André Arruda Plácido nasceu em Pirajuí (SP) e é cidadão português. Reside em Londrina (PR) onde graduou-se em Relações Públicas e Teologia.Em Bauru (SP) concluiu o curso de Jornalismo. Fez especialização em Comunicação e Liderança em Missões Mundiais pelo Haggai Institute em Cingapura. É professor de comunicação, poeta, radialista, cronista e fotógrafo - http://fotologue.jp/andrearrudaplacido
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
LULA-LÁ & FRIENDS
Justiça afasta da Anatel indicado de Lula
Sindicalista José Zunga, amigo do presidente, é funcionário da Oi; membro da agência não pode ter vínculo com teles
Desde 2008, Zunga é "representante da sociedade civil'; ele levou filho de Lula a Portugal Telecom
ANDREZA MATAIS
JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
DE BRASÍLIA
Desde 2008, Zunga é "representante da sociedade civil'; ele levou filho de Lula a Portugal Telecom
ANDREZA MATAIS
JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
DE BRASÍLIA
A Justiça Federal determinou à Anatel o afastamento imediato do sindicalista José Zunga Alves de Lima do conselho consultivo da agência.
Zunga foi indicado ao cargo em março de 2008 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de quem é amigo pessoal, como representante da "sociedade civil" mesmo sendo funcionário da Oi.
Segundo a ação do Ministério Público Federal, houve irregularidade na nomeação de Zunga, uma vez que a agência tem como atribuição administrar conflitos de interesse entre empresas e usuários, tarefa que exige autonomia e independência em relação ao mercado.
Como houve recurso da Anatel e do sindicalista, Zunga continua no cargo até a decisão final da Justiça. Na época da nomeação, ele era assessor técnico do Projeto Educação Digital da então BrT (Brasil Telecom).
O conselho consultivo da Anatel é uma exigência da Lei Geral das Telecomunicações, de julho de 1997, e tem a atribuição de opinar, antes do encaminhamento ao Ministério das Comunicações, sobre os planos de outorgas e de metas para universalização de serviços e outras políticas do setor. Não há remuneração.
O órgão é composto por 12 integrantes, divididos entre representantes do Executivo, do Senado, da Câmara dos Deputados, da sociedade, dos usuários e das concessionárias de telefonia.
Oficialmente, o nome de Zunga foi indicado em lista tríplice encaminhada a Lula pelo Instituto Observatório Social de Telecomunicações, na cota de representantes da "sociedade civil". A ONG é presidida por ele mesmo.
O sindicalista tomou posse quando o conselho discutia mudanças no Plano Nacional de Outorgas, proposta aprovada em novembro de 2008. Foram essas mudanças que deram amparo à polêmica fusão Oi-BrT.
Amigo de Lula e personagem ativo da campanha de Dilma Rousseff, Zunga costuma atualizar o presidente sobre assuntos da Anatel.
GAMECORP
Em agosto de 2009, o sindicalista chegou a acompanhar Fábio Luis Lula da Silva, filho do presidente, e dois sócios dele à sede da Portugal Telecom. Foram conhecer possíveis novos negócios da Gamecorp, empresa de Fábio Luis, na internet.
A Anatel foi notificada da decisão judicial em 6 de outubro, três dias depois do primeiro turno da eleição.
A Folha apurou que a agência tratou o assunto como sigiloso e decidiu ingressar somente na semana passada contra a decisão para evitar mais desgastes à campanha de Dilma, que já sofria abalos naquela ocasião.
A Justiça determinou ainda que, a partir de agora, União e Anatel devem exigir de todos os candidatos ao conselho consultivo "comprovação de que não são sócios nem possuem vínculos empregatícios com empresas de telecomunicação".
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
LEGADO
Lula deixa pronto projeto que regula mídia eletrônica
Franklin Martins vai concluir proposta para substituir lei de 1962, mas próximo presidente decidirá se envia texto ao Congresso
João Domingos - O Estado de S.Paulo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu tocar adiante o polêmico projeto que cria o marco regulatório da comunicação eletrônica. Mas não o enviará ao Congresso. A ideia é entregá-lo ao próximo presidente, que toma posse no dia 1.º de janeiro. Este decidirá o que fazer.De acordo com Martins, esse marco regulatório, quando criado, "vai garantir a concorrência, a competição, a inovação tecnológica, o atendimento aos direitos da sociedade à informação". Mas há uma grande desconfiança entre os profissionais de comunicação quanto a interesses já manifestados pelo governo de criar um controle social da mídia, o que significaria a censura à livre expressão.
Para o diretor-geral da Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abert), Luiz Roberto Antonik, o marco regulatório do Brasil, que é de 1962, precisa de ajustes, em função do surgimento de novas mídias digitais. Mas é preciso ter muito cuidado.
"O que a Abert não concorda é com algumas propostas que, por qualquer razão, querem alterar ou influir no conteúdo jornalístico", disse Antonik em entrevista ao Estado. "A Abert defende com muita veemência a liberdade de expressão, mas reconhece que ajustes precisam vir."
O diretor-geral da Abert citou dois exemplos: a TV foi digitalizada recentemente e é preciso disciplinar como se fará a descida do sinal digital do satélite para as milhões de antenas parabólicas que existem Brasil afora, porque há muitos locais em que o sinal digital não chega.
Outro ponto muito importante, segundo Antonik, é disciplinar as novas mídias que estão aparecendo, como a internet. "O artigo 222 da Constituição diz que para explorar uma empresa jornalística é preciso que os brasileiros tenham pelo menos 70% do capital. E o legislador, quando estabeleceu esse porcentual, fez isso pensando nos conteúdos. E é preciso manter o conteúdo nas mãos dos brasileiros. Mas há empresas com 100% de capital estrangeiro que fazem jornalismo na internet. É preciso regular isso. Essa é uma questão crucial", afirmou ele. "Isso é uma coisa. Outra é a defesa intransigente da independência do conteúdo pelos jornalistas."
Seminário. Nos próximos dias 9 e 10 o governo pretende fazer em Brasília um seminário internacional sobre o marco regulatório da radiodifusão, comunicação social e telecomunicações. Na viagem que fez à Europa, Franklin Martins convidou representantes de agências reguladoras do setor a vir ao Brasil participar do seminário. A Unesco e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) também foram convidadas.
De acordo com assessores, o presidente Lula não quer encerrar o segundo mandato sem marcar posição numa área que tanto criticou - e pela qual foi também criticado. No auge do escândalo envolvendo a ex-ministra Erenice Guerra (Casa Civil), investigada pela Polícia Federal por tráfico de influência na pasta que dirigia, Lula chegou a dizer que a liberdade de imprensa não pode ser usada "para inventar coisas o dia inteiro".
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
GOVERNO LULA AMEAÇA E CNBB VOLTA ATRÁS DE BICO CALADO
GOVERNO BRASILEIRO AMEAÇA IGREJA CATÓLICA POR CAUSA DE OPOSIÇÃO À CANDIDATA PRESIDENCIAL PRÓ-ABORTO
Matthew Cullinan Hoffman, correspondente na América Latina
BRASIL, 8 de outubro de 2010 (Notícias Pró-Família) — O secretário pessoal do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, Gilberto Carvalho, avisou ontem a liderança da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil que se os ataques contra a candidata presidencial Dilma Rousseff do Partido dos Trabalhadores continuarem, o acordo da Igreja Católica com o governo poderá ser revisto, de acordo com uma reportagem originária do jornal Valor Econômico, e foi repetida pela agência noticiosa italiana ANSA.
