André Arruda Plácido nasceu em Pirajuí (SP) e é cidadão português. Reside em Londrina (PR) onde graduou-se em Relações Públicas e Teologia.Em Bauru (SP) concluiu o curso de Jornalismo. Fez especialização em Comunicação e Liderança em Missões Mundiais pelo Haggai Institute em Cingapura. É professor de comunicação, poeta, radialista, cronista e fotógrafo - http://fotologue.jp/andrearrudaplacido
sexta-feira, 29 de maio de 2009
quinta-feira, 28 de maio de 2009
BRASIL, SIL, SIL!!!!
Milhares de professores não têm diploma adequado, diz MEC
Alexandre Garcia: Temos que inverter o círculo vicioso que parece ter sido mantido pelos que veem a educação como um perigo.
Mais de 380 mil professores não poderiam estar dando aula porque não têm diploma adequado. É o que mostra o último censo feito pelo Ministério da Educação. O despreparo se reflete na qualidade do ensino.
A realidade pode ser pior: o levantamento do MEC se baseia em diplomas. O diploma é um indicador relativo. Ainda ontem ouvi uma professora diplomada em pedagogia usando gerundismo e esse é um sinal mais preocupante que a ausência de um diploma.
Também ontem a OAB se queixou de que mesmo com exames da Ordem cada vez mais fáceis, cada vez mais diplomados em direito são reprovados. A OAB vê a carência começar no ensino fundamental. O Conselho Regional de Medicina (CRM) de São Paulo, este ano, constatou no seu exame que mais da metade de médicos recém-formados não conhecem os sintomas da tuberculose.
Sem educação não há futuro, sem professor, não há educação; sem qualificação, não há professor. Temos que inverter o círculo vicioso que parece ter sido mantido pelos que veem a educação como um perigo, porque liberta, converte clientes e dependentes em eleitores conscientes e cidadãos exigentes. O brasileiro educado não aceita ser conduzido, mas conduzirá o seu destino.
Neste mês, o governo paulista mandou à assembleia um projeto que exige de todos os professores da rede pública quatro meses de reciclagem na escola de formação de professores, com 360 horas de horas de atualização.
Estudos internacionais preveem que o Brasil poderá, em 30 anos, estar entre as cinco maiores economias do planeta, mas só se investir em educação. Para se investir no aluno, a pré-condição é investir no professor, em formação, e o MEC anunciou ontem a criação de 330 mil vagas para formar professores. Precisa investir também em salário, que hoje é insignificante. Para ensinar é preciso saber; mas não basta saber; é preciso saber transmitir o saber.
http://g1.globo.com/bomdiabrasil/0,,MUL1170744-16020,00-MILHARES+DE+PROFESSORES+NAO+TEM+DIPLOMA+ADEQUADO+DIZ+MEC.html
Mais de 380 mil professores não poderiam estar dando aula porque não têm diploma adequado. É o que mostra o último censo feito pelo Ministério da Educação. O despreparo se reflete na qualidade do ensino.
A realidade pode ser pior: o levantamento do MEC se baseia em diplomas. O diploma é um indicador relativo. Ainda ontem ouvi uma professora diplomada em pedagogia usando gerundismo e esse é um sinal mais preocupante que a ausência de um diploma.
Também ontem a OAB se queixou de que mesmo com exames da Ordem cada vez mais fáceis, cada vez mais diplomados em direito são reprovados. A OAB vê a carência começar no ensino fundamental. O Conselho Regional de Medicina (CRM) de São Paulo, este ano, constatou no seu exame que mais da metade de médicos recém-formados não conhecem os sintomas da tuberculose.
Sem educação não há futuro, sem professor, não há educação; sem qualificação, não há professor. Temos que inverter o círculo vicioso que parece ter sido mantido pelos que veem a educação como um perigo, porque liberta, converte clientes e dependentes em eleitores conscientes e cidadãos exigentes. O brasileiro educado não aceita ser conduzido, mas conduzirá o seu destino.
Neste mês, o governo paulista mandou à assembleia um projeto que exige de todos os professores da rede pública quatro meses de reciclagem na escola de formação de professores, com 360 horas de horas de atualização.
Estudos internacionais preveem que o Brasil poderá, em 30 anos, estar entre as cinco maiores economias do planeta, mas só se investir em educação. Para se investir no aluno, a pré-condição é investir no professor, em formação, e o MEC anunciou ontem a criação de 330 mil vagas para formar professores. Precisa investir também em salário, que hoje é insignificante. Para ensinar é preciso saber; mas não basta saber; é preciso saber transmitir o saber.
http://g1.globo.com/bomdiabrasil/0,,MUL1170744-16020,00-MILHARES+DE+PROFESSORES+NAO+TEM+DIPLOMA+ADEQUADO+DIZ+MEC.html
PROPAGANDA II - A MISSÃO
PAC: apenas 1% das obras de infraestrutura social e urbana estão concluídas
Apesar de representar 90% do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em relação a quantidade de obras, o eixo de infraestrutura social e urbana tem o pior desempenho entre os empreendimentos já concluídos. Das 9.838 obras previstas no período 2007-2010 e pós 2010 para o setor, que inclui projetos nas áreas de saneamento, habitação, transporte urbano e recursos hídricos, apenas 126 foram efetivamente finalizadas até o fim do ano passado, número que representa somente 1% do total. Os dados fazem parte do levantamento realizado pelo Contas Abertas, a partir dos relatórios estaduais divulgados pelo comitê gestor do PAC.
Dos empreendimentos previstos no setor, 7.560, o equivalente a 70%, estão em fases de contratação, contratado, licitação ou apenas em fase de ação preparatória (estudo ou licenciamento). Outros 2.152 empreendimentos de infraestrutura social e urbana, ou 22% do total, estão listados como “em andamento”.
O mais caro projeto concluído no eixo, até o fim do ano passado, foi o de ampliação do sistema de abastecimento de água tratada na capital de Santa Catarina, Florianópolis. O valor empreendido foi de R$ 8,6 milhões na obra executada entre maio e dezembro de 2008, segundo informa a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan). Outro grande projeto já entregue foi o de saneamento em áreas indígenas, orçado em quase R$ 2 milhões, no município mineiro de São João das Missões.
Já no eixo de infraestrutura energética, que tem 645 obras listadas em todo o país, a velocidade de execução é mais acentuada. A maioria dos projetos, exatamente 207, encontra-se em andamento. Mas o total de empreendimentos concluídos (147) também representa baixo percentual em relação ao número total – apenas 23% das obras previstas no eixo. Outras 291 estão em fase de ação preparatória ou estágio de licitação. As metas do eixo correspondem à geração e transmissão de energia elétrica, produção, exploração e transporte de petróleo, gás natural e combustíveis renováveis.
Para o eixo logístico, por sua vez, no qual se incluem as obras de infraestrutura em rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e hidrovias, estão previstos R$ 96 bilhões em 431 projetos listados nos relatórios estaduais. Desses, 136 estão em fase de ação preparatória, 65 em fase de licitação e 184 em andamento. Apenas 46 foram concluídos, o equivalente a 11% do total. Clique aqui para ver planilha resumida dos três eixos do PAC.
Despreparo
Alguns especialistas atribuem a lentidão das obras do PAC, principalmente às relacionadas ao eixo social e urbano, ao despreparo da máquina administrativa. Para o cientista político Antônio Flávio Testa, o maior problema do programa é a gestão, sendo a legislação licitatória um atraso. "Como se pode pretender avançar em execução de orçamento sem aprimorar os sistemas de licitação e contratação? Os entraves do PAC são ligados diretamente aos problemas burocráticos e à incompetência gerencial nas instâncias dos estados e municípios", afirma.
De acordo com o cientista político, o Poder Executivo tem consciência desses problemas, mas não toma providências legais para evitá-los. "Então, o PAC fica no nível do discurso, que eleitoreiramente é bom", conclui.
Já o economista Paulo Brasil acredita que a lentidão no processo de execução de obras do PAC ocorre em função do aparato burocrático. “A constatação é que a complexidade de alguns projetos e também a preocupação com as devidas licenças ambientais tornam o processo mais lento”, afirma. Além disso, o economista defende que os recursos públicos têm que ser tratados com mais transparência, o que resulta em lentidão maior do que quando se trata de uma obra particular.
O levantamento do Contas Abertas foi encaminhado, por e-mail, para apreciação da Casa Civil da Presidência da República, órgão responsável por gerir o PAC. No entanto, até o fechamento da matéria, a pasta não se manifestou sobre os dados.
Milton Júnior
Do Contas Abertas
http://contasabertas.uol.com.br/noticias/auto=2687.htm
Apesar de representar 90% do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em relação a quantidade de obras, o eixo de infraestrutura social e urbana tem o pior desempenho entre os empreendimentos já concluídos. Das 9.838 obras previstas no período 2007-2010 e pós 2010 para o setor, que inclui projetos nas áreas de saneamento, habitação, transporte urbano e recursos hídricos, apenas 126 foram efetivamente finalizadas até o fim do ano passado, número que representa somente 1% do total. Os dados fazem parte do levantamento realizado pelo Contas Abertas, a partir dos relatórios estaduais divulgados pelo comitê gestor do PAC.
Dos empreendimentos previstos no setor, 7.560, o equivalente a 70%, estão em fases de contratação, contratado, licitação ou apenas em fase de ação preparatória (estudo ou licenciamento). Outros 2.152 empreendimentos de infraestrutura social e urbana, ou 22% do total, estão listados como “em andamento”.
O mais caro projeto concluído no eixo, até o fim do ano passado, foi o de ampliação do sistema de abastecimento de água tratada na capital de Santa Catarina, Florianópolis. O valor empreendido foi de R$ 8,6 milhões na obra executada entre maio e dezembro de 2008, segundo informa a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan). Outro grande projeto já entregue foi o de saneamento em áreas indígenas, orçado em quase R$ 2 milhões, no município mineiro de São João das Missões.
Já no eixo de infraestrutura energética, que tem 645 obras listadas em todo o país, a velocidade de execução é mais acentuada. A maioria dos projetos, exatamente 207, encontra-se em andamento. Mas o total de empreendimentos concluídos (147) também representa baixo percentual em relação ao número total – apenas 23% das obras previstas no eixo. Outras 291 estão em fase de ação preparatória ou estágio de licitação. As metas do eixo correspondem à geração e transmissão de energia elétrica, produção, exploração e transporte de petróleo, gás natural e combustíveis renováveis.
Para o eixo logístico, por sua vez, no qual se incluem as obras de infraestrutura em rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e hidrovias, estão previstos R$ 96 bilhões em 431 projetos listados nos relatórios estaduais. Desses, 136 estão em fase de ação preparatória, 65 em fase de licitação e 184 em andamento. Apenas 46 foram concluídos, o equivalente a 11% do total. Clique aqui para ver planilha resumida dos três eixos do PAC.
Despreparo
Alguns especialistas atribuem a lentidão das obras do PAC, principalmente às relacionadas ao eixo social e urbano, ao despreparo da máquina administrativa. Para o cientista político Antônio Flávio Testa, o maior problema do programa é a gestão, sendo a legislação licitatória um atraso. "Como se pode pretender avançar em execução de orçamento sem aprimorar os sistemas de licitação e contratação? Os entraves do PAC são ligados diretamente aos problemas burocráticos e à incompetência gerencial nas instâncias dos estados e municípios", afirma.
De acordo com o cientista político, o Poder Executivo tem consciência desses problemas, mas não toma providências legais para evitá-los. "Então, o PAC fica no nível do discurso, que eleitoreiramente é bom", conclui.
Já o economista Paulo Brasil acredita que a lentidão no processo de execução de obras do PAC ocorre em função do aparato burocrático. “A constatação é que a complexidade de alguns projetos e também a preocupação com as devidas licenças ambientais tornam o processo mais lento”, afirma. Além disso, o economista defende que os recursos públicos têm que ser tratados com mais transparência, o que resulta em lentidão maior do que quando se trata de uma obra particular.
O levantamento do Contas Abertas foi encaminhado, por e-mail, para apreciação da Casa Civil da Presidência da República, órgão responsável por gerir o PAC. No entanto, até o fechamento da matéria, a pasta não se manifestou sobre os dados.
Milton Júnior
Do Contas Abertas
http://contasabertas.uol.com.br/noticias/auto=2687.htm
PROPAGANDA
PAC 2 anos: apenas 3% das obras estão concluídas
Levantamento inédito realizado pelo Contas Abertas, com base nos relatórios estaduais divulgados pelo comitê gestor do programa, aponta que de um total de 10.914 empreendimentos distribuídos nas 27 unidades federativas do país, apenas 3% foram concluídos e 74% sequer saíram do papel nos dois primeiros anos do PAC. As informações englobam investimentos previstos pela União, empresas estatais e iniciativa privada - período 2007-2010 e pós 2010 - atualizados até dezembro de 2008.
Em relação à quantidade global de empreendimentos, o estado de São Paulo é o mais bem contemplado pelo PAC, com 1.051 projetos exclusivos do programa. Também é o estado com o maior número de obras em andamento (287) e com a maior porção de projetos concluídos em relação às demais unidades federativas (39).
Apesar disso, outros 725 empreendimentos no estado mais rico do país ainda estão no papel; em fase de contratação ou contratado, licitação ou apenas no estágio de ação preparatória. O trem de alta velocidade que ligará as cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas, por exemplo, ainda está listado como ação preparatória, tal como outros quatro projetos para o aeroporto de Viracopos, em Campinas, e dois para o aeroporto internacional de Guarulhos.
Já o estado de origem da ministra-chefe da Casa Civil e "mãe do PAC", Dilma Rousseff, é o segundo em quantidade de obras previstas e o terceiro em empreendimentos concluídos. Em Minas, são 1.005 projetos, dos quais 776 ainda estão no papel, o equivalente a 77% do total de obras no estado, como a construção da pista dupla do contorno de Belo Horizonte, BR-381, que está em fase de ação preparatória. Outros 204 projetos estão em andamento. De acordo com o relatório estadual, 25 obras exclusivas para Minas Gerais foram finalizadas.
A Bahia ocupa o terceiro lugar na lista de estados mais favorecidos pelo programa em relação à quantidade de obras. São 917 empreendimentos previstos para a unidade federativa, das quais 80% não passaram das fases licitatória, de contratação, em contratação ou de ação preparatória. Outros 168 projetos já inauguraram o canteiro de obras, e somente 16 projetos, o que representa 2% do total, foram concluídos. Entre os já inaugurados estão o campo de gás natural de Manati, no sul do estado, e a ampliação e readequação do sistema viário de acesso ao aeoporto de Salvador.
O Mato Grosso do Sul, por sua vez, é o terceiro estado com o maior número de obras concluídas (26), atrás de São Paulo e Minas Gerais. Com apenas 300 empreendimentos previstos, o estado tem 104 obras em andamento e 170 ainda em fases precedentes. Somados, os projetos concluídos apenas nestes três estados (MS, SP e MG), 90 no total, equivalem ao mesmo número de obras concluídas em toda a região Nordeste mais as cinco menores unidades federativas do Norte – Acre, Amapá, Rondônia, Roraima e Tocantins.
No Nordeste, a propósito, todos os estados apresentam percentual de obras concluídas inferior a 2% em relação ao total de empreendimentos em cada unidade federativa. O Maranhão, por exemplo, tem o pior desempenho, com apenas três obras finalizadas, de um total de 385 empreendimentos previstos para o estado. Mais de 320 deles ainda estão em fase inicial no estado, como a linha de transmissão Açailândia-Presidente Dutra e a construção do berço 108 no porto de Itaqui.
