O QUÊ MAIS O COMUNISMO TROUXE AO MUNDO ALÉM DE DITADURA, PERSEGUIÇÃO E MORTE?
FIDEL CASTRO QUE O DIGA. JÁ SÃO 50 ANOS DE DITADURA; E HÁ "PROGRESSISTAS" QUE AINDA APOIAM A BARBÁRIE.
Torturador do Khmer Vermelho pede perdão aos sobreviventes
Duch é acusado de crime contra humanidade pela morte de 14 mil; é o 1º líder do regime a tornar-se réu
Agências internacionais
PHNOM PENH - O chefe do principal centro de torturas do Khmer Vermelho, Kaing Guek Eav, conhecido como Duch, aceitou nesta terça-feira, 31, a responsabilidade na tortura e morte de milhares de cambojanos e pediu perdão a suas vítimas perante o tribunal que o julga por esses crimes. Ele é acusado de crimes contra a humanidade e genocídio cometidos na prisão S-21, onde 14 mil homens, mulheres e crianças foram presas, torturadas e mortas entre 1975 a 1979, sob seu comando.
Duch, hoje com 66 anos, é o primeiro membro da cúpula do Khmer a ser julgado desde a queda do regime ultracomunista que provocou a morte de pelo menos 1,7 milhão de cambojanos, o equivalente a um quinto da população do país na época. O regime do Khmer é acusado de promover um dos mais sangrentos massacres do século 20, considerando o porcentual da população afetada pelas execuções, prisões e tortura.
"Reconheço minha responsabilidade nos crimes cometidos (...). Eu gostaria de expressar meu arrependimento", disse o ex-diretor da prisão Tuol Sleng, de Phnom Penh. Por esse centro de detenção passaram cerca de 14 mil pessoas que foram interrogadas, torturadas e executadas entre os muros do recinto ou no campo de extermínio de Choeung Ek, a cerca de 15 quilômetros da capital.
"Espero que me permitam pedir perdão aos sobreviventes do regime e aos parentes queridos daqueles que morreram brutalmente", assegurou Duch, no segundo dia de seu comparecimento perante a corte. Duch é o membro do Khmer Vermelho de menor categoria julgado neste tribunal e o único dos cinco acusados que reconheceu sua participação nos crimes.
O responsável pela prisão de Tuol Sleng, também conhecida como S-21, dirigiu as penitenciárias de M-13 e M-99, situadas na selva do noroeste do Camboja e afastadas da frente de combate. Os investigadores acreditam que cerca de 20 mil cambojanos morreram nessas duas prisões.
Duch e sua máquina de matar simbolizam o genocídio cometido pelo Khmer Vermelho entre abril de 1975 e janeiro de 1979, período no qual um quarto da população do Camboja foi executada ou morreu de crise de fome ou por doenças nos imensos campos de trabalhos forçados. Apesar do número de mortos, apenas outros quatro influentes ex-dirigentes do regime maoista estão presos e acusados de cometer crimes similares aos quais Duch é acusado. Este, ao contrário do resto dos acusados, que negam ter tido conhecimento das atrocidades e inclusive da existência de Tuol Sleng, admitiu sua culpa e aceitou sua responsabilidade pelas ações realizadas.
A criação do tribunal internacional foi estipulada em 2003, após vários anos de difíceis negociações entre as Nações Unidas e o governo do Camboja, que o administram conjuntamente, introduzindo elementos da legislação internacional e nacional. Desde que iniciou os procedimentos judiciais, o tribunal auspiciado pela ONU foi alvo de críticas por comprometer os padrões da justiça internacional e por sua vulnerabilidade à manipulação por parte do primeiro-ministro e "homem forte" do Camboja, Hun Sen, que desertou do Khmer Vermelho para se unir às tropas do Vietnã que invadiram o Camboja.
O partido Khmer Vermelho esteve no poder no Camboja entre 1975 e 1979 e foi responsável por um dos maiores episódios de assassinato em massa do século 20.
Algumas estimativas colocam o número de vítimas em até 2 milhões, mortos de fome, por excesso de trabalho ou vítimas de execuções. O Camboja pediu à Organização das Nações Unidas (ONU) e à comunidade internacional para ajudar no estabelecimento de um tribunal para julgar o genocídio há mais de uma década. Um tribunal conjunto finalmente foi estabelecido em 2006 depois de muita negociação entre o governo cambojano e a ONU.