O acordo, conhecido como “concordata”, é um tipo de tratado assinado pelo governo da Cidade do Vaticano e vários governos mundiais. A concordata brasileira inclui apoio do governo às escolas católicas e outros benefícios, que foram concedidos à Igreja Católica no Brasil em 2009.
A candidatura de Rousseff tem recebido oposição de muitos bispos e padres católicos por causa da clara posição dela a favor da eliminação de penalidades criminais para o aborto propositado, o qual é condenado pelo ensino católico como “crime inexprimível”.
Hoje, depois da reportagem sobre a ameaça, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou uma declaração distanciando-se de críticas a Rousseff e ao Partido dos Trabalhadores, e ao mesmo tempo continuou a exortar os eleitores a fazer suas decisões à luz dos valores da vida humana e da família.
A liderança da CNBB escreve que “lamentamos profundamente que o nome da CNBB — e da própria Igreja Católica — tenha sido usado indevidamente ao longo da campanha, sendo objeto de manipulação”.
A CNBB prossegue acrescentando que “reafirmamos… que a CNBB não indica nenhum candidato, e recordamos que a escolha é um ato livre e consciente de cada cidadão. Diante de tão grande responsabilidade, exortamos os fiéis católicos a terem presentes critérios éticos, entre os quais se incluem especialmente o respeito incondicional à vida, à família, à liberdade religiosa e à dignidade humana”.
A declaração da CNBB também afirma que “certamente, é direito — e, mesmo, dever — de cada Bispo, em sua Diocese, orientar seus próprios diocesanos, sobretudo em assuntos que dizem respeito à fé e à moral cristã”, num reconhecimento evidente de declarações feitas por proeminentes líderes católicos do Brasil, inclusive o presidente da primeira divisão sudeste da CNBB, o qual denunciou a candidatura de Rousseff em vídeos postados no YouTube no final de setembro no nome de todos os bispos membros da divisão.
Um padre católico muito conhecido que fez um programa na rede de televisão Canção Nova também deu uma recente homília em que ele denunciou o Partido dos Trabalhadores, que está no governo, como pró-aborto, pró-homossexualidade e marxista, e disse que ele jamais votaria neles ou realizaria um “casamento” homossexual. O Partido dos Trabalhadores está agora exigindo tempo igual no canal católico para a campanha de Rousseff responder às acusações feitas contra ela.
Embora Rousseff afirme ser pessoalmente “contra o aborto”, ela continua a chamá-lo de “questão de saúde pública”, e não se retratou de sua posição declarada anteriormente em favor da eliminação das penalidades criminais para o assassinato de bebês em gestação.
Brazilian president threatens to review agreements with Vatican
Dilma Rousseff
This week, the personal secretary of Brazilian President Luiz Lula da Silva told high-ranking Church officials that if presidential candidate Dilma Rousseff continues to be called out for her stance on abortion, the country's accords with the Vatican will be reviewed.
The Italian news agency ANSA reported that the president's secretary, Gilberto Carvalho, met with members of the National Bishops' Conference of Brazil and told them that the government may carry out a review of the accords that establish aid for Catholic schools and other programs.
In recent weeks, the country's bishops have been vocal, reminding Catholics that they cannot support pro-abortion politicians.
Presidential frontrunner and Workers Party candidate Dilma Rousseff supports the legalization of abortion, believing it to be a matter of “public health.”
The run-off election will take place Oct. 31.
The current accords between Brazil and the Holy See were signed by President Lula and Pope Benedict XVI in 2007 in Brazil and were revised in 2009.
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
COMUNISMO = TERROR
Liu Xiaobo, ativista pró-democracia chinês, recebe o Nobel da Paz
Ativista chinês foi escolhido por 'seu pacífico esforço pelos direitos humanos fundamentais na China'
08 de outubro de 2010 | 6h 13
estadão.com.br
Reuters
Xiaobo está preso atualmente; no fim de 2009, foi condenado a 11 anos de prisão por subversão
"Nas últimas duas décadas, Liu Xiaobo foi um grande porta-voz a favor da aplicação dos direitos humanos fundamentais na China", anunciou a organização norueguesa, recordando a participação do ativista nos protestos pró-democracia em Tiananmen (Praça da Paz Celestial), em 1989. "O Comitê sempre acreditou que existe uma estreita conexão entre os direitos humanos e a paz", assinalou o órgão.
Liu, ex-professor de literatura, passou os últimos 20 anos entrando e saindo de prisões chinesas. No final do ano passado, ele foi condenado a 11 anos de prisão por subversão por ter escrito um manifesto em 2008 pedindo liberdade de expressão e eleições multipartidárias na China.
Ele era o favorito para vencer o prêmio deste ano. O ativista receberá 10 milhões de coroas suecas (cerca de US$ 1,5 milhão) pelo prêmio.
O chefe do Comitê Nobel, Thorbjoern Jagland, disse que Liu foi um símbolo pela luta dos direitos humanos na China e disse que o país asiático, agora a segunda maior economia do mundo, deve ser exemplo. "A China se tornou uma grande potência em termos econômicos e políticos. É normal que grandes potências recebam críticas", disse. "Temos que falar o que outros não podem falar", concluiu.
Xiaobo representa toda a comunidade chinesa dissidente, que ressurgiu quando Pequim lançou reformas econômicas - não políticas - há três décadas. O prêmio para Liu, o primeiro para um chinês, pode levantar discussões entre as lideranças e a elite chinesa sobre possíveis reformas democráticas no país.
Protestos
A decisão do Instituto Nobel gerou reprovação da China. Em comunicado, o Ministério de Exteriores diz que "Liu Xiaobo é um criminoso que foi sentenciado pelos departamentos judiciais da China por violar a lei" e que a decisão do instituto "vai ao contrário dos princípios do Nobel e também constitui uma blasfêmia ao legado do prêmio".O que havia sido adiantado pelo vice-chanceler chinês, Fu Ying.
No mês passado, uma representante do Ministério de Exteriores chinês disse que as ações de Liu são "diametralmente opostas às procuradas pelo Nobel". Pequim também fez duras críticas ao Nobel quando o dalai-lama, líder espiritual tibetano exilado, recebeu o prêmio, em 1989.
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
BENEDETTO CORCE E LULA-LÁ... TUUUUUUDO A VER!
LENDO AS PALAVRAS DE LULA QUER DIZER ENTÃO QUE... VIVA O CAPITALISMO DO IMPÉRIO AMERICANO?!? MAS OS SOCIALISTAS/COMUNISTAS/"PROGRESSISTAS" NÃO NUTREM ÓDIO MORTAL PELO SISTEMA DO CAPITAL?!? ME FAZ LEMBRAR DAS PALAVRAS DE BENEDETTO CROCE (1866-1952): "O ERRO FALA COM VOZ DUPLA, UMA DAS QUAIS PROCLAMA O FALSO E A OUTRA O DESMENTE; E É UM CONTENDER DE SIM E NÃO, QUE SE CHAMA CONTRADIÇÃO. O ERRO CONDENA-SE, NÃO PELA BOCA DO JUIZ, MAS 'EX ORE SUO*'".
*Com sua própria boca, com suas próprias palavras.
Lula destaca feito histórico da capitalização da Petrobras
Da Redação, em São Paulo
Vestindo uma jaqueta da Petrobras, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou durante o evento na Bovespa nesta sexta-feira em comemoração ao processo de capitalização da empresa e ressaltou o feito histórico da operação.
“Eu deixo a Presidência como o presidente que participou de forma honrosa do momento mais auspicioso do capitalismo mundial”, disse Lula. “Nunca antes na historia da humanidade nós tivemos um processo de capitalização da envergadura que a nossa Petrobras está fazendo”, afirmou o presidente.