No Piauí, dos 418 projetos previstos, mais de 87% das obras também continuam no papel. Também no Nordeste, o estado natal do presidente da República, Pernambuco, é o segundo com o maior índice de projetos que ainda não estão em fase de execução física. Cerca de 86% dos 679 empreendimentos distribuídos pelo estado se encontram nessa situação. Clique aqui para ver o levantamento dos estágios das obras do PAC por estado.
Ineficiência
Embora os números e resultados não sejam favoráveis ao programa, para José Matias Pereira, especialista em finanças públicas, o desenvolvimento de um projeto da dimensão do PAC não depende apenas de vontade política. “Na prática você encontra uma série de dificuldades e uma delas é a ineficiência da máquina governamental, que não tem estrutura para suportar um programa dessa dimensão”, afirma Matias.
Segundo o especialista, existe a expectativa de que o presidente Lula consiga fazer um sucessor e que este continue com o PAC. “Creio que o programa continuará no próximo governo, mesmo que com outro nome ou nas mãos de outro governo. Imagino, também, que o governo já esteja consciente de que não vai conseguir inaugurar essas obras até o fim de 2010, mas certamente ele irá priorizar obras de maior impacto político, econômico e social, até para mostrar que o PAC cumpriu seu objetivo”, destaca.
O levantamento do Contas Abertas foi encaminhado, por e-mail, para apreciação da Casa Civil da Presidência da República, órgão responsável por gerir o PAC. No entanto, até o fechamento da matéria, a pasta não se manifestou sobre os dados. De forma geral, há um reconhecimento por parte de autoridades do governo de que a execução do PAC não é a ideal por motivos relacionados a questões ambientais, questionamentos sobre áreas indígenas, recursos em licitações e paralizações determinadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
“PAC orçamentário”
Tratando-se do “PAC orçamentário”, ou seja, obras e projetos da administração federal direta passíveis de monitoramento por meio do Siafi (Sistema Integrado de Administração Financeira), os investimentos também esbarram na lentidão. Dos R$ 56,3 bilhões previstos desde 2007, apenas R$ 21,1 bilhões (37%) foram efetivamente desembolsados até o último dia 27 de abril, incluindo os chamados restos a pagar - dívidas de anos anteriores roladas para os exercícios seguintes. Os investimentos no PAC realizados por empresas estatais e iniciativa privada não estão incluídos nestes valores.
Entre os estados com pior desempenho estão Rondônia, com cerca de R$ 107 milhões gastos dos quase R$ 536 milhões previstos neste mesmo período, e o Espírito Santo, que teve apenas 23% dos R$ 420 milhões exclusivos do programa gastos. Tocantins e Paraíba, por outro lado, têm execução de mais da metade de seus orçamentos provenientes do PAC, respectivamente 75% e 62%. Veja aqui relação completa do “PAC orçamentário” por unidade da federação com dados atualizados até o dia 27 de abril.
Vale ressaltar que os índices de execução do chamado "PAC orçamentário" irão aumentar no decorrer do ano. Por enquanto (até o último dia 23), o governo aplicou R$ 3 bilhões de uma dotação prevista de R$ 20,8 bilhões para 2009.
Milton Júnior e Amanda Costa
Do Contas Abertas
http://contasabertas.uol.com.br/noticias/auto=2686.htm
Levantamento inédito realizado pelo Contas Abertas, com base nos relatórios estaduais divulgados pelo comitê gestor do programa, aponta que de um total de 10.914 empreendimentos distribuídos nas 27 unidades federativas do país, apenas 3% foram concluídos e 74% sequer saíram do papel nos dois primeiros anos do PAC. As informações englobam investimentos previstos pela União, empresas estatais e iniciativa privada - período 2007-2010 e pós 2010 - atualizados até dezembro de 2008.
Em relação à quantidade global de empreendimentos, o estado de São Paulo é o mais bem contemplado pelo PAC, com 1.051 projetos exclusivos do programa. Também é o estado com o maior número de obras em andamento (287) e com a maior porção de projetos concluídos em relação às demais unidades federativas (39).
Apesar disso, outros 725 empreendimentos no estado mais rico do país ainda estão no papel; em fase de contratação ou contratado, licitação ou apenas no estágio de ação preparatória. O trem de alta velocidade que ligará as cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas, por exemplo, ainda está listado como ação preparatória, tal como outros quatro projetos para o aeroporto de Viracopos, em Campinas, e dois para o aeroporto internacional de Guarulhos.
Já o estado de origem da ministra-chefe da Casa Civil e "mãe do PAC", Dilma Rousseff, é o segundo em quantidade de obras previstas e o terceiro em empreendimentos concluídos. Em Minas, são 1.005 projetos, dos quais 776 ainda estão no papel, o equivalente a 77% do total de obras no estado, como a construção da pista dupla do contorno de Belo Horizonte, BR-381, que está em fase de ação preparatória. Outros 204 projetos estão em andamento. De acordo com o relatório estadual, 25 obras exclusivas para Minas Gerais foram finalizadas.
A Bahia ocupa o terceiro lugar na lista de estados mais favorecidos pelo programa em relação à quantidade de obras. São 917 empreendimentos previstos para a unidade federativa, das quais 80% não passaram das fases licitatória, de contratação, em contratação ou de ação preparatória. Outros 168 projetos já inauguraram o canteiro de obras, e somente 16 projetos, o que representa 2% do total, foram concluídos. Entre os já inaugurados estão o campo de gás natural de Manati, no sul do estado, e a ampliação e readequação do sistema viário de acesso ao aeoporto de Salvador.
O Mato Grosso do Sul, por sua vez, é o terceiro estado com o maior número de obras concluídas (26), atrás de São Paulo e Minas Gerais. Com apenas 300 empreendimentos previstos, o estado tem 104 obras em andamento e 170 ainda em fases precedentes. Somados, os projetos concluídos apenas nestes três estados (MS, SP e MG), 90 no total, equivalem ao mesmo número de obras concluídas em toda a região Nordeste mais as cinco menores unidades federativas do Norte – Acre, Amapá, Rondônia, Roraima e Tocantins.
No Nordeste, a propósito, todos os estados apresentam percentual de obras concluídas inferior a 2% em relação ao total de empreendimentos em cada unidade federativa. O Maranhão, por exemplo, tem o pior desempenho, com apenas três obras finalizadas, de um total de 385 empreendimentos previstos para o estado. Mais de 320 deles ainda estão em fase inicial no estado, como a linha de transmissão Açailândia-Presidente Dutra e a construção do berço 108 no porto de Itaqui.
No Piauí, dos 418 projetos previstos, mais de 87% das obras também continuam no papel. Também no Nordeste, o estado natal do presidente da República, Pernambuco, é o segundo com o maior índice de projetos que ainda não estão em fase de execução física. Cerca de 86% dos 679 empreendimentos distribuídos pelo estado se encontram nessa situação. Clique aqui para ver o levantamento dos estágios das obras do PAC por estado.
Ineficiência
Embora os números e resultados não sejam favoráveis ao programa, para José Matias Pereira, especialista em finanças públicas, o desenvolvimento de um projeto da dimensão do PAC não depende apenas de vontade política. “Na prática você encontra uma série de dificuldades e uma delas é a ineficiência da máquina governamental, que não tem estrutura para suportar um programa dessa dimensão”, afirma Matias.
Segundo o especialista, existe a expectativa de que o presidente Lula consiga fazer um sucessor e que este continue com o PAC. “Creio que o programa continuará no próximo governo, mesmo que com outro nome ou nas mãos de outro governo. Imagino, também, que o governo já esteja consciente de que não vai conseguir inaugurar essas obras até o fim de 2010, mas certamente ele irá priorizar obras de maior impacto político, econômico e social, até para mostrar que o PAC cumpriu seu objetivo”, destaca.
O levantamento do Contas Abertas foi encaminhado, por e-mail, para apreciação da Casa Civil da Presidência da República, órgão responsável por gerir o PAC. No entanto, até o fechamento da matéria, a pasta não se manifestou sobre os dados. De forma geral, há um reconhecimento por parte de autoridades do governo de que a execução do PAC não é a ideal por motivos relacionados a questões ambientais, questionamentos sobre áreas indígenas, recursos em licitações e paralizações determinadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
“PAC orçamentário”
Tratando-se do “PAC orçamentário”, ou seja, obras e projetos da administração federal direta passíveis de monitoramento por meio do Siafi (Sistema Integrado de Administração Financeira), os investimentos também esbarram na lentidão. Dos R$ 56,3 bilhões previstos desde 2007, apenas R$ 21,1 bilhões (37%) foram efetivamente desembolsados até o último dia 27 de abril, incluindo os chamados restos a pagar - dívidas de anos anteriores roladas para os exercícios seguintes. Os investimentos no PAC realizados por empresas estatais e iniciativa privada não estão incluídos nestes valores.
Entre os estados com pior desempenho estão Rondônia, com cerca de R$ 107 milhões gastos dos quase R$ 536 milhões previstos neste mesmo período, e o Espírito Santo, que teve apenas 23% dos R$ 420 milhões exclusivos do programa gastos. Tocantins e Paraíba, por outro lado, têm execução de mais da metade de seus orçamentos provenientes do PAC, respectivamente 75% e 62%. Veja aqui relação completa do “PAC orçamentário” por unidade da federação com dados atualizados até o dia 27 de abril.
Vale ressaltar que os índices de execução do chamado "PAC orçamentário" irão aumentar no decorrer do ano. Por enquanto (até o último dia 23), o governo aplicou R$ 3 bilhões de uma dotação prevista de R$ 20,8 bilhões para 2009.
Milton Júnior e Amanda Costa
Do Contas Abertas
http://contasabertas.uol.com.br/noticias/auto=2686.htm
quarta-feira, 27 de maio de 2009
IDEOLOGIA SIMIESCA
Que país é a Coreia do Norte?
A ditadura de Kim Jon-Il está desafiando o mundo com novos testes, com o lançamento de mísseis.
RODRIGO BOCARDI Nova York
Que país é esse? É a República Democrática Popular da Coreia (RDPC). Mais conhecida como Coreia do Norte porque ocupa a metade de cima da Península Coreana. Faz fronteira com a China - que sempre se mostrou parceira e até hoje fornece 80% da energia elétrica e 20% dos alimentos consumidos pelos norte-coreanos. E com Rússia - que foi aliada nos tempos de União Soviética e financiava o país vizinho.
Abaixo está a Coreia do Sul, rica e capitalista. Pobre e comunista ficou a Coreia do Norte - um dos poucos países no mundo com esse tipo de regime.
Cuba, por exemplo, também é comunista e recebe mais de dois milhões de visitantes por ano. Na Coreia do Norte, menos de dois mil turistas pisam lá anualmente. É a nação mais fechada do planeta. Internet e telefone celular são proibidos. Rádio, TV - só os oficiais, do governo. Assistir a canal estrangeiro é crime, e dá prisão perpétua.
Neste país de 23 milhões de habitantes há um exército com mais de 1,2 milhão de soldados. Isso sem contar os militares da reserva - mais de 5 mil. Na Coreia do Norte, os homens passam uma década a serviço das Forças Armadas e as mulheres, seis anos. É considerado o quarto maior exército do mundo.
Só os Estados Unidos, a Rússia e a China têm mais soldados e gastam mais com a defesa. Para bancar toda essa tropa o governo norte-coreano repassa quase 40% do PIB para os militares. Isso significa aproximadamente US$ 16 bilhões, R$ 32 bilhões por ano.
As Forças Armadas que chamam atenção pelos passos impecáveis nos desfiles deixam a desejar na qualidade dos 3,5 mil tanques de guerra, dos 1,5 mil aviões e dos 420 navios, dizem analistas.
Os equipamentos são considerados velhos. Parece pouco importar para quem tem armas de destruição em massa.
A Coreia do Norte, que já ameaçou abandonar o desenvolvimento de armas nucleares, está desafiando o mundo com novos testes, com o lançamento de mísseis. Desta vez, parece não ser chantagem de um país isolado na Ásia quer ajuda internacional. Parece ser uma demonstração de força de um egocêntrico ditador chamado Kim Jon-Il. E a paciência do governo americano com essas atitudes não é infinita, como já declarou a Casa Branca.
Mundo impotente
Neste momento de muita tensão, o mundo se pergunta: o que fazer para impedir os desvarios da Coreia do Norte? O ex-embaixador Marcos Azambuja, experiente negociador brasileiro, que hoje ocupa a vice-presidência do Centro Brasileiro de Relações Internacionais, comenta:
“A Coréia do Norte é uma ditadura fechada completamente, onde não existem elementos normais de uma sociedade moderna. A opinião pública não conta, a imprensa não existe, o Congresso não opera, a cidadania não protesta. É raro ver uma situação em que o mundo seja tão impotente diante de um ator tão irresponsável”.
http://g1.globo.com/bomdiabrasil/0,,MUL1169030-16020,00-QUE+PAIS+E+A+COREIA+DO+NORTE.html
DITADURA NUCLEAR
Há quem defenda o comunismo...
Nova ameaça da Coreia do Norte é atacar vizinhos
A Coreia do Norte avisou que, se qualquer navio for interceptado pelos sul-coreanos, vai responder com um poderoso ataque militar.
Em Seul, o protesto hoje foi de sul-coreanos contrários à decisão do governo de fazer parte do grupo de países, liderados pelos Estados Unidos, que tentam evitar o transporte marítimo de armas de destruição em massa.
A iniciativa dos vizinhos do sul provocou mais uma ameaça. A Coreia do Norte avisou que, se qualquer navio for interceptado pelos sul-coreanos, vai responder com um poderoso ataque militar. A ditadura de Kim Jon-Il também disse que não se consideram mais obrigados a respeitar o cessar-fogo que encerrou a Guerra da Coreia, em 1953.
Tecnicamente, os dois países ainda estão em guerra, já que jamais assinaram um tratado de paz.
Ontem à noite, os nortes-coreanos lançaram mais um foguete de curto alcance em direção ao Mar do Japão. Foi o sexto em dois dias.
Em uma sessão conjunta, o parlamento japonês votou uma moção de censura contra a Coreia do Norte. Isso abre caminho para novas sanções econômicas e diplomáticas, embora muitos analistas digam que esse tipo de medida - que não funcionou até agora - vai continuar sem ter efeito nenhum.
Em mais um desafio aos países do ocidente e aos vizinhos da Ásia, a Coreia do Norte reativou o seu reator nuclear. Os sinais de que a instalação voltou a funcionar, como nuvens de vapor, foram captados por satélites espiões americanos.
A usina de Yongbyon chegou a ser parcialmente demolida no ano passado, como parte do acordo conduzido por um grupo de seis países para retirar a Coreia do Norte do isolamento e encerrar as atividades nucleares. O acordo fracassou e agora o país tenta aumentar seu arsenal atômico.
http://g1.globo.com/bomdiabrasil/0,,MUL1169109-16020,00-NOVA+AMEACA+DA+COREIA+DO+NORTE+E+ATACAR+VIZINHOS.html
A Coreia do Norte avisou que, se qualquer navio for interceptado pelos sul-coreanos, vai responder com um poderoso ataque militar.
Em Seul, o protesto hoje foi de sul-coreanos contrários à decisão do governo de fazer parte do grupo de países, liderados pelos Estados Unidos, que tentam evitar o transporte marítimo de armas de destruição em massa.
A iniciativa dos vizinhos do sul provocou mais uma ameaça. A Coreia do Norte avisou que, se qualquer navio for interceptado pelos sul-coreanos, vai responder com um poderoso ataque militar. A ditadura de Kim Jon-Il também disse que não se consideram mais obrigados a respeitar o cessar-fogo que encerrou a Guerra da Coreia, em 1953.
Tecnicamente, os dois países ainda estão em guerra, já que jamais assinaram um tratado de paz.
