União destina ao PAC menos de 20% do previsto até julho
A União fez pagamentos a projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no valor total de R$ 1,364 bilhão neste ano até julho, o que corresponde a apenas 18,7% dos R$ 7,3 bilhões autorizados para o período.
Do total pago, quase R$ 1 bilhão diz respeito a despesas comprometidas antes de 2007 (os chamados restos a pagar) e, portanto, são anteriores ao PAC. Os dados são do Orçamento e foram organizados pela organização não governamental Contas Abertas.
Os números não levam em conta a elevação das receitas para o chamado Projeto Piloto de Investimentos, autorizada pelo Congresso, em mais de R$ 6 bilhões, que engordarão as verbas do PAC.
FINANÇAS DO PAC EM 2007
Previsão de gastos: R$ 7,3 bi
Valor empregado: R$ 1,364 bi
Restos a pagar: quase R$ 1 bi
Recursos comprometidos: R$ 3,3 bi
A defasagem em relação ao valor autorizado acontece mesmo com o forte aumento dos recursos aportados no programa em julho: R$ 330,9 milhões, número 171% maior do que o registrado no mês anterior.
Ministérios garantem que os gastos aumentarão substancialmente até o final do ano, mas são cautelosos ao comentar a possibilidade de atingir o total previsto.
Atrasos
Entre os obstáculos para gastar recursos que não devem sofrer bloqueios orçamentários, as autoridades citam o esforço para reorganizar setores que estavam há anos sem investimentos e atrasos nas indicações do segundo escalão.
O ministro das Cidades, Márcio Fortes, afirma que neste ano sua pasta concentrou-se em selecionar projetos de saneamento e habitação e definir, com Estados e municípios, as obras que seriam financiadas e as que receberiam recursos a fundo perdido.
"Nós estávamos acertando o time, o jogo vai começar agora", afirmou Fortes à agência de notícias Reuters. Ele destacou que a execução das obras de responsabilidade de seu ministério é tocada exclusivamente pelos parceiros nos Estados e municípios.
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