Ele ressaltou o desempenho do mercado acionário brasileiro durante o seu governo. Disse que, em 2003, a Bovespa movimentava cerca de R$ 200 bilhões por ano e, agora, esse valor é de R$ 3 trilhões. Em pontos, a Bolsa marcava 14 mil pontos na época, enquanto hoje opera em cerca de 70 mil pontos. "A mudança foi extraordinária", disse Lula.
Segundo Lula, o processo de capitalização "é sinal dos novos tempos que o Brasil vive". Ele agradeceu a Deus pelo sucesso da operação. "Quero agradecer a Deus por estarmos vivendo este momento ... Acho que Deus foi muito generoso com o povo brasileiro, que há muito tempo esperava a chance de ser respeitado no mundo como nós somos hoje."
Indiretamente, Lula também criticou o governo anterior por ter promovido privatizações de várias empresas. "Ao contrário do passado, não estamos aqui para alienar o Estado ou o patrimônio público", disse. "É a decisão soberana de uma sociedade de capitalizar o seu futuro", afirmou.
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
JORNALISMO COM J MAIÚSCULO
Arnaldo Jabor - O Estado de S.Paulo
Lula não é um político - é um fenômeno religioso. De fé. Como as igrejas que caem, matam os fiéis e os que sobram continuam acreditando. Com um povo de analfabetos manipuláveis, Lula está criando uma igreja para o PT dirigir, emparedando instituições democráticas e poderes moderadores.
Os fatos são desmontados, os escândalos desidratados para caber nos interesses políticos da igreja lulista e seus coroinhas. Lula nos roubou o assunto. Vejam os jornais; todos os assuntos são dele, tudo converge para a verdade oficial do poder. Lula muda os fatos em ficção. Só nos resta a humilhante esperança de que a democracia prevaleça.
Depois do derretimento do PSDB, o destino do País vai ser a maçaroca informe do PMDB agarrada aos soviéticos do PT, nossa direita contemporânea. Os comentaristas ficam desorientados diante do nada que os petistas criaram com o apoio do povo analfabeto. Os conceitos críticos, como "razão, democracia, respeito à lei, ética", ficaram ridículos, insuficientes raciocínios diante do cinismo impune.
Como analisar com a Razão essa insânia oficial? Como analisar o caso Erenice, por exemplo, com todas as provas na cara, com o Lula e seus áulicos dizendo que são mentiras inventadas pela mídia? Temos de criar novos instrumentos críticos para entender esta farsa. Novos termos. Estamos vendo o início de um "chavismo light", cordial, para que a "massa atrasada" seja comandada pela "massa adiantada" (Dilma et PT). Os termos têm de ser mudados. Não há mais "propina"; agora o nome é "taxa de sucesso". A roubalheira se autonomeia "revolucionária" - assalto à coisa pública em nome do povo. O que se chamava "vítima" agora se chama "réu". Os escândalos agora são de governos inteiros roubando em cascata, como em Brasília, Rondônia e Amapá - são "girândolas de crimes". Os criminosos são culpados, mas sabem tramar a inocência. O "não" agora quer dizer "sim".
Antigamente, se mentia com bons álibis; hoje, as tramoias e as patranhas são deslavadas; não há mais respeito nem pela mentira. Está em andamento uma "revolução dentro da corrupção", invadindo o Estado em nossa cara, com o fito de nos acostumar ao horror. Gramsci foi transformado em chefe de quadrilha.
Nunca antes nossos vícios ficaram tão explícitos, nunca aprendemos tanto de cabeça para baixo. Já sabemos que a corrupção no País não é um "desvio" da norma, não é um pecado ou crime; é a norma mesmo, entranhada nos códigos e nas almas. Nosso único consolo: estamos aprendemos muito sobre a dura verdade nacional neste rio sem foz, onde as fezes se acumulam sem escoamento. Por exemplo: ganhamos mais cultura política com a visão da figura da Erenice, a burocrata felliniana, a "mãe coragem" com seus filhos lobistas, com o corpinho barbudo do Tuminha (lembram?), com o "make-over" da clone Dilma (que ama a ex-Erenice, seu braço direito há 15 anos), com o silêncio eufórico dos Sarneys, do Renan, do Jucá... Que delícia, que doutorado sobre nós mesmos!
Ao menos, estamos mais alertas sobre a técnica do desgoverno corrupto que faz pontes para o nada, viadutos banguelas, estradas leprosas, hospitais cancerosos, esgotos à flor da pele, tudo proclamado como plano de aceleração do crescimento popular.
Nossa crise endêmica está em cima da mesa de dissecação, aberta ao meio como uma galinha. Meu Deus, que prodigiosa fartura de novidades imundas, mas fecundas como um adubo sagrado, belas como nossas matas, cachoeiras e flores.
Os canalhas são mais didáticos que os honestos. Temos assistido a um show de verdades mentirosas no chorrilho de negaças, de cínicos sorrisos e lágrimas de crocodilo. Como é educativo vermos as falsas ostentações de pureza para encobrir a impudicícia, as mãos grandes nas cumbucas e os sombrios desejos das almas de rapina. Que emocionante este sarapatel entre o público e o privado: os súbitos aumentos de patrimônio, filhinhos ladrões, ditadura dos suplentes, cheques podres, piscinas em forma de vaginas, despachos de galinhas mortas na encruzilhada, o uísque caindo mal no Piantela, as flatulências fétidas no Senado, as negaças diante da evidência de crime, os gemidos proclamando "honradez" e "patriotismo".
Talvez esta vergonha seja boa para nos despertar da letargia de 400 anos. Através deste escracho, pode ser que entendamos a beleza do que poderíamos ser!
Já se nos entranhou na cabeça, confusamente ainda, que enquanto houver 20 mil cargos de confiança no País, haverá canalhas, enquanto houver estatais com caixa-preta, haverá canalhas, enquanto houver subsídios a fundo perdido, haverá canalhas. Com esse código penal, nunca haverá progresso.
Já sabemos que mais de R$ 5 bilhões por ano são pilhados das escolas, hospitais, estradas, sem saneamento, com o Lula brilhando na TV, xingando a mídia e com todos os mensaleiros, sanguessugas e aloprados felizes em seus empregos e dentro do ex-partido dos trabalhadores. E é espantoso que este óbvio fenômeno político, caudilhista, subperonista, patrimonialista, aí, na cara da gente, seja ignorado por quase toda a intelligentsia do País, que antes vivia escrevendo manifestos abstratos e agora se cala diante deste perigo concreto que nos ronda. No Brasil, a palavra "esquerda" ainda é o ópio dos intelectuais.
A única oposição que teremos é o da imprensa livre, que será o inimigo principal dos soviéticos ascendentes. O Brasil está evoluindo em marcha à ré! Só nos resta a praga: malditos sejais, ó mentirosos e embusteiros! Que a peste negra vos cubra de feridas, que vossas línguas mentirosas se transformem em cobras peçonhentas que se enrosquem em vossos pescoços, e vos devorem a alma.
Os soviéticos que sobem já avisaram que revistas e jornais são o inimigo deles.
Por isso, "si vis pacem, para bellum", colegas jornalistas. Se quisermos a paz, preparemo-nos para a guerra.
MAIS UMA DO CARA
DEMOROU PRA DESCOBRIREM QUEM ERA "O CARA"...