Ontem à noite, os nortes-coreanos lançaram mais um foguete de curto alcance em direção ao Mar do Japão. Foi o sexto em dois dias.
Em uma sessão conjunta, o parlamento japonês votou uma moção de censura contra a Coreia do Norte. Isso abre caminho para novas sanções econômicas e diplomáticas, embora muitos analistas digam que esse tipo de medida - que não funcionou até agora - vai continuar sem ter efeito nenhum.
Em mais um desafio aos países do ocidente e aos vizinhos da Ásia, a Coreia do Norte reativou o seu reator nuclear. Os sinais de que a instalação voltou a funcionar, como nuvens de vapor, foram captados por satélites espiões americanos.
A usina de Yongbyon chegou a ser parcialmente demolida no ano passado, como parte do acordo conduzido por um grupo de seis países para retirar a Coreia do Norte do isolamento e encerrar as atividades nucleares. O acordo fracassou e agora o país tenta aumentar seu arsenal atômico.
http://g1.globo.com/bomdiabrasil/0,,MUL1169109-16020,00-NOVA+AMEACA+DA+COREIA+DO+NORTE+E+ATACAR+VIZINHOS.html
GARRAS DO ESTADO
Brasileiros trabalham para pagar impostos até agora
De 1º de janeiro até hoje, 27 de maio, milhões de contribuintes pagaram mais de R$ 400 bilhões em tributos diretos e indiretos.
Uma matemática terrível: de 1º de janeiro até hoje, 27 de maio, milhões de contribuintes trabalharam duro para honrar um único compromisso com o governo.
O brasileiro trabalhou nos cinco primeiros meses do ano para matar a fome de tributos da União, dos Estados e dos Municípios. Pagou mais de R$ 400 bilhões em impostos diretos e indiretos.
Os números são de um estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário.
“Nós temos, hoje, cerca de 61 tributos. A tributação que é embutida no consumo é uma tributação silenciosa”, explica João Elói Olemike, diretor do instituto.
Na área dos alimentos, por exemplo, o produto campeão de arrecadação na cesta básica é a manteiga. No preço dela, o imposto embutido é de 36%. O pão nosso de cada dia custaria 14% a menos, se não fossem os tributos. O leite das crianças vem com 12,55% de impostos.
“Acho um absurdo. A gente já tem um monte de imposto para pagar. Os alimentos são produtos que nós não vivemos sem. Ainda temos que pagar imposto”, reclama uma consumidora.
Pagar tantos impostos, sem o devido retorno, é como sair para trabalhar já devendo. O taxista auxiliar sabe o que é isso. Ele paga uma diária ao dono do táxi e tem que faturar para garantir esse pagamento em primeiro lugar.
“Saio para trabalhar às 2h e volto às 22h, são 11 horas. Essa é a minha carga horária por dia. De 18 a 20 horas de trabalho por dia”, conta um taxista.
“Eu trabalho de segunda a sábado. A compensação é não ficar desempregado”, acrescenta mais um taxista.
MAIS UMA...
Parlamentares questionam abrir embaixada do Brasil na Coreia do Norte
Parlamentares e especialistas em relações internacionais questionam a decisão do governo de abrir uma embaixada na Coréia do Norte, o país que voltou a ameaçar o mundo com suas armas nucleares.
Tanta pompa para celebrar o atraso. Na Coréia de Kim Jong Il, quem não marchar direito pode ir preso em um campo de trabalhos forçados. O próprio país já parece um grande campo de concentração. 24 milhões de pessoas vivendo no regime mais fechado do mundo, onde sobram fome, presos políticos e não há liberdades mínimas, diz a Human Rights Watch.
O ditador Kim Jong Il há um quarto de século comanda um país que herdou do pai. Caso único de dinastia comunista no planeta. E é neste país, que tem o regime mais fechado do mundo, que o Brasil está prestes a abrir uma embaixada.
Parlamentares e especialistas em relações internacionais questionam a decisão do governo de abrir uma embaixada na Coréia do Norte, o país que voltou a ameaçar o mundo com suas armas nucleares.
Tanta pompa para celebrar o atraso. Na Coréia de Kim Jong Il, quem não marchar direito pode ir preso em um campo de trabalhos forçados. O próprio país já parece um grande campo de concentração. 24 milhões de pessoas vivendo no regime mais fechado do mundo, onde sobram fome, presos políticos e não há liberdades mínimas, diz a Human Rights Watch.
O ditador Kim Jong Il há um quarto de século comanda um país que herdou do pai. Caso único de dinastia comunista no planeta. E é neste país, que tem o regime mais fechado do mundo, que o Brasil está prestes a abrir uma embaixada.
"O Brasil, nesse momento exato, instalar uma embaixada dá a idéia que nós estamos apoiando essa atitude despropositada", afirma o Senador Heráclito Fortes (DEM/PI), da Comissão de Relações Exteriores.
A atitude a que o Senador de oposição se refere foi à realização de testes nucleares pelo país controlado pelo "querido líder" que é como Kim Jong Il exige ser chamado.
Foi por causa disso que o Itamaraty adiou a ida do embaixador do Brasil para Pyongyang, capital da Coréia do Norte. "O Brasil não pode ser complacente e está correto de não enviar o embaixador para lá agora e tem que avaliar se deve enviar no futuro", diz o Senador da Comissão de Relações Exteriores, Renato Casagrande (PSB/ES).
O Brasil estabeleceu relações diplomáticas com a Coréia do Norte em 2001, ainda no governo Fernando Henrique. Abrir a embaixada lá é o segundo passo. Coréia do Norte instalou sua embaixada no país há quase quatro anos. "O Brasil é um país que acredita no diálogo, o Brasil é um país que acredita no engajamento, acredita na conversação e na diplomacia como forma de resolver dificuldades, pendências, problemas potenciais, inclusive, de natureza bilateral", afirma o embaixador da Coréia do Norte, Roberto Jaguaribe.
Para o ex-embaixador do Brasil em Washington, Rubens Barbosa nem comércio justificaria a aproximação com a Coréia do Norte. No ano passado foram apenas US$ 381 milhões em negócios entre os dois países. As exportações brasileiras para a Coréia do Norte representaram apenas 0,1% das vendas brasileiras no exterior.
"Eu acho que certos gestos, que estão sento tomados na política externa atual, são meio gratuitos se não houver outros interesses. Porque como é que você vai se aproximar da Coréia do Norte quando ela está isolada, tem uma atitude de desafio a comunidade internacional", diz Rubens Barbosa .
A atitude a que o Senador de oposição se refere foi à realização de testes nucleares pelo país controlado pelo "querido líder" que é como Kim Jong Il exige ser chamado.
Foi por causa disso que o Itamaraty adiou a ida do embaixador do Brasil para Pyongyang, capital da Coréia do Norte. "O Brasil não pode ser complacente e está correto de não enviar o embaixador para lá agora e tem que avaliar se deve enviar no futuro", diz o Senador da Comissão de Relações Exteriores, Renato Casagrande (PSB/ES).
O Brasil estabeleceu relações diplomáticas com a Coréia do Norte em 2001, ainda no governo Fernando Henrique. Abrir a embaixada lá é o segundo passo. Coréia do Norte instalou sua embaixada no país há quase quatro anos. "O Brasil é um país que acredita no diálogo, o Brasil é um país que acredita no engajamento, acredita na conversação e na diplomacia como forma de resolver dificuldades, pendências, problemas potenciais, inclusive, de natureza bilateral", afirma o embaixador da Coréia do Norte, Roberto Jaguaribe.
Para o ex-embaixador do Brasil em Washington, Rubens Barbosa nem comércio justificaria a aproximação com a Coréia do Norte. No ano passado foram apenas US$ 381 milhões em negócios entre os dois países. As exportações brasileiras para a Coréia do Norte representaram apenas 0,1% das vendas brasileiras no exterior.
"Eu acho que certos gestos, que estão sento tomados na política externa atual, são meio gratuitos se não houver outros interesses. Porque como é que você vai se aproximar da Coréia do Norte quando ela está isolada, tem uma atitude de desafio a comunidade internacional", diz Rubens Barbosa .
VEJA O VÍDEO DA MATÉRIA AQUI:
terça-feira, 26 de maio de 2009
PARABÉM, KIBABU!
MÚSICA
Olá caros oito leitores do blog.
Ontem três amigas me disseram que sou "polêmico". Pra dizer a verdade, gostei. Jornalista que não é polêmico...
Mas fiquem hoje com Paul McCrane, Is it o.k. if I call you mine?
Is it ok if I call you mine
just for a time?
And I will be just fine
If I know that you know that I'm wanting, needing your love
oh
If I ask of you is it alright
If I ask you to hold me tight
through a cold tough night
'Cause there may be a cloudy day inside
And I need to let you know that I might be needing your love
oh
And what I'm trying to say isn't really new
It's just the things that happen to me when I'm reminded of you
Like when I hear your name or see a place that you've been
Or see a picture of your grin
Or pass a house that you've been in
One time or anotherit sets off something in me I can't explainand
I can't wait to see you again
Oh babe I love your love
oh
And what I'm trying to say isn't really new
It's just the things that happen to me when I'm reminded of you...
sexta-feira, 22 de maio de 2009
E SE NO LUGAR DE LIMÕES, A VIDA NOS DESSE CÉREBRO???
Parece que aqueles que defendem apenas o fechamento de Guantánamo, mas se "esquecem" de defender também o fim da ditadura da família Castro na ilha, não possuem cérebro... Mas isso é apenas uma falsa aparência.
Na realidade existe uma ideologia das cavernas por detrás disso tudo.
O "Sombra", personagem antigo do rádio brasileiro, com sua voz maligna, dizia: "Quem sabe o mal que se esconde nos corações humanos? O Sombra sabe!"; e dava uma risada estilo Boris Karloff com Bela Lugosi.
Obama insiste no fechamento de Guantánamo e irrita opositores
Presidente americano diz que prisão ameaça segurança nacional e defende transferência de presos para os EUA
Patrícia Campos Mello, WASHINGTON
O presidente dos EUA, Barack Obama, voltou a defender ontem o fechamento da prisão de Guantánamo, em Cuba, e admitiu que alguns dos prisioneiros terão de ser transferidos para centros de detenção em solo americano. Obama proferiu um discurso incisivo sobre segurança nacional no Arquivo Nacional de Washington, diante de democratas e republicanos contrários ao fechamento da prisão. Senadores dos dois partidos bloquearam a liberação de US$ 80 milhões para o fechamento do centro porque exigem mais detalhes sobre o destino dos presos e são contra a permanência deles em território dos EUA.
"Quando determinei o fechamento de Guantánamo sabia que seria difícil e complexo; há 240 pessoas lá que estão há anos em um limbo jurídico", disse Obama. "Estamos limpando algo que é, simplesmente, uma bagunça enorme." Ele insistiu na necessidade de fechar a prisão, dizendo que o local é uma ameaça à segurança nacional. "Guantánamo reduz a vontade dos nossos aliados de nos ajudar. Os custos de manter a prisão aberta são muito maiores do que as complicações de fechá-las." Obama criticou seu antecessor, George W. Bush, afirmando que seu governo estabeleceu uma "abordagem ineficiente" no combate ao terrorismo, em desrespeito às instituições e aos valores americanos.
Obama tentou tranquilizar legisladores afirmando que "nenhum detento que ameace o povo americano" será solto nos EUA, mas admitiu que parte dos presos terá de ser transferida para o país, "para o mesmo tipo de unidade de detenção que abriga criminosos perigosos e violentos - as prisões de alta segurança". "Ninguém jamais escapou de uma prisão ?Supermax?, que abriga centenas de terroristas condenados."
As explicações, porém, não satisfizeram os legisladores. "Com todo o respeito ao presidente, nós precisamos de um plano e não de um discurso", disse o líder republicano no Senado, Mitch McConnell.
Obama admitiu que alguns dos detentos terão de ser mantidos em algum lugar indefinidamente, sem direito a julgamento. Segundo ele, esse é o maior desafio para o fechamento da prisão: o que fazer com os detentos que não podem ser julgados, porque as provas foram obtidas sob tortura ou porque é impossível provar na Justiça sua culpa, mas mesmo assim representam ameaça. "Detentos que receberam treinamento de explosivos da Al-Qaeda e os que juraram lealdade a Osama bin Laden são exemplos de pessoas que continuam em guerra contra os EUA."
Segundo o presidente, o governo criará um "novo regime legal" para lidar com esses detentos, mas a ideia foi alvo de críticas. "O presidente enrolou-se na Constituição e depois a violou, anunciando que pretende criar um novo esquema de detenção preventiva que vai apenas mudar Guantánamo de lugar e dar um novo nome à prisão", disse o presidente do Centro de Direitos Constitucionais, Michael Ratner.
Obama também voltou a atacar o ex-vice-presidente Dick Cheney . "Sei que alguns argumentam que métodos brutais como simulação de afogamento foram necessários para nos manter seguros. Eu não poderia discordar mais. Tenho acesso à inteligência e rejeito o argumento de que esses são os métodos mais eficientes de interrogatório", disse Obama.
PRESÍDIO POLÊMICO
Barack Obama
Presidente dos EUA
''Quando eu determinei o fechamento de Guantánamo, sabia que seria difícil e complexo; há 240 pessoas lá que estão há anos em um limbo jurídico. Estamos limpando algo que é, simplesmente, uma bagunça enorme''
''Guantánamo reduz a vontade dos nossos aliados de nos ajudar. Os custos de manter a prisão aberta são muito maiores do que as complicações de fechá-la''
Mitch McConnell
Líder republicano no Senado americano
''Com todo o respeito ao presidente, nós precisamos de um plano e não de um discurso''
Presidente americano diz que prisão ameaça segurança nacional e defende transferência de presos para os EUA
Patrícia Campos Mello, WASHINGTON
O presidente dos EUA, Barack Obama, voltou a defender ontem o fechamento da prisão de Guantánamo, em Cuba, e admitiu que alguns dos prisioneiros terão de ser transferidos para centros de detenção em solo americano. Obama proferiu um discurso incisivo sobre segurança nacional no Arquivo Nacional de Washington, diante de democratas e republicanos contrários ao fechamento da prisão. Senadores dos dois partidos bloquearam a liberação de US$ 80 milhões para o fechamento do centro porque exigem mais detalhes sobre o destino dos presos e são contra a permanência deles em território dos EUA.
"Quando determinei o fechamento de Guantánamo sabia que seria difícil e complexo; há 240 pessoas lá que estão há anos em um limbo jurídico", disse Obama. "Estamos limpando algo que é, simplesmente, uma bagunça enorme." Ele insistiu na necessidade de fechar a prisão, dizendo que o local é uma ameaça à segurança nacional. "Guantánamo reduz a vontade dos nossos aliados de nos ajudar. Os custos de manter a prisão aberta são muito maiores do que as complicações de fechá-las." Obama criticou seu antecessor, George W. Bush, afirmando que seu governo estabeleceu uma "abordagem ineficiente" no combate ao terrorismo, em desrespeito às instituições e aos valores americanos.
Obama tentou tranquilizar legisladores afirmando que "nenhum detento que ameace o povo americano" será solto nos EUA, mas admitiu que parte dos presos terá de ser transferida para o país, "para o mesmo tipo de unidade de detenção que abriga criminosos perigosos e violentos - as prisões de alta segurança". "Ninguém jamais escapou de uma prisão ?Supermax?, que abriga centenas de terroristas condenados."
As explicações, porém, não satisfizeram os legisladores. "Com todo o respeito ao presidente, nós precisamos de um plano e não de um discurso", disse o líder republicano no Senado, Mitch McConnell.
