Evo ameaça prender candidato da oposição
Às vésperas da eleição, presidente boliviano diz que conservador é corrupto
AFP, COLABOROU ADRIANA MOREIRA, DE LA PAZ
A cinco dias das eleições presidenciais bolivianas, o presidente Evo Morales, favorito à reeleição com 55% das intenções de voto, ameaçou levar à prisão seu principal concorrente, o conservador Manfred Reyes Villa, que teria, segundo pesquisas locais, 18% de apoio do eleitorado.
"Vamos mudar a Justiça e os dois vão para a cadeia", disse Evo, em referência a Reyes Villa, que é investigado por corrupção no período em que esteve à frente do Departamento (Estado) de Cochabamba, e seu vice, Leopoldo Fernández, ex-governador da Província de Pando.
Fernández já está detido há mais de um ano em La Paz, esperando por uma decisão da Justiça sobre o massacre de 11 camponeses aliados de Evo, em setembro de 2008, quando distúrbios entre partidários e adversários do governo varreram o país. "Fernández inventa sua candidatura para sair da cadeia, enquanto Reyes Villa faz o mesmo para não entrar na prisão", disse o presidente, que se refere a ambos como "delinquentes que roubam o dinheiro do povo". Uma ordem da Justiça boliviana já impede Reyes Villa de deixar o país. Ele acusa o governo Evo de perseguição política e diz ter certeza de que será preso após o fim da campanha.
RECADASTRAMENTO
Nos últimos meses, mais de 400 mil eleitores bolivianos tiveram seus títulos eleitorais suspensos. Apenas metade desse grupo conseguiu colocar seus documentos em dia, enquanto aproximadamente 200 mil pessoas permaneciam excluídas dos cadastros por irregularidades detectadas pela Justiça.
A porta-voz do Tribunal Eleitoral, Roxana Ibernegaray, disse que a demanda pelo recadastramento provocou o colapso do sistema na segunda-feira.
A eleição de domingo definirá um novo mandato presidencial, além de renovar toda a Assembleia Legislativa da Bolívia.
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20091202/not_imp475281,0.php
Às vésperas da eleição, presidente boliviano diz que conservador é corrupto
AFP, COLABOROU ADRIANA MOREIRA, DE LA PAZ
A cinco dias das eleições presidenciais bolivianas, o presidente Evo Morales, favorito à reeleição com 55% das intenções de voto, ameaçou levar à prisão seu principal concorrente, o conservador Manfred Reyes Villa, que teria, segundo pesquisas locais, 18% de apoio do eleitorado.
"Vamos mudar a Justiça e os dois vão para a cadeia", disse Evo, em referência a Reyes Villa, que é investigado por corrupção no período em que esteve à frente do Departamento (Estado) de Cochabamba, e seu vice, Leopoldo Fernández, ex-governador da Província de Pando.
Fernández já está detido há mais de um ano em La Paz, esperando por uma decisão da Justiça sobre o massacre de 11 camponeses aliados de Evo, em setembro de 2008, quando distúrbios entre partidários e adversários do governo varreram o país. "Fernández inventa sua candidatura para sair da cadeia, enquanto Reyes Villa faz o mesmo para não entrar na prisão", disse o presidente, que se refere a ambos como "delinquentes que roubam o dinheiro do povo". Uma ordem da Justiça boliviana já impede Reyes Villa de deixar o país. Ele acusa o governo Evo de perseguição política e diz ter certeza de que será preso após o fim da campanha.
RECADASTRAMENTO
Nos últimos meses, mais de 400 mil eleitores bolivianos tiveram seus títulos eleitorais suspensos. Apenas metade desse grupo conseguiu colocar seus documentos em dia, enquanto aproximadamente 200 mil pessoas permaneciam excluídas dos cadastros por irregularidades detectadas pela Justiça.
A porta-voz do Tribunal Eleitoral, Roxana Ibernegaray, disse que a demanda pelo recadastramento provocou o colapso do sistema na segunda-feira.
A eleição de domingo definirá um novo mandato presidencial, além de renovar toda a Assembleia Legislativa da Bolívia.
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