Após ataques de Lula, juristas lançam 'Manifesto em Defesa da Democracia'
Durante ato público no Largo de São Francisco, presidente é comparado ao ditador Benito Mussolini pelas suas declarações hostis à imprensa
23 de setembro de 2010
Fausto Macedo - O Estado de S.Paulo
Juristas que marcaram sua trajetória na luta pela preservação dos valores fundamentais lançaram ontem nas Arcadas do Largo de São Francisco, em São Paulo, o Manifesto em Defesa da Democracia, com críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O palco para o ato público foi o mesmo onde, há 33 anos, o jurista Goffredo da Silva Telles leu a Carta aos Brasileiros, contra a tirania dos generais.
O agravo em 43 linhas condena o presidente Lula, que, na reta final da campanha à sua sucessão, distribui hostilidades à imprensa e faz ameaças à liberdade de expressão e à oposição.
Uma parte do pensamento jurídico e acadêmico do País que endossou o protesto chamou Lula de fascista, caudilho, autoritário, opressor e violador da Constituição. O presidente foi comparado a Benito Mussolini, ditador da Itália nos anos 30. "Na certeza da impunidade (Lula), já não se preocupa mais nem mesmo em valorizar a honestidade. É constrangedor que o presidente não entenda que o seu cargo deve ser exercido em sua plenitude nas 24 horas do dia", disse Hélio Bicudo, fundador do PT, do alto do púlpito da praça, ornada com duas bandeiras do Brasil.
Sob o sol forte do meio-dia, professores, sociólogos, economistas, intelectuais, escritores, poetas, artistas, advogados e também políticos tucanos cantaram o Hino Nacional. Muitos dos presentes ao ato público de ontem estavam no mesmo local em agosto de 1977 para subscrever a Carta aos Brasileiros.
INTERESSES "PROGRESSISTAS"
Blogueiro que critica a mídia é contratado da EBC
Luiz Nassif, que desde terça-feira vem apoiando protesto contra imprensa, vai ganhar R$ 180 mil para atuar como entrevistador
Leandro Colon / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo
A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) contratou há uma semana, sem licitação, os serviços do jornalista Luis Nassif por R$ 180 mil. O contrato terá vigência de seis meses. Foi assinado pela presidente da estatal, Tereza Cruvinel, no dia 16 e publicado na segunda-feira no Diário Oficial da União.
Nassif foi contratado, segundo a EBC, para prestar serviços de "entrevistador e comentarista" para o telejornal Repórter Brasil e o Programa 3 a 1.
Desde terça-feira, o jornalista tem destacado em seu blog informações em defesa do protesto contra a imprensa marcado para hoje a partir das 19 horas no Sindicato dos Jornalistas de São Paulo. Nassif é do conselho consultivo do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, que integra a organização do protesto, intitulado "Contra o Golpismo Midiático e em Defesa da Democracia". Movimentos sociais de apoio ao governo, como centrais sindicais e a UNE, já manifestaram adesão ao movimento.
A EBC informou que o jornalista foi contratado porque a legislação "prevê a dispensa de licitação para pessoas ou empresas de notória especialização".
Nassif fechou um novo acordo depois de ter expirado, em julho, o contrato de R$ 1,2 milhão que tinha para fazer o programa Brasilianas.
Nassif disse que sua contratação sem licitação se deve ao fato de o contrato ter como objetivo um "trabalho intelectual", com "pessoas com reputação em sua área e reconhecimento público, que ajudam a reforçar a cara da emissora". "Em relação à minha área - comentários econômicos -, há muitos e muitos anos fico entre os três jornalistas mais votados (no prêmio Comunique-se) na categoria jornalismo de economia, mídia eletrônica, além dos prêmios que recebi como jornalista de economia da mídia impressa", afirmou.
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
LULA-LÁ, O "POVO, OS "OPERÁRIOS" NO PODER...
TV de Lula contrata por R$ 6 milhões empresa onde atua filho de Franklin
Tecnet, que tem Cláudio Martins como funcionário, venceu licitação decidida às pressas, no final do ano, para a qual não havia recursos
22 de setembro de 2010
0h 00
Leia a notícia
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A Empresa Brasil de Comunicação (EBC), do governo federal, contratou por R$ 6,2 milhões uma empresa que emprega o filho do ministro da Comunicação Social, Franklin Martins, presidente do Conselho de Administração da estatal, conhecida como "TV Lula".
A Tecnet Comércio e Serviços Ltda. venceu, no penúltimo dia de 2009, a concorrência para cuidar do sistema de arquivos digitais da EBC, um dos grandes projetos do governo.
E-mails da própria EBC obtidos pelo Estado mostram que o ministro Franklin Martins pediu "prioridade zero" para o assunto, embora pareceres feitos em dezembro alertassem quanto à falta de recursos orçamentários para o projeto. A EBC é a única emissora de televisão brasileira cliente da Tecnet na área digital. A empresa é o braço operacional do grupo que dirige a RedeTV!
O jornalista Cláudio Martins, filho do ministro Franklin, trabalha na Tecnet há pelo menos dois anos como representante comercial, segundo a própria direção da empresa. De acordo com o comando da Tecnet, ele é o responsável pelos negócios de software e tecnologia da empresa no exterior e com as afiliadas do grupo. Cláudio acaba de chegar do Chile e da Argentina, onde foi apresentar serviços da Tecnet.
A licitação vencida na EBC foi realizada às pressas em 30 de dezembro passado. No dia seguinte, o governo emitiu a nota de empenho (compromisso de pagamento) para a empresa. Segundo a direção da EBC, o trabalho da Tecnet está em fase de execução em São Paulo e, em breve, deve atingir Rio de Janeiro e Brasília. O sistema da Tecnet cuidará da gestão dos arquivos digitais novos e futuros da empresa do governo. Além desse contrato, a Tecnet tem outros dois com a Caixa Econômica Federal, no valor de R$ 5,4 milhões, para prestar serviços de telemarketing.
A EBC foi criada em outubro de 2007 como um grande projeto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para criar uma TV Pública. O ministro Franklin Martins é quem comanda o setor. A relação entre EBC e a Tecnet desperta a atenção não só pelo fato de o filho do ministro trabalhar na empresa contratada pela pasta comandada pelo pai. O processo de concorrência é nebuloso.
Sem recursos. Um empresário do mercado admitiu anteontem, em conversa gravada com o Estado, que deu orientação à comissão de licitação sobre como elaborar o edital de contratação. E, apesar disso, sua empresa participou da concorrência, tendo sido a única adversária da Tecnet na disputa. Os papéis mostram, ainda, que não havia recursos disponíveis. "Não há disponibilidade orçamentária para atender à despesa em questão", diz relatório, de 11 de dezembro, da coordenadora de licitações Maria Cristina Brandão Santos. Ainda assim, a EBC fez um pregão presencial às pressas, 19 dias depois.
Essa correria talvez se explique pela decisão de Franklin de dar "prioridade zero" a esse contrato e a um outro da área, segundo e-mails trocados entre funcionários da licitação da EBC. Num e-mail enviado a cinco funcionários em novembro, o gerente da comissão de licitação, Francisco Lima Filho, pede agilidade no caso. "Tendo em vista o compromisso firmado entre Collar e o ministro Franklin Martins sobre o assunto, Wellington conduz as pesquisas e Cristina toca os editais", disse. Collar é Ricardo Almeida Collar, ordenador de despesas da EBC. Foi ele quem assinou, a 11 de dezembro, a autorização para o pregão presencial. Assim, as concorrências foram feitas no apagar das luzes de 2009, a tempo de garantir a liberação dos recursos em 2010.
O empresário Fábio Tsuzuki, que dirige a Media Portal, contou ao Estado que contribuiu para a elaboração do edital, o que quebra o caráter de impessoalidade da licitação. Ele menciona, como interlocutor, o gerente-executivo de Tecnologia da estatal, Gerson Barrey. A EBC pôs no papel uma estimativa de R$ 16 milhões num processo que contou com a participação de duas empresas. A Tecnet jogou os preços para baixo e fechou um contrato de R$ 6,2 milhões.