Obama admitiu que alguns dos detentos terão de ser mantidos em algum lugar indefinidamente, sem direito a julgamento. Segundo ele, esse é o maior desafio para o fechamento da prisão: o que fazer com os detentos que não podem ser julgados, porque as provas foram obtidas sob tortura ou porque é impossível provar na Justiça sua culpa, mas mesmo assim representam ameaça. "Detentos que receberam treinamento de explosivos da Al-Qaeda e os que juraram lealdade a Osama bin Laden são exemplos de pessoas que continuam em guerra contra os EUA."
Segundo o presidente, o governo criará um "novo regime legal" para lidar com esses detentos, mas a ideia foi alvo de críticas. "O presidente enrolou-se na Constituição e depois a violou, anunciando que pretende criar um novo esquema de detenção preventiva que vai apenas mudar Guantánamo de lugar e dar um novo nome à prisão", disse o presidente do Centro de Direitos Constitucionais, Michael Ratner.
Obama também voltou a atacar o ex-vice-presidente Dick Cheney . "Sei que alguns argumentam que métodos brutais como simulação de afogamento foram necessários para nos manter seguros. Eu não poderia discordar mais. Tenho acesso à inteligência e rejeito o argumento de que esses são os métodos mais eficientes de interrogatório", disse Obama.
PRESÍDIO POLÊMICO
Barack Obama
Presidente dos EUA
''Quando eu determinei o fechamento de Guantánamo, sabia que seria difícil e complexo; há 240 pessoas lá que estão há anos em um limbo jurídico. Estamos limpando algo que é, simplesmente, uma bagunça enorme''
''Guantánamo reduz a vontade dos nossos aliados de nos ajudar. Os custos de manter a prisão aberta são muito maiores do que as complicações de fechá-la''
Mitch McConnell
Líder republicano no Senado americano
''Com todo o respeito ao presidente, nós precisamos de um plano e não de um discurso''
ONDE MAIS ELE PODERIA ESTAR?
Chefe da máfia italiana é preso no Brasil
Operação internacional prendeu em quatro países 20 acusados de ligação com a máfia, fraude e corrupção.
De Roma para a BBC Brasil
Numa operação internacional contra o crime organizado, polícias de quatro países prederam 20 pessoas acusadas de associação com a máfia e transações ilícitas, entre elas Leonardo Badalamenti, o suposto chefe do grupo, detido no Brasil.
Badalamenti é filho de Gaetano Badalamenti, um dos antigos chefões da máfia siciliana, morto em 2004.
A operação, chamada "Cento Passi", ocorreu simultaneamente na madrugada desta sexta-feira na Itália, Espanha, Venezuela e Brasil, culminando com a prisão de 20 pessoas de nacionalidade italiana, acusadas de associação mafiosa, corrupção e fraude.
No Brasil, agentes da polícia federal em colaboração com a Interpol, prenderam Badalamenti, 49 anos, em São Paulo, cidade onde morava segundo o procurador Vittorio Teresi, um dos coordenadores da operação.
"Badalamenti foi detido em São Paulo, diante de nosso pedido de prisão provisória para fins de extradição", disse Vittorio Teresi à BBC Brasil.
O tenente coronel Strada, da polícia de Florença, que participou das operações, afirmou que a polícia brasileira fez um excelente trabalho porque não era fácil encontrar Leonardo Badalamenti, que vivia na cidade com o nome falso de Carlos Massetti.
Títulos falsos
O grupo chefiado por Badalamenti é acusado de tentar negociar títulos de investimento falsos, através de agentes financeiros.
"Leonardo Badalamenti era um dos coordenadores destas operações, feitas para tentar negociar títulos falsos no circuito financeiro internacional através de algumas filiais do Banco da Venezuela nos Estados Unidos, na própria Venezuela e na Inglaterra", informou o procurador Teresi.
O grupo de mafiosos queria negociar títulos falsos da dívida pública venezuelana por um total de cerca US$ 1 bilhão, que poderiam garantir abertura de crédito em bancos de diversos países, entre eles o Lehman Brothers de Baltimore, nos Estados Unidos, além de uma filial do Shanghai Bank em Hong Kong e um banco inglês.
Os institutos de crédito e os agentes financeiros, com base num atestado de depósito de papéis falsos garantido por um funcionário corrupto do Banco Central da Venezuela, deveriam autorizar o financiamento de centenas de milhões de dólares que seriam investidos em operações muito rentáveis.
Bloqueio
Segundo o magistrado, as tentativas de negociação de títulos falsos ocorreram entre dezembro de 2003 e abril de 2004 e não tiveram êxito porque o sistema de controle internacional dos bancos detectou algo de errado e bloqueou as operações.
"Fomos informados do caso porque, na época em que ocorreram, estávamos investigando as atividades das pessoas envolvidas".
Após a prisão de Leonardo Badalamenti, as autoridades italianas aguardam a decisão sobre sua extradição para a Itália.
Segundo o tratado de extradição, assinado pelos governos da Itália e do Brasil em 1989 e promulgado em 1993, após a prisão, ele deve permanecer detido à espera da decisão do Supremo Tribunal Federal.
O caso da extradição de Badalamenti vai entrar na pauta do STF, que já tem o polêmico caso do ex-terrorista Cesare Battisti para examinar. A decisão pode levar alguns meses.
Leonardo Badalamenti é filho do "chefão" Gaetano, conhecido como Dom Tano Badalamenti, morto aos 81 anos numa prisão nos Estados Unidos, em 2004. Seu envolvimento com o tráfico de drogas ficou comprovado em 1984 através da operação "Pizza Connection".
"Conhecemos muito bem os Badalamenti", disse o procurador.
Gaetano Badalamenti era o "padrinho" da máfia siciliana até os anos 80, quando iniciou uma guerra pelo poder com o clã adversário dos "corleoneses", que venceram e assassinaram quase toda a família Badalamenti.
Dom Tano fugiu para o Brasil e depois se transferiu para os Estados Unidos.
http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,chefe-da-mafia-italiana-e-preso-no-brasil,375206,0.htm
quinta-feira, 21 de maio de 2009
GOLPE
CAROS OITO LEITORES DO BLOG:
SANDRO MABEL FOI O PRIMEIRO DEPUTADO ENVOLVIDO NO MENSALÃO A SER ABSOLVIDO PELO CONSELHO DE ÉTICA.
ENTENDERAM???
Líder do PR propõe estender mandatos de Lula, governadores, senadores e deputados até 2012
Piero Locatelli
O deputado Sandro Mabel (PR-GO), líder do seu partido na Câmara, propôs um referendo para ampliar em dois anos os mandatos dos atuais deputados, senadores, governadores e do presidente da República.
"Tenho defendido a prorrogação por dois anos, com plebiscito, para fazer a coincidência de eleições em 2012. Não podemos mais ter eleições de dois em dois anos", disse Mabel. Assim, em 2012, ocorreriam eleições gerais, para vereadores, prefeitos, deputados estaduais, federais, governadores, senadores e presidente.
O deputado também argumenta que não se pode mudar a equipe econômica num momento de crise, como o atual. "Como estamos num momento de crise e a equipe está indo bem, poderíamos mantê-la." Para ele, mudar a equipe agora pode trazer problemas. O PR integra a base de sustentação do governo Lula.
Piero Locatelli
O deputado Sandro Mabel (PR-GO), líder do seu partido na Câmara, propôs um referendo para ampliar em dois anos os mandatos dos atuais deputados, senadores, governadores e do presidente da República.
"Tenho defendido a prorrogação por dois anos, com plebiscito, para fazer a coincidência de eleições em 2012. Não podemos mais ter eleições de dois em dois anos", disse Mabel. Assim, em 2012, ocorreriam eleições gerais, para vereadores, prefeitos, deputados estaduais, federais, governadores, senadores e presidente.
O deputado também argumenta que não se pode mudar a equipe econômica num momento de crise, como o atual. "Como estamos num momento de crise e a equipe está indo bem, poderíamos mantê-la." Para ele, mudar a equipe agora pode trazer problemas. O PR integra a base de sustentação do governo Lula.
Os líderes do PMDB, PT e DEM se mostraram contrários à proposta de Mabel. "Fico até constrangido de ouvir que um deputado tenha coragem de fazer uma proposta dessas", disse Ronaldo Caiado (DEM-GO).
Segundo Mabel, há tempo hábil para aprovar o projeto de plebiscito ou referendo até setembro deste ano, limite para a alteração das regras eleitorais.
Mabel fez a proposta na reunião de líderes que acontece na casa do presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP). A intenção da reunião é estabelecer um calendário de votações da reforma política.
Atualmente, têm sido discutidos na Câmara dois pontos principais: a adoção do voto em lista fechada e o financiamento público exclusivo de campanhas eleitorais. Mesmo essas propostas, que encontram consenso entre lideranças de vários partidos e que, em tese, poderiam ser aprovadas por maioria simples, enfrentam grandes dificuldades para avançar. Na reunião de hoje, só foi definido que o requerimento de urgência será votado na quarta-feira.
Segundo Mabel, há tempo hábil para aprovar o projeto de plebiscito ou referendo até setembro deste ano, limite para a alteração das regras eleitorais.
Mabel fez a proposta na reunião de líderes que acontece na casa do presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP). A intenção da reunião é estabelecer um calendário de votações da reforma política.
Atualmente, têm sido discutidos na Câmara dois pontos principais: a adoção do voto em lista fechada e o financiamento público exclusivo de campanhas eleitorais. Mesmo essas propostas, que encontram consenso entre lideranças de vários partidos e que, em tese, poderiam ser aprovadas por maioria simples, enfrentam grandes dificuldades para avançar. Na reunião de hoje, só foi definido que o requerimento de urgência será votado na quarta-feira.
QUANDO UM REVOLUCIONÁRIO FALA...
NÃO É APENAS LULA-LÁ QUE ADORA CULPAR A IMPRENSA PELA CORRUPÇÃO DE SEU GOVERNO. ISSO FAZ PARTE DA AMÉRICA LATINA REVOLUCIONÁRIA.
Kirchner e Chávez criticam a imprensa
O presidente da Venezuela disse que não será surpresa se ele adotar novas medidas contra meios de comunicação que, segundo ele, praticam o terrorismo.
Na Argentina, a presidente Cristina Kirchner recebeu o colega Hugo Chávez que, nas últimas semanas, voltou a investir contra empresas privadas da Venezuela. O correspondente Carlos de Lannoy acompanhou a visita.
Enquanto militares assumiam o controle de mais uma fábrica da Cargill, multinacional que produz alimentos na Venezuela, o presidente Hugo Chávez assinava, em Buenos Aires, uma série de acordos de cooperação com a presidente Cristina Kirchner.
Os dois governos têm visões parecidas de como superar a crise financeira internacional. Com a desculpa de salvar empregos e manter a atividade econômica, a Argentina estatizou a Aerolíneas Argentinas e outras empresas.
Na Venezuela, Chávez intensificou expropriações de terras, empresas e bancos sob o argumento de que está em marcha uma revolução socialista e pretende aprovar uma lei que permita confiscar empresas privadas que não se enquadrem no modelo socialista.
Durante entrevista coletiva, os presidentes Cristina Kirchner e Hugo Chávez criticaram a imprensa. O presidente da Venezuela disse que não será surpresa se ele adotar novas medidas contra meios de comunicação que, segundo ele, praticam o terrorismo.
"Não podemos permitir que os meios de comunicação continuem com suas políticas de terrorismo, incitando o ódio, a violência e o desrespeito às autoridades", disse Chávez, que ameaçou esta semana fechar a Globovision, um canal de notícias.
Há exatamente dois anos, Chávez mandou fechar a RCTV, o canal mais antigo e de maior audiência da Venezuela. Por telefone, o diretor da Globovision, Alberto Ravell, negou que use o canal para fazer terrorismo e respondeu que Chávez sim usa as televisões públicas do país para fazer propaganda política.
SÓ EM 2016
Obama anuncia limites na emissão de gases poluentes
A partir de 2016, todos os carros terão que apresentar um consumo médio de 15 quilômetros por litro de gasolina. Se isso for cumprido, estima-se que a emissão de gases poluentes cairá quase 40%.
O presidente americano, Barack Obama, aumentou o rigor nos limites de emissão de gases poluentes nos Estados Unidos, mas só para daqui a sete anos.
A partir de 2016, todos os carros terão que apresentar um consumo médio de 15 quilômetros por litro de gasolina. Se isso for cumprido, estima-se que a emissão de gases poluentes cairá quase 40%, mas a previsão é que essa nova geração de carros vá ficar, em média, R$ 2,7 mil mais cara.
http://jornalnacional.globo.com/Telejornais/JN/0,,MUL1160343-10406,00-OBAMA+ANUNCIA+LIMITES+NA+EMISSAO+DE+GASES+POLUENTES.html
O presidente americano, Barack Obama, aumentou o rigor nos limites de emissão de gases poluentes nos Estados Unidos, mas só para daqui a sete anos.
A partir de 2016, todos os carros terão que apresentar um consumo médio de 15 quilômetros por litro de gasolina. Se isso for cumprido, estima-se que a emissão de gases poluentes cairá quase 40%, mas a previsão é que essa nova geração de carros vá ficar, em média, R$ 2,7 mil mais cara.
http://jornalnacional.globo.com/Telejornais/JN/0,,MUL1160343-10406,00-OBAMA+ANUNCIA+LIMITES+NA+EMISSAO+DE+GASES+POLUENTES.html
SANTA IGREJA
Relatório denuncia abuso sexual infantil na Irlanda
Da década de 30 até o fechamento das instituições, mais de dois mil meninos e meninas foram violentados, espancados e humilhados por padres e freiras que dirigiam orfanatos, reformatórios e escolas.
Na Irlanda, uma comissão independente divulgou um relatório chocante. Durante 60 anos, milhares de crianças sofreram abusos em instituições religiosas do país.
Da década de 30 até o fechamento das instituições, nos anos 90, mais de dois mil meninos e meninas foram violentados, espancados e humilhados por padres e freiras que dirigiam orfanatos, reformatórios e escolas.
As crianças denunciaram os abusos para integrantes da Igreja e inspetores do governo, mas nada foi feito. Apesar disso, nenhum padre ou freira será incriminado porque a Justiça ordenou que nenhum nome real fosse incluído no relatório.
Da década de 30 até o fechamento das instituições, mais de dois mil meninos e meninas foram violentados, espancados e humilhados por padres e freiras que dirigiam orfanatos, reformatórios e escolas.
Na Irlanda, uma comissão independente divulgou um relatório chocante. Durante 60 anos, milhares de crianças sofreram abusos em instituições religiosas do país.
Da década de 30 até o fechamento das instituições, nos anos 90, mais de dois mil meninos e meninas foram violentados, espancados e humilhados por padres e freiras que dirigiam orfanatos, reformatórios e escolas.
As crianças denunciaram os abusos para integrantes da Igreja e inspetores do governo, mas nada foi feito. Apesar disso, nenhum padre ou freira será incriminado porque a Justiça ordenou que nenhum nome real fosse incluído no relatório.
SILENCE! I KILL YOU!
Polícia do Rio matou seis vezes mais que a de São Paulo em 2008
Vitor Abdala
Da Agência Brasil
Da Agência Brasil
A polícia do Rio de Janeiro matou seis vezes mais do que a polícia paulista em 2008, segundo dados das secretarias de Segurança dos dois Estados. No ano passado, 1.137 pessoas morreram em supostos confrontos com policiais fluminenses, uma média de 6,86 para cada 100 mil habitantes. Em São Paulo, no mesmo período, foram 431 mortes nos chamados "autos de resistência" (morte em confronto com policiais), ou seja, uma média de 1,04 por cada 100 mil habitantes.
