André Arruda Plácido nasceu em Pirajuí (SP) e é cidadão português. Reside em Londrina (PR) onde graduou-se em Relações Públicas e Teologia.Em Bauru (SP) concluiu o curso de Jornalismo. Fez especialização em Comunicação e Liderança em Missões Mundiais pelo Haggai Institute em Cingapura. É professor de comunicação, poeta, radialista, cronista e fotógrafo - http://fotologue.jp/andrearrudaplacido
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
BOA NOTÍCIA
Estudo indica que total de fumantes no país caiu 47% em 19 anos
MARIO CESAR CARVALHO
da Folha de S.Paulo
O Brasil reduziu em 47% o número de fumantes nos últimos 19 anos, segundo um estudo comparativo feito pelo Inca (Instituto Nacional de Câncer) a partir de dados do IBGE. Em 1989, o país tinha 32,4% de fumantes na população com idade a partir de 15 anos. No ano passado, eram 17,2%.
A queda corresponde a uma população de 21,4 milhões, segundo Liz Almeida, médica epidemiologista do Inca que fez o estudo. Seria como se dois países com a população de Portugal deixassem de fumar no período de 19 anos.
A conta da queda parte da premissa de que, se o índice de 1989 seguisse inalterado, os fumantes hoje seriam 46 milhões. Como o IBGE encontrou 24,6 milhões de dependentes de fumo no ano passado, a redução foi de 21,4 milhões.
A meta da OMS (Organização Mundial de Saúde) é que os países reduzam o consumo de tabaco em 2% ao ano. O resultado brasileiro ultrapassa esse índice em dez pontos percentuais --se o Brasil tivesse a redução defendida pela OMS, a queda teria sido de 38%.
Não há pesquisas iguais a essas duas em outros países --daí a dificuldade de comparação. Dados similares, porém, apontam que a queda brasileira foi superior à dos Estados Unidos, do Reino Unido e do Japão.
Nos EUA, o índice de fumantes homens caiu 18% em 17 anos --de 28% da população em 1990 para 23% em 2007. No Reino Unido, a redução dos homens que fumam foi de 25,8% de 1990 a 2006. No Japão, a queda foi de 34%, mas o índice de fumantes segue alto --40%, o maior entre os países desenvolvidos.
A maior queda no Brasil ocorreu entre os mais jovens, de acordo com a comparação. Nas faixas etárias de 15 a 24 anos e de 25 a 44, houve uma redução de 53,8% no percentual de fumantes no período.
Já a menor queda foi entre aqueles que têm de um a três anos de estudo (33,6%). O índice é inferior ao encontrado entre aqueles que estudaram menos de um ano (35,6%).
A autora do estudo atribui a queda às políticas adotadas a partir dos anos 1990. "É um resultado impressionante porque o Brasil usou poucos recursos para conseguir essa redução."
As políticas tiveram início em 1996, com a restrição ao fumo em ambientes fechados. Quatro anos depois, o governo vetou a publicidade. Em 2002, adotou imagens de alerta nos maços.
O dado mais impressionante, para ela, foi o fato de os mais jovens terem deixado de fumar numa proporção superior aos dos mais velhos. "As imagens de alerta nos maços e o fim da publicidade foram fundamentais para o público jovem não começar a fumar", afirma.
Ainda segundo ela, o Brasil só manterá essa tendência de queda se avançar na legislação. A medida mais importante, diz, é a aprovação de uma lei federal que proíba o fumo em ambientes fechados, similar à existente no Estado de São Paulo.
MARIO CESAR CARVALHO
da Folha de S.Paulo
O Brasil reduziu em 47% o número de fumantes nos últimos 19 anos, segundo um estudo comparativo feito pelo Inca (Instituto Nacional de Câncer) a partir de dados do IBGE. Em 1989, o país tinha 32,4% de fumantes na população com idade a partir de 15 anos. No ano passado, eram 17,2%.
A queda corresponde a uma população de 21,4 milhões, segundo Liz Almeida, médica epidemiologista do Inca que fez o estudo. Seria como se dois países com a população de Portugal deixassem de fumar no período de 19 anos.
A conta da queda parte da premissa de que, se o índice de 1989 seguisse inalterado, os fumantes hoje seriam 46 milhões. Como o IBGE encontrou 24,6 milhões de dependentes de fumo no ano passado, a redução foi de 21,4 milhões.
A meta da OMS (Organização Mundial de Saúde) é que os países reduzam o consumo de tabaco em 2% ao ano. O resultado brasileiro ultrapassa esse índice em dez pontos percentuais --se o Brasil tivesse a redução defendida pela OMS, a queda teria sido de 38%.
Não há pesquisas iguais a essas duas em outros países --daí a dificuldade de comparação. Dados similares, porém, apontam que a queda brasileira foi superior à dos Estados Unidos, do Reino Unido e do Japão.
Nos EUA, o índice de fumantes homens caiu 18% em 17 anos --de 28% da população em 1990 para 23% em 2007. No Reino Unido, a redução dos homens que fumam foi de 25,8% de 1990 a 2006. No Japão, a queda foi de 34%, mas o índice de fumantes segue alto --40%, o maior entre os países desenvolvidos.
A maior queda no Brasil ocorreu entre os mais jovens, de acordo com a comparação. Nas faixas etárias de 15 a 24 anos e de 25 a 44, houve uma redução de 53,8% no percentual de fumantes no período.
Já a menor queda foi entre aqueles que têm de um a três anos de estudo (33,6%). O índice é inferior ao encontrado entre aqueles que estudaram menos de um ano (35,6%).
A autora do estudo atribui a queda às políticas adotadas a partir dos anos 1990. "É um resultado impressionante porque o Brasil usou poucos recursos para conseguir essa redução."
As políticas tiveram início em 1996, com a restrição ao fumo em ambientes fechados. Quatro anos depois, o governo vetou a publicidade. Em 2002, adotou imagens de alerta nos maços.
O dado mais impressionante, para ela, foi o fato de os mais jovens terem deixado de fumar numa proporção superior aos dos mais velhos. "As imagens de alerta nos maços e o fim da publicidade foram fundamentais para o público jovem não começar a fumar", afirma.
Ainda segundo ela, o Brasil só manterá essa tendência de queda se avançar na legislação. A medida mais importante, diz, é a aprovação de uma lei federal que proíba o fumo em ambientes fechados, similar à existente no Estado de São Paulo.
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
POLÍTICOS CORRUPTOS DO TIO SAM
Políticos não têm foro privilegiado nos EUA
Um exemplo a ser seguido. Nos Estados Unidos, político corrupto vai para cadeia. A lista é grande.
JORGE PONTUAL Nova York
Nos Estados Unidos, a lista de políticos presos e condenados por corrupção ou desvio de dinheiro público não é curta. Lá não existe foro privilegiado. Todos são julgados pela mesma Justiça que julga o cidadão comum.
O ex-governador do estado de Illinois, Rod Blagojevich, vai a julgamento ano que vem, acusado de tentar vender a vaga de Barack Obama no Senado e outros crimes de corrupção. O antecessor dele, George Ryan, outro corrupto, preso há dois anos, cumpre pena de seis anos e meio de prisão.
O presidente do Senado do estado de Nova York, Joseph Bruno, acaba ser condenado por receber milhões de dólares em propinas. Em julho, o prefeito da cidade de Hoboken, vizinha de Nova York, foi preso com mais 40 políticos que recebiam dinheiro de construtoras.
Um deputado federal de nome sugestivo, James Traficant, saiu este ano da cadeia depois de cumprir pena de sete anos por corrupção. A prefeita de Baltimore, Sheila Dixon, acaba de ser condenada por roubar verbas públicas.
No estado de Massachussetts, Salvatore Dimasi é o terceiro presidente da Assembleia Legislativa a ser preso por receber suborno. Na Califórnia, o deputado federal Duke Cunningham cumpre pena de oito anos por ganhar presentes milionários de empresários. Todos perderam os cargos para os quais foram eleitos. São só as histórias mais recentes.
Casos de políticos acusados de corrupção são comuns nos Estados Unidos, quase sempre investigados pela Polícia Federal. Quando há provas, eles são levados a julgamento e, se condenados, cumprem penas de prisão.
Na constituição americana não existe imunidade para políticos eleitos. Nenhum detentor de cargos públicos está acima da lei. O jurista James Jacobs publicou estudos sobre a corrupção na política americana. Ele se surpreende ao saber que no Brasil os políticos têm imunidade. “A política cria muitas oportunidades para corrupção”, admite. Por isso é essencial punir os políticos corruptos, culpados de crimes altamente destrutivos para a sociedade.
http://g1.globo.com/bomdiabrasil/0,,MUL1407032-16020,00-POLITICOS+NAO+TEM+FORO+PRIVILEGIADO+NOS+EUA.html
Um exemplo a ser seguido. Nos Estados Unidos, político corrupto vai para cadeia. A lista é grande.
JORGE PONTUAL Nova York
Nos Estados Unidos, a lista de políticos presos e condenados por corrupção ou desvio de dinheiro público não é curta. Lá não existe foro privilegiado. Todos são julgados pela mesma Justiça que julga o cidadão comum.
O ex-governador do estado de Illinois, Rod Blagojevich, vai a julgamento ano que vem, acusado de tentar vender a vaga de Barack Obama no Senado e outros crimes de corrupção. O antecessor dele, George Ryan, outro corrupto, preso há dois anos, cumpre pena de seis anos e meio de prisão.
O presidente do Senado do estado de Nova York, Joseph Bruno, acaba ser condenado por receber milhões de dólares em propinas. Em julho, o prefeito da cidade de Hoboken, vizinha de Nova York, foi preso com mais 40 políticos que recebiam dinheiro de construtoras.
Um deputado federal de nome sugestivo, James Traficant, saiu este ano da cadeia depois de cumprir pena de sete anos por corrupção. A prefeita de Baltimore, Sheila Dixon, acaba de ser condenada por roubar verbas públicas.
No estado de Massachussetts, Salvatore Dimasi é o terceiro presidente da Assembleia Legislativa a ser preso por receber suborno. Na Califórnia, o deputado federal Duke Cunningham cumpre pena de oito anos por ganhar presentes milionários de empresários. Todos perderam os cargos para os quais foram eleitos. São só as histórias mais recentes.
Casos de políticos acusados de corrupção são comuns nos Estados Unidos, quase sempre investigados pela Polícia Federal. Quando há provas, eles são levados a julgamento e, se condenados, cumprem penas de prisão.
Na constituição americana não existe imunidade para políticos eleitos. Nenhum detentor de cargos públicos está acima da lei. O jurista James Jacobs publicou estudos sobre a corrupção na política americana. Ele se surpreende ao saber que no Brasil os políticos têm imunidade. “A política cria muitas oportunidades para corrupção”, admite. Por isso é essencial punir os políticos corruptos, culpados de crimes altamente destrutivos para a sociedade.
http://g1.globo.com/bomdiabrasil/0,,MUL1407032-16020,00-POLITICOS+NAO+TEM+FORO+PRIVILEGIADO+NOS+EUA.html
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
CAMARGOS'S LIST
Camargo deu propina a 200 políticos, diz PF
Relatórios citam deputados, secretários e conselheiros e ministros de Tribunais de Contas como supostos beneficiários
Autoridades que gozam de foro privilegiado têm nome retirado de processo sobre construtora, pois só podem ser julgados por STF ou STJ
MARIO CESAR CARVALHO
LILIAN CHRISTOFOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL
A relação de políticos suspeitos de terem recebido propina da empreiteira Camargo Corrêa já ultrapassa 200 nomes, segundo relatórios da Operação Castelo de Areia da Polícia Federal. Estão na lista deputados federais, secretários municipais e conselheiros e ministros de Tribunais de Contas, segundo a Folha apurou.
Esses nomes estão sendo separados do processo sobre a empreiteira porque os supostos envolvidos gozam de foro privilegiado e não podem ser investigados por procuradores nem julgados pela primeira instância da Justiça.
Quando estiver pronta, a listagem será encaminhada pelo Ministério Público Federal à Procuradoria-Geral da República, em Brasília.
A Procuradoria, por sua vez, deve enviar cópias de toda a documentação ao STF (Supremo Tribunal Federal), ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e aos tribunais regionais federais, instâncias que têm poder de investigar políticos que ocupam cargo eletivo.
O advogado da Camargo Corrêa, Celso Vilardi, diz que não teve acesso aos documentos reunidos pela PF e, por isso, não comentaria o suposto pagamento de propina. Ele classificou de "criminoso" o que chamou de "vazamento de informação" (leia texto abaixo).
A lista do pendrive
Todos os nomes de políticos e funcionários públicos foram encontrados em planilhas que estavam armazenadas em um pendrive ou em pastas apreendidas na sala de Pietro Francesco Giavina Bianchi, diretor da Camargo Corrêa.
Bianchi é um dos diretores da Camargo Corrêa acusados pelo Ministério Público Federal de lavagem de dinheiro com origem em corrupção passiva e ativa e evasão de divisas.
Ontem, a Folha revelou que a acusação atinge Darcio Brunato e Fernando Dias Gomes, além de Bianchi.
Na denúncia (acusação formal) contra os diretores, a procuradora Karen Louise Jeanette Kahn diz que a Camargo Corrêa pagou cerca de R$ 4 milhões em propina para conseguir vencer duas licitações e para mudar a legislação sobre uma área no município de Caieiras, na Grande São Paulo, no qual a construtora fez um empreendimento imobiliário.