EBC nega. Em nota, a EBC negou irregularidades e disse que "adaptou" o projeto entregue pela empresa onde trabalha o filho de Franklin. "O sistema MAM-TECNET foi adaptado às necessidades da EBC, já foi apresentado aos responsáveis técnicos e já foi por eles aprovado", disse a direção da estatal.
O empresário da Media Portal disse que orientou servidores da EBC a buscarem no site da empresa requisitos técnicos da disputa. Alertou que não fossem citados nomes específicos de "produtos", mas apenas de funções, da concorrência pública. "Se você coloca nome de produto, fica muito direcionado", disse. "De certa forma a gente ajudou validando a descrição das funções (do sistema). A gente disse que eles poderiam usar nossa descrição. Se você olhar, vai ver que é igual ao edital", disse. "A gente foi prejudicado porque achou que iria ganhar e não ganhou. De certa forma poderia dizer que estava direcionado (para a Media Portal), mas não fomos beneficiados." Tsuzuki disse não ter condições de afirmar que a Tecnet foi favorecida pelo governo.
COLABOROU FAUSTO MACEDO
terça-feira, 21 de setembro de 2010
PRINCÍPIO DAS DORES...
PT mobiliza o aparato sindical e faz ato anti-imprensa
Josias de Souza
Iniciada por José ‘Abuso do Direito de Informar’ Dirceu e ecoada por Lula ‘Mídia Partidária’ da Silva, a rusga do PT com a imprensa ganhou ares de guerra.
O partido de Dilma Rousseff levou à sua página na web a convocação de um ato de protesto contra o que chamou de “golpismo midiático”.
Será nesta quinta (23), às 19 horas, num palco inusitado: o auditório do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, filiado à CUT.
A convocatória informa que a pajelança foi organizada “em defesa da democracia” e contra “a baixaria nas eleições”. Anuncia-se a presença de:
1. Dirigentes de quatro centrais sindicais: além da CUT, Força Sindical, CTB e CGTB.
2. Representantes da União Nacional dos Estudantes.
3. Lideranças de quatro partidos políticos: PT, PCdoB, PSB e PDT.
4. Blogueiros progressistas.
O evento é apresentado como reação à “ofensiva dos setores da direita e da mídia conservadora”, marcada por "uma onda de baixarias, de denúncias sem provas [...].”
O texto não menciona as logomarcas “golpistas” nem esmiúça as notícias infundadas. Não há de ser o “Erenicegate”.
Qualificado de “factóide” no nascedouro, o caso já levou ao olho da rua quatro autoridades, incluindo a chefe da Casa Civil, ex-braço direito de Dilma Rousseff.
Diz o documento que a “velha mídia” tornou-se “autêntico partido político conservador” e desenvolve uma “ofensiva antidemocrática”.
Acrescenta: “A onda de baixarias, que visa forçar a ida de José Serra ao segundo turno, tende a crescer nos últimos dias da campanha”.
Como assim? “Os boatos que circulam nas redações e nos bastidores das campanhas são preocupantes. E indicam que o jogo sujo vai ganhar ainda mais peso”.
Daí o “ato em defesa da democracia”. Beleza. Decerto os organizadores do movimento farão discursos veementes em fovor do democrático direito à liberdade de imprensa.
Dilma haverá de brandir da tribuna provas irrefutáveis contra as aleivosias inventadas pela “velha mídia” pró-Serra. Restará provado que a Casa Civil foi varrida por um tsunami de probidade.
A coisa promete!
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
A RAZÃO DA ESQUERDA AMAR AS ESTATAIS
Planalto manda TV estatal filmar comícios de Dilma
DE SÃO PAULO
A Presidência da República usa funcionários e equipamentos da NBR, TV oficial do governo, para filmar comícios da candidata Dilma Rousseff (PT) dos quais o presidente Lula participa, informa reportagem de Simone Iglesias, publicada nesta segunda-feira pela Folha (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL).
A ação caracteriza uso de recursos da União para gravar eventos de campanha que o Planalto define como "compromissos privados" de Lula. A lei veta uso eleitoral da máquina pública.
A direção da estatal orienta os servidores a omitir os sinais de identificação da emissora antes de iniciar a filmagem de comícios. A ordem constava de cartazes na sede da NBR em Brasília, mas os documentos foram retirados na última quinta, após a Folha fotografá-los.
Profissionais que não cumpriram a determinação foram retaliados pela cúpula da TV -- um deles recebeu advertência por escrito.
A direção da NBR nega uso eleitoral e diz que as imagens são feitas para "registro histórico" da Presidência e que também podem ser "requisitadas por partidos ou candidatos".
A Presidência confirma a motivação das gravações, mas diz que são de uso exclusivo, não podem ser cedidas a terceiros.
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
AINDA VAMOS LAMENTAR PROFUNDAMENTE...
Dirceu vê mídia com 'excesso de liberdade'
Em palestra para sindicalistas, ex-ministro ataca a imprensa e o direito de expressão
Tiago Décimo / SALVADOR - O Estado de S.Paulo
Em palestra para sindicalistas do setor petroleiro da Bahia, na noite de anteontem, em Salvador, o ex-ministro da Casa Civil e ex-deputado pelo PT José Dirceu criticou o que chamou de "excesso de liberdade" da imprensa. "O problema do Brasil é o monopólio das grandes mídias, o excesso de liberdade e do direito de expressão e da imprensa."
Para o ex-ministro, que perdeu o cargo na Casa Civil e o mandato parlamentar em 2005 por conta do escândalo do mensalão, a eleição da candidata de seu partido à Presidência, Dilma Rousseff, "está carimbada" - apesar das recentes denúncias de irregularidades envolvendo o atual governo.
Com essa convicção, Dirceu afirmou aos cerca de 100 líderes sindicais que acompanharam sua apresentação que o primeiro ano de governo de Dilma "será certamente marcado pela política", por causa da imprensa.
Sarney e Renan. Dirceu avaliou que a possível eleição de Dilma é fruto, entre outros fatores, da atração do PMDB para a chapa presidencial, mas criticou duramente dois líderes do partido, o presidente do Senado, José Sarney (AP) e o senador Renan Calheiros (AL). "Vocês não vão acreditar que eles são éticos, né?", ironizou.
O ex-ministro afirmou ainda que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é "duas vezes maior" que o PT.
terça-feira, 14 de setembro de 2010
FOTOGRAFIA
Até o dia 30 de setembro estará aberta a exposição "Fotografando Londrina" no Museu de Arte da cidade. São 22 fotos e 10 poesias deste que vos escreve. Todos estão convidados!
Para ler sobre a exposição na Folha de Londrina clique aqui:
Para ver no site da prefeitura de Londrina aqui:
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
THE END
E HÁ QUEM AINDA DEFENDA A DITADURA ASSASSINA CUBANA...
Fidel Castro admite em entrevista que modelo cubano não funciona mais
Miriam Leitão acha que declaração é boa para desistimular os que ainda acham que o modelo econômico cubano deve ser copiado.
O líder cubano Fidel Castro admitiu ontem que o modelo cubano não funciona mais. Finalmente ele reconhece isso. Porque a economia de Cuba vive de mesada. Primeiro da União Soviética, que dava dinheiro para o país para sustentar o regime. Agora a Venezuela.
Eles não conseguiram fazer uma coisa que deveriam ter feito há muito tempo, que é abrir o país para o turismo e explorar este potencial.
Isso é interessante Fidel dizer isso. Tomara que ouçam. Tem muito país que ainda acha que é possível imitar o modelo cubano.
