Armas dos EUA podem estar nas mãos do Taleban afegão, diz jornal
da Folha Online
Os insurgentes do grupo islâmico radical Taleban podem estar usando as armas e munições enviadas pelos Estados Unidos às forças de segurança do Afeganistão para resistir à ofensiva nacional e internacional para acabar com o terrorismo no país.
Em reportagem publicada nesta quarta-feira, o jornal "The New York Times" afirma que de 30 câmaras de rifle de repetição recentemente recuperados de corpos de insurgentes terroristas, 17 continham cartuchos e munição idênticos aos enviados pelos EUA para as forças de segurança do Afeganistão.
As câmaras foram capturadas no mês passado por um grupo de militares que matou, segundo o jornal, ao menos 13 insurgentes em uma emboscada no oeste do país asiático. Os soldados vasculharam os corpos dos terroristas e coletaram 10 rifles, um lançador de granadas, 30 câmaras e outros equipamentos.
Este equipamento foi disponibilizado a fotógrafos que registraram os números de série e as marcas no fundo dos cartuchos que identificam quando a munição foi fabricada. Os fotógrafos viram ainda marcadores colocados pelo governo para identificar as armas.
A presença desta munição entre as vítimas do vale de Korangal, uma área de combates constantes entre a fronteira do Afeganistão e Paquistão, afirma o jornal, sugere que as munições do Pentágono caíram nas mãos dos insurgentes que as usam em ataques contra os soldados dos EUA.
O jornal ressalta, contudo, que as 30 câmaras de rifle de repetição são apenas uma pequena amostra da munição nas mãos da guerrilha terrorista e que não há números oficiais sobre o número de armas que as forças de segurança acabam perdendo para o Taleban.
Especialistas, analistas de armas e negociadores afirmam, segundo o jornal, que a situação não deve ser ignorada. Afinal, a questão aqui é maior: qual o controle dos EUA e do Afeganistão sobre o inventário de armas e munições das forças de segurança nacionais e internacionais em um país tão vasto quanto o Afeganistão e em um conflito tão logo quanto este, que começou em 2001?
"Má disciplina e corrupção entre as forças afegãs pode ter ajudado os insurgentes a se manterem abastecidos", escreve o jornal.
A publicação lembra ainda que os EUA foram duramente criticados por não manter controle rígido sobre os milhares de rifles enviados às forças afegãs. "Algumas destas armas foram documentadas em mãos insurgentes, incluindo armas de uma batalha ano passado na qual nove americanos morreram", disse o jornal.
Entre as causas deste pouco controle sobre armas e munições, cita o jornal, estão recursos limitados, fala ta colaboração entre unidades de campo que coletam os equipamentos e investigadores e supervisores em Cabul.
"A ênfase da nossa perspectiva é a responsabilidade de todas as logísticas de maneira apropriada", explicou o general Anthony R. Ierardi, vice-comandante das tropas. Ele afirmou que, de acordo com a identificação das armas apreendidas nas mãos dos talebans, o uso das armas e munições americanas pelos insurgentes não é algo disseminado e supôs que o armamento pode ter caído nas mãos dos guerrilheiros de meios menos nefastos que a corrupção das forças afegãs.
O fato das armas do Pentágono chegarem nas mãos do Taleban "é o pior cenário possível", ressaltou. "Nós queremos evitar o cenário exato que você descreveu", afirmou.
da Folha Online
Os insurgentes do grupo islâmico radical Taleban podem estar usando as armas e munições enviadas pelos Estados Unidos às forças de segurança do Afeganistão para resistir à ofensiva nacional e internacional para acabar com o terrorismo no país.
Em reportagem publicada nesta quarta-feira, o jornal "The New York Times" afirma que de 30 câmaras de rifle de repetição recentemente recuperados de corpos de insurgentes terroristas, 17 continham cartuchos e munição idênticos aos enviados pelos EUA para as forças de segurança do Afeganistão.
As câmaras foram capturadas no mês passado por um grupo de militares que matou, segundo o jornal, ao menos 13 insurgentes em uma emboscada no oeste do país asiático. Os soldados vasculharam os corpos dos terroristas e coletaram 10 rifles, um lançador de granadas, 30 câmaras e outros equipamentos.
Este equipamento foi disponibilizado a fotógrafos que registraram os números de série e as marcas no fundo dos cartuchos que identificam quando a munição foi fabricada. Os fotógrafos viram ainda marcadores colocados pelo governo para identificar as armas.
A presença desta munição entre as vítimas do vale de Korangal, uma área de combates constantes entre a fronteira do Afeganistão e Paquistão, afirma o jornal, sugere que as munições do Pentágono caíram nas mãos dos insurgentes que as usam em ataques contra os soldados dos EUA.
O jornal ressalta, contudo, que as 30 câmaras de rifle de repetição são apenas uma pequena amostra da munição nas mãos da guerrilha terrorista e que não há números oficiais sobre o número de armas que as forças de segurança acabam perdendo para o Taleban.
Especialistas, analistas de armas e negociadores afirmam, segundo o jornal, que a situação não deve ser ignorada. Afinal, a questão aqui é maior: qual o controle dos EUA e do Afeganistão sobre o inventário de armas e munições das forças de segurança nacionais e internacionais em um país tão vasto quanto o Afeganistão e em um conflito tão logo quanto este, que começou em 2001?
"Má disciplina e corrupção entre as forças afegãs pode ter ajudado os insurgentes a se manterem abastecidos", escreve o jornal.
A publicação lembra ainda que os EUA foram duramente criticados por não manter controle rígido sobre os milhares de rifles enviados às forças afegãs. "Algumas destas armas foram documentadas em mãos insurgentes, incluindo armas de uma batalha ano passado na qual nove americanos morreram", disse o jornal.
Entre as causas deste pouco controle sobre armas e munições, cita o jornal, estão recursos limitados, fala ta colaboração entre unidades de campo que coletam os equipamentos e investigadores e supervisores em Cabul.
"A ênfase da nossa perspectiva é a responsabilidade de todas as logísticas de maneira apropriada", explicou o general Anthony R. Ierardi, vice-comandante das tropas. Ele afirmou que, de acordo com a identificação das armas apreendidas nas mãos dos talebans, o uso das armas e munições americanas pelos insurgentes não é algo disseminado e supôs que o armamento pode ter caído nas mãos dos guerrilheiros de meios menos nefastos que a corrupção das forças afegãs.
O fato das armas do Pentágono chegarem nas mãos do Taleban "é o pior cenário possível", ressaltou. "Nós queremos evitar o cenário exato que você descreveu", afirmou.
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