Segundo o coordenador de Análise e Planejamento da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, Túlio Kahn, o nível de letalidade de uma força policial é reflexo dos discursos das autoridades de cada Estado. Segundo ele, em São Paulo, há alguns anos, governos consecutivos têm tentado diminuir as mortes causadas pela polícia.
"Pelo menos em nível de discurso, muitas vezes a gente vê uma inflamação no Rio de Janeiro e uma reação por parte das polícias que, aqui em São Paulo, procura-se conter. Então, não obstante a diferença de armamento e do perfil dos criminosos de cada Estado, há uma diferença na condução das políticas. Aqui, há uma política específica de direitos humanos e de um controle muito estrito dos comandos, principalmente da Polícia Militar, sobre a tropa para refrear esse tipo de ação letal", afirma Kahn.
Já o especialista em Segurança Pública e Direitos Humanos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Ignácio Cano, considera que mesmo o índice de letalidade da polícia paulista é alto. O problema, para ele, é que a polícia do Rio mata ainda mais do que a de São Paulo. "O Rio representa uma situação absolutamente extrema no Brasil e no conjunto da América Latina e do mundo", diz.
Segundo o pesquisador, o discurso das autoridades de segurança pública, que no Rio de Janeiro defendem abertamente a política de confronto, por si só, não explica os índices de "autos de resistência" no Estado. Para ele, tal situação já faz parte da cultura da polícia fluminense.
"Aqui no Rio de Janeiro, já tivemos governantes que foram completamente a favor [das mortes causadas por policiais] e o impacto foi nefasto no número de pessoas mortas pela polícia. E tivemos governantes que eram moderadamente contra e não se reduziu o número de mortos pela polícia. Então, o governante tem um papel, mas há um elemento da cultura policial por um lado e da corrupção do aparelho do Estado, que certamente influenciam para além da vontade do governante", explica Cano.
A Secretaria de Segurança do Rio foi procurada pela Agência Brasil, para explicar a atuação da polícia fluminense, mas informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não iria fazer qualquer comentário.
Segundo o coordenador de Análise e Planejamento da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, Túlio Kahn, o nível de letalidade de uma força policial é reflexo dos discursos das autoridades de cada Estado. Segundo ele, em São Paulo, há alguns anos, governos consecutivos têm tentado diminuir as mortes causadas pela polícia.
"Pelo menos em nível de discurso, muitas vezes a gente vê uma inflamação no Rio de Janeiro e uma reação por parte das polícias que, aqui em São Paulo, procura-se conter. Então, não obstante a diferença de armamento e do perfil dos criminosos de cada Estado, há uma diferença na condução das políticas. Aqui, há uma política específica de direitos humanos e de um controle muito estrito dos comandos, principalmente da Polícia Militar, sobre a tropa para refrear esse tipo de ação letal", afirma Kahn.
Já o especialista em Segurança Pública e Direitos Humanos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Ignácio Cano, considera que mesmo o índice de letalidade da polícia paulista é alto. O problema, para ele, é que a polícia do Rio mata ainda mais do que a de São Paulo. "O Rio representa uma situação absolutamente extrema no Brasil e no conjunto da América Latina e do mundo", diz.
Segundo o pesquisador, o discurso das autoridades de segurança pública, que no Rio de Janeiro defendem abertamente a política de confronto, por si só, não explica os índices de "autos de resistência" no Estado. Para ele, tal situação já faz parte da cultura da polícia fluminense.
"Aqui no Rio de Janeiro, já tivemos governantes que foram completamente a favor [das mortes causadas por policiais] e o impacto foi nefasto no número de pessoas mortas pela polícia. E tivemos governantes que eram moderadamente contra e não se reduziu o número de mortos pela polícia. Então, o governante tem um papel, mas há um elemento da cultura policial por um lado e da corrupção do aparelho do Estado, que certamente influenciam para além da vontade do governante", explica Cano.
A Secretaria de Segurança do Rio foi procurada pela Agência Brasil, para explicar a atuação da polícia fluminense, mas informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não iria fazer qualquer comentário.
quarta-feira, 20 de maio de 2009
QUE O ANJO DA BOCA MOLE DIGA: AMÉÉÉMMM!!!!
'Não tem terceiro mandato', diz Lula
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a descartar nesta quarta-feira em Pequim a hipótese de se candidatar a um terceiro mandato presidencial caso sua candidata, a ministra da Casa Civil Dilma Rousseff, não tenha condições de disputar as eleições.
"Eu não discuto essa hipótese. Primeiro porque não tem terceiro mandato. Segundo, porque a Dilma está bem", afirmou Lula após uma visita à agência espacial chinesa.
Na segunda-feira, Dilma foi transferida de Brasília a São Paulo, onde foi hospitalizada para a realização de exames após ter sentido dores em consequência da reação ao tratamento de quimioterapia ao qual está se submetendo para o tratamento de um linfoma (câncer do sistema linfático).
Lula disse ter conversado por telefone com o médico pessoal da ministra, o cardiologista Roberto Kalil, e ter recebido a notícia de que ela está bem. "Já tinha passado as dores, era uma reação à quimioterapia", disse o presidente.
A hipótese do terceiro mandato tem sido mencionada informalmente como "plano B" por alguns aliados do governo caso os problemas de saúde impeçam a candidatura de Dilma.
Para que Lula pudesse se candidatar a uma nova reeleição, porém, seria necessária a aprovação de uma emenda à Constituição. O presidente tem negado com frequência a possibilidade de mudança constitucional e o desejo de concorrer novamente.
Questionado se mudaria de posição caso a ministra não puder concorrer, Lula afirmou: "Essa preocupação não vai existir. A Dilma vai fazer a quimioterapia dela e está totalmente curada, ou seja, não tem problema".
Lula esteve em Pequim para uma visita oficial de três dias ao país, de onde seguiu no início da tarde para a Turquia.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a descartar nesta quarta-feira em Pequim a hipótese de se candidatar a um terceiro mandato presidencial caso sua candidata, a ministra da Casa Civil Dilma Rousseff, não tenha condições de disputar as eleições.
"Eu não discuto essa hipótese. Primeiro porque não tem terceiro mandato. Segundo, porque a Dilma está bem", afirmou Lula após uma visita à agência espacial chinesa.
Na segunda-feira, Dilma foi transferida de Brasília a São Paulo, onde foi hospitalizada para a realização de exames após ter sentido dores em consequência da reação ao tratamento de quimioterapia ao qual está se submetendo para o tratamento de um linfoma (câncer do sistema linfático).
Lula disse ter conversado por telefone com o médico pessoal da ministra, o cardiologista Roberto Kalil, e ter recebido a notícia de que ela está bem. "Já tinha passado as dores, era uma reação à quimioterapia", disse o presidente.
A hipótese do terceiro mandato tem sido mencionada informalmente como "plano B" por alguns aliados do governo caso os problemas de saúde impeçam a candidatura de Dilma.
Para que Lula pudesse se candidatar a uma nova reeleição, porém, seria necessária a aprovação de uma emenda à Constituição. O presidente tem negado com frequência a possibilidade de mudança constitucional e o desejo de concorrer novamente.
Questionado se mudaria de posição caso a ministra não puder concorrer, Lula afirmou: "Essa preocupação não vai existir. A Dilma vai fazer a quimioterapia dela e está totalmente curada, ou seja, não tem problema".
Lula esteve em Pequim para uma visita oficial de três dias ao país, de onde seguiu no início da tarde para a Turquia.
SALAM, TALEBAN!
Armas dos EUA podem estar nas mãos do Taleban afegão, diz jornal
da Folha Online
Os insurgentes do grupo islâmico radical Taleban podem estar usando as armas e munições enviadas pelos Estados Unidos às forças de segurança do Afeganistão para resistir à ofensiva nacional e internacional para acabar com o terrorismo no país.
Em reportagem publicada nesta quarta-feira, o jornal "The New York Times" afirma que de 30 câmaras de rifle de repetição recentemente recuperados de corpos de insurgentes terroristas, 17 continham cartuchos e munição idênticos aos enviados pelos EUA para as forças de segurança do Afeganistão.
As câmaras foram capturadas no mês passado por um grupo de militares que matou, segundo o jornal, ao menos 13 insurgentes em uma emboscada no oeste do país asiático. Os soldados vasculharam os corpos dos terroristas e coletaram 10 rifles, um lançador de granadas, 30 câmaras e outros equipamentos.
Este equipamento foi disponibilizado a fotógrafos que registraram os números de série e as marcas no fundo dos cartuchos que identificam quando a munição foi fabricada. Os fotógrafos viram ainda marcadores colocados pelo governo para identificar as armas.
A presença desta munição entre as vítimas do vale de Korangal, uma área de combates constantes entre a fronteira do Afeganistão e Paquistão, afirma o jornal, sugere que as munições do Pentágono caíram nas mãos dos insurgentes que as usam em ataques contra os soldados dos EUA.
O jornal ressalta, contudo, que as 30 câmaras de rifle de repetição são apenas uma pequena amostra da munição nas mãos da guerrilha terrorista e que não há números oficiais sobre o número de armas que as forças de segurança acabam perdendo para o Taleban.
Especialistas, analistas de armas e negociadores afirmam, segundo o jornal, que a situação não deve ser ignorada. Afinal, a questão aqui é maior: qual o controle dos EUA e do Afeganistão sobre o inventário de armas e munições das forças de segurança nacionais e internacionais em um país tão vasto quanto o Afeganistão e em um conflito tão logo quanto este, que começou em 2001?
"Má disciplina e corrupção entre as forças afegãs pode ter ajudado os insurgentes a se manterem abastecidos", escreve o jornal.
A publicação lembra ainda que os EUA foram duramente criticados por não manter controle rígido sobre os milhares de rifles enviados às forças afegãs. "Algumas destas armas foram documentadas em mãos insurgentes, incluindo armas de uma batalha ano passado na qual nove americanos morreram", disse o jornal.
Entre as causas deste pouco controle sobre armas e munições, cita o jornal, estão recursos limitados, fala ta colaboração entre unidades de campo que coletam os equipamentos e investigadores e supervisores em Cabul.
"A ênfase da nossa perspectiva é a responsabilidade de todas as logísticas de maneira apropriada", explicou o general Anthony R. Ierardi, vice-comandante das tropas. Ele afirmou que, de acordo com a identificação das armas apreendidas nas mãos dos talebans, o uso das armas e munições americanas pelos insurgentes não é algo disseminado e supôs que o armamento pode ter caído nas mãos dos guerrilheiros de meios menos nefastos que a corrupção das forças afegãs.
O fato das armas do Pentágono chegarem nas mãos do Taleban "é o pior cenário possível", ressaltou. "Nós queremos evitar o cenário exato que você descreveu", afirmou.
da Folha Online
Os insurgentes do grupo islâmico radical Taleban podem estar usando as armas e munições enviadas pelos Estados Unidos às forças de segurança do Afeganistão para resistir à ofensiva nacional e internacional para acabar com o terrorismo no país.
Em reportagem publicada nesta quarta-feira, o jornal "The New York Times" afirma que de 30 câmaras de rifle de repetição recentemente recuperados de corpos de insurgentes terroristas, 17 continham cartuchos e munição idênticos aos enviados pelos EUA para as forças de segurança do Afeganistão.
As câmaras foram capturadas no mês passado por um grupo de militares que matou, segundo o jornal, ao menos 13 insurgentes em uma emboscada no oeste do país asiático. Os soldados vasculharam os corpos dos terroristas e coletaram 10 rifles, um lançador de granadas, 30 câmaras e outros equipamentos.
Este equipamento foi disponibilizado a fotógrafos que registraram os números de série e as marcas no fundo dos cartuchos que identificam quando a munição foi fabricada. Os fotógrafos viram ainda marcadores colocados pelo governo para identificar as armas.
A presença desta munição entre as vítimas do vale de Korangal, uma área de combates constantes entre a fronteira do Afeganistão e Paquistão, afirma o jornal, sugere que as munições do Pentágono caíram nas mãos dos insurgentes que as usam em ataques contra os soldados dos EUA.
O jornal ressalta, contudo, que as 30 câmaras de rifle de repetição são apenas uma pequena amostra da munição nas mãos da guerrilha terrorista e que não há números oficiais sobre o número de armas que as forças de segurança acabam perdendo para o Taleban.
Especialistas, analistas de armas e negociadores afirmam, segundo o jornal, que a situação não deve ser ignorada. Afinal, a questão aqui é maior: qual o controle dos EUA e do Afeganistão sobre o inventário de armas e munições das forças de segurança nacionais e internacionais em um país tão vasto quanto o Afeganistão e em um conflito tão logo quanto este, que começou em 2001?
"Má disciplina e corrupção entre as forças afegãs pode ter ajudado os insurgentes a se manterem abastecidos", escreve o jornal.
A publicação lembra ainda que os EUA foram duramente criticados por não manter controle rígido sobre os milhares de rifles enviados às forças afegãs. "Algumas destas armas foram documentadas em mãos insurgentes, incluindo armas de uma batalha ano passado na qual nove americanos morreram", disse o jornal.
Entre as causas deste pouco controle sobre armas e munições, cita o jornal, estão recursos limitados, fala ta colaboração entre unidades de campo que coletam os equipamentos e investigadores e supervisores em Cabul.
"A ênfase da nossa perspectiva é a responsabilidade de todas as logísticas de maneira apropriada", explicou o general Anthony R. Ierardi, vice-comandante das tropas. Ele afirmou que, de acordo com a identificação das armas apreendidas nas mãos dos talebans, o uso das armas e munições americanas pelos insurgentes não é algo disseminado e supôs que o armamento pode ter caído nas mãos dos guerrilheiros de meios menos nefastos que a corrupção das forças afegãs.
O fato das armas do Pentágono chegarem nas mãos do Taleban "é o pior cenário possível", ressaltou. "Nós queremos evitar o cenário exato que você descreveu", afirmou.
HEIL, AHMADINEJAD!!!
A NOTÍCIA MAIS IMPORTANTE DO ANO EM RELAÇÃO AO ORIENTE MÉDIO É A QUE VOCÊ LERÁ ABAIXO: É QUE PARA AHMADINEJAD, NEM MESMO HOUVE HOLOCAUSTO.
PIOR: PALESTINOS, IRANIANOS, SÍRIOS ETC., NÃO DESEJAM APENAS A CRIAÇÃO DE UM ESTADO PALESTINO, MAS, TAMBÉM, A ANIQUILAÇÃO DO ESTADO DE ISRAEL. NÃO SÃO SANTOS ESSES MENINOS.
UMA NOVA GUERRA SE APROXIMA.
TUDO EM NOME DE ALLAH, OU DEUS, OU YAWEH, OU SEI LÁ...
Ahmadinejad anuncia lançamento de novo míssil
Em Teerã
O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, anunciou nesta quarta (dia 20) o lançamento de um novo míssil terra-terra, batizado com o nome de Sejjil-2.
"Hoje, a República Islâmica conseguiu um novo marco no que diz respeito à fabricação de mísseis", afirmou Ahmadinejad durante um comício pré-eleitoral na cidade de Semman.
Segundo o presidente iraniano, citado pela agência de notícias local Mehr, o Sejjil-2 é capaz de alcançar longas distâncias e é alimentado com "combustível sólido", o que o torna mais preciso.
"Quando o míssil é lançado, pode atravessar a atmosfera e perder uma de suas partes, enquanto a outra alcança o ponto onde tem que chegar com precisão", afirmou Ahmadinejad aos milhares de presentes ao ato.
Em fevereiro, o Irã pôs em órbita seu primeiro satélite de comunicações de fabricação integralmente nacional, fato que disparou os alarmes sobre os avanços conseguidos em seu programa de mísseis balísticos.