Fidel Castro admite em entrevista que modelo cubano não funciona mais
Miriam Leitão acha que declaração é boa para desistimular os que ainda acham que o modelo econômico cubano deve ser copiado.
O líder cubano Fidel Castro admitiu ontem que o modelo cubano não funciona mais. Finalmente ele reconhece isso. Porque a economia de Cuba vive de mesada. Primeiro da União Soviética, que dava dinheiro para o país para sustentar o regime. Agora a Venezuela.
Eles não conseguiram fazer uma coisa que deveriam ter feito há muito tempo, que é abrir o país para o turismo e explorar este potencial.
Isso é interessante Fidel dizer isso. Tomara que ouçam. Tem muito país que ainda acha que é possível imitar o modelo cubano.
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
COMUNISMO CASTRISTA
Pena que o ditador militar golpista comunista Fidel Castro não dê aulas de democracia, respeito aos direitos humanos, liberdade de expressão etc., simplesmente porque sua ideologia das cavernas não permite que alguém que não concorde com ele e suas ideias de jerico viva sob o mesmo céu em liberdade. E há quem defenda essa gente...
Fidel dará aula a universitários para advertir sobre ameaças de uma guerra nuclear
Renata Giraldi
Da Agência Brasil
Em Brasília
O ex-presidente de Cuba Fidel Castro vai dar amanhã (3) uma aula para os estudantes universitário do país, na Universidade de Havana – a mais tradicional do país. Na aula, ele fará um alerta sobre o risco de uma guerra nuclear. Segundo Fidel, o objetivo é que os universitários tenham consciência das ameaças e consequências causadas por um eventual conflito nuclear mundial.
O ex-presidente de Cuba Fidel Castro vai dar amanhã (3) uma aula para os estudantes universitário do país, na Universidade de Havana – a mais tradicional do país. Na aula, ele fará um alerta sobre o risco de uma guerra nuclear. Segundo Fidel, o objetivo é que os universitários tenham consciência das ameaças e consequências causadas por um eventual conflito nuclear mundial.
As informações são do jornal oficial cubano, o Granma. A aula de Fidel será transmitida pelas redes estatais de televisão Cubavisión e Cubavisión Internacional, além das emissoras oficiais Rádio Havana Cuba e Rádio Rebelde.
No último dia 7, Fidel discursou na Assembleia Nacional de Cuba. Em um discurso de menos de meia hora, o cubano afirmou que o único capaz de evitar esse risco é o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Segundo ele, um conflito dessa ordem levará à morte “instantânea” de milhares de pessoas, inclusive de norte-americanos.
“Um homem terá de tomar uma decisão solitária. É o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama”, afirmou Fidel, na presença dos parlamentares.
Nos últimos meses, Fidel intensificou as críticas às sanções impostas ao Irã por parte da comunidade internacional. Desde junho, o Irã sofre restrições de parte da comunidade internacional, liderada pelos Estados Unidos, por suspeitas de que o seu programa nuclear esconda a produção de armas atômicas. O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, nega as acusações.
Fidel elogiou os esforços do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em negociar um acordo de paz e a suspensão das medidas restritivas ao país.
O ex-presidente cubano está afastado do governo desde 2006, quando foi substituído no cargo pelo irmão Raúl Castro. Fidel renunciou para cuidar da saúde. O ex-presidente cubano ocupa a função de segundo-secretário do Partido Comunista de Cuba. Nos últimos meses, ele voltou a aparecer em público e tem participado de eventos sociais.
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
COMUNISMO: HÁ QUEM DEFENDA!
Fifa vai investigar supostas punições a jogadores da Coreia do Norte após Copa do Mundo
Jogadores teriam sido obrigados a ficar perfilados durante seis horas ouvindo críticas de 400 integrantes do governo. Também teriam sido obrigados a culpar o técnico Kim Jong Hun como o responsável pelo mau desempenho.
A Fifa anunciou hoje que vai investigar denúncias de que os jogadores da seleção norte-coreana sofreram punições.
Segundo dissidentes norte-coreanos e serviços de espionagem da Coreia do Sul, os jogadores foram obrigados a ficar perfilados durante seis horas ouvindo críticas de 400 integrantes do governo. Também teriam sido obrigados a culpar o técnico Kim Jong Hun como o responsável pelo mau desempenho.
O técnico teria tido a punição mais severa. Teria sido demitido e obrigado a trabalhar como operário da construção civil. Ainda segundo os sul-coreanos, a punição saiu barata para os padrões norte-coreanos. Antigamente, atletas e o treinador teriam sido mandados para campos de trabalho forçado.
Além do mau desempenho, a seleção foi envolvida em um dos maiores fracassos de relações-públicas do regime de King Jong Il. Animado com a derrota magra contra o Brasil - só 2 a 0 - o ditador permitiu que os norte-coreanos assistissem ao vivo o jogo contra Portugal. Foi a primeira transmissão desse tipo na história do país, logo o jogo em que a Coreia do Norte levou de 7 a 0. Depois ainda veio a derrota contra a Costa do Marfim.
Por enquanto, a Fifa vai enviar uma carta querendo saber detalhes sobre essas acusações e sobre a inesperada eleição de um novo presidente da federação norte-coreana de futebol. Essa informação foi dada pelo presidente da Fifa, Joseph Blatter, que está em Cingapura para a abertura dos Jogos Olímpicos da Juventude.
Ele também confirmou que na próxima reunião, em outubro, a Fifa vai analisar o uso de equipamentos eletrônicos para evitar a anulação de gols legítimos como ocorreu na última Copa do Mundo.
http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2010/08/fifa-vai-supostas-punicoes-jogadores-da-coreia-do-norte-apos-copa-do-mundo.html
MAIS UMA DO "CARA"
Lula sanciona lei que limita ação do TCU
11 de agosto de 2010 | 0h 00
Edna Simão / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo
Lula vetou mais de 20 pontos da LDO mas garantiu a flexibilidade na contratação de obras e serviços por empresas públicas e para realização da Copa do Mundo de 2014. Isso será possível porque na LDO de 2011, aprovada às pressas pelo plenário do Congresso Nacional no mês passado, existe um artifício que possibilita que Petrobrás e Eletrobrás fiquem fora da aplicação de tabelas oficiais de preços, que são utilizadas pelo TCU para investigar irregularidades. Além disso, em vez de ser utilizado o preço de cada item, as obras poderão ser fiscalizadas pelo valor global do empreendimento.
Manobra. A derrota do TCU começou com uma manobra comandada ainda no Congresso pela base aliada do Planalto. Na ocasião da votação da LDO, o TCU defendeu alteração de um artigo que estabelecia que somente obras e serviços contratados com base nas regras da Lei de Licitações fossem sujeitos ao cumprimento de tabelas oficiais - Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi) e Sistema de Custos de Obras Rodoviárias (Sicro).
O TCU era contra o artigo porque excluía a Petrobrás e a Eletrobrás do regime de licitação e seria regulado apenas pelo decreto 2.745/98, ou seja, limitaria a fiscalização das contratações feitas pelas estatais. As estatais passariam a estar sujeitas a tabela específica, o que dificultaria a constatação de supervalorização de preços.
Mas o vice-líder do governo no Congresso Nacional, deputado Gilmar Machado (PT-MG), reverteu a situação. Em um acordo em cima da hora, ele inseriu artigo estabelecendo que não teriam de cumprir as tabelas oficiais itens de montagem industrial ou que não sejam considerados de construção civil. Com isso, a Petrobrás poderá construir plataformas e refinarias sem cumprir os preços da Sicro e Sinapi. Já a Eletrobras poderá o mesmo na construção de usinas.