As licitações eram para a construção de cinco hospitais no Pará e a produção de 23 embarcações para a frota da Transpetro (Empresa Petrobrás de Transporte) no Estado do Rio de Janeiro. A Transpetro disse em nota que seguiu as recomendações feitas pelo Tribunal de Contas da União.
No caso dos cinco hospitais, construídos em Belém, Santarém, Breves, Redenção e Altamira, Kahn diz que papéis apontam que a suposta propina foi paga ao PT e ao PMDB.
A Folha apurou que o PT aparece nos documentos como beneficiário de R$ 230 mil e o PMDB, de R$ 130 mil.
Os cerca de R$ 4 milhões não foram entregues diretamente aos políticos no Brasil, de acordo com a procuradora.
Na acusação, ela sustenta que o dinheiro era transferido para empresas "offshore" com sede nos Estados Unidos, Suíça, Andorra e Taiwan.
"Offshores" são empresas que têm como uma de suas características a dificuldade de saber quem são os seus verdadeiros controladores. Esse tipo de companhia também é usada em negócios ilícitos por causa dos empecilhos legais que oferece para se saber quem foi o beneficiário final do dinheiro.
O Ministério Público diz que as remessas eram feitas por Kurt Pickel, um suíço radicado no Brasil que já trabalhou para bancos do seu país de origem e é acusado de operar como doleiro do suposto esquema de pagamento de propina.
A procuradora sustenta que a intimidade entre Pickel e a Camargo Corrêa era tamanha que ele tinha a senha bancária para fazer movimentações financeiras em nome dos diretores da construtora.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc0212200916.htm
Relatórios citam deputados, secretários e conselheiros e ministros de Tribunais de Contas como supostos beneficiários
Autoridades que gozam de foro privilegiado têm nome retirado de processo sobre construtora, pois só podem ser julgados por STF ou STJ
MARIO CESAR CARVALHO
LILIAN CHRISTOFOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL
A relação de políticos suspeitos de terem recebido propina da empreiteira Camargo Corrêa já ultrapassa 200 nomes, segundo relatórios da Operação Castelo de Areia da Polícia Federal. Estão na lista deputados federais, secretários municipais e conselheiros e ministros de Tribunais de Contas, segundo a Folha apurou.
Esses nomes estão sendo separados do processo sobre a empreiteira porque os supostos envolvidos gozam de foro privilegiado e não podem ser investigados por procuradores nem julgados pela primeira instância da Justiça.
Quando estiver pronta, a listagem será encaminhada pelo Ministério Público Federal à Procuradoria-Geral da República, em Brasília.
A Procuradoria, por sua vez, deve enviar cópias de toda a documentação ao STF (Supremo Tribunal Federal), ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e aos tribunais regionais federais, instâncias que têm poder de investigar políticos que ocupam cargo eletivo.
O advogado da Camargo Corrêa, Celso Vilardi, diz que não teve acesso aos documentos reunidos pela PF e, por isso, não comentaria o suposto pagamento de propina. Ele classificou de "criminoso" o que chamou de "vazamento de informação" (leia texto abaixo).
A lista do pendrive
Todos os nomes de políticos e funcionários públicos foram encontrados em planilhas que estavam armazenadas em um pendrive ou em pastas apreendidas na sala de Pietro Francesco Giavina Bianchi, diretor da Camargo Corrêa.
Bianchi é um dos diretores da Camargo Corrêa acusados pelo Ministério Público Federal de lavagem de dinheiro com origem em corrupção passiva e ativa e evasão de divisas.
Ontem, a Folha revelou que a acusação atinge Darcio Brunato e Fernando Dias Gomes, além de Bianchi.
Na denúncia (acusação formal) contra os diretores, a procuradora Karen Louise Jeanette Kahn diz que a Camargo Corrêa pagou cerca de R$ 4 milhões em propina para conseguir vencer duas licitações e para mudar a legislação sobre uma área no município de Caieiras, na Grande São Paulo, no qual a construtora fez um empreendimento imobiliário.
As licitações eram para a construção de cinco hospitais no Pará e a produção de 23 embarcações para a frota da Transpetro (Empresa Petrobrás de Transporte) no Estado do Rio de Janeiro. A Transpetro disse em nota que seguiu as recomendações feitas pelo Tribunal de Contas da União.
No caso dos cinco hospitais, construídos em Belém, Santarém, Breves, Redenção e Altamira, Kahn diz que papéis apontam que a suposta propina foi paga ao PT e ao PMDB.
A Folha apurou que o PT aparece nos documentos como beneficiário de R$ 230 mil e o PMDB, de R$ 130 mil.
Os cerca de R$ 4 milhões não foram entregues diretamente aos políticos no Brasil, de acordo com a procuradora.
Na acusação, ela sustenta que o dinheiro era transferido para empresas "offshore" com sede nos Estados Unidos, Suíça, Andorra e Taiwan.
"Offshores" são empresas que têm como uma de suas características a dificuldade de saber quem são os seus verdadeiros controladores. Esse tipo de companhia também é usada em negócios ilícitos por causa dos empecilhos legais que oferece para se saber quem foi o beneficiário final do dinheiro.
O Ministério Público diz que as remessas eram feitas por Kurt Pickel, um suíço radicado no Brasil que já trabalhou para bancos do seu país de origem e é acusado de operar como doleiro do suposto esquema de pagamento de propina.
A procuradora sustenta que a intimidade entre Pickel e a Camargo Corrêa era tamanha que ele tinha a senha bancária para fazer movimentações financeiras em nome dos diretores da construtora.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc0212200916.htm
AMEAÇA DE COMPANHEIRO
Evo ameaça prender candidato da oposição
Às vésperas da eleição, presidente boliviano diz que conservador é corrupto
AFP, COLABOROU ADRIANA MOREIRA, DE LA PAZ
A cinco dias das eleições presidenciais bolivianas, o presidente Evo Morales, favorito à reeleição com 55% das intenções de voto, ameaçou levar à prisão seu principal concorrente, o conservador Manfred Reyes Villa, que teria, segundo pesquisas locais, 18% de apoio do eleitorado.
"Vamos mudar a Justiça e os dois vão para a cadeia", disse Evo, em referência a Reyes Villa, que é investigado por corrupção no período em que esteve à frente do Departamento (Estado) de Cochabamba, e seu vice, Leopoldo Fernández, ex-governador da Província de Pando.
Fernández já está detido há mais de um ano em La Paz, esperando por uma decisão da Justiça sobre o massacre de 11 camponeses aliados de Evo, em setembro de 2008, quando distúrbios entre partidários e adversários do governo varreram o país. "Fernández inventa sua candidatura para sair da cadeia, enquanto Reyes Villa faz o mesmo para não entrar na prisão", disse o presidente, que se refere a ambos como "delinquentes que roubam o dinheiro do povo". Uma ordem da Justiça boliviana já impede Reyes Villa de deixar o país. Ele acusa o governo Evo de perseguição política e diz ter certeza de que será preso após o fim da campanha.
RECADASTRAMENTO
Nos últimos meses, mais de 400 mil eleitores bolivianos tiveram seus títulos eleitorais suspensos. Apenas metade desse grupo conseguiu colocar seus documentos em dia, enquanto aproximadamente 200 mil pessoas permaneciam excluídas dos cadastros por irregularidades detectadas pela Justiça.
A porta-voz do Tribunal Eleitoral, Roxana Ibernegaray, disse que a demanda pelo recadastramento provocou o colapso do sistema na segunda-feira.
A eleição de domingo definirá um novo mandato presidencial, além de renovar toda a Assembleia Legislativa da Bolívia.
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20091202/not_imp475281,0.php
Às vésperas da eleição, presidente boliviano diz que conservador é corrupto
AFP, COLABOROU ADRIANA MOREIRA, DE LA PAZ
A cinco dias das eleições presidenciais bolivianas, o presidente Evo Morales, favorito à reeleição com 55% das intenções de voto, ameaçou levar à prisão seu principal concorrente, o conservador Manfred Reyes Villa, que teria, segundo pesquisas locais, 18% de apoio do eleitorado.
"Vamos mudar a Justiça e os dois vão para a cadeia", disse Evo, em referência a Reyes Villa, que é investigado por corrupção no período em que esteve à frente do Departamento (Estado) de Cochabamba, e seu vice, Leopoldo Fernández, ex-governador da Província de Pando.
Fernández já está detido há mais de um ano em La Paz, esperando por uma decisão da Justiça sobre o massacre de 11 camponeses aliados de Evo, em setembro de 2008, quando distúrbios entre partidários e adversários do governo varreram o país. "Fernández inventa sua candidatura para sair da cadeia, enquanto Reyes Villa faz o mesmo para não entrar na prisão", disse o presidente, que se refere a ambos como "delinquentes que roubam o dinheiro do povo". Uma ordem da Justiça boliviana já impede Reyes Villa de deixar o país. Ele acusa o governo Evo de perseguição política e diz ter certeza de que será preso após o fim da campanha.
RECADASTRAMENTO
Nos últimos meses, mais de 400 mil eleitores bolivianos tiveram seus títulos eleitorais suspensos. Apenas metade desse grupo conseguiu colocar seus documentos em dia, enquanto aproximadamente 200 mil pessoas permaneciam excluídas dos cadastros por irregularidades detectadas pela Justiça.
A porta-voz do Tribunal Eleitoral, Roxana Ibernegaray, disse que a demanda pelo recadastramento provocou o colapso do sistema na segunda-feira.
A eleição de domingo definirá um novo mandato presidencial, além de renovar toda a Assembleia Legislativa da Bolívia.
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20091202/not_imp475281,0.php
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
PALAVRA DE COMPANHEIRO
Filme ''é uma baita mentira''
Julia Dualibi e Ricardo Brandt
Personagem no filme Lula, o Filho do Brasil, o sindicalista aposentado Paulo Vidal criticou o longa de Fábio Barreto, ao afirmar que o retrato histórico é "mentiroso" e tenta "mitificar" o presidente Lula. Após assistir à pré-estreia sábado, em São Bernardo do Campo, Vidal, que presidiu o Sindicato dos Metalúrgicos antes de Lula, disse que o filme depõe contra a realidade. "O retrato da inserção de Lula no universo sindical é uma baita de uma mentira que não tem cabimento", afirmou.
Presidente do sindicato entre 1969 e 1975, Vidal no filme é Cláudio Feitosa, um sindicalista pelego que não representa a categoria e flerta com a ditadura. Feitosa é posto contra a parede por um Lula, ainda diretor, que exigia ser o sucessor. O ator que interpreta Lula chega a dar um soco na mesa. "Foi totalmente diferente", afirmou. "Entrar na minha sala e ditar regra? Mentira. Eu fiz o Lula presidente do sindicato. E não ele foi lá e ditou regra", completou.
Segundo Vidal, "qualquer um pode prestar a homenagem que quiser, mas na parte sindical o Lula não era aquele que foi retratado".
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20091130/not_imp474144,0.php
Julia Dualibi e Ricardo Brandt
Personagem no filme Lula, o Filho do Brasil, o sindicalista aposentado Paulo Vidal criticou o longa de Fábio Barreto, ao afirmar que o retrato histórico é "mentiroso" e tenta "mitificar" o presidente Lula. Após assistir à pré-estreia sábado, em São Bernardo do Campo, Vidal, que presidiu o Sindicato dos Metalúrgicos antes de Lula, disse que o filme depõe contra a realidade. "O retrato da inserção de Lula no universo sindical é uma baita de uma mentira que não tem cabimento", afirmou.
Presidente do sindicato entre 1969 e 1975, Vidal no filme é Cláudio Feitosa, um sindicalista pelego que não representa a categoria e flerta com a ditadura. Feitosa é posto contra a parede por um Lula, ainda diretor, que exigia ser o sucessor. O ator que interpreta Lula chega a dar um soco na mesa. "Foi totalmente diferente", afirmou. "Entrar na minha sala e ditar regra? Mentira. Eu fiz o Lula presidente do sindicato. E não ele foi lá e ditou regra", completou.
Segundo Vidal, "qualquer um pode prestar a homenagem que quiser, mas na parte sindical o Lula não era aquele que foi retratado".
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20091130/not_imp474144,0.php
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
A VOLTA DOS QUE NÃO FORAM
Envolvidos no mensalão voltam à cena no PT
Depois de quatro anos afastado, Dirceu integra a chapa de Dutra, indicado como favorito a vencer eleições internas
Depois de quatro anos afastado, Dirceu integra a chapa de Dutra, indicado como favorito a vencer eleições internas
Leonencio Nossa e Clarissa Oliveira, de O Estado de S. Paulo
- Em tom de conciliação, a ministra Dilma Rousseff disse ontem que é "normal" a volta de antigos dirigentes do PT envolvidos no caso do mensalão ao comando do partido. Após votar na eleição interna da legenda, ela observou que até o momento não há uma conclusão dos julgamentos no Supremo Tribunal Federal. "Acho normal que essas pessoas exerçam seus direitos políticos", afirmou. Ontem, petistas de todo o País escolheram um candidato a presidente e uma chapa para a direção partidária. O resultado sairá dentro de dois ou três dias.
Em entrevista na sede do partido, em Brasília, a candidata petista à sucessão de Lula avaliou que o PT está agindo corretamente ao aceitar a presença dos citados na crise que derrubou a cúpula do partido e o então ministro da Casa Civil, José Dirceu. Sobre a possibilidade de a oposição aproveitar o retorno dos citados nas denúncias ao comando do partido, ela disse que não se pode cassar direitos que não foram cassados.
