Inezita esteve em Londrina ontem à noite. Não podia perder a oportunidade e corri para encontrar a rainha da música de raiz...
Quanta diferença dos chamados "sertanejos" de hoje em dia.
Aqui vai minha homenagem bobinha... mas de coração...
Inezita!
Ouvi de longe e fui ver de perto
A rainha da música de raiz
A cantora com estrela de atriz
Fui ver de perto seu sorriso certo
Cheguei me acotovelando
Mulheres, homens, crianças cantando e dançando
Fui chegando e com as pontas dos pés fui ficando, gostando
Era Inezita com sua voz acalmando, emocionando, poetizando
Um senhor ao meu lado com sua câmera tudo filmava
E eu, para vê-la mais de perto, um olho no palco e outro na tela fitava
Sua voz subia pelas paredes dos prédios de concreto e pela concha acústica ecoava
Até a passarada, pela noite afora bem acordada, sua musa hipnotizada admirava
A tevê filmava sua majestade o público emocionando
O pipoqueiro via o milho no ritmo saltitando, no toque da viola pulando
Era a inauguração do Memorial do Pioneiro seus ancestrais homenageando
Eram gerações de londrinenses sua própria história construindo, relembrando
E a Diva da nossa música caipira
Em meio daquela multidão embriagada de tanta devoção
Recebia palmas, assovios e muita gritaria: Rainha querida!
E ela do palco sorria como quem à música, à poesia e à vida rendia gratidão
De nossas mentes Inezita desmatou a solidão e ocupou nossos pensamentos de emoção
De nossos corações se apossou por usucapião e ergueu monumentos à alegria e à união
Ela cantou, encantou, a tristeza matou e enterrou.
Mas a semente da saudade brotou
Tudo lembrava Pirajuí e meu saudoso e amado pai que hoje mora no céu
Todos os sábados de seu sofá ouvias as músicas do sertão, da viola, do chapéu
E eu olhava para cima imaginando ele lá nas nuvens ao lado de Jesus
Com muitos dos homenageados que já se foram se emocionando com aquele ser de luz
Um balão vermelho se misturou com a cor do vestido da senhora com sorriso menina
O balão, em forma de coração, era o espírito daqueles que começaram nossa cidade querida
Então fui embora bem devagar ouvindo aquela poderosa voz a me guiar pela avenida
Fui lembrando do vestido da cor do coração, da bandeira e da terra vermelha de Londrina!
Obrigado linda Inezita!
André Arruda Plácido – apjornalista@gmail.com
Relações Públicas e Jornalista
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