"Petrobrás e o sistema elétrico vão ficar de fora", disse, na ocasião, o deputado. Dessa forma, as estatais acabaram saindo vitoriosas diante de uma briga antiga com o TCU. As empresas públicos, normalmente, se recusam a repassar informações sobre contratos ao tribunal por considerem que não devem obedecer a Lei de Licitações.
No que diz respeito às obras da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos, em muitos casos, não será necessário cumprir as regras da Lei de Licitações. Para agilizar as obras, a ideia do governo é utilizar o regime de empreitada, o que foi garantido com a sanção da LDO.
No mês passado, Machado explicou que esse tipo de contratação não está sujeita a Lei de Licitações. Além disso, para esses empreendimentos, haverá ainda flexibilização de regras jurídicas e ambientais.
A LDO manteve nas mãos dos parlamentares a tarefa de decidir sobre a interrupção ou não de obras públicas apontadas com indícios de irregularidades em relatórios apresentados pelo TCU. Mas o governo, assim como a empresa pública, também poderá apresentar relatório respondendo as pendências apontadas pelo tribunal e os custos de interrupção da obra.
terça-feira, 10 de agosto de 2010
O PT DE SEMPRE...
No "JN", Dilma defende apoios de Sarney e Collor
Candidata abre ciclo de entrevistas e diz que governo exige "aliança ampla"
Petista cita Lula 7 vezes, se compara a "mãe" ao negar fama de ríspida e tropeça ao localizar Baixada Santista no Rio
Dilma infla dado em entrevista ao "Jornal Nacional"
DE SÃO PAULO A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, abriu ontem o ciclo de entrevistas ao vivo no "Jornal Nacional", da Rede Globo, defendendo o arco de alianças que a apoia. Ela disse que governar o país pressupõe a necessidade de se fazer uma "aliança ampla".
William Bonner listou aliados que, no passado, eram criticados pelo PT: Renan Calheiros (PMDB-AL), Jader Barbalho (PMDB-PA), José Sarney (PMDB-AP) e Fernando Collor (PTB-AL). "Quando foi que o PT errou? Antes ou agora?", questionou.
Dilma não respondeu diretamente, mas disse que o PT não tinha "tanta experiência" de governo. "O PT acertou quando percebeu a sua capacidade de construir uma aliança ampla", afirmou.
No bloco em que foi ao ar a entrevista, a audiência estava em 33 pontos na Grande São Paulo, o que equivale a 5,9 milhões de expectadores na Grande São Paulo, em números preliminares.
Dilma também foi questionada sobre a fama de ter "temperamento difícil" ou da suposta falta de "jogo de cintura" para negociar.
Bonner citou que, em solenidade oficial, Lula disse que recebera de ministros queixas de que foram maltratados por Dilma. "Ele não disse maltrados", respondeu Dilma. "O vídeo está disponível", retrucou o âncora.
Ela usou a metáfora de "mãe" para justificar eventuais embates no governo. "Sabe dona de casa? No papel de cuidar do governo, é meio como se a gente fosse mãe. Há a hora de cobrar e o momento de incentivar."
Dilma citou Lula sete vezes durante a entrevista, numa mudança de estratégia em relação ao debate da Bandeirantes, quando evitou mencioná-lo a toda hora.
Ela se apresentou como "o braço direito e o esquerdo" do presidente no governo e disse duas vezes que ocupava o "segundo cargo mais importante" do governo, ao se referir à Casa Civil.
As perguntas foram longas: Bonner e a Fátima Bernardes falaram por 3min50s dos 12mi35s da conversa.
Levemente nervosa, Dilma se confundiu ao dizer "Baixada Santista do Rio", em vez de Baixada Fluminense.
O "Jornal Nacional" entrevista hoje Marina Silva (PV) e amanhã, José Serra (PSDB).
No "Jornal da Dez", da Globonews, Dilma disse que não há problema em indicações políticas, mas em falta de transparência. "Não é necessário que o cargo não seja indicado por um partido que compõe a minha aliança", disse, ao ser questionada sobre a frase de seu vice, Michel Temer (PMDB), sobre partilhar o governo.
http://www1.folha.uol.com.br/ fsp/poder/po1008201002.htm
Candidata abre ciclo de entrevistas e diz que governo exige "aliança ampla"
Petista cita Lula 7 vezes, se compara a "mãe" ao negar fama de ríspida e tropeça ao localizar Baixada Santista no Rio
Reprodução/TV Globo |
DE SÃO PAULO A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, abriu ontem o ciclo de entrevistas ao vivo no "Jornal Nacional", da Rede Globo, defendendo o arco de alianças que a apoia. Ela disse que governar o país pressupõe a necessidade de se fazer uma "aliança ampla".
William Bonner listou aliados que, no passado, eram criticados pelo PT: Renan Calheiros (PMDB-AL), Jader Barbalho (PMDB-PA), José Sarney (PMDB-AP) e Fernando Collor (PTB-AL). "Quando foi que o PT errou? Antes ou agora?", questionou.
Dilma não respondeu diretamente, mas disse que o PT não tinha "tanta experiência" de governo. "O PT acertou quando percebeu a sua capacidade de construir uma aliança ampla", afirmou.
No bloco em que foi ao ar a entrevista, a audiência estava em 33 pontos na Grande São Paulo, o que equivale a 5,9 milhões de expectadores na Grande São Paulo, em números preliminares.
Dilma também foi questionada sobre a fama de ter "temperamento difícil" ou da suposta falta de "jogo de cintura" para negociar.
Bonner citou que, em solenidade oficial, Lula disse que recebera de ministros queixas de que foram maltratados por Dilma. "Ele não disse maltrados", respondeu Dilma. "O vídeo está disponível", retrucou o âncora.
Ela usou a metáfora de "mãe" para justificar eventuais embates no governo. "Sabe dona de casa? No papel de cuidar do governo, é meio como se a gente fosse mãe. Há a hora de cobrar e o momento de incentivar."
Dilma citou Lula sete vezes durante a entrevista, numa mudança de estratégia em relação ao debate da Bandeirantes, quando evitou mencioná-lo a toda hora.
Ela se apresentou como "o braço direito e o esquerdo" do presidente no governo e disse duas vezes que ocupava o "segundo cargo mais importante" do governo, ao se referir à Casa Civil.
As perguntas foram longas: Bonner e a Fátima Bernardes falaram por 3min50s dos 12mi35s da conversa.
Levemente nervosa, Dilma se confundiu ao dizer "Baixada Santista do Rio", em vez de Baixada Fluminense.
O "Jornal Nacional" entrevista hoje Marina Silva (PV) e amanhã, José Serra (PSDB).
No "Jornal da Dez", da Globonews, Dilma disse que não há problema em indicações políticas, mas em falta de transparência. "Não é necessário que o cargo não seja indicado por um partido que compõe a minha aliança", disse, ao ser questionada sobre a frase de seu vice, Michel Temer (PMDB), sobre partilhar o governo.
http://www1.folha.uol.com.br/
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
FALSEANDO A HISTÓRIA
Instituto iraniano lança site de cartuns que questionam Holocausto
Publicidade
DE SÃO PAULO
A fundação cultural não governamental Khakriz lançou um site de cartuns que ironizam o assassinato em massa de judeus no Holocausto e questionam "a grande mentira" histórica. O site, que abre com a música tema da Pantera Cor-de-Rosa, traz os desenhos de Maziar Bijani, publicados originalmente em 2008, com textos de Borzo Bitaraf "dedicados a todos aqueles mortos sob o pretexto do Holocausto".