Duch é acusado de crime contra humanidade pela morte de 14 mil; é o 1º líder do regime a tornar-se réu
Agências internacionais
PHNOM PENH - O chefe do principal centro de torturas do Khmer Vermelho, Kaing Guek Eav, conhecido como Duch, aceitou nesta terça-feira, 31, a responsabilidade na tortura e morte de milhares de cambojanos e pediu perdão a suas vítimas perante o tribunal que o julga por esses crimes. Ele é acusado de crimes contra a humanidade e genocídio cometidos na prisão S-21, onde 14 mil homens, mulheres e crianças foram presas, torturadas e mortas entre 1975 a 1979, sob seu comando.
Duch, hoje com 66 anos, é o primeiro membro da cúpula do Khmer a ser julgado desde a queda do regime ultracomunista que provocou a morte de pelo menos 1,7 milhão de cambojanos, o equivalente a um quinto da população do país na época. O regime do Khmer é acusado de promover um dos mais sangrentos massacres do século 20, considerando o porcentual da população afetada pelas execuções, prisões e tortura.
"Reconheço minha responsabilidade nos crimes cometidos (...). Eu gostaria de expressar meu arrependimento", disse o ex-diretor da prisão Tuol Sleng, de Phnom Penh. Por esse centro de detenção passaram cerca de 14 mil pessoas que foram interrogadas, torturadas e executadas entre os muros do recinto ou no campo de extermínio de Choeung Ek, a cerca de 15 quilômetros da capital.
"Espero que me permitam pedir perdão aos sobreviventes do regime e aos parentes queridos daqueles que morreram brutalmente", assegurou Duch, no segundo dia de seu comparecimento perante a corte. Duch é o membro do Khmer Vermelho de menor categoria julgado neste tribunal e o único dos cinco acusados que reconheceu sua participação nos crimes.
O responsável pela prisão de Tuol Sleng, também conhecida como S-21, dirigiu as penitenciárias de M-13 e M-99, situadas na selva do noroeste do Camboja e afastadas da frente de combate. Os investigadores acreditam que cerca de 20 mil cambojanos morreram nessas duas prisões.
Duch e sua máquina de matar simbolizam o genocídio cometido pelo Khmer Vermelho entre abril de 1975 e janeiro de 1979, período no qual um quarto da população do Camboja foi executada ou morreu de crise de fome ou por doenças nos imensos campos de trabalhos forçados. Apesar do número de mortos, apenas outros quatro influentes ex-dirigentes do regime maoista estão presos e acusados de cometer crimes similares aos quais Duch é acusado. Este, ao contrário do resto dos acusados, que negam ter tido conhecimento das atrocidades e inclusive da existência de Tuol Sleng, admitiu sua culpa e aceitou sua responsabilidade pelas ações realizadas.
A criação do tribunal internacional foi estipulada em 2003, após vários anos de difíceis negociações entre as Nações Unidas e o governo do Camboja, que o administram conjuntamente, introduzindo elementos da legislação internacional e nacional. Desde que iniciou os procedimentos judiciais, o tribunal auspiciado pela ONU foi alvo de críticas por comprometer os padrões da justiça internacional e por sua vulnerabilidade à manipulação por parte do primeiro-ministro e "homem forte" do Camboja, Hun Sen, que desertou do Khmer Vermelho para se unir às tropas do Vietnã que invadiram o Camboja.
O partido Khmer Vermelho esteve no poder no Camboja entre 1975 e 1979 e foi responsável por um dos maiores episódios de assassinato em massa do século 20.
Algumas estimativas colocam o número de vítimas em até 2 milhões, mortos de fome, por excesso de trabalho ou vítimas de execuções. O Camboja pediu à Organização das Nações Unidas (ONU) e à comunidade internacional para ajudar no estabelecimento de um tribunal para julgar o genocídio há mais de uma década. Um tribunal conjunto finalmente foi estabelecido em 2006 depois de muita negociação entre o governo cambojano e a ONU.
Recursos impetrados, procedimentos para a criação do tribunal e outros problemas atrasaram ainda mais o início do julgamento, que é presidido por juízes cambojanos e internacionais.
http://www.estadao.com.br/internacional/not_int347587,0.htm
http://www.estadao.com.br/internacional/not_int347587,0.htm
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