", afirmou.
Presidente do sindicato entre 1969 e 1975, Vidal no filme é Cláudio Feitosa, um sindicalista pelego que não representa a categoria e flerta com a ditadura. Feitosa é posto contra a parede por um Lula, ainda diretor, que exigia ser o sucessor. O ator que interpreta Lula chega a dar um soco na mesa. "Foi totalmente diferente", afirmou. "Entrar na minha sala e ditar regra? Mentira. Eu fiz o Lula presidente do sindicato. E não ele foi lá e ditou regra", completou.
Segundo Vidal, "qualquer um pode prestar a homenagem que quiser, mas na parte sindical o Lula não era aquele que foi retratado".
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20091130/not_imp474144,0.php
Julia Dualibi e Ricardo Brandt
Personagem no filme Lula, o Filho do Brasil, o sindicalista aposentado Paulo Vidal criticou o longa de Fábio Barreto, ao afirmar que o retrato histórico é "mentiroso" e tenta "mitificar" o presidente Lula. Após assistir à pré-estreia sábado, em São Bernardo do Campo, Vidal, que presidiu o Sindicato dos Metalúrgicos antes de Lula, disse que o filme depõe contra a realidade. "O retrato da inserção de Lula no universo sindical é uma baita de uma mentira que não tem cabimento", afirmou.
Presidente do sindicato entre 1969 e 1975, Vidal no filme é Cláudio Feitosa, um sindicalista pelego que não representa a categoria e flerta com a ditadura. Feitosa é posto contra a parede por um Lula, ainda diretor, que exigia ser o sucessor. O ator que interpreta Lula chega a dar um soco na mesa. "Foi totalmente diferente", afirmou. "Entrar na minha sala e ditar regra? Mentira. Eu fiz o Lula presidente do sindicato. E não ele foi lá e ditou regra", completou.
Segundo Vidal, "qualquer um pode prestar a homenagem que quiser, mas na parte sindical o Lula não era aquele que foi retratado".
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20091130/not_imp474144,0.php
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