Reprodução | ||
Site holocartoons traz desenhos que ironizam o que chama de mentira do Holocausto |
Desde a Revolução Islâmica de 1979, Irã não reconhece Israel como um Estado soberano e se refere ao país como regime sionista.
O massacre de judeus na Segunda Guerra (1939-1945) é frequentemente questionado pelo presidente iraniano, Mamhoud Ahmadinejad, que já chamou o Holocausto de "conto de fadas", e criticado pelos iranianos linha-dura como uma desculpa para Israel ocupar terras palestinas.
Ahmadinejad chegou a sediar uma conferência em dezembro de 2006 para questionar o Holocausto.
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
COMUNISMO...
Chineses resistem aos confiscos de propriedade pelo Estado
Wieland Wagne
Segundo a constituição chinesa, as autoridades só podem confiscar propriedades para que estas sejam utilizadas em nome do interesse público
Segundo a constituição chinesa, as autoridades só podem confiscar propriedades para que estas sejam utilizadas em nome do interesse público
Autoridades municipais na China estão usando meios brutais para expropriar cidadãos comuns em uma tentativa de lucrarem com o boom do setor de construção no país. Alguns cidadãos desesperados se suicidaram, enquanto outros juraram defender as suas propriedades com a própria vida.
O empresário Gu Kui, 55, olha pelo espelho retrovisor do seu veículo utilitário esportivo. Ele está tentando desesperadamente despistar o carro azul que o está seguindo. Gu está tão nervoso que quase bate na traseira do automóvel à sua frente. Ele pisa forte no pedal de freio e gira abruptamente o volante. Derrapando, o seu veículo faz uma volta de 180 graus e para na direção oposta da rodovia.
O quase acidente sofrido por Gu na cidade de Chengdu, no oeste da China, termina sem ferimentos ou danos ao veículo. Com a sua manobra perigosa, Gu conseguiu se livrar das pessoas que o vinham seguindo – pelo menos por hoje. O motorista do carro que o seguia, acompanhado de cinco passageiros corpulentos, não tem escolha a não ser acompanhar o fluxo do tráfego e passar por Gu, no sentido oposto.
Gu acostumou-se a tais perseguições e encontros de arrebentar os nervos desde que desentendeu-se com as autoridades municipais de Chengdu, a capital da província de Sichuan. Ex-proprietário de um mercado de peças de automóveis, Gu faz parte de um grupo crescente de cidadãos chineses insatisfeitos. Eles estão se tornando cada vez mais ousados na sua oposição às práticas dos planejadores urbanos comunistas, que procuram confiscar propriedades e revendê-las para os tubarões do mercado imobiliário, em uma tentativa de lucrarem com o superaquecido boom do setor de construção na China.
“Eu tive que ficar olhando enquanto tratores demoliam a minha propriedade”
A ex-propriedade de Gu fica convenientemente localizada perto de uma estrada de acesso à rodovia principal. No terreno de aproximadamente cinco hectares, onde antigamente ele vendia carros e peças usadas, gruas e funcionários de construção agora trabalham arduamente para construir novos prédios de apartamentos. Faixas vermelhas fazem propaganda dos futuros apartamentos para potenciais compradores.
O governo municipal alugou a propriedade a ele por 30 anos. Na República Popular da China, todo terreno pertence ao Estado, que concede direitos de uso por períodos fixos: até 70 anos para as propriedades residenciais e 50 anos em se tratando de operações industriais. Mas outras regras se aplicam às áreas rurais, e este é o caso de Gu. De qualquer forma, as autoridades locais decidiram que poderiam ganhar mais dinheiro expulsando Gu do terreno e oferecendo-o a construtoras de prédios.
Gu se recorda do dia em que eles destruíram o seu meio de vida. Ele conta que centenas de policiais fortemente armados e capangas à paisana apareceram no local, trazendo três ambulâncias como medida de precaução. “Eu tive que ficar olhando enquanto os tratores demoliam a minha propriedade”, lembra-se Gu.
À medida que o ritmo da modernização da economia chinesa se acelera, as pessoas estão agarrando-se cada vez mais às suas propriedades e resistindo às prática arbitrárias do governo. Na cidade de Zhengzhou, no leste da China, uma mulher de 45 anos de idade foi morta em maio quando uma escavadeira a arrastou para fora do andar superior do seu restaurante, onde ela havia se entrincheirado para proteger a sua propriedade.
Agora Gu está processando o governo municipal de Chengdu. O processo – que, de forma bizarra, está sendo custeado por funcionários públicos locais, aparentemente em uma tentativa de livrarem-se dele – chegou a chamar atenção na distante Pequim.
Interesse público
O motivo pelo qual o processo de Gu está atraindo tanta atenção é o fato de ele não estar processando o governo apenas por danos. Em uma petição ao governo central e ao parlamento chinês, o Congresso Popular Nacional, o seu advogado, Zhang Xinkui, está também contestando fundamentalmente a suposta autoridade dos governos municipais para aquecerem o mercado imobiliário por meio do confisco e da venda arbitrários de propriedades.
O processo questiona toda a prática de capitalismo estatal chinês. Para os governos locais e seus funcionários frequentemente corruptos, comprar e vender terrenos transformou-se em uma fonte lucrativa de dinheiro para aumentar as verbas exíguas. Muitos deles, afirma Liu Jiayi, o auditor geral do país, enfrentam “fortes pressões de dívidas”.
Mas, segundo Zhang, os municípios da China estão violando a constituição nacional com os seus negócios no setor imobiliário. Segundo a constituição, as autoridades só podem confiscar propriedades para que estas sejam utilizadas em nome do interesse público. Embora “interesse público” seja um termo elástico no comunismo chinês, Zhang argumenta que o governo, com o seu papel duplo de fiscalizador e agente do mercado, está fomentando desnecessariamente a especulação e exacerbando as injustiças sociais.
Em 2007, o Congresso Popular Nacional da China baixou uma lei de proteção à propriedade privada – com a exceção de terrenos. Mas no decorrer da rápida urbanização, os planejadores, com o objetivo de promoverem crescimento econômico, muitas vezes dão pouca atenção aos direitos estabelecidos de moradores e donos de negócios. E, contrariando as diretrizes de Pequim, muitas autoridades locais tendem a promover, mais do que tudo, a construção de condomínios de luxo.
Suicídios e tortura
Yang Youde, por exemplo, traz no seu passado três gerações de fazendeiros. Até recentemente, ele plantava melões e algodão, e criava peixes, nos arredores de Wuhan, uma cidade de nove milhões de habitantes. Atualmente o mato toma conta dos seus campos de cultivo, e quase todos os peixes do seu grande lago morreram de fome. Este homem de 56 anos de idade passa a maior parte do tempo defendendo a sua propriedade do confisco por parte de autoridades municipais e especuladores.
As fachadas dos novos prédios de apartamentos de luxo estão se aproximando da propriedade de Yang, e a maioria dos seus vizinhos já capitulou. Yang conta que um homem desesperado e a sua mulher atearam fogo a si próprios, e outros se lançaram nos seus lagos e morreram afogados.
A propriedade de Yang, que consiste de casinhas de tijolos, parece uma fortaleza. Ele construiu uma plataforma sobre um depósito e está sempre de guarda. Yang conta que em agosto de 2009, após ter apresentado uma petição contra o planejado confisco da sua fazenda, a polícia veio e arrastou-o para uma das famosas “prisões negras” da China, onde ele ficou detido por 51 dias. “Eles me penduraram pelas mãos e me queimaram com cigarros”, diz Yang.
Agora ele pretende defender a sua propriedade com a única coisa que lhe restou: a sua vida.
Tradução: UOL
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