Em Teerã
O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, anunciou nesta quarta (dia 20) o lançamento de um novo míssil terra-terra, batizado com o nome de Sejjil-2.
"Hoje, a República Islâmica conseguiu um novo marco no que diz respeito à fabricação de mísseis", afirmou Ahmadinejad durante um comício pré-eleitoral na cidade de Semman.
Segundo o presidente iraniano, citado pela agência de notícias local Mehr, o Sejjil-2 é capaz de alcançar longas distâncias e é alimentado com "combustível sólido", o que o torna mais preciso.
"Quando o míssil é lançado, pode atravessar a atmosfera e perder uma de suas partes, enquanto a outra alcança o ponto onde tem que chegar com precisão", afirmou Ahmadinejad aos milhares de presentes ao ato.
Em fevereiro, o Irã pôs em órbita seu primeiro satélite de comunicações de fabricação integralmente nacional, fato que disparou os alarmes sobre os avanços conseguidos em seu programa de mísseis balísticos.
O país nunca negou que fabricasse mísseis de longo alcance e inclusive confirmou que tem em seus arsenais alguns como o Shahid-2, capaz de alcançar alvos a mais de dois mil quilômetros de distância.
Países como Estados Unidos, Israel e as principais potências europeias temem que o Governo de Teerã esconda um suposto projeto militar destinado a dotar estes mísseis com ogivas nucleares.
Países como Estados Unidos, Israel e as principais potências europeias temem que o Governo de Teerã esconda um suposto projeto militar destinado a dotar estes mísseis com ogivas nucleares.
segunda-feira, 18 de maio de 2009
UM TEMPO...
Olá oito leitores do blog:
Estou dando um tempo. É que apolítica está me deixando irritado, amargo, doente... Não apenas a política mas pessoas que veem tudo e ficam inertes. Como se o Brasil proletário fosse o melhor dos mundos; mas não é.
Depois que vi a propaganda de uma certa cerveja que desce redondo em que o rapaz está no estádio de futebol, e um saco plástico que é jogado nele com urina explode em seu braço e ele e os demais ao seu lado caem na risada, desisti.
Acho que sou muito radical. Talvez por isso eu pense que somos um país de idiotas travestidos de espertos.
Mas...
Para presentea-los vou deixando aqui o endereço de um vídeo de Ingrid Bergman... Ela acalma qualquer ser humano masculino, e hoje, do jeito que as coisas estão, também o feminino...
Mais abaixo há fotos da deusa.
Até breve... Espero...
sexta-feira, 15 de maio de 2009
INGRID BERGMAN
A MULHER MAIS LINDA DE TODOS OS TEMPOS TEM NOME E SOBRENOME: INGRID BERGMAN. DARIA TUDO PRA TER AQUELE OLHAR DELA PARA CARY GRANT, EM NOTORIUS, DE ALFRED HITCHCOCK. A DEUSA SE FOI EM 1982. BEIJOSSSSSSSSSSSS INGRID.
SEUS TRABALHOS EM TV E CINEMA:
1982 :A Woman Called Golda" (TV)
1978 "Hoestsonaten"
1976 "A Matter of Time"
1974 "Murder on the Orient Express"
1973 "From the Mixed-Up Files of Mrs. Basil E. Frankweiler"
1970 "Walk in the Spring Rain"
1969 "Cactus Flower"
1967 "Fugitive in Vienna"
1967 "The Human Voice" (TV)
1967 "Stimulantia"
1965 "The Yellow Rolls-Royce"
1964 "The Visit"
1963 "Hedda Gabler" (TV)
1961 "Goodbye Again"
1961 "Twenty-four Hours in a Woman's Life" (TV)
1959 "The Turn of the Screw "(TV
1958 "Indiscreet"
1958 "The Inn of the Sixth Happiness"
1956 "Anastasia"
1956 "Elena et les Hommes"
1955 "La Paura"
1954 "Giovanna d'Arco al Rogo"
1953 "Siamo Donne"
1953 "Viaggio in Italia"
1952 "Europa '51"
1949 "Stromboli"
1949 "Under Capricorn"
1948 "Joan of Arc"
1948 "Arch of Triumph"
1946 "Notorious"
1945 "The Bells of St. Mary's"
1945 "Spellbound"
1944 "Gaslight"
1943 "For Whom the Bell Tolls"
1942 "Casablanca" I
1941 "Adam Had Four Sons"
1941 "Dr. Jekyll and Mr. Hyde"
1941 "Rage in Heaven"
1940 "Juninatten"
1939 "Intermezzo" (USA)
1939 Enda Natt
1938 "Dollar"
1938 "En Kvinnas Ansikte"
1938 "Die Vier Gesellen"
1936 "Intermezzo" (Sweden)
1936 "Pa Solsidan"
1935 "Branningar"
1935 "Munkbrogreven"
1935 "Swedenhielms"
1935 "Valborgsmassoafton"
1932 "Landskamp"
http://www.ingridbergman.com
quinta-feira, 14 de maio de 2009
PALAVRAS
Minha mãe acaba de me ligar. Além de me dizer palavras de conforto ainda me deixou o Salmo 139.
Da última vez em que estivemos juntos em Pirajuí (SP), cantamos quase todos os hinos do cantor cristão. Foi um momento único. Deus seja louvado por isso!
Obrigado mamãe. Te amo!Da última vez em que estivemos juntos em Pirajuí (SP), cantamos quase todos os hinos do cantor cristão. Foi um momento único. Deus seja louvado por isso!
Salmos 139
1
[Salmo de Davi para o músico-mor] SENHOR, tu me sondaste, e me conheces.
2
Tu sabes o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento.
3
Cercas o meu andar, e o meu deitar; e conheces todos os meus caminhos.
4
Não havendo ainda palavra alguma na minha língua, eis que logo, ó SENHOR, tudo conheces.
5
Tu me cercaste por detrás e por diante, e puseste sobre mim a tua mão.
6
Tal ciência é para mim maravilhosíssima; tão alta que não a posso atingir.
7
Para onde me irei do teu espírito, ou para onde fugirei da tua face?
8
Se subir ao céu, lá tu estás; se fizer no inferno a minha cama, eis que tu ali estás também.
9
Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar,
10
Até ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá.
11
Se disser: Decerto que as trevas me encobrirão; então a noite será luz à roda de mim.
12
Nem ainda as trevas me encobrem de ti; mas a noite resplandece como o dia; as trevas e a luz são para ti a mesma coisa;
13
Pois possuíste os meus rins; cobriste-me no ventre de minha mãe.
14
Eu te louvarei, porque de um modo assombroso, e tão maravilhoso fui feito; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem.
15
Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui feito, e entretecido nas profundezas da terra.
16
Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe; e no teu livro todas estas coisas foram escritas; as quais em continuação foram formadas, quando nem ainda uma delas havia.
17
E quão preciosos me são, ó Deus, os teus pensamentos! Quão grandes são as somas deles!
18
Se as contasse, seriam em maior número do que a areia; quando acordo ainda estou contigo.
19
O Deus, tu matarás decerto o ímpio; apartai-vos portanto de mim, homens de sangue.
20
Pois falam malvadamente contra ti; e os teus inimigos tomam o teu nome em vão.
21
Não odeio eu, ó SENHOR, aqueles que te odeiam, e não me aflijo por causa dos que se levantam contra ti?
22
Odeio-os com ódio perfeito; tenho-os por inimigos.
23
Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos.
24
E vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno.
1
[Salmo de Davi para o músico-mor] SENHOR, tu me sondaste, e me conheces.
2
Tu sabes o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento.
3
Cercas o meu andar, e o meu deitar; e conheces todos os meus caminhos.
4
Não havendo ainda palavra alguma na minha língua, eis que logo, ó SENHOR, tudo conheces.
5
Tu me cercaste por detrás e por diante, e puseste sobre mim a tua mão.
6
Tal ciência é para mim maravilhosíssima; tão alta que não a posso atingir.
7
Para onde me irei do teu espírito, ou para onde fugirei da tua face?
8
Se subir ao céu, lá tu estás; se fizer no inferno a minha cama, eis que tu ali estás também.
9
Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar,
10
Até ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá.
11
Se disser: Decerto que as trevas me encobrirão; então a noite será luz à roda de mim.
12
Nem ainda as trevas me encobrem de ti; mas a noite resplandece como o dia; as trevas e a luz são para ti a mesma coisa;
13
Pois possuíste os meus rins; cobriste-me no ventre de minha mãe.
14
Eu te louvarei, porque de um modo assombroso, e tão maravilhoso fui feito; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem.
15
Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui feito, e entretecido nas profundezas da terra.
16
Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe; e no teu livro todas estas coisas foram escritas; as quais em continuação foram formadas, quando nem ainda uma delas havia.
17
E quão preciosos me são, ó Deus, os teus pensamentos! Quão grandes são as somas deles!
18
Se as contasse, seriam em maior número do que a areia; quando acordo ainda estou contigo.
19
O Deus, tu matarás decerto o ímpio; apartai-vos portanto de mim, homens de sangue.
20
Pois falam malvadamente contra ti; e os teus inimigos tomam o teu nome em vão.
21
Não odeio eu, ó SENHOR, aqueles que te odeiam, e não me aflijo por causa dos que se levantam contra ti?
22
Odeio-os com ódio perfeito; tenho-os por inimigos.
23
Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos.
24
E vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno.
Amém...
terça-feira, 12 de maio de 2009
LETRAS
No ritmo atual, Brasil ainda levará décadas para erradicar o analfabetismo
Amanda Cieglinski*
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Se o ritmo de redução da população analfabeta permanecer o mesmo dos últimos anos, o Brasil ainda levará algumas décadas para se livrar de um problema que hoje atinge um em cada dez brasileiros: o analfabetismo. No ano 2000, na Conferência Mundial de Educação, em Dacar (Senegal), o Brasil assinou junto com 128 países um pacto para melhorar a qualidade do ensino. Entre as metas estabelecidas, está reduzir pela metade a taxa de analfabetismo no país até 2015, chegando ao percentual de 6,7%.
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2007 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que 14 milhões de analfabetos vivem hoje no país. O contingente representa 10% da população com mais de 15 anos. Se em 15 anos o percentual de pessoas que não sabem ler e escrever caiu de 17,2%, em 1992, para 9,9%, em 2007, nos últimos anos o ritmo de queda está praticamente estagnado. De 2005 para 2006, a redução foi de 0,7% e de 2006 para 2007, de 0,4%.
Para a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), responsável por monitorar o compromisso Educação para Todos, firmado durante a Conferência Mundial de Educação, vai ser muito difícil o Brasil atingir a meta esperada para 2015. “Isso exigiria um esforço muito maior do que o que está sendo feito. A gente espera que o Brasil consiga atingir a meta, mas acho que isso ainda vai permanecer no reino dos desafios”, diz o especialista em educação de jovens e adultos da Unesco, Timothy Ireland.
A principal estratégia do Ministério da Educação (MEC) para reduzir o problema é o programa Brasil Alfabetizado, que dá apoio técnico e financeiro para que municípios e estados criem turmas de jovens e adultos. A meta é atender 2,2 milhões de pessoas em 2009.
"O programa é muito complexo de implementar, não é simples. Isso porque você precisa mobilizar o analfabeto, criar condições de formar o alfabetizador. É um público difícil e as razões para isso estão na história que ele traz. Em geral, o analfabeto tem muito pouca confiança na sua capacidade de aprender”, afirma o secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do MEC, André Lázaro.
Na opinião de especialistas, o analfabetismo também potencializa e multiplica situações de exclusão, além de submeter as pessoas a constrangimentos e a situações de preconceito.
Por não saber ler, a aposentada Áurea Freitas de Souza, 85 anos, conta que precisa de ajuda em tarefas simples do dia a dia, como ler receitas de comidas, de remédios e pagar contas. “Quem não sabe ler nem escrever está na escuridão, fora do mundo. Parece que não existe”, resume a moradora do Rio de Janeiro.
A aposentada criou suas próprias estratégias para driblar as dificuldades decorrentes do analfabetismo. Para pegar ônibus, por exemplo, ela aprendeu a identificar as letras do destino ou os números do veículo. Quando precisa ir ao banco pagar uma conta, sai de casa com o dinheiro contado.
Além de alfabetizar aqueles que não tiveram acesso ao ensino, para encerrar o ciclo do analfabetismo é preciso trabalhar também na outra ponta: garantir a qualidade da educação para que a escola não produza novos analfabetos.
Para o pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Marcelo Medeiros, esse problema é ainda mais grave. “Ainda que essas crianças não sejam analfabetas completas, mas funcionais, elas saem da escola sem capacidade de letramento, sem capacidade de dominar os textos. Isso é preocupante e é sinal do mau funcionamento do sistema de ensino”, alerta.
Os especialistas entrevistados pela Agência Brasil acreditam que os motivos para a persistência do problema estão ligados a campanhas de mobilização ineficazes, à má qualidade do ensino público como um todo e à falta de oferta de cursos de educação de jovens e adultos para que os alfabetizados possam continuar os estudos.
Além de políticas ineficazes, falta consciência social sobre o problema, na avaliação da especialista da USP. “Há uma certa invisibilidade desse tema, como se pudéssemos passar à margem de 14 milhões de brasileiros. Não é um problema residual, nem um problema do passado. É um problema que se repete a cada dia”, alerta Maria Clara.
Série de matérias especiais produzidas pela Agência Brasil mostra quais são os principais gargalos desse problema e possíveis soluções para que o país supere o analfabetismo.
*Colaborou Isabela Vieira, do Rio de Janeiro. *A matéria foi alterada para correção de dados no segundo parágrafo.
http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2009/05/04/materia.2009-05-04.7122084580/view
Amanda Cieglinski*
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Se o ritmo de redução da população analfabeta permanecer o mesmo dos últimos anos, o Brasil ainda levará algumas décadas para se livrar de um problema que hoje atinge um em cada dez brasileiros: o analfabetismo. No ano 2000, na Conferência Mundial de Educação, em Dacar (Senegal), o Brasil assinou junto com 128 países um pacto para melhorar a qualidade do ensino. Entre as metas estabelecidas, está reduzir pela metade a taxa de analfabetismo no país até 2015, chegando ao percentual de 6,7%.
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2007 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que 14 milhões de analfabetos vivem hoje no país. O contingente representa 10% da população com mais de 15 anos. Se em 15 anos o percentual de pessoas que não sabem ler e escrever caiu de 17,2%, em 1992, para 9,9%, em 2007, nos últimos anos o ritmo de queda está praticamente estagnado. De 2005 para 2006, a redução foi de 0,7% e de 2006 para 2007, de 0,4%.
Para a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), responsável por monitorar o compromisso Educação para Todos, firmado durante a Conferência Mundial de Educação, vai ser muito difícil o Brasil atingir a meta esperada para 2015. “Isso exigiria um esforço muito maior do que o que está sendo feito. A gente espera que o Brasil consiga atingir a meta, mas acho que isso ainda vai permanecer no reino dos desafios”, diz o especialista em educação de jovens e adultos da Unesco, Timothy Ireland.
A principal estratégia do Ministério da Educação (MEC) para reduzir o problema é o programa Brasil Alfabetizado, que dá apoio técnico e financeiro para que municípios e estados criem turmas de jovens e adultos. A meta é atender 2,2 milhões de pessoas em 2009.
"O programa é muito complexo de implementar, não é simples. Isso porque você precisa mobilizar o analfabeto, criar condições de formar o alfabetizador. É um público difícil e as razões para isso estão na história que ele traz. Em geral, o analfabeto tem muito pouca confiança na sua capacidade de aprender”, afirma o secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do MEC, André Lázaro.