Empenhada em buscar adesões para sua campanha à Presidência, Dilma chegou a defender a posição dos partidos aliados no processo de escolha de candidatos aos governos estaduais. Questionada se os interesses regionais deveriam ser sacrificados por um projeto nacional, ela respondeu: "Sempre acho que a gente não pode ser fundamentalista. Tem essa ótica nacional que se sobrepõe, mas há que se levar em conta as realidades locais, porque os interesses locais são legítimos".
Mais comedida que Lula, a ministra observou que o PT ainda não lançou sua candidatura. Ela disse que a partir do congresso nacional do partido, em fevereiro, haverá maior definição das linhas de campanha e das alianças. Mas antes disso poderá definir quando deixará o governo para ajudar na campanha presidencial do partido.
Em São Paulo, o ex-ministro José Dirceu negou a existência do esquema de compra de votos de parlamentares e descreveu o episódio como "caixa 2" para financiar campanhas eleitorais. Quatro anos depois da maior crise política do governo Lula, Dirceu rechaçou a tese de que seu provável retorno à direção petista signifique que o partido tenha enterrado o assunto. Mas reclamou da diferença no tratamento dado ao senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), também acusado de usar recursos não contabilizados ao disputar o governo Minas, em 1998.
Ontem, Dirceu e outros petistas se esforçaram para negar que a sigla tenha esquecido o mensalão. Mas o clima era o de que o episódio ficou no passado.
"O PT deve ser o primeiro a querer esclarecer o que foi que aconteceu de caixa 2, não de mensalão. Fomos acusados de corrupção e de formação de quadrilha. Mas o senador Eduardo Azeredo não é acusado de corrupção nem de formação de quadrilha. Então, ganhou um caráter político a questão que acabou levando o nome de mensalão", afirmou Dirceu.
Pela primeira vez desde 2005, ele integra a chapa da corrente antes conhecida como o Campo Majoritário do PT, hoje chamada Construindo um Novo Brasil. O grupo lançou como candidato à presidência do PT o ex-senador José Eduardo Dutra (SE). Se vencer, como é esperado, Dirceu tende a recuperar assento no Diretório Nacional petista. Meses atrás, ele disse que não aceitaria entrar na chapa, mas voltou atrás após o que descreveu como "um apelo unânime" de seu grupo.
Concorrem também à presidência da legenda os deputados José Eduardo Martins Cardozo (Mensagem ao Partido), Geraldo Magela (Movimento PT) e Iriny Lopes (Articulação de Esquerda) e os militantes Markus Sokol (O Trabalho) e Serge Goulart (Esquerda Marxista).
Em entrevista na sede do partido, em Brasília, a candidata petista à sucessão de Lula avaliou que o PT está agindo corretamente ao aceitar a presença dos citados na crise que derrubou a cúpula do partido e o então ministro da Casa Civil, José Dirceu. Sobre a possibilidade de a oposição aproveitar o retorno dos citados nas denúncias ao comando do partido, ela disse que não se pode cassar direitos que não foram cassados.
Empenhada em buscar adesões para sua campanha à Presidência, Dilma chegou a defender a posição dos partidos aliados no processo de escolha de candidatos aos governos estaduais. Questionada se os interesses regionais deveriam ser sacrificados por um projeto nacional, ela respondeu: "Sempre acho que a gente não pode ser fundamentalista. Tem essa ótica nacional que se sobrepõe, mas há que se levar em conta as realidades locais, porque os interesses locais são legítimos".
Mais comedida que Lula, a ministra observou que o PT ainda não lançou sua candidatura. Ela disse que a partir do congresso nacional do partido, em fevereiro, haverá maior definição das linhas de campanha e das alianças. Mas antes disso poderá definir quando deixará o governo para ajudar na campanha presidencial do partido.
Em São Paulo, o ex-ministro José Dirceu negou a existência do esquema de compra de votos de parlamentares e descreveu o episódio como "caixa 2" para financiar campanhas eleitorais. Quatro anos depois da maior crise política do governo Lula, Dirceu rechaçou a tese de que seu provável retorno à direção petista signifique que o partido tenha enterrado o assunto. Mas reclamou da diferença no tratamento dado ao senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), também acusado de usar recursos não contabilizados ao disputar o governo Minas, em 1998.
Ontem, Dirceu e outros petistas se esforçaram para negar que a sigla tenha esquecido o mensalão. Mas o clima era o de que o episódio ficou no passado.
"O PT deve ser o primeiro a querer esclarecer o que foi que aconteceu de caixa 2, não de mensalão. Fomos acusados de corrupção e de formação de quadrilha. Mas o senador Eduardo Azeredo não é acusado de corrupção nem de formação de quadrilha. Então, ganhou um caráter político a questão que acabou levando o nome de mensalão", afirmou Dirceu.
Pela primeira vez desde 2005, ele integra a chapa da corrente antes conhecida como o Campo Majoritário do PT, hoje chamada Construindo um Novo Brasil. O grupo lançou como candidato à presidência do PT o ex-senador José Eduardo Dutra (SE). Se vencer, como é esperado, Dirceu tende a recuperar assento no Diretório Nacional petista. Meses atrás, ele disse que não aceitaria entrar na chapa, mas voltou atrás após o que descreveu como "um apelo unânime" de seu grupo.
Concorrem também à presidência da legenda os deputados José Eduardo Martins Cardozo (Mensagem ao Partido), Geraldo Magela (Movimento PT) e Iriny Lopes (Articulação de Esquerda) e os militantes Markus Sokol (O Trabalho) e Serge Goulart (Esquerda Marxista).
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
O ASSASSINO PROTEGIDO POR LULA E SUA TRUPE
PF disse à Justiça haver elo de Battisti com terroristas
Delegado do setor de inteligência usou argumento para obter material apreendido de italiano
Advogado de Battisti diz que há mais de 30 anos ele não tem ligação com grupos radicais; PF nega existência de relatório sobre terrorismo
HUDSON CORRÊA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em documentos encaminhados à Justiça Federal, a Polícia Federal e a Procuradoria da República afirmaram suspeitar que o italiano Cesare Battisti manteve no Brasil relação com terroristas. Battisti teve a sua extradição autorizada anteontem pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e agora aguarda a decisão final do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Os papéis, aos quais a Folha teve acesso, fazem parte da ação penal que Battisti responde desde 2007 na 2ª Vara Federal Criminal do Rio por uso de passaportes falsos.
Battisti foi condenado em 1988 à prisão perpétua pela Justiça italiana acusado de ter participado de quatro assassinatos quando militante de um grupo de extrema esquerda.
Em janeiro deste ano ele recebeu do governo brasileiro o status de refugiado político, que foi derrubado pelo STF.
"Investigações realizadas apontam para o possível envolvimento do italiano Cesare Battisti na prática de crimes ligados à internação irregular de estrangeiros [no Brasil] e ainda com atividades terroristas", afirmou o delegado Cléberson Alminhana, do setor de inteligência da PF, em correspondência à Justiça Federal do Rio no dia 9 de abril de 2007.
Três semanas antes, Battisti havia sido preso no Rio por ordem do STF -era o início do processo de extradição. No apartamento de Copacabana em que morava, os policiais acharam um computador, um disco rígido (HD) e CDs, além de dois passaportes falsos da França com a foto dele.
Alminhana pediu à Justiça acesso ao material apreendido. Como justificativa, disse haver suspeitas de que Battisti mantinha ligações com terroristas em atividade e prometeu encaminhar o conteúdo ao "serviço antiterrorismo" da PF e à Interpol (polícia internacional).
O advogado de Battisti, Luís Roberto Barroso, afirmou que o italiano há mais de 30 anos não tem ligações políticas ou de militância em movimentos. Disse ainda que essa foi uma condição para ele permanecer na França entre 1990 e 2004 onde vivia como escritor até vir para o Brasil, onde adotou a mesma profissão. Segundo Barroso, o conteúdo de computador de Battisti era apenas o texto de um novo livro.
A Folha não encontrou no processo, além da carta do delegado Alminhana, nenhuma outra referência sobre as investigações que supostamente ligariam Battisti a terroristas.
Há no processo, porém, cópia da consulta que a Justiça fez à Procuradoria da República sobre o pedido do delegado. "É notório que Cesare Battisti [...] ostenta forte ligação com grupos armados terroristas estrangeiros", escreveu o procurador Orlando Cunha.
Após a manifestação, o juiz federal Rodolfo Kronemberg Hartmann atendeu ao pedido do delegado da PF, que teve acesso ao material apreendido no apartamento de Battisti.
O documento assinado por Alminhana não foi o único em que a PF apontou a suspeita da participação de Battisti em atividades criminosas. Um dia após a prisão, o delegado Fábio Galvão, ao solicitar a busca e apreensão no apartamento, fazia a ilação: "Segundo informações da equipe policial, o italiano utiliza seu computador para se comunicar com a organização terrorista italiana conhecida como Brigada Vermelha".
Galvão, no entanto, não detalha as suspeitas nem comenta o fato de que esse grupo terrorista italiano não tem atividades conhecidas nos últimos anos.
Conta ainda no processo de Battisti no Brasil pedido da Embaixada da Itália ao conteúdo do computador e HD.
O núcleo de criminalística da PF fez uma perícia no material apreendido para saber se apareciam imagens ou textos ligados ao terrorismo. Não há no processo, porém, o resultado dessa operação de inteligência.
A PF afirmou à Folha que não possui relatórios sobre supostas ligações de Battisti com terroristas. Questionada se há investigação em curso, disse "ser pouco provável". Segundo a PF, as informações sobre Battisti na época da prisão vinham de autoridades italianas.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc2011200902.htm
Delegado do setor de inteligência usou argumento para obter material apreendido de italiano
Advogado de Battisti diz que há mais de 30 anos ele não tem ligação com grupos radicais; PF nega existência de relatório sobre terrorismo
HUDSON CORRÊA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em documentos encaminhados à Justiça Federal, a Polícia Federal e a Procuradoria da República afirmaram suspeitar que o italiano Cesare Battisti manteve no Brasil relação com terroristas. Battisti teve a sua extradição autorizada anteontem pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e agora aguarda a decisão final do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Os papéis, aos quais a Folha teve acesso, fazem parte da ação penal que Battisti responde desde 2007 na 2ª Vara Federal Criminal do Rio por uso de passaportes falsos.
Battisti foi condenado em 1988 à prisão perpétua pela Justiça italiana acusado de ter participado de quatro assassinatos quando militante de um grupo de extrema esquerda.
Em janeiro deste ano ele recebeu do governo brasileiro o status de refugiado político, que foi derrubado pelo STF.
"Investigações realizadas apontam para o possível envolvimento do italiano Cesare Battisti na prática de crimes ligados à internação irregular de estrangeiros [no Brasil] e ainda com atividades terroristas", afirmou o delegado Cléberson Alminhana, do setor de inteligência da PF, em correspondência à Justiça Federal do Rio no dia 9 de abril de 2007.
Três semanas antes, Battisti havia sido preso no Rio por ordem do STF -era o início do processo de extradição. No apartamento de Copacabana em que morava, os policiais acharam um computador, um disco rígido (HD) e CDs, além de dois passaportes falsos da França com a foto dele.
Alminhana pediu à Justiça acesso ao material apreendido. Como justificativa, disse haver suspeitas de que Battisti mantinha ligações com terroristas em atividade e prometeu encaminhar o conteúdo ao "serviço antiterrorismo" da PF e à Interpol (polícia internacional).
O advogado de Battisti, Luís Roberto Barroso, afirmou que o italiano há mais de 30 anos não tem ligações políticas ou de militância em movimentos. Disse ainda que essa foi uma condição para ele permanecer na França entre 1990 e 2004 onde vivia como escritor até vir para o Brasil, onde adotou a mesma profissão. Segundo Barroso, o conteúdo de computador de Battisti era apenas o texto de um novo livro.
A Folha não encontrou no processo, além da carta do delegado Alminhana, nenhuma outra referência sobre as investigações que supostamente ligariam Battisti a terroristas.
Há no processo, porém, cópia da consulta que a Justiça fez à Procuradoria da República sobre o pedido do delegado. "É notório que Cesare Battisti [...] ostenta forte ligação com grupos armados terroristas estrangeiros", escreveu o procurador Orlando Cunha.
Após a manifestação, o juiz federal Rodolfo Kronemberg Hartmann atendeu ao pedido do delegado da PF, que teve acesso ao material apreendido no apartamento de Battisti.
O documento assinado por Alminhana não foi o único em que a PF apontou a suspeita da participação de Battisti em atividades criminosas. Um dia após a prisão, o delegado Fábio Galvão, ao solicitar a busca e apreensão no apartamento, fazia a ilação: "Segundo informações da equipe policial, o italiano utiliza seu computador para se comunicar com a organização terrorista italiana conhecida como Brigada Vermelha".
Galvão, no entanto, não detalha as suspeitas nem comenta o fato de que esse grupo terrorista italiano não tem atividades conhecidas nos últimos anos.
Conta ainda no processo de Battisti no Brasil pedido da Embaixada da Itália ao conteúdo do computador e HD.
O núcleo de criminalística da PF fez uma perícia no material apreendido para saber se apareciam imagens ou textos ligados ao terrorismo. Não há no processo, porém, o resultado dessa operação de inteligência.
A PF afirmou à Folha que não possui relatórios sobre supostas ligações de Battisti com terroristas. Questionada se há investigação em curso, disse "ser pouco provável". Segundo a PF, as informações sobre Battisti na época da prisão vinham de autoridades italianas.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc2011200902.htm
terça-feira, 10 de novembro de 2009
OS HOMENS DO PRESIDENTE LULA
Itália deve questionar presença de Toffoli no julgamento de Battisti
FELIPE SELIGMAN
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Uma eventual participação do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) José Antonio Dias Toffoli no processo de extradição do ex-militante de extrema esquerda Cesare Battisti poderá ser questionada pelo governo da Itália durante o julgamento do caso, marcado para depois de amanhã.
