Aos gritos de 'Fora Lula', movimento 'Cansei' reúne cerca de 4 mil na Sé
Rodrigo Bertolotto Em São Paulo
No dia em que se completa um mês do acidente com o Airbus da TAM, cerca de 4.000 pessoas (segundo a CET) reuniram-se na praça da Sé, região central de São Paulo, para participar do ato organizado pelo movimento 'Cansei', que terminou com gritos de "Fora Lula".
A concentração para o protesto começou por volta das 12h. Subiram ao palco montado na praça, entre outros, a apresentadora de TV Hebe Camargo, o ator Paulo Vilhena, a cantora Ivete Sangalo, o humorista Carlos Alberto de Nóbrega, o ex-nadador Fernando Scherer, o presidente da OAB de São Paulo, Luiz Flávio Borges D´Urso - que encabeça o movimento, ao lado de sindicatos patronais, cuja cabeça visível era o empresário João Dória Jr.
D´Urso e outros integrantes da OAB discursaram sobre o objetivo do movimento, repetindo várias vezes era como apartidário.
Às 13h, foi feito um minuto de silêncio em homenagem às vítimas do vôo 3054 da TAM e também em protesto à onda de impunidade que, segundo os organizadores do movimento, assola o Brasil.
Também foi realizado um culto ecumênico. O cantor Agnaldo Rayol encerrou o protesto cantando o hino nacional.
Ao final do ato, a multidão puxou o coro de 'Fora Lula' e 'Lula, ladrão, vai para a prisão'.
Em entrevista ao UOL, o empresário João Dória Jr. disse que respeitava a manifestação dos presentes, "mas não incentivava". Um dos organizadores do evento, Dória Jr. ajudou a arrecadar fundos na última eleição presidencial na campanha de Geraldo Alckimin (PSDB). "Aquilo foi um momento eleitoral. Mas hoje estou aqui como cidadão. Não pode mais haver tanta intolerância", disse, reafirmando o apartidarismo do 'Cansei'.
A apresentadora Hebe Camargo foi chamada de 'malufista' em sua chegada à Sé e bateu boca com populares. Ao discursar, comentou o episódio e afirmou que hoje não votaria no Maluf. "Acho que isso é o menos importa aqui hoje", desconversou.
Ao contrário do que se esperava, apenas manifestações isoladas contra o movimento ocorreram no local. Nenhum grupo ligado ao PT ou à CUT estava presente.
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