Na opinião de especialistas, o analfabetismo também potencializa e multiplica situações de exclusão, além de submeter as pessoas a constrangimentos e a situações de preconceito.
Por não saber ler, a aposentada Áurea Freitas de Souza, 85 anos, conta que precisa de ajuda em tarefas simples do dia a dia, como ler receitas de comidas, de remédios e pagar contas. “Quem não sabe ler nem escrever está na escuridão, fora do mundo. Parece que não existe”, resume a moradora do Rio de Janeiro.
A aposentada criou suas próprias estratégias para driblar as dificuldades decorrentes do analfabetismo. Para pegar ônibus, por exemplo, ela aprendeu a identificar as letras do destino ou os números do veículo. Quando precisa ir ao banco pagar uma conta, sai de casa com o dinheiro contado.
Além de alfabetizar aqueles que não tiveram acesso ao ensino, para encerrar o ciclo do analfabetismo é preciso trabalhar também na outra ponta: garantir a qualidade da educação para que a escola não produza novos analfabetos.
Para o pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Marcelo Medeiros, esse problema é ainda mais grave. “Ainda que essas crianças não sejam analfabetas completas, mas funcionais, elas saem da escola sem capacidade de letramento, sem capacidade de dominar os textos. Isso é preocupante e é sinal do mau funcionamento do sistema de ensino”, alerta.
Os especialistas entrevistados pela Agência Brasil acreditam que os motivos para a persistência do problema estão ligados a campanhas de mobilização ineficazes, à má qualidade do ensino público como um todo e à falta de oferta de cursos de educação de jovens e adultos para que os alfabetizados possam continuar os estudos.
Além de políticas ineficazes, falta consciência social sobre o problema, na avaliação da especialista da USP. “Há uma certa invisibilidade desse tema, como se pudéssemos passar à margem de 14 milhões de brasileiros. Não é um problema residual, nem um problema do passado. É um problema que se repete a cada dia”, alerta Maria Clara.
Série de matérias especiais produzidas pela Agência Brasil mostra quais são os principais gargalos desse problema e possíveis soluções para que o país supere o analfabetismo.
*Colaborou Isabela Vieira, do Rio de Janeiro. *A matéria foi alterada para correção de dados no segundo parágrafo.
http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2009/05/04/materia.2009-05-04.7122084580/view
HEIL FREI!
Comunidade alemã decide ter uma vida sem automóveis e vira referência
The New York Times
Elisabeth Rosenthal
Em Vauban (Alemanha)
Os moradores desta comunidade afluente são pioneiros suburbanos. Eles superaram a maioria das mães que levam os filhos para jogar futebol ou executivos que fazem todos os dias o trajeto dos subúrbios até o centro da cidade: essas pessoas abriram mão dos seus carros.
Estacionamentos de rua, driveways (pequena estrada que vai geralmente da entrada da garagem até a rua) e garagens são, em geral, proibidas neste novo distrito experimental na periferia de Freiburg, perto da fronteira com a Suíça.
Nas ruas de Vauban os carros estão totalmente ausentes - com exceção da rua principal, por onde passa o bonde para o centro de Freiburg, e de umas poucas ruas na zona limítrofe da comunidade. A propriedade de automóveis é permitida, mas só há dois locais para estacionamento - grandes garagens localizadas no limite da comunidade, onde os proprietários compram uma vaga, por US$ 40 mil, juntamente com uma casa.
Como resultado, 70% das famílias de Vauban não têm automóveis, e 57% venderam o carro para se mudarem para cá.
"Quando eu tinha carro, estava sempre tensa. Desta forma sou muito mais feliz", afirma Heidrun Walter, profissional de mídia e mãe de dois filhos, enquanto caminha pelas ruas cercadas de verde, onde o ruído das bicicletas e a conversa das crianças que passeiam abafam o barulho ocasional de um motor distante.
Vauban, que foi concluída em 2006, é um exemplo de uma tendência crescente na Europa, nos Estados Unidos e em outros locais. Trata-se da separação entre a vida suburbana e a utilização de automóveis, como parte integrante de um movimento chamado de "planejamento inteligente".
Os automóveis são um fator de coesão dos subúrbios, onde as famílias de classe média de Chicago a Xangai costumam construir as suas residências. E, isso, segundo os especialistas, consiste em um grande obstáculo para os atuais esforços no sentido de reduzir drasticamente as emissões de gases causadores do efeito estufa que saem pelos canos de descarga, com o objetivo de reduzir o aquecimento global. Os carros de passageiros são responsáveis por 12% das emissões de gases causadores do efeito estufa na Europa - uma proporção que só está aumentando, segundo a Agência Ambiental Europeia -, e por até 50% em algumas áreas dos Estados Unidos.
Embora nas duas últimas décadas tenha havido tentativas de tornar as cidades mais densas e mais propícias para as caminhadas, os planejadores urbanos estão levando agora esse conceito para os subúrbios e concentrando-se especificamente em benefícios ambientais como a redução de emissões. Vauban, que tem 5,500 habitantes e uma área aproximada de 2,6 quilômetros quadrados, pode ser a experiência mais avançada em vida suburbana com baixa utilização de automóveis. Mas os seus preceitos básicos estão sendo adotados em todo o mundo em tentativas de tornar os subúrbios mais compactos e mais acessíveis ao transporte público, com menos espaço para estacionamento. Segundo essa nova abordagem, os estabelecimentos comerciais situam-se ao longo de calçadões, ou em uma rua principal, e não em shopping centers à beira de uma auto-estrada distante.
"Todo o nosso desenvolvimento desde a Segunda Guerra Mundial esteve concentrado no automóvel, e isso terá que mudar", afirma David Goldberg, funcionário da Transportation for America, uma coalizão de centenas de grupos nos Estados Unidos - incluindo instituições ambientais, prefeituras e a Associação Americana de Aposentados - que estão promovendo novas comunidades que sejam menos dependentes dos carros. Goldberg acrescenta: "A quantidade de tempo que se passa ao volante de um carro é tão importante quanto possuir um automóvel híbrido".
Levittown e Scarsdale, subúrbios de Nova York com casas de áreas enormes e garagens privadas, eram os bairros dos sonhos na década de 1950, e ainda atraem muita gente. Mas alguns novos subúrbios podem muito bem lembrar mais Vauban, não só nos países desenvolvidos, mas também no mundo subdesenvolvido, onde as emissões da frota cada vez maior de carros particulares da crescente classe média estão sufocando as cidades.
Nos Estados Unidos, a Agência de Proteção Ambiental está promovendo as "comunidades com número reduzido de carros", e os legisladores estão começando a agir, apesar de que com cautela. Muitos especialistas acreditam que o transporte público que atende aos subúrbios desempenhará um papel bem maior em uma nova lei federal de transporte aprovada neste ano, afirma Goldberg. Nas legislações anteriores, 80% das apropriações destinavam-se, por lei, a auto-estradas, e apenas 20% a outras formas de transporte.
Na Califórnia, a Associação de Planejamento da Área de Hayward está desenvolvendo uma comunidade semelhante a Vauban chamada Quarry Village, nos arredores de Oakland. Os seus moradores podem ter acesso sem carro ao sistema de trânsito rápido da Área da Baía e ao campus da Universidade Estadual da Califórnia em Hayward.
Sherman Lewis, professor emérito da universidade e líder da associação, diz que "mal pode esperar para mudar-se" para a comunidade, e espera que Quarry Village possibilite que ele venda um dos dois automóveis da família e, quem sabe, até mesmo os dois. Mas o atual sistema ainda conspira contra o projeto, diz ele, observando que os bancos imobiliários temem uma queda do valor de revenda de casas de meio milhão de dólar que não têm lugar para carros. Além disso, a maior parte das leis de zoneamento urbano dos Estados Unidos ainda exige duas vagas para automóveis por unidade residencial. Quarry Village obteve uma isenção dessa exigência junto às autoridades de Hayward.
Além disso, geralmente não é fácil convencer as pessoas a não terem carros.
"Nos Estados Unidos as pessoas são incrivelmente desconfiadas em relação a qualquer ideia de não possuir carros, ou mesmo de ter menos veículos", diz David Ceaser, co-fundador da CarFree City USA, que afirma que nenhum projeto suburbano do tamanho de Vauban banindo os automóveis teve sucesso nos Estados Unidos.
Na Europa, alguns governos estão pensando em escala nacional. Em 2000, o Reino Unido deu início a uma iniciativa ampla no sentido de reformar o planejamento urbano, desencorajando o uso de carros ao exigir que os novos projetos habitacionais fossem acessíveis por transporte público.
"Os módulos urbanos relativos a empregos, compras, lazer e serviços não devem ser projetados e localizados sob a premissa de que o automóvel representará a única forma realista de acesso para a grande maioria das pessoas", afirma o PPG 13, o documento revolucionário de planejamento, lançado pelo governo britânico em 2001. Dezenas de shopping centers, restaurantes de fast-food e complexos residenciais tiveram a licença recusada com base na nova regulamentação britânica.
Na Alemanha, um país que é a pátria da Mercedes-Benz e da Autobahn, a vida em um local onde a presença do automóvel é reduzida, como Vauban, tem o seu próprio clima diferente. A área é longa e relativamente estreita, de forma que o bonde que segue para Freiburg fica a uma distância relativamente curta a pé a partir de todas as casas. Ao contrário do que ocorre em um subúrbio típico, aqui as lojas, restaurantes, bancos e escolas estão mais espalhadas entre as casas. A maioria dos moradores, como Walter, possui carrinhos que são rebocados pelas bicicletas para fazer compras ou levar as crianças para brincar com os amigos.
Para deslocamentos a lojas como a Ikea ou às colinas de esquiação, as famílias compram carros juntas ou usam automóveis arrendados comunitariamente pelo clube de compartilhamento de automóveis de Vauban.
Walter já morou - com carro privado - em Freiburg e nos Estados Unidos.
"Se você tiver um carro, a tendência é usá-lo", diz ela. "Algumas pessoas mudam-se para cá, mas vão embora logo - elas sentem saudade do carro estacionado em frente à porta".
Vauban, local em que se situava uma base do exército nazista, ficou ocupada pelo exército francês do final da Segunda Guerra Mundial até a reunificação da Alemanha, duas décadas atrás. Como foi projetada para ser uma base militar, a sua planta nunca previu o uso de carros privados: as "ruas" eram passagens estreitas entre as instalações militares.
Os prédios originais foram demolidos há muito tempo. As elegantes casas enfileiradas que os substituíram são construções de quatro ou cinco andares, projetados de forma a reduzir a perda de calor e maximizar a eficiência energética. Elas possuem madeiras exóticas e varandas elaboradas; casas isoladas das outras são proibidas.
Por temperamento, as pessoas que compram casas em Vauban tendem as ser "porquinhos da índia verdes" - de fato, mais da metade dos moradores vota no Partido Verde alemão. Mesmo assim, muitos afirmam que o que os faz morar aqui é a qualidade de vida.
Henk Schulz, um cientista que em uma tarde do mês passado observava os três filhos pequenos caminhando por Vauban, lembra-se com entusiasmo da primeira vez que comprou um carro. Agora, ele diz que está feliz por criar os filhos longe dos automóveis; ele não tem que se preocupar muito com a segurança deles nas ruas.
Nos últimos anos, Vauban tonou-se um nicho comunitário bem conhecido, apesar de não ter gerado muitas imitações na Alemanha. Mas não se sabe se este conceito funcionará na Califórnia.
Mais de cem candidatos se inscreveram para comprar uma casa na Quarry Village, e Lewis ainda está procurando um investimento de US$ 2 milhões para dar início ao projeto.
Mas, caso a ideia não dê certo, a sua proposta alternativa é construir no mesmo local um condomínio no qual o uso do automóvel seja totalmente liberado. Ele se chamaria Village d'Italia.
The New York Times
Elisabeth Rosenthal
Em Vauban (Alemanha)
Os moradores desta comunidade afluente são pioneiros suburbanos. Eles superaram a maioria das mães que levam os filhos para jogar futebol ou executivos que fazem todos os dias o trajeto dos subúrbios até o centro da cidade: essas pessoas abriram mão dos seus carros.
Estacionamentos de rua, driveways (pequena estrada que vai geralmente da entrada da garagem até a rua) e garagens são, em geral, proibidas neste novo distrito experimental na periferia de Freiburg, perto da fronteira com a Suíça.
Nas ruas de Vauban os carros estão totalmente ausentes - com exceção da rua principal, por onde passa o bonde para o centro de Freiburg, e de umas poucas ruas na zona limítrofe da comunidade. A propriedade de automóveis é permitida, mas só há dois locais para estacionamento - grandes garagens localizadas no limite da comunidade, onde os proprietários compram uma vaga, por US$ 40 mil, juntamente com uma casa.
Como resultado, 70% das famílias de Vauban não têm automóveis, e 57% venderam o carro para se mudarem para cá.
"Quando eu tinha carro, estava sempre tensa. Desta forma sou muito mais feliz", afirma Heidrun Walter, profissional de mídia e mãe de dois filhos, enquanto caminha pelas ruas cercadas de verde, onde o ruído das bicicletas e a conversa das crianças que passeiam abafam o barulho ocasional de um motor distante.
Vauban, que foi concluída em 2006, é um exemplo de uma tendência crescente na Europa, nos Estados Unidos e em outros locais. Trata-se da separação entre a vida suburbana e a utilização de automóveis, como parte integrante de um movimento chamado de "planejamento inteligente".
Os automóveis são um fator de coesão dos subúrbios, onde as famílias de classe média de Chicago a Xangai costumam construir as suas residências. E, isso, segundo os especialistas, consiste em um grande obstáculo para os atuais esforços no sentido de reduzir drasticamente as emissões de gases causadores do efeito estufa que saem pelos canos de descarga, com o objetivo de reduzir o aquecimento global. Os carros de passageiros são responsáveis por 12% das emissões de gases causadores do efeito estufa na Europa - uma proporção que só está aumentando, segundo a Agência Ambiental Europeia -, e por até 50% em algumas áreas dos Estados Unidos.
Embora nas duas últimas décadas tenha havido tentativas de tornar as cidades mais densas e mais propícias para as caminhadas, os planejadores urbanos estão levando agora esse conceito para os subúrbios e concentrando-se especificamente em benefícios ambientais como a redução de emissões. Vauban, que tem 5,500 habitantes e uma área aproximada de 2,6 quilômetros quadrados, pode ser a experiência mais avançada em vida suburbana com baixa utilização de automóveis. Mas os seus preceitos básicos estão sendo adotados em todo o mundo em tentativas de tornar os subúrbios mais compactos e mais acessíveis ao transporte público, com menos espaço para estacionamento. Segundo essa nova abordagem, os estabelecimentos comerciais situam-se ao longo de calçadões, ou em uma rua principal, e não em shopping centers à beira de uma auto-estrada distante.
"Todo o nosso desenvolvimento desde a Segunda Guerra Mundial esteve concentrado no automóvel, e isso terá que mudar", afirma David Goldberg, funcionário da Transportation for America, uma coalizão de centenas de grupos nos Estados Unidos - incluindo instituições ambientais, prefeituras e a Associação Americana de Aposentados - que estão promovendo novas comunidades que sejam menos dependentes dos carros. Goldberg acrescenta: "A quantidade de tempo que se passa ao volante de um carro é tão importante quanto possuir um automóvel híbrido".
Levittown e Scarsdale, subúrbios de Nova York com casas de áreas enormes e garagens privadas, eram os bairros dos sonhos na década de 1950, e ainda atraem muita gente. Mas alguns novos subúrbios podem muito bem lembrar mais Vauban, não só nos países desenvolvidos, mas também no mundo subdesenvolvido, onde as emissões da frota cada vez maior de carros particulares da crescente classe média estão sufocando as cidades.