Ex-advogado-geral da União, Toffoli não disse se pretende participar do caso. Em tese não há impedimento para que ele vote, já que a Advocacia-Geral da União não se manifestou formalmente sobre o processo.
STF retoma nesta semana julgamento do pedido de extradição de Battisti
Ministro italiano diz acreditar que STF autorizará extradição de Battisti
Suplicy nega que Cesare Battisti tenha iniciado greve de fome
Battisti diz confiar na decisão de Lula sobre manter seu refúgio político no Brasil
Novo ministro do STF pode suspender extradição de Battisti
Toffoli, então chefe do órgão federal, entretanto, esteve presente no Supremo no primeiro dia de análise do caso pelos ministros, no início de setembro, e designou a advogada da União Fabíola Souza para fazer a defesa do ministro da Justiça, Tarso Genro, em outra ação que foi julgada juntamente com o caso.
É um mandado de segurança proposto pelo governo da Itália que questionava a legalidade da decisão de Tarso de conceder, em janeiro, refúgio político a Battisti, contrariando decisão do Conare (Comitê Nacional para os Refugiados).
A maioria dos ministros acatou o argumento da Itália, declarou "ilegal" a concessão de refúgio por Tarso e entendeu que o STF poderia analisar se Battisti poderá ser extraditado. Até agora, a situação é desfavorável a Battisti. Quatro ministros já se manifestaram pela extradição do italiano --Cezar Peluso (relator), Ricardo Lewandowski, Carlos Ayres Britto e Ellen Gracie--, enquanto outros três --Cármen Lúcia, Eros Grau e Joaquim Barbosa-- afirmaram que a decisão de Tarso deveria ser mantida.
O julgamento foi interrompido após um pedido de vista de Marco Aurélio Mello, que deverá apresentar um voto, cuja tendência é ser favorável ao refúgio de Battisti, no qual apresentará argumentos sobre a prescrição e a natureza dos crimes imputados ao italiano. "Espero que prevaleça o direito posto, e que não se crie, no caso concreto, o direito de plantão", disse ontem o ministro Marco Aurélio no Rio.
Falta o voto de Gilmar Mendes, que já sinalizou defender a extradição. Se Toffoli decidir não participar, o placar seria de 5 a 4 por mandar Battisti para Itália para cumprir sua condenação por quatro assassinatos no final dos anos 70. Mas, se o novo ministro decidir votar e defender o refúgio, o caso ficaria empatado, o que poderá dar ganho de causa a Battisti.
Toffoli recebeu visitas na semana passada de representantes de entidades de direitos humanos e do advogado do italiano, Luís Roberto Barroso, que requisitam sua participação. Caso ele se considere apto, a Itália poderá propor uma questão de ordem no julgamento alegando que, mesmo não estando impedido, ele deveria se declarar "suspeito" para julgar o caso. A decisão, neste caso, seria dos demais ministros.
O advogado da Itália, Nabor Bulhões, não adiantou sua estratégia de defesa. Disse porém que em uma situação análoga poderia questionar a participação de um ministro, com o julgamento já em andamento, caso tenha elementos para tanto.
FELIPE SELIGMAN
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Uma eventual participação do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) José Antonio Dias Toffoli no processo de extradição do ex-militante de extrema esquerda Cesare Battisti poderá ser questionada pelo governo da Itália durante o julgamento do caso, marcado para depois de amanhã.
Ex-advogado-geral da União, Toffoli não disse se pretende participar do caso. Em tese não há impedimento para que ele vote, já que a Advocacia-Geral da União não se manifestou formalmente sobre o processo.
STF retoma nesta semana julgamento do pedido de extradição de Battisti
Ministro italiano diz acreditar que STF autorizará extradição de Battisti
Suplicy nega que Cesare Battisti tenha iniciado greve de fome
Battisti diz confiar na decisão de Lula sobre manter seu refúgio político no Brasil
Novo ministro do STF pode suspender extradição de Battisti
Toffoli, então chefe do órgão federal, entretanto, esteve presente no Supremo no primeiro dia de análise do caso pelos ministros, no início de setembro, e designou a advogada da União Fabíola Souza para fazer a defesa do ministro da Justiça, Tarso Genro, em outra ação que foi julgada juntamente com o caso.
É um mandado de segurança proposto pelo governo da Itália que questionava a legalidade da decisão de Tarso de conceder, em janeiro, refúgio político a Battisti, contrariando decisão do Conare (Comitê Nacional para os Refugiados).
A maioria dos ministros acatou o argumento da Itália, declarou "ilegal" a concessão de refúgio por Tarso e entendeu que o STF poderia analisar se Battisti poderá ser extraditado. Até agora, a situação é desfavorável a Battisti. Quatro ministros já se manifestaram pela extradição do italiano --Cezar Peluso (relator), Ricardo Lewandowski, Carlos Ayres Britto e Ellen Gracie--, enquanto outros três --Cármen Lúcia, Eros Grau e Joaquim Barbosa-- afirmaram que a decisão de Tarso deveria ser mantida.
O julgamento foi interrompido após um pedido de vista de Marco Aurélio Mello, que deverá apresentar um voto, cuja tendência é ser favorável ao refúgio de Battisti, no qual apresentará argumentos sobre a prescrição e a natureza dos crimes imputados ao italiano. "Espero que prevaleça o direito posto, e que não se crie, no caso concreto, o direito de plantão", disse ontem o ministro Marco Aurélio no Rio.
Falta o voto de Gilmar Mendes, que já sinalizou defender a extradição. Se Toffoli decidir não participar, o placar seria de 5 a 4 por mandar Battisti para Itália para cumprir sua condenação por quatro assassinatos no final dos anos 70. Mas, se o novo ministro decidir votar e defender o refúgio, o caso ficaria empatado, o que poderá dar ganho de causa a Battisti.
Toffoli recebeu visitas na semana passada de representantes de entidades de direitos humanos e do advogado do italiano, Luís Roberto Barroso, que requisitam sua participação. Caso ele se considere apto, a Itália poderá propor uma questão de ordem no julgamento alegando que, mesmo não estando impedido, ele deveria se declarar "suspeito" para julgar o caso. A decisão, neste caso, seria dos demais ministros.
O advogado da Itália, Nabor Bulhões, não adiantou sua estratégia de defesa. Disse porém que em uma situação análoga poderia questionar a participação de um ministro, com o julgamento já em andamento, caso tenha elementos para tanto.
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
DINHEIRO-SEU-LÁ
Estatais patrocinam prêmio concedido a Lula em Londres
Premiação da Chatham House é co-patrocinada por Petrobras, BNDES e Banco do Brasil
Presidente recebe prêmio hoje por ser "motor-chave da estabilidade e da integração na América Latina'; estatais negam ser patrocinadoras
SIMONE IGLESIAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
ANA FLOR
DA REPORTAGEM LOCAL
A lista de empresas que patrocinaram ou apoiaram o prêmio que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe hoje em Londres inclui três estatais (Petrobras, BB e BNDES), três empresas privadas brasileiras (Bradesco, Itaú e TAM) e várias companhias estrangeiras com interesses comerciais no país.
Lula recebe hoje o prestigiado prêmio Chatham House 2009, em Londres, por ser o "motor-chave da estabilidade e da integração na América Latina". Oferecido pelo Royal Institute for International Affairs, o prêmio teve outros dois finalistas: o chanceler da Arábia Saudita, o príncipe Saud Al Faisal, e a presidente da Libéria, Ellen Johnson-Sirleaf. Lula ganhou em votação aberta realizada na instituição.
O site da Chatham House lista os patrocinadores. Além das estatais e das empresas privadas nacionais, aparecem a Royal Dutch Shell (patrocinadora principal), Anglo American, BG Group, Bloomberg, British American Tobacco, Chevron Ltda, Chivas Brothers, Eni S.p.A, GlaxoSmithKline, HSBC, Rolls-Royce, Santander e Telefonica. O site não informa o valor das cotas de patrocínio.
Fernando Rodrigues.
http://uolpolitica.blog.uol.com.br/arch2009-11-01_2009-11-07.html#2009_11-05_08_58_29-9961110-0
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
VIVA A LIBERDADE!
Há 20 anos, erro de informação derrubava muro de Berlim
Do UOL Notícias
Em São Paulo
Não ia ser um dia comum. Em 9 de novembro de 1989, o governo da RDA (República Democrática Alemã, oriental, comunista) se preparava para anunciar a nova legislação que permitiria viagens para o lado ocidental. Um sonho antigo dos moradores da Alemanha oriental programado pelo governo comunista para começar no dia seguinte.
Ainda no dia 9, durante uma entrevista coletiva transmitida ao vivo no horário nobre da televisão, o porta-voz da Alemanha Oriental, Günter Schabowski, anuncia a permissão das visitas ao ocidente. Mas ficou a dúvida. "Quando isso entra em vigor?", perguntou um jornalista italiano.
A mudança passaria a valer no dia 10 de novembro, mas, naquela tensão, um Schabowski atrapalhado, inseguro, acaba respondendo: "Pelo o que eu sei... a medida entra em vigor imediatamente". E foi imediatamente que os berlinenses orientais e ocidentais tomaram as ruas da cidade.
Numa revolução pacífica, sem derramamento de sangue, alemães orientais exibiam seus passaportes e cruzavam legalmente para o lado capitalista. Alguns manifestantes levaram martelos e marretas para pôr o muro fisicamente abaixo.
O começo do fim
Naquela noite de 9 de novembro de 1989, o povo derrubou o muro e começou a enterrar a Guerra Fria. O muro era um dos maiores símbolos do conflito que dividiu o planeta entre os vencedores da Segunda Guerra Mundial: de um lado os capitalistas - liderados pelos Estados Unidos - e, de outro, os socialistas ou comunistas - liderados pela União Soviética.
Quando veio abaixo o muro, a URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) - com influência sobre a Alemanha Oriental - tentava contornar a grave crise econômica e social por meio de dois programas: a Perestroika (reestruturação econômica) e a Glasnost (reforma política).
Com a Glasnost, o governo soviético de Mikhail Gorbachev permitiu a abertura das fronteiras da Rússia, dos países satélites e do Leste Europeu e ampliou a liberdade política dos cidadãos.
Na Alemanha Oriental, no entanto, o presidente Erich Honecker resistia a reformas. Quando o governo socialista da Hungria abriu a fronteira com a Áustria, meses antes da queda do muro, muitos alemães orientais fugiram do país por este caminho, recorrendo à embaixada da RFA (República Federal Alemã, ocidental, capitalista) em Viena para pedir asilo. O comunismo europeu começava a se esfacelar.
Debaixo de pressão das recorrentes manifestações populares que tomavam a Alemanha Oriental ao longo de 1989, o linha-dura Honecker deixou o poder em outubro daquele ano, depois de 18 anos no poder. Ele foi substituído pelo reformista Egon Krenz, que assinou a lei das viagens ao ocidente e renunciou 47 dias depois de assumir a liderança da Alemanha Oriental, junto com os outros membros do Politburo (órgão de maior poder dentro do Partido Comunista soviético).
Pedaços do muro de Berlim pelo mundo
O Muro de Berlim começou a ser construído em 13 de agosto de 1961. A justificativa oficial era a necessidade de separar "passado e futuro" para proteger a revolução comunista, mas, na realidade, o problema era a fuga de pessoas da Alemanha Oriental para a Ocidental. Calcula-se que, na época, o número diário de fugas chegava a 2.000.
O muro tinha 155 km de extensão, uma faixa de 100 metros com trincheiras e armadilhas antitanques a partir da borda que dividia os dois lados de Berlim - conhecido como "faixa da morte". Era vigiado por homens armados 24 horas por dia e contava com 300 torres de observação.
A barreira interrompia oito linhas de trens, quatro de metrô e 193 ruas e avenidas. Atravessava também 24 quilômetros de rios e 30 de bosques.
Durante seus 28 anos em pé, pelo menos 136 pessoas morrendo tentando cruzar o muro para o lado de Berlim Ocidental.
http://noticias.uol.com.br/especiais/muro-berlim-20-anos/ultnot/2009/11/04/ult8884u6.jhtm
Do UOL Notícias
Em São Paulo
Não ia ser um dia comum. Em 9 de novembro de 1989, o governo da RDA (República Democrática Alemã, oriental, comunista) se preparava para anunciar a nova legislação que permitiria viagens para o lado ocidental. Um sonho antigo dos moradores da Alemanha oriental programado pelo governo comunista para começar no dia seguinte.
Ainda no dia 9, durante uma entrevista coletiva transmitida ao vivo no horário nobre da televisão, o porta-voz da Alemanha Oriental, Günter Schabowski, anuncia a permissão das visitas ao ocidente. Mas ficou a dúvida. "Quando isso entra em vigor?", perguntou um jornalista italiano.
A mudança passaria a valer no dia 10 de novembro, mas, naquela tensão, um Schabowski atrapalhado, inseguro, acaba respondendo: "Pelo o que eu sei... a medida entra em vigor imediatamente". E foi imediatamente que os berlinenses orientais e ocidentais tomaram as ruas da cidade.
Numa revolução pacífica, sem derramamento de sangue, alemães orientais exibiam seus passaportes e cruzavam legalmente para o lado capitalista. Alguns manifestantes levaram martelos e marretas para pôr o muro fisicamente abaixo.
O começo do fim
Naquela noite de 9 de novembro de 1989, o povo derrubou o muro e começou a enterrar a Guerra Fria. O muro era um dos maiores símbolos do conflito que dividiu o planeta entre os vencedores da Segunda Guerra Mundial: de um lado os capitalistas - liderados pelos Estados Unidos - e, de outro, os socialistas ou comunistas - liderados pela União Soviética.
Quando veio abaixo o muro, a URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) - com influência sobre a Alemanha Oriental - tentava contornar a grave crise econômica e social por meio de dois programas: a Perestroika (reestruturação econômica) e a Glasnost (reforma política).
Com a Glasnost, o governo soviético de Mikhail Gorbachev permitiu a abertura das fronteiras da Rússia, dos países satélites e do Leste Europeu e ampliou a liberdade política dos cidadãos.
Na Alemanha Oriental, no entanto, o presidente Erich Honecker resistia a reformas. Quando o governo socialista da Hungria abriu a fronteira com a Áustria, meses antes da queda do muro, muitos alemães orientais fugiram do país por este caminho, recorrendo à embaixada da RFA (República Federal Alemã, ocidental, capitalista) em Viena para pedir asilo. O comunismo europeu começava a se esfacelar.
Debaixo de pressão das recorrentes manifestações populares que tomavam a Alemanha Oriental ao longo de 1989, o linha-dura Honecker deixou o poder em outubro daquele ano, depois de 18 anos no poder. Ele foi substituído pelo reformista Egon Krenz, que assinou a lei das viagens ao ocidente e renunciou 47 dias depois de assumir a liderança da Alemanha Oriental, junto com os outros membros do Politburo (órgão de maior poder dentro do Partido Comunista soviético).
Pedaços do muro de Berlim pelo mundo
O Muro de Berlim começou a ser construído em 13 de agosto de 1961. A justificativa oficial era a necessidade de separar "passado e futuro" para proteger a revolução comunista, mas, na realidade, o problema era a fuga de pessoas da Alemanha Oriental para a Ocidental. Calcula-se que, na época, o número diário de fugas chegava a 2.000.
O muro tinha 155 km de extensão, uma faixa de 100 metros com trincheiras e armadilhas antitanques a partir da borda que dividia os dois lados de Berlim - conhecido como "faixa da morte". Era vigiado por homens armados 24 horas por dia e contava com 300 torres de observação.
A barreira interrompia oito linhas de trens, quatro de metrô e 193 ruas e avenidas. Atravessava também 24 quilômetros de rios e 30 de bosques.
Durante seus 28 anos em pé, pelo menos 136 pessoas morrendo tentando cruzar o muro para o lado de Berlim Ocidental.
http://noticias.uol.com.br/especiais/muro-berlim-20-anos/ultnot/2009/11/04/ult8884u6.jhtm
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
O SONHO DE CADA BRASILEIRO HONESTO
A FRANÇA DÁ EXEMPLO. EIS O SONHO DE CADA BRASILEIRO HONESTO: QUE UM DIA NÓS FAÇAMOS O MESMO COM CADA UM DE NOSSOS POLÍTICOS BANDIDOS.
Jacques Chirac será julgado por desvio de verbas na França
Ex-presidente é acusado de criar empregos fantasmas quando era prefeito de Paris nos anos 90
PARIS - O ex-presidente francês Jacques Chirac será julgado por desvio de dinheiro público por um tribunal penal, segundo informaram pessoas próximas ao ex-presidente na manhã desta sexta-feira, 30.Chirac é acusado de ter criado empregos fantasmas nos anos 90, na época em que ainda era prefeito de Paris. Ele governou a capital francesa durante 18 anos, entre 1977 e 1995, ano em que assumiu a presidência da França.
Essa é a primeira vez que um ex-presidente francês será levado a julgamento. Após se beneficiar de 12 anos de imunidade como chefe de Estado, Chirac, 76, já havia sido indiciado no final de 2007 pelas mesmas acusações. Agora, a Justiça entendeu que elas são suficientes para levar Chirac a julgamento.
Acusações
O julgamento determinará se Chirac teve responsabilidade na criação de 21 cargos - supostamente fantasmas - de "encarregados de missões" na prefeitura de Paris. Entre 1983 e 1995, várias pessoas tiveram seus salários pagos pela prefeitura de Paris. Elas teriam trabalhado como consultores do prefeito, mas a Justiça suspeita que seriam, na realidade, ligadas ao partido RPR, de Chirac, que posteriormente se tornou o atual UMP, do presidente Nicolas Sarkozy.
Nesta sexta-feira, a juíza Xavière Simeoni estimou que as acusações eram suficientes para levar Chirac a julgamento. A juíza não seguiu as recomendações do Ministério Público, que havia pedido o encerramento do caso.
Pessoas ligadas ao ex-presidente declararam à imprensa francesa que ele "está sereno e determinado a provar que os empregos não eram fantasmas". O ex-primeiro ministro Alain Juppé, ligado a Chirac, já havia sido condenado, em 2004, a 14 meses de prisão, que puderam ser cumpridos em liberdade condicional, nesse dossiê de empregos fantasmas na prefeitura de Paris.
O Ministério Público ainda pode recorrer da decisão da Justiça de julgar o ex-presidente por desvio de dinheiro público. Se o recurso for apresentado, poderá levar ainda de seis meses a um ano para que o julgamento ocorra.
O nome de Chirac já apareceu em diversos dossiês de supostas fraudes na época em que foi prefeito de Paris, como até em relação aos gastos com coquetéis da prefeitura, mas ele foi indiciado apenas no dossiê dos empregos fantasmas.
http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,jacques-chirac-sera-julgado-por-desvio-de-verbas-na-franca,458821,0.htm
Jacques Chirac será julgado por desvio de verbas na França
Ex-presidente é acusado de criar empregos fantasmas quando era prefeito de Paris nos anos 90
PARIS - O ex-presidente francês Jacques Chirac será julgado por desvio de dinheiro público por um tribunal penal, segundo informaram pessoas próximas ao ex-presidente na manhã desta sexta-feira, 30.Chirac é acusado de ter criado empregos fantasmas nos anos 90, na época em que ainda era prefeito de Paris. Ele governou a capital francesa durante 18 anos, entre 1977 e 1995, ano em que assumiu a presidência da França.
Essa é a primeira vez que um ex-presidente francês será levado a julgamento. Após se beneficiar de 12 anos de imunidade como chefe de Estado, Chirac, 76, já havia sido indiciado no final de 2007 pelas mesmas acusações. Agora, a Justiça entendeu que elas são suficientes para levar Chirac a julgamento.
Acusações
O julgamento determinará se Chirac teve responsabilidade na criação de 21 cargos - supostamente fantasmas - de "encarregados de missões" na prefeitura de Paris. Entre 1983 e 1995, várias pessoas tiveram seus salários pagos pela prefeitura de Paris. Elas teriam trabalhado como consultores do prefeito, mas a Justiça suspeita que seriam, na realidade, ligadas ao partido RPR, de Chirac, que posteriormente se tornou o atual UMP, do presidente Nicolas Sarkozy.
Nesta sexta-feira, a juíza Xavière Simeoni estimou que as acusações eram suficientes para levar Chirac a julgamento. A juíza não seguiu as recomendações do Ministério Público, que havia pedido o encerramento do caso.
Pessoas ligadas ao ex-presidente declararam à imprensa francesa que ele "está sereno e determinado a provar que os empregos não eram fantasmas". O ex-primeiro ministro Alain Juppé, ligado a Chirac, já havia sido condenado, em 2004, a 14 meses de prisão, que puderam ser cumpridos em liberdade condicional, nesse dossiê de empregos fantasmas na prefeitura de Paris.
O Ministério Público ainda pode recorrer da decisão da Justiça de julgar o ex-presidente por desvio de dinheiro público. Se o recurso for apresentado, poderá levar ainda de seis meses a um ano para que o julgamento ocorra.
O nome de Chirac já apareceu em diversos dossiês de supostas fraudes na época em que foi prefeito de Paris, como até em relação aos gastos com coquetéis da prefeitura, mas ele foi indiciado apenas no dossiê dos empregos fantasmas.
http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,jacques-chirac-sera-julgado-por-desvio-de-verbas-na-franca,458821,0.htm
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
UM PAÍS DE TOLOS III - A VINGANÇA DO MENSALÃO
Em depoimento, Sandro Mabel nega existência do mensalão
MÁRCIO FALCÃO
da Folha Online, em Brasília
Em depoimento nesta quarta-feira à Justiça Federal, o líder do PR na Câmara, deputado Sandro Mabel (GO), negou a existência do mensalão --suposto esquema de compra de votos de parlamentares da base aliada.
Ele prestou depoimento como testemunha no processo. Mabel disse que tomou conhecimento do mensalão pela imprensa.
"Nem no [governo] Lula, nem no [governo] FHC [soube de oferta de dinheiro a parlamentares em troca de apoio durante votações no Congresso]. [...] Tenho conhecimento [do mensalão] em razão do que foi divulgado pela imprensa e, na Câmara, fui envolvido em uma ação paralela, mas absolvido", afirmou.
O deputado foi envolvido diretamente no escândalo ao ser acusado pela deputada Raquel Teixeira (PSDB-GO) de ter oferecido R$ 1 milhão e mensalidade de R$ 30 mil para ela se filiar ao então PL, mas acabou absolvido pela Câmara.
O líder do PR afirmou ainda que não conheceu o publicitário Marcos Valério, apontado como operador do mensalão e disse não ter informações sobre qualquer ato ilegal do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, que conheceu em Goiás nos tempos em que o petista era sindicalista. Delúbio é um dos 39 réus do mensalão.
"Conheço o Delúbio de Goiás, que é o meu Estado. Ele era do Sindicato dos Professores. Fazia muito barulho nas praças. A não ser as confusões que ele fez como sindicalista, mas no bom sentido, ele é uma pessoa tranquila. Conheço ele muito antes do governo Lula. Estávamos sempre em campos opostos."
Questionado se a aprovação de reformas do governo Lula no setor elétrico, na previdência e no sistema tributário do país envolveu compensação financeira para os congressistas, Mabel negou.
"Todas as reformas são muito difíceis. São disputas políticas, com muitos interesses sempre. Mas nunca ouvi que se fosse negociar dinheiro para isso [aprovação das reformas]", completou.
Mabel foi ouvido como testemunha de defesa do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e do ex-líder do PP na Câmara José Janene (PR), que são réus no processo.
PTB
Na segunda-feira, o ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) José Múcio Monteiro afirmou que o PTB "em hipótese nenhuma" participou do mensalão.
Ex-coordenador político do governo Lula e ex-líder do partido na época do escândalo, Múcio disse que a parceria entre o PTB e o governo não envolveu vantagem financeira em troca de apoio durante as votações no Congresso. A denúncia do mensalão partiu do presidente do PTB, deputado cassado Roberto Jefferson.
Na semana passada, também prestaram depoimento no processo do mensalão a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) e o ex-ministro da Fazenda e deputado Antonio Palocci (PT-SP). Os dois disseram que não tinham conhecimento do suposto esquema e elogiaram o ex-ministro e deputado cassado José Dirceu (Casa Civil). Dilma chegou a falar que Dirceu foi "injustiçado".
Acusação
O ex-procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza ofereceu denúncia ao STF (Supremo Tribunal Federal) em abril de 2006 contra 40 suspeitos de participarem de um suposto esquema de compra de votos de parlamentares da base aliada --o mensalão.
Em agosto de 2007, os ministros do STF acataram a denúncia e transformaram os suspeitos em réus.
Entre os denunciados estão os ex-ministros Luiz Gushiken (Comunicação do Governo), Anderson Adauto (Transportes) e José Dirceu (Casa Civil), além do empresário Marcos Valério, os deputados João Paulo Cunha (PT-SP) e José Genoino (PT-SP) e o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ).
Dos 40 denunciados, 39 continuam respondendo como réus. O ex-secretário-geral do PT Silvio Pereira fez um acordo e foi excluído da ação em troca do cumprimento de pena alternativa.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u644348.shtml
MÁRCIO FALCÃO
da Folha Online, em Brasília
Em depoimento nesta quarta-feira à Justiça Federal, o líder do PR na Câmara, deputado Sandro Mabel (GO), negou a existência do mensalão --suposto esquema de compra de votos de parlamentares da base aliada.
Ele prestou depoimento como testemunha no processo. Mabel disse que tomou conhecimento do mensalão pela imprensa.
"Nem no [governo] Lula, nem no [governo] FHC [soube de oferta de dinheiro a parlamentares em troca de apoio durante votações no Congresso]. [...] Tenho conhecimento [do mensalão] em razão do que foi divulgado pela imprensa e, na Câmara, fui envolvido em uma ação paralela, mas absolvido", afirmou.
O deputado foi envolvido diretamente no escândalo ao ser acusado pela deputada Raquel Teixeira (PSDB-GO) de ter oferecido R$ 1 milhão e mensalidade de R$ 30 mil para ela se filiar ao então PL, mas acabou absolvido pela Câmara.
O líder do PR afirmou ainda que não conheceu o publicitário Marcos Valério, apontado como operador do mensalão e disse não ter informações sobre qualquer ato ilegal do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, que conheceu em Goiás nos tempos em que o petista era sindicalista. Delúbio é um dos 39 réus do mensalão.
"Conheço o Delúbio de Goiás, que é o meu Estado. Ele era do Sindicato dos Professores. Fazia muito barulho nas praças. A não ser as confusões que ele fez como sindicalista, mas no bom sentido, ele é uma pessoa tranquila. Conheço ele muito antes do governo Lula. Estávamos sempre em campos opostos."
Questionado se a aprovação de reformas do governo Lula no setor elétrico, na previdência e no sistema tributário do país envolveu compensação financeira para os congressistas, Mabel negou.
"Todas as reformas são muito difíceis. São disputas políticas, com muitos interesses sempre. Mas nunca ouvi que se fosse negociar dinheiro para isso [aprovação das reformas]", completou.
Mabel foi ouvido como testemunha de defesa do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e do ex-líder do PP na Câmara José Janene (PR), que são réus no processo.
PTB
Na segunda-feira, o ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) José Múcio Monteiro afirmou que o PTB "em hipótese nenhuma" participou do mensalão.
Ex-coordenador político do governo Lula e ex-líder do partido na época do escândalo, Múcio disse que a parceria entre o PTB e o governo não envolveu vantagem financeira em troca de apoio durante as votações no Congresso. A denúncia do mensalão partiu do presidente do PTB, deputado cassado Roberto Jefferson.
Na semana passada, também prestaram depoimento no processo do mensalão a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) e o ex-ministro da Fazenda e deputado Antonio Palocci (PT-SP). Os dois disseram que não tinham conhecimento do suposto esquema e elogiaram o ex-ministro e deputado cassado José Dirceu (Casa Civil). Dilma chegou a falar que Dirceu foi "injustiçado".
Acusação
O ex-procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza ofereceu denúncia ao STF (Supremo Tribunal Federal) em abril de 2006 contra 40 suspeitos de participarem de um suposto esquema de compra de votos de parlamentares da base aliada --o mensalão.
Em agosto de 2007, os ministros do STF acataram a denúncia e transformaram os suspeitos em réus.
Entre os denunciados estão os ex-ministros Luiz Gushiken (Comunicação do Governo), Anderson Adauto (Transportes) e José Dirceu (Casa Civil), além do empresário Marcos Valério, os deputados João Paulo Cunha (PT-SP) e José Genoino (PT-SP) e o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ).
Dos 40 denunciados, 39 continuam respondendo como réus. O ex-secretário-geral do PT Silvio Pereira fez um acordo e foi excluído da ação em troca do cumprimento de pena alternativa.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u644348.shtml
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
SEMÂNTICA
VIVA A NOSSA MASCOTE!!!
Enquanto tirava o lixo de casa, adolescente é baleado e morre no Rio
Do UOL Notícias
Em São Paulo
Um adolescente de 15 anos morreu baleado na manhã desta quarta-feira (28) nos entornos do complexo de Manguinhos, zona norte do Rio de Janeiro. O rapaz foi encontrado com um tiro na cabeça na comunidade Nelson Mandela 3, zona norte do Rio de Janeiro, próxima ao Parque do Arará, onde homens do Batalhão de Operações Policias Especiais (Bope) faziam uma operação contra o tráfico de drogas.
Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Militar (PM), viaturas que estavam na região foram atingidas por balas vindas da comunidade Mandela, por volta das 10 horas. "Lá chegando, os policiais constataram que havia um jovem ferido", diz a nota PM. Um cerco, segundo as autoridades, foi feito para que a ambulância pudesse chegar próximo ao rapaz, identificado como Rafael Rocha Ribeiro. Feito o resgate, no entanto, o jovem não resistiu e morreu no caminho do Hospital Estadual de Bom Sucesso.
Segundo o líder comunitário Luiz Ricardo Ferreira da Silva, o adolescente tinha levado o irmão mais novo à escola. Na volta para casa, passou em um comércio, comprou pão e entrou em sua residência. "Quando ele saiu novamente para levar o lixo, foi atingido. Ninguém sabe o que aconteceu", diz o responsável pela associação de moradores, que garantiu que, no momento exato do tiro, não havia operação na comunidade. "Vamos protestar por mais essa vida perdida", disse Luiz, que organizou uma manifestação para reclamar da situação de segurança na região.
Após o incidente, o Bope manteve sua posição e passou a intensificar a operação. Os confrontos na zona norte do Rio já deixaram mais de 40 mortos desde o último dia 17, quando traficantes rivais invadiram o morro dos Macacos, controlado pela ADA (Amigos dos Amigos), em disputa pelos pontos de vendas de drogas. Na ocasião, um helicóptero da PM foi derrubado pelos criminosos, matando três oficiais. Deste então, um forte cerco feito pelos policiais vem gerando uma sangrenta batalha que assusta moradores e provoca tiroteios constantes.
Bebê ferida no braço
Caienny, menina de 11 meses que perdeu a mãe e foi baleada no braço em confronto similar no último domingo, segue internada no Hospital Estadual Getúlio Vargas. Ao contrário de suposições anteriores, ela não corre mais o risco de perder o braço. Ela foi operada logo após ser ferida para corrigir a fratura no antebraço esquerdo. Seu estado de saúde está "evoluindo satisfatoriamente", segundo a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Saúde. Ela já está se alimentando e está sendo acompanhada por ortopedistas e pediatras. Não há previsão de alta.
http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2009/10/28/ult5772u5827.jhtm
VOCÊ SABIA?????
VOCÊ SABIA QUE...
- Mais de um bilhão de pessoas no mundo vive com menos de um dólar por dia;
- Cada dia, morrem, por causa da fome, 24 mil pessoas. 10% das crianças, em
países em desenvolvimento, morrem antes de completar cinco anos...
- um terço da população é mal alimentado e outro terço está faminto.
- Que a cada dia 275 mil pessoas começam a passar fome ao redor do mundo. O
Brasil é o 9º pais com o maior número de pessoas com fome...
- Atualmente, cerca de 1,2 bilhão de pessoas se encontra no estado de alta
pobreza devido às condições climáticas de suas regiões.
Você Sabia?
- Mais de um bilhão de crianças, a metade dos menores do mundo, é castigado
pela pobreza, as guerras e a Aids;
- Todos os dias, o HIV/AIDS mata 6.000 pessoas e infecta outras 8.200 .
- Todos os anos, seis milhões de crianças morrem de má nutrição antes de
completar cinco anos.
- Cerca de 90 mil crianças e adolescentes são órfãos no Brasil, à espera de
uma adoção.
- a escassez de água já atinge 2 bilhões de pessoas. Esse número pode dobrar
em 20 anos...
Você Sabia?
- Cerca de 100 milhões de pessoas estão sem teto;
- No Brasil, são 33,9 milhões de pessoas sem casa. Só nas áreas urbanas, são
24 milhões que não possuem habitação adequada ou não têm onde morar.
- Que vinte e cinco milhões de pessoas são dependentes de drogas no mundo;
- Que os indígenas continuam a ser vítimas de assassinatos, violência,
discriminação, expulsões forçadas e outras violações de direitos humanos.
Você Sabia?
- Mais de 2,6 bilhões de pessoas não têm saneamento básico e mais de um
bilhão continua a usar fontes de água imprópria para o consumo.
- Cinco milhões de pessoas, na sua maioria crianças, morrem todos os anos de
doenças relacionadas à qualidade da água.
- No mundo inteiro, 114 milhões de crianças não recebem instrução sequer ao
nível básico e 584 milhões de mulheres são analfabetas.
Você Sabia?
- Que é gasto 40 vezes mais dinheiro com cosméticos do que com doações...
- é gasto 10 vezes mais dinheiro com armas do que com educação básica;
- O Brasil é campeão mundial de desmatamento. Em segundo lugar está a
Indonésia: 18,7 km2 por ano e, em terceiro, segue o Sudão, com 5,9 km2.
- O país perdeu um campo de futebol a cada dez minutos na Amazônia, nos
últimos 20 anos.
..Agora você já sabe.
E vai ficar aí parado? Tome uma atitude.
Milhões de Pessoas em Pobreza Extrema Precisam da sua Ajuda!
Seja Voluntário você Também!
Planeta Voluntários
www.planetavoluntarios.com.br
Porque ajudar faz bem!
- Mais de um bilhão de pessoas no mundo vive com menos de um dólar por dia;
- Cada dia, morrem, por causa da fome, 24 mil pessoas. 10% das crianças, em
países em desenvolvimento, morrem antes de completar cinco anos...
- um terço da população é mal alimentado e outro terço está faminto.
- Que a cada dia 275 mil pessoas começam a passar fome ao redor do mundo. O
Brasil é o 9º pais com o maior número de pessoas com fome...
- Atualmente, cerca de 1,2 bilhão de pessoas se encontra no estado de alta
pobreza devido às condições climáticas de suas regiões.
Você Sabia?
- Mais de um bilhão de crianças, a metade dos menores do mundo, é castigado
pela pobreza, as guerras e a Aids;
- Todos os dias, o HIV/AIDS mata 6.000 pessoas e infecta outras 8.200 .
- Todos os anos, seis milhões de crianças morrem de má nutrição antes de
completar cinco anos.
- Cerca de 90 mil crianças e adolescentes são órfãos no Brasil, à espera de
uma adoção.
- a escassez de água já atinge 2 bilhões de pessoas. Esse número pode dobrar
em 20 anos...
Você Sabia?
- Cerca de 100 milhões de pessoas estão sem teto;
- No Brasil, são 33,9 milhões de pessoas sem casa. Só nas áreas urbanas, são
24 milhões que não possuem habitação adequada ou não têm onde morar.
- Que vinte e cinco milhões de pessoas são dependentes de drogas no mundo;
- Que os indígenas continuam a ser vítimas de assassinatos, violência,
discriminação, expulsões forçadas e outras violações de direitos humanos.
Você Sabia?
- Mais de 2,6 bilhões de pessoas não têm saneamento básico e mais de um
bilhão continua a usar fontes de água imprópria para o consumo.
- Cinco milhões de pessoas, na sua maioria crianças, morrem todos os anos de
doenças relacionadas à qualidade da água.
- No mundo inteiro, 114 milhões de crianças não recebem instrução sequer ao
nível básico e 584 milhões de mulheres são analfabetas.
Você Sabia?
- Que é gasto 40 vezes mais dinheiro com cosméticos do que com doações...
- é gasto 10 vezes mais dinheiro com armas do que com educação básica;
- O Brasil é campeão mundial de desmatamento. Em segundo lugar está a
Indonésia: 18,7 km2 por ano e, em terceiro, segue o Sudão, com 5,9 km2.
- O país perdeu um campo de futebol a cada dez minutos na Amazônia, nos
últimos 20 anos.
..Agora você já sabe.
E vai ficar aí parado? Tome uma atitude.
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terça-feira, 27 de outubro de 2009
UM PAÍS DE TOLOS II - A MISSÃO
Crescem despesas sigilosas do Planalto com cartão
Entre janeiro e setembro de 2009, os gastos sigilosos do Planalto com cartões de crédito corporativos somaram R$ 5,3 milhões.
A cifra excede em R$ 1,5 milhão as despesas feitas no mesmo período em 2008. Um tônico de mais de 9%.
Deve-se a informação aos repórteres Edson Luiz e Izabelle Torres. A despeito do aumento, a CGU diz que decresceram as operações feitas por meio de cartões.
Tomado pelos primeiros nove meses, o ano de 2009 já registra o terceiro maior volume de gastos com cartões da gestão Lula.
Só perde para os dois anos inaugurais do primeiro mandato –em 2003, gastou-se R$ 5,6 milhões. Em 2004, R$ 6,4 milhões.
Nada de anormal, na visão do secretário-executivo da Controladoria Geral da União, Luiz Navarro.
Ele diz que o governo limitou em 30% o uso dos cartões corporativos para saques de dinheiro vivo, na boca do caixa.
"O aumento era natural, mas as comparações mostram que há normalidade nesse tipo de pagamento", diz Navarro.
De resto, informa que a CGU não tem recebido denúncias de irregularidades no manuseio dos cartões corporativos.
No caso da Presidência da República, os dispêndios são sigilosos. O contribuinte paga, mas não sabe o que está financiando.
Escrito por Josias de Souza às 05h13
Entre janeiro e setembro de 2009, os gastos sigilosos do Planalto com cartões de crédito corporativos somaram R$ 5,3 milhões.
A cifra excede em R$ 1,5 milhão as despesas feitas no mesmo período em 2008. Um tônico de mais de 9%.
Deve-se a informação aos repórteres Edson Luiz e Izabelle Torres. A despeito do aumento, a CGU diz que decresceram as operações feitas por meio de cartões.
Tomado pelos primeiros nove meses, o ano de 2009 já registra o terceiro maior volume de gastos com cartões da gestão Lula.
Só perde para os dois anos inaugurais do primeiro mandato –em 2003, gastou-se R$ 5,6 milhões. Em 2004, R$ 6,4 milhões.
Nada de anormal, na visão do secretário-executivo da Controladoria Geral da União, Luiz Navarro.
Ele diz que o governo limitou em 30% o uso dos cartões corporativos para saques de dinheiro vivo, na boca do caixa.
"O aumento era natural, mas as comparações mostram que há normalidade nesse tipo de pagamento", diz Navarro.
De resto, informa que a CGU não tem recebido denúncias de irregularidades no manuseio dos cartões corporativos.
No caso da Presidência da República, os dispêndios são sigilosos. O contribuinte paga, mas não sabe o que está financiando.
Escrito por Josias de Souza às 05h13
http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/arch2009-10-01_2009-10-31.html#2009_10-27_04_14_30-10045644-0
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
IRMÃ E MÃE DE FIDEL CONTRA A REVOLUÇÃO
IRMÃ E MÃE DE FIDEL CONTRA A REVOLUÇÃO
Até mesmo a irmã e a própria mãe de Fidel Castro são contrárias ao regime comunista de terror, prisões e mortes que o revolucionário das cavernas implantou na ilha-prisão.
Mas há quem defenda esses assassinos em nome de uma ideologia que já matou milhões em todo o planeta. A irmã de Castro deixa claro que as ordens para executar inocentes vinha de Fidel e do tão idoloatrado assassino Che Guevara.
Pior é ver "teólogos", "pastores" defendendo essa corja como se fossem os heróis do Reino de Deus na Terra. Gente que se diz "libertadora dos oprimidos". Criticam e odeiam os EUA - que nunca foram e nunca serão santos - e a ditadura militar brasileira - também inaceitável - mas dão de ombros sobre os assasinatos de seus heróis de farda e charuto.
Não se importam com os oprimidos que morrem, mas apenas com quem são os opressores que matam: se são ideologicamente alinhados, estão apenas construindo um mundo melhor. Mas se não são aqueles de sua ideologia socialista/comunista, são assassinos, são do Império, são do mal. Isso, repito, com "teólogos" e "pastores".
Há poucas semanas houve grande discussão na imprensa mundial de que se deveria terminar com Guantánamo. Concordo. Mas ninguém, repito, NINGUÉM deu um pio sobre terminar com a ditadura que oprime há 50 anos!
Jesus Cristo estaria ao lado de Che Guevara, Fidel Castro e sua ditadura? Duvido.
É o fim...
Até mesmo a irmã e a própria mãe de Fidel Castro são contrárias ao regime comunista de terror, prisões e mortes que o revolucionário das cavernas implantou na ilha-prisão.
Mas há quem defenda esses assassinos em nome de uma ideologia que já matou milhões em todo o planeta. A irmã de Castro deixa claro que as ordens para executar inocentes vinha de Fidel e do tão idoloatrado assassino Che Guevara.
Pior é ver "teólogos", "pastores" defendendo essa corja como se fossem os heróis do Reino de Deus na Terra. Gente que se diz "libertadora dos oprimidos". Criticam e odeiam os EUA - que nunca foram e nunca serão santos - e a ditadura militar brasileira - também inaceitável - mas dão de ombros sobre os assasinatos de seus heróis de farda e charuto.
Não se importam com os oprimidos que morrem, mas apenas com quem são os opressores que matam: se são ideologicamente alinhados, estão apenas construindo um mundo melhor. Mas se não são aqueles de sua ideologia socialista/comunista, são assassinos, são do Império, são do mal. Isso, repito, com "teólogos" e "pastores".
Há poucas semanas houve grande discussão na imprensa mundial de que se deveria terminar com Guantánamo. Concordo. Mas ninguém, repito, NINGUÉM deu um pio sobre terminar com a ditadura que oprime há 50 anos!
Jesus Cristo estaria ao lado de Che Guevara, Fidel Castro e sua ditadura? Duvido.
É o fim...
Irmã de Fidel colaborou com a CIA contra o regime
Juanita Castro, a irmã do ex-presidente cubano Fidel Castro, revelou que colaborou com a agência americana de espionagem CIA contra o governo cubano antes de se exilar em Miami, em 1964.
A revelação foi feita pela própria Juanita em entrevista ao canal de televisão em língua espanhola Univisión-Noticias 23 no domingo.
Ela está lançando um livro de memórias sobre sua relação com os irmãos Fidel e Raúl, que é o atual presidente de Cuba.
O livro Fidel y Raúl, mis hermanos: La historia secreta (Fidel e Raúl, Meus Irmãos: A História Secreta), escrito junto com a jornalista mexicana Maria Antonieta Collins, será lançado nesta segunda-feira nos Estados Unidos, México, Colômbia e Espanha.
Em entrevista à própria Maria Antonieta Collins, na Univisión-Noticias 23, Juanita Castro disse que foi abordada por uma pessoa próxima e também ligada a Fidel.
Rompimento "[Essa pessoa] me disse que trazia um convite da CIA, que eles queriam falar comigo, que tinham coisas interessantes para me dizer e coisas interessantes para me pedir. [Perguntou] se eu estava disposta a correr esse risco, se estava disposta a ouvi-los. Eu fiquei meio chocada, mas de qualquer forma, eu disse que sim", disse.
A entrevista com Juanita Castro está sendo transmitida em partes. Ao final do programa de domingo, a jornalista prometeu revelar mais detalhes sobre o envolvimento de Juanita Castro com a CIA nos próximos programas.
"Amanhã, pela primeira vez, [...] quem ousou propor à irmã de Fidel que ela colabore com a CIA, arquiinimiga dos irmãos Castro." Nos anos 60, a CIA teria elaborado dezenas de planos para tentar matar Fidel Castro.
Juanita Castro, a quinta de sete irmãos, rompeu com os irmãos alguns anos após a Revolução Cubana, de 1959, e tornou-se célebre por sua oposição ao regime comunista da ilha.
Ela disse que começou a perder entusiasmo com a revolução quando viu pessoas serem presas e executadas.
"Nós costumávamos culpar as pessoas do escalão de baixo, mas as ordens não vinham das pessoas do escalão de baixo. Elas vinham do escalão de cima, de Fidel, de Che [Guevara], de Raúl", disse ela ao programa.
Juanita disse que abrigava críticos do regime de Fidel em sua casa, para protegê-los do irmão. Ela disse que sua mãe, Lina Ruz, também ajudou pessoas contrárias ao governo cubano.
Após a morte de Lina Ruz, em agosto de 1963, Juanita disse que passou a se sentir ameaçada, e resolveu deixar o país.
Segundo a reportagem de Maria Antonieta Collins na televisão, ao descobrir sobre o envolvimento de Juanita contra o regime, Raúl ajudou a providenciar um visto para que ela deixasse o país para o México.
A reportagem diz que a última vez que Raúl e Juanita se falaram foi no dia 18 de junho de 1964. Dez dias depois, ela revelou ao mundo suas críticas ao regime de Fidel, em uma entrevista coletiva no México
http://noticias.uol.com.br/bbc/2009/10/26/ult5022u3825.jhtm
A revelação foi feita pela própria Juanita em entrevista ao canal de televisão em língua espanhola Univisión-Noticias 23 no domingo.
Ela está lançando um livro de memórias sobre sua relação com os irmãos Fidel e Raúl, que é o atual presidente de Cuba.
O livro Fidel y Raúl, mis hermanos: La historia secreta (Fidel e Raúl, Meus Irmãos: A História Secreta), escrito junto com a jornalista mexicana Maria Antonieta Collins, será lançado nesta segunda-feira nos Estados Unidos, México, Colômbia e Espanha.
Em entrevista à própria Maria Antonieta Collins, na Univisión-Noticias 23, Juanita Castro disse que foi abordada por uma pessoa próxima e também ligada a Fidel.
Rompimento "[Essa pessoa] me disse que trazia um convite da CIA, que eles queriam falar comigo, que tinham coisas interessantes para me dizer e coisas interessantes para me pedir. [Perguntou] se eu estava disposta a correr esse risco, se estava disposta a ouvi-los. Eu fiquei meio chocada, mas de qualquer forma, eu disse que sim", disse.
A entrevista com Juanita Castro está sendo transmitida em partes. Ao final do programa de domingo, a jornalista prometeu revelar mais detalhes sobre o envolvimento de Juanita Castro com a CIA nos próximos programas.
"Amanhã, pela primeira vez, [...] quem ousou propor à irmã de Fidel que ela colabore com a CIA, arquiinimiga dos irmãos Castro." Nos anos 60, a CIA teria elaborado dezenas de planos para tentar matar Fidel Castro.
Juanita Castro, a quinta de sete irmãos, rompeu com os irmãos alguns anos após a Revolução Cubana, de 1959, e tornou-se célebre por sua oposição ao regime comunista da ilha.
Ela disse que começou a perder entusiasmo com a revolução quando viu pessoas serem presas e executadas.
"Nós costumávamos culpar as pessoas do escalão de baixo, mas as ordens não vinham das pessoas do escalão de baixo. Elas vinham do escalão de cima, de Fidel, de Che [Guevara], de Raúl", disse ela ao programa.
Juanita disse que abrigava críticos do regime de Fidel em sua casa, para protegê-los do irmão. Ela disse que sua mãe, Lina Ruz, também ajudou pessoas contrárias ao governo cubano.
Após a morte de Lina Ruz, em agosto de 1963, Juanita disse que passou a se sentir ameaçada, e resolveu deixar o país.
Segundo a reportagem de Maria Antonieta Collins na televisão, ao descobrir sobre o envolvimento de Juanita contra o regime, Raúl ajudou a providenciar um visto para que ela deixasse o país para o México.
A reportagem diz que a última vez que Raúl e Juanita se falaram foi no dia 18 de junho de 1964. Dez dias depois, ela revelou ao mundo suas críticas ao regime de Fidel, em uma entrevista coletiva no México
http://noticias.uol.com.br/bbc/2009/10/26/ult5022u3825.jhtm
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
UM PAÍS DE TOLOS
Governo traça plano para neutralizar CPI do MST no Congresso
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Depois de fracassarem na tentativa de arquivar a CPI que investigará as contas do MST, líderes petistas na Câmara e no Senado irão agora discutir uma estratégia para que o andamento da comissão não respingue no governo em 2010.
Os petistas analisam duas opções: instalar logo a CPI para que ela termine antes do início da campanha ou postergar a escolha dos integrantes para que, em meio ao período eleitoral, a comissão fique esvaziada.
A decisão da estratégia será repassada aos demais líderes da base aliada, que devem indicar os titulares da comissão: 17 deputados e 17 senadores.
A comissão foi criada no início da madrugada de ontem, quando a base aliada não conseguiu retirar um número suficiente de assinaturas do requerimento da comissão. O mínimo exigido era de 27 senadores e 171 deputados --a oposição reuniu o apoio de 210 deputados e 36 senadores.
A oposição afirma que as invasões de terra promovidas pelo movimento são financiadas pelo governo federal, por meio de repasses a entidades ligadas aos sem-terra.
Um trunfo da base aliada é a possibilidade de indicar o presidente e o relator da comissão, o que permite a ela medir o ritmo das investigações. "Temos de fazer uso dessa maioria", disse o deputado Dr. Rosinha (PT-PR). Por outro lado, o PT sabe que, em meio à base aliada, há integrantes da bancada ruralista (anti-MST). Ou seja, mesmo que a CPI tenha a oposição em minoria, os ruralistas podem dominá-la.
Agronegócio
Outra ideia dos petistas é usar o foco da CPI -investigar entidades do meio rural e não apenas o MST-, para investigar as contas de entidades ligadas ao agronegócio, como a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil).
Para que a CPI seja instalada e entre em funcionamento, os líderes dos partidos precisam indicar seus integrantes. Não há um prazo fixo para isso.
Ontem, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), disse que, diante de uma eventual demora nesse procedimento, "no prazo de algumas semanas, nós mesmos faremos as indicações, seguindo a orientação dada pelo Supremo Tribunal Federal".
Para o MST, a CPI é uma reação dos ruralistas à promessa do presidente Lula de atualizar os índices de produtividade usados na desapropriação de áreas para a reforma agrária.
"Não é possível que essas organizações criminosas recebam apoio e verbas publicas do governo", disse o presidente nacional da UDR (União Democrática Ruralista), Luiz Antonio Nabhan Garcia.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u642163.shtml
POR FAVOR, VISITE AGORA!
Dedico este site a todos que buscam a total liberdade do ser humano:
http://desdecuba.com/generaciony_pt/
Cuba é uma ditadura há 50 anos. O maior ditador das Américas, Fidel Castro, é idolatrado por nosso presidente e sua trupe traidora mensaleira.
Pior que há teólogos, pastores e padres que defendem esse verdadeiro inferno na Terra.
Por avor, visite agora!
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
TUCANAGENS
Deputados gaúchos arquivam pedido de impeachment contra Yeda Crusius
da Folha Online
Com 30 votos favoráveis e 17 contrários, o plenário da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul aprovou hoje o parecer que recomendava o arquivamento do pedido de impeachment contra a governadora gaúcha Yeda Crusius (PSDB). O parecer foi elaborado pela comissão especial. Com essa votação, o processo contra Yeda foi arquivado.
O pedido de impeachment foi apresentado por sindicalistas ligados Fórum dos Servidores Públicos Estaduais do Rio Grande do Sul. O objetivo era apurar se Yeda cometeu crime de responsabilidade no suposto esquema que desviou mais de R$ 40 milhões do Detran-RS.
A sessão que analisou o parecer começou por volta das 15h30 e terminou por volta das 18h40.
O líder da bancada do PT, deputado Elvino Bohn Gass, lamentou a decisão da Assembleia, que segundo ele está encobrindo um crime de responsabilidade de Yeda. "Vários agentes públicos foram indiciados e, ao não tomar nenhuma atitude, a governadora está sim cometendo um crime de responsabilidade", afirmou.
Com o arquivamento do pedido de impeachment, Bohn Gass disse que a oposição vai se concentrar a partir de amanhã na CPI da Corrupção, que a partir de amanhã vai começar a analisar os documentos sigilosos da Operação Solidária, da Polícia Federal, que investiga supostas fraudes em licitações estaduais.
A CPI da Corrupção investiga o mesmo esquema de fraude no Detran-RS e denúncias contra Yeda.
"Nós não vamos parar de investigar porque a a maioria do governo fez uma absolvição cega", afirmou Bohn Gass.
CPI
A CPI da Corrupção na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul rejeitou ontem o requerimento que pedia para que o presidente do Banrisul, Fernando Lemos, fosse ouvido como testemunha.
A comissão investiga o suposto esquema que teria desviado mais de R$ 40 milhões do Detran-RS e denúncias contra a governadora Yeda Crusius (PSDB).
O requerimento foi apresentado pelos deputados Gilmar Sossella (PDT) e Daniel Bordignon (PT) que pretendiam esclarecer operação de crédito do banco com a Alliance One, empresa que contribuiu com recursos para a campanha de Yeda. O pedido foi rejeitado por oito votos a quatro.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u640722.shtml
da Folha Online
Com 30 votos favoráveis e 17 contrários, o plenário da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul aprovou hoje o parecer que recomendava o arquivamento do pedido de impeachment contra a governadora gaúcha Yeda Crusius (PSDB). O parecer foi elaborado pela comissão especial. Com essa votação, o processo contra Yeda foi arquivado.
O pedido de impeachment foi apresentado por sindicalistas ligados Fórum dos Servidores Públicos Estaduais do Rio Grande do Sul. O objetivo era apurar se Yeda cometeu crime de responsabilidade no suposto esquema que desviou mais de R$ 40 milhões do Detran-RS.
A sessão que analisou o parecer começou por volta das 15h30 e terminou por volta das 18h40.
O líder da bancada do PT, deputado Elvino Bohn Gass, lamentou a decisão da Assembleia, que segundo ele está encobrindo um crime de responsabilidade de Yeda. "Vários agentes públicos foram indiciados e, ao não tomar nenhuma atitude, a governadora está sim cometendo um crime de responsabilidade", afirmou.
Com o arquivamento do pedido de impeachment, Bohn Gass disse que a oposição vai se concentrar a partir de amanhã na CPI da Corrupção, que a partir de amanhã vai começar a analisar os documentos sigilosos da Operação Solidária, da Polícia Federal, que investiga supostas fraudes em licitações estaduais.
A CPI da Corrupção investiga o mesmo esquema de fraude no Detran-RS e denúncias contra Yeda.
"Nós não vamos parar de investigar porque a a maioria do governo fez uma absolvição cega", afirmou Bohn Gass.
CPI
A CPI da Corrupção na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul rejeitou ontem o requerimento que pedia para que o presidente do Banrisul, Fernando Lemos, fosse ouvido como testemunha.
A comissão investiga o suposto esquema que teria desviado mais de R$ 40 milhões do Detran-RS e denúncias contra a governadora Yeda Crusius (PSDB).
O requerimento foi apresentado pelos deputados Gilmar Sossella (PDT) e Daniel Bordignon (PT) que pretendiam esclarecer operação de crédito do banco com a Alliance One, empresa que contribuiu com recursos para a campanha de Yeda. O pedido foi rejeitado por oito votos a quatro.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u640722.shtml
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
terça-feira, 13 de outubro de 2009
TERROR
Supositório-bomba é nova arma da Al -Qaeda, diz 'Figaro'
Daniela Fernandes
De Paris para a BBC Brasil
Um documento dos serviços antiterror da França, obtido pelo jornal Le Figaro, revela que a rede Al-Qaeda estaria utilizando explosivos introduzidos como supositórios no interior do corpo para cometer atentados suicidas.
Segundo informações obtidas pela Direção Central de Informação Doméstica, o novo serviço antiterror criado na França, e pela Unidade de Coordenação da Luta Antiterror, a organização extremista já cometeu um atentado desse tipo na Arábia Saudita em agosto passado.
Por meio de um telefone celular, Abul Khair, ativista islâmico detido pelas autoridades sauditas, detonou uma explosão diante do príncipe Mohammed bin Nayef, responsável pela luta contra o extremismo no país.
O príncipe conseguiu escapar do atentado, reivindicado oficialmente pela rede Al-Qaeda. Já o suicida teve o corpo despedaçado em mais de 70 pedaços.
Risco para aviões
As investigações revelaram que o ativista islâmico não usava explosivos amarrados em um cinto, como ocorre normalmente. Ele carregava a bomba no interior de seu corpo, algo até então inédito, ressaltam os especialistas franceses.
"Explosivos ingeridos, ou melhor introduzidos como um supositório, ou seja, indetectáveis", diz a nota oficial francesa enviada ao ministro do Interior, Brice Hortefeux, e revelada pelo jornal Le Figaro.
Segundo os serviços franceses, esse novo modo de operação para cometer atentados representa um desafio para as atuais estruturas de segurança, principalmente no que diz respeito nos controles de embarque em aeroportos.
O esquema de segurança nos aeroportos não dispõe de meios de controle generalizado de todos os passageiros para detectar explosivos escondidos dessa forma.
“Nossas plataformas aéreas são equipadas com detectores de metais. Mas no caso do kamikaze saudita, somente um exame de raio X teria permitido detectar o explosivo”, diz um policial especializado nesse tipo de operação ao jornal.
'Raio X seria Impensável'
O Le Figaro afirma que os conselheiros do ministro francês do Interior dizem ser “impensável” generalizar a utilização de raios X para permitir o embarque nos aviões.
Especialistas da polícia técnica evocam a possibilidade de controlar o sistema de detonação, ou seja, o telefone celular que envia o sinal da explosão por frequência de rádio.
O jornal questiona se passaria a ser necessário “entregar os celulares à tripulação do avião, que os devolveria após o voo”.
O governo francês quer reforçar o controle de passageiros de companhias aéreas e estuda a possibilidade de obrigar as empresas a fornecer dados mais detalhados já no momento da reserva das passagens de voos com origem fora da Europa.
As companhias poderão ter de informar os modos de pagamento, endereço do passageiro e do hotel onde ele se hospedará na França.
Esse sistema já é aplicado para passageiros de países como Irã, Paquistão, Síria, Iêmen, Argélia e Mali.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/10/091005_supositoriobombaebc.shtml?s
Daniela Fernandes
De Paris para a BBC Brasil
Um documento dos serviços antiterror da França, obtido pelo jornal Le Figaro, revela que a rede Al-Qaeda estaria utilizando explosivos introduzidos como supositórios no interior do corpo para cometer atentados suicidas.
Segundo informações obtidas pela Direção Central de Informação Doméstica, o novo serviço antiterror criado na França, e pela Unidade de Coordenação da Luta Antiterror, a organização extremista já cometeu um atentado desse tipo na Arábia Saudita em agosto passado.
Por meio de um telefone celular, Abul Khair, ativista islâmico detido pelas autoridades sauditas, detonou uma explosão diante do príncipe Mohammed bin Nayef, responsável pela luta contra o extremismo no país.
O príncipe conseguiu escapar do atentado, reivindicado oficialmente pela rede Al-Qaeda. Já o suicida teve o corpo despedaçado em mais de 70 pedaços.
Risco para aviões
As investigações revelaram que o ativista islâmico não usava explosivos amarrados em um cinto, como ocorre normalmente. Ele carregava a bomba no interior de seu corpo, algo até então inédito, ressaltam os especialistas franceses.
"Explosivos ingeridos, ou melhor introduzidos como um supositório, ou seja, indetectáveis", diz a nota oficial francesa enviada ao ministro do Interior, Brice Hortefeux, e revelada pelo jornal Le Figaro.
Segundo os serviços franceses, esse novo modo de operação para cometer atentados representa um desafio para as atuais estruturas de segurança, principalmente no que diz respeito nos controles de embarque em aeroportos.
O esquema de segurança nos aeroportos não dispõe de meios de controle generalizado de todos os passageiros para detectar explosivos escondidos dessa forma.
“Nossas plataformas aéreas são equipadas com detectores de metais. Mas no caso do kamikaze saudita, somente um exame de raio X teria permitido detectar o explosivo”, diz um policial especializado nesse tipo de operação ao jornal.
'Raio X seria Impensável'
O Le Figaro afirma que os conselheiros do ministro francês do Interior dizem ser “impensável” generalizar a utilização de raios X para permitir o embarque nos aviões.
Especialistas da polícia técnica evocam a possibilidade de controlar o sistema de detonação, ou seja, o telefone celular que envia o sinal da explosão por frequência de rádio.
O jornal questiona se passaria a ser necessário “entregar os celulares à tripulação do avião, que os devolveria após o voo”.
O governo francês quer reforçar o controle de passageiros de companhias aéreas e estuda a possibilidade de obrigar as empresas a fornecer dados mais detalhados já no momento da reserva das passagens de voos com origem fora da Europa.
As companhias poderão ter de informar os modos de pagamento, endereço do passageiro e do hotel onde ele se hospedará na França.
Esse sistema já é aplicado para passageiros de países como Irã, Paquistão, Síria, Iêmen, Argélia e Mali.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/10/091005_supositoriobombaebc.shtml?s
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
FRUTO DO MAO DO MAL
Neto de Mao Tse-tung avança no exército chinês
The New York Times
Andrew Jacobs e Li Bibo
Em Pequim (China)
Ele aprecia porções generosas de porco grelhado, conta com uma série de fãs chineses e mantém um blog declaradamente patriótico. Hoje, Mao Xinyu, 39, neto e único herdeiro homem sobrevivente de Mao Tse-tung, tornou-se o mais jovem general-de-divisão do Exército de Libertação Popular, de acordo com a mídia estatal.
Apesar de sua promoção não ter sido oficialmente anunciada pelas forças armadas, ela foi noticiada na quinta-feira (24) pelo "Changjiang Daily" e está entre as principais notícias dos portais da Web chineses, enquanto a nação se prepara para celebrar o 60º aniversário da revolução que levou Mao e os comunistas ao poder.
O mais jovem Mao é um dos quatro netos do Grande Timoneiro, estudou na Escola do Partido Central, é historiador e guardião zeloso do pensamento político de Mao Tsetung.
Apesar de a mídia oficial dedicar-lhe considerável respeito, ele é objeto de zombaria entre chineses, que satirizam seu desempenho medíocre como aluno, seu jeito desalinhado e seu prodigioso tamanho; nos últimos anos, ele ultrapassou os 90 kg.
A reação à notícia de sua promoção nos sites chineses com colaboradores anônimos está cheia de sarcasmo. "Um excelente modelo para nosso exército, um líder militar sem paralelos e teórico de altíssima qualidade", dizia um comentário.
Muitos observaram que Mao tem um filho e uma filha, em uma sociedade onde a maior parte das famílias pode ter apenas uma criança. Mas, diferentemente dos filhos de outros líderes chineses, Mao não tem fama de ser um "principezinho", apelido depreciativo dado aos que usam as conexões da família para obterem oportunidades de negócios lucrativos ou poder político.
Mao já teve ambições de se tornar prefeito de uma grande cidade, mas acabou adotando o que se tornou uma carreira militar recompensadora. Ele também teve algum sucesso escrevendo livros e artigos dedicados ao legado de seu avô.
O historiador não se atém às repercussões dos erros de Mao, inclusive as dezenas de milhões de pessoas que morreram de fome como resultado do fracasso de suas políticas e da brutalidade da Revolução Cultural, que destruiu tantas vidas.
Durante as entrevistas, Mao tece elogios ao avô, que ele descreve como "espinha dorsal do povo chinês", ou simplesmente o Camarada. "Sem a orientação do pensamento de Mao Tse-tung e a teoria marxista, nossa industrialização e modernização não poderiam ter sido feitas", disse ele em entrevista publicada no mês passado pela "Southern People Weekly".
"A China não vai produzir ninguém tão grande quanto Mao Tse-tung nos próximos mil anos."
Mao disse que não se lembra do avô, que morreu em 1976 e deu a ele seu primeiro nome, Xinyu, que significa "novo universo". Seu pai, Mao Anqing, sofria de doença mental e ele foi criado pela mãe, uma fotógrafa e general do exército conhecida por sua mão de ferro na educação.
Em entrevista publicada no ano passado pelo jornal de Guangzhou "News Express", Mao reclamou da pressão por ter nascido na família mais famosa China moderna. "Como descendente do Líder, sofro muito estresse", disse ele. "Sinto que as pessoas estão sempre observando meu comportamento, então tenho que me sair bem."
Tradução: Deborah Weinberg
http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/nytimes/2009/09/25/ult574u9701.jhtm
The New York Times
Andrew Jacobs e Li Bibo
Em Pequim (China)
Ele aprecia porções generosas de porco grelhado, conta com uma série de fãs chineses e mantém um blog declaradamente patriótico. Hoje, Mao Xinyu, 39, neto e único herdeiro homem sobrevivente de Mao Tse-tung, tornou-se o mais jovem general-de-divisão do Exército de Libertação Popular, de acordo com a mídia estatal.
Apesar de sua promoção não ter sido oficialmente anunciada pelas forças armadas, ela foi noticiada na quinta-feira (24) pelo "Changjiang Daily" e está entre as principais notícias dos portais da Web chineses, enquanto a nação se prepara para celebrar o 60º aniversário da revolução que levou Mao e os comunistas ao poder.
O mais jovem Mao é um dos quatro netos do Grande Timoneiro, estudou na Escola do Partido Central, é historiador e guardião zeloso do pensamento político de Mao Tsetung.
Apesar de a mídia oficial dedicar-lhe considerável respeito, ele é objeto de zombaria entre chineses, que satirizam seu desempenho medíocre como aluno, seu jeito desalinhado e seu prodigioso tamanho; nos últimos anos, ele ultrapassou os 90 kg.
A reação à notícia de sua promoção nos sites chineses com colaboradores anônimos está cheia de sarcasmo. "Um excelente modelo para nosso exército, um líder militar sem paralelos e teórico de altíssima qualidade", dizia um comentário.
Muitos observaram que Mao tem um filho e uma filha, em uma sociedade onde a maior parte