Nos Estados Unidos, a Agência de Proteção Ambiental está promovendo as "comunidades com número reduzido de carros", e os legisladores estão começando a agir, apesar de que com cautela. Muitos especialistas acreditam que o transporte público que atende aos subúrbios desempenhará um papel bem maior em uma nova lei federal de transporte aprovada neste ano, afirma Goldberg. Nas legislações anteriores, 80% das apropriações destinavam-se, por lei, a auto-estradas, e apenas 20% a outras formas de transporte.
Na Califórnia, a Associação de Planejamento da Área de Hayward está desenvolvendo uma comunidade semelhante a Vauban chamada Quarry Village, nos arredores de Oakland. Os seus moradores podem ter acesso sem carro ao sistema de trânsito rápido da Área da Baía e ao campus da Universidade Estadual da Califórnia em Hayward.
Sherman Lewis, professor emérito da universidade e líder da associação, diz que "mal pode esperar para mudar-se" para a comunidade, e espera que Quarry Village possibilite que ele venda um dos dois automóveis da família e, quem sabe, até mesmo os dois. Mas o atual sistema ainda conspira contra o projeto, diz ele, observando que os bancos imobiliários temem uma queda do valor de revenda de casas de meio milhão de dólar que não têm lugar para carros. Além disso, a maior parte das leis de zoneamento urbano dos Estados Unidos ainda exige duas vagas para automóveis por unidade residencial. Quarry Village obteve uma isenção dessa exigência junto às autoridades de Hayward.
Além disso, geralmente não é fácil convencer as pessoas a não terem carros.
"Nos Estados Unidos as pessoas são incrivelmente desconfiadas em relação a qualquer ideia de não possuir carros, ou mesmo de ter menos veículos", diz David Ceaser, co-fundador da CarFree City USA, que afirma que nenhum projeto suburbano do tamanho de Vauban banindo os automóveis teve sucesso nos Estados Unidos.
Na Europa, alguns governos estão pensando em escala nacional. Em 2000, o Reino Unido deu início a uma iniciativa ampla no sentido de reformar o planejamento urbano, desencorajando o uso de carros ao exigir que os novos projetos habitacionais fossem acessíveis por transporte público.
"Os módulos urbanos relativos a empregos, compras, lazer e serviços não devem ser projetados e localizados sob a premissa de que o automóvel representará a única forma realista de acesso para a grande maioria das pessoas", afirma o PPG 13, o documento revolucionário de planejamento, lançado pelo governo britânico em 2001. Dezenas de shopping centers, restaurantes de fast-food e complexos residenciais tiveram a licença recusada com base na nova regulamentação britânica.
Na Alemanha, um país que é a pátria da Mercedes-Benz e da Autobahn, a vida em um local onde a presença do automóvel é reduzida, como Vauban, tem o seu próprio clima diferente. A área é longa e relativamente estreita, de forma que o bonde que segue para Freiburg fica a uma distância relativamente curta a pé a partir de todas as casas. Ao contrário do que ocorre em um subúrbio típico, aqui as lojas, restaurantes, bancos e escolas estão mais espalhadas entre as casas. A maioria dos moradores, como Walter, possui carrinhos que são rebocados pelas bicicletas para fazer compras ou levar as crianças para brincar com os amigos.
Para deslocamentos a lojas como a Ikea ou às colinas de esquiação, as famílias compram carros juntas ou usam automóveis arrendados comunitariamente pelo clube de compartilhamento de automóveis de Vauban.
Walter já morou - com carro privado - em Freiburg e nos Estados Unidos.
"Se você tiver um carro, a tendência é usá-lo", diz ela. "Algumas pessoas mudam-se para cá, mas vão embora logo - elas sentem saudade do carro estacionado em frente à porta".
Vauban, local em que se situava uma base do exército nazista, ficou ocupada pelo exército francês do final da Segunda Guerra Mundial até a reunificação da Alemanha, duas décadas atrás. Como foi projetada para ser uma base militar, a sua planta nunca previu o uso de carros privados: as "ruas" eram passagens estreitas entre as instalações militares.
Os prédios originais foram demolidos há muito tempo. As elegantes casas enfileiradas que os substituíram são construções de quatro ou cinco andares, projetados de forma a reduzir a perda de calor e maximizar a eficiência energética. Elas possuem madeiras exóticas e varandas elaboradas; casas isoladas das outras são proibidas.
Por temperamento, as pessoas que compram casas em Vauban tendem as ser "porquinhos da índia verdes" - de fato, mais da metade dos moradores vota no Partido Verde alemão. Mesmo assim, muitos afirmam que o que os faz morar aqui é a qualidade de vida.
Henk Schulz, um cientista que em uma tarde do mês passado observava os três filhos pequenos caminhando por Vauban, lembra-se com entusiasmo da primeira vez que comprou um carro. Agora, ele diz que está feliz por criar os filhos longe dos automóveis; ele não tem que se preocupar muito com a segurança deles nas ruas.
Nos últimos anos, Vauban tonou-se um nicho comunitário bem conhecido, apesar de não ter gerado muitas imitações na Alemanha. Mas não se sabe se este conceito funcionará na Califórnia.
Mais de cem candidatos se inscreveram para comprar uma casa na Quarry Village, e Lewis ainda está procurando um investimento de US$ 2 milhões para dar início ao projeto.
Mas, caso a ideia não dê certo, a sua proposta alternativa é construir no mesmo local um condomínio no qual o uso do automóvel seja totalmente liberado. Ele se chamaria Village d'Italia.
A CULTURA LATINA ESQUERDISTA DO COITADINHO OPRIMIDO
Brasil não está levando vantagem sobre Paraguai
por Miriam Leitão
O presidente Lugo foi eleito acusando o Brasil de explorador. O país não é. Na formação da Itaipu binacional, o Brasil pôs a nossa parte e a parte do Paraguai do dinheiro, pegou empréstimo internacional que o Paraguai não conseguiria sozinho e assumiu o risco da dívida.
O problema foi que a dívida ficou muito cara porque foi feita no começo dos anos 1970 e logo depois os juros americanos subiram, chegaram a 20% ao ano. Isso aumentou muito o custo financeiro.
Hoje a Itaipu binacional paga essa dívida da seguinte forma: O Brasil paga US$ 45 por megawatt/hora pela energia que compra do Paraguai. É um preço justo, maior do que vai pagar pela energia do Rio Madeira.
O Paraguai recebe pouco porque parte do que o país ganha é para pagar a parte deles da dívida. Nós também pagamos a nossa parte.
Hoje o Paraguai está ameaçando ir à Corte de Haia contra o Brasil. O que a diplomacia brasileira não pode fazer é ceder à chantagem. É preferível que o Paraguai vá à Justiça discutir um acordo que o Brasil sabe que está certo, a ceder à pressão. A pressão não terá limite.
Outra coisa diferente é apoiar projetos de desenvolvimento do Paraguai. Isso pode e deve ser feto.
Assunção tem um serviço de energia falho, o Brasil já se dispôs a financiar a construção de linhas de transmissão que melhorem a energia do país. Isso é justo. Mas se aceitar modificar um tratado assinado há 35 anos sob pressão do Paraguai, estará cometendo um erro que pode custar caro.
segunda-feira, 11 de maio de 2009
ALGUÉM TEM UMA CORDA???
Cesare Battisti afirma que prefere se matar a voltar para a Itália
da France Presse, em Paris
colaboração para a Folha Online
O ex-militante italiano de extrema esquerda, Cesare Battisti, detido na penitenciária brasileira da Papuda, próximo a Brasília, declarou à rede de TV franco-alemã Arte que prefere se matar caso tenha que retornar ao seu país. Ele aguarda uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre um pedido de extradição da Itália.
"Não voltarei para a Itália, não chegarei vivo à Itália, tenho medo demais de chegar à Itália. Se há uma coisa que ainda é possível escolher, é o momento de sua própria morte", afirmou o ex-militante que aguarda o veredicto do Supremo.
Condenado à prisão perpétua na Itália por quatro assassinatos, Battisi recebeu status de refugiado político do ministro Tarso Genro em 13 de janeiro. O italiano é ex-militante de um grupo chamado PAC (Proletários Armados pelo Comunismo). Ele nega que tenha cometido os assassinatos.
"Não acho que vou deixar que outros escolham minha morte, pela injustiça do governo italiano", disse o ex-militante, agora escritor, foragido há 30 anos e que aceitou pela primeira vez conceder uma entrevista diante de uma câmera de televisão desde que fugiu da França em 2004, segundo a rede franco-alemã.
Entrevistado em sua cela, Battisti explicou que vive muito mal na prisão e afirmou: "trinta anos depois me encarceram por crimes que não cometi. Eu nunca matei, mas fazia parte de uma organização armada, pratiquei assaltos [...], eu era um militante qualquer e fizeram de mim um monstro, um assassino".
A concessão do refúgio político a Battisti gerou um mal estar diplomático entre Brasil e Itália, que chegou a pedir ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que reconsiderasse a decisão.
Em parecer enviado ao STF na semana passada, o procurador-geral da República --que antes tinha se manifestado pela extradição-- considerou legítimo o refúgio assinado por Tarso.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u563752.shtml
CURIOSIDADES SULISTAS
ALLAH SEJA LOUVADO!
Jornalista dos EUA presa no Irã será solta nesta 2ª, diz advogado
Tribunal reduz de 8 para 2 anos a condenação por espionagem; pena será cumprida se houver reincidência
Reuters e Associated Press
TEERÃ - A jornalista norte-americana Roxana Saberi deve ser libertada nesta segunda-feira, 11, após um tribunal de apelações do Irã suspender sua sentença de oito anos de prisão. A informação foi dada pelo advogado de Roxana, que foi condenada no mês passado por espionar para os Estados Unidos.
Abdolsamad Khorramshahi, advogado da jornalista, disse que o tribunal de apelações discutiu o caso dela no domingo e informou nesta segunda-feira que a condenação foi reduzida para uma sentença de dois anos, com direito a suspensão. Ou seja, a repórter, também cidadã iraniana, só cumpriria a pena se reincidisse. Ele disse que Saberi será proibida de fazer qualquer trabalho jornalístico no Irã por cinco anos.
O advogado afirmou que Roxana "será liberada hoje". Uma fonte judicial ouvida pela agência Reuters afirmou que Roxana já teria sido libertada e deixou a prisão logo após o anúncio da decisão da corte. O caso é um ponto de discórdia nas relações entre Irã e EUA, no momento em que o governo de Barack Obama afirma querer dialogar com Teerã. O caso também foi alvo de condenação por entidades que defendem a liberdade de imprensa.
O pai de Saberi, Reza, disse que ele e sua mulher, Akiko, estavam a caminho da prisão de Evin, no Teerã, onde sua filha está presa desde o fim de janeiro, "para trazê-la de volta para casa". Reza Saberi disse à Reuters que sua filha terá a permissão de deixar o Irã.
A repórter foi condenada por um tribunal revolucionário de Teerã após um julgamento de um dia, a portas fechadas. Inicialmente, ela foi acusada de trabalhar sem as credenciais da imprensa, mas as autoridades fizeram depois acusações mais sérias, afirmando que ela passou dados de inteligência para os EUA. Segundo o pai da jornalista, o julgamento durou apenas cerca de 15 minutos.
Nascida nos EUA, de pai iraniano e mãe japonesa, Roxana chegou a Teerã há seis anos e desde então trabalhou para meios de comunicação britânicos e americanos de prestígio como a BBC e a Fox News. Atualmente, se encontrava no país aparentemente recolhendo informações para escrever um livro. Ela nasceu nos EUA e foi criada em Fargo, Dakota do Norte.
http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,jornalista-iraniana-americana-sera-solta-em-breve--advogado,368886,0.htm
Tribunal reduz de 8 para 2 anos a condenação por espionagem; pena será cumprida se houver reincidência
Reuters e Associated Press
TEERÃ - A jornalista norte-americana Roxana Saberi deve ser libertada nesta segunda-feira, 11, após um tribunal de apelações do Irã suspender sua sentença de oito anos de prisão. A informação foi dada pelo advogado de Roxana, que foi condenada no mês passado por espionar para os Estados Unidos.
Abdolsamad Khorramshahi, advogado da jornalista, disse que o tribunal de apelações discutiu o caso dela no domingo e informou nesta segunda-feira que a condenação foi reduzida para uma sentença de dois anos, com direito a suspensão. Ou seja, a repórter, também cidadã iraniana, só cumpriria a pena se reincidisse. Ele disse que Saberi será proibida de fazer qualquer trabalho jornalístico no Irã por cinco anos.
O advogado afirmou que Roxana "será liberada hoje". Uma fonte judicial ouvida pela agência Reuters afirmou que Roxana já teria sido libertada e deixou a prisão logo após o anúncio da decisão da corte. O caso é um ponto de discórdia nas relações entre Irã e EUA, no momento em que o governo de Barack Obama afirma querer dialogar com Teerã. O caso também foi alvo de condenação por entidades que defendem a liberdade de imprensa.
O pai de Saberi, Reza, disse que ele e sua mulher, Akiko, estavam a caminho da prisão de Evin, no Teerã, onde sua filha está presa desde o fim de janeiro, "para trazê-la de volta para casa". Reza Saberi disse à Reuters que sua filha terá a permissão de deixar o Irã.
A repórter foi condenada por um tribunal revolucionário de Teerã após um julgamento de um dia, a portas fechadas. Inicialmente, ela foi acusada de trabalhar sem as credenciais da imprensa, mas as autoridades fizeram depois acusações mais sérias, afirmando que ela passou dados de inteligência para os EUA. Segundo o pai da jornalista, o julgamento durou apenas cerca de 15 minutos.
Nascida nos EUA, de pai iraniano e mãe japonesa, Roxana chegou a Teerã há seis anos e desde então trabalhou para meios de comunicação britânicos e americanos de prestígio como a BBC e a Fox News. Atualmente, se encontrava no país aparentemente recolhendo informações para escrever um livro. Ela nasceu nos EUA e foi criada em Fargo, Dakota do Norte.
http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,jornalista-iraniana-americana-sera-solta-em-breve--advogado,368886,0.htm
quinta-feira, 7 de maio de 2009
MENSALÃO: TUDO FANTASIA...
STF inocenta Delúbio, Valério e Genoino de gestão fraudulenta
No entanto, os três réus do mensãlão continuarão a ser processados por crime de falsidade ideológica
Mariângela Galluci, de O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira, 7, inocentar do crime de gestão fraudulenta Delúbio Soares (ex-tesoureiro do PT, o publicitário Marcos Valério e o deputado José Genoino (ex-presidente do PT) em empréstimo concedido pelo BMG ao Partido dos Trabalhadores.
A maioria dos ministros entendeu que os três não poderiam ser acusados do crime de gestão brasileira porque não eram gestores do banco.
Os três vão continuar, porém, sendo processados por crime de falsidade ideológica.
No entanto, os três réus do mensãlão continuarão a ser processados por crime de falsidade ideológica
Mariângela Galluci, de O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira, 7, inocentar do crime de gestão fraudulenta Delúbio Soares (ex-tesoureiro do PT, o publicitário Marcos Valério e o deputado José Genoino (ex-presidente do PT) em empréstimo concedido pelo BMG ao Partido dos Trabalhadores.
A maioria dos ministros entendeu que os três não poderiam ser acusados do crime de gestão brasileira porque não eram gestores do banco.
Os três vão continuar, porém, sendo processados por crime de falsidade ideológica.
veja tudo sobre o mensalão
http://www.estadao.com.br/especiais/os-40-do-mensalao,2539.htm
http://www.estadao.com.br/especiais/os-40-do-mensalao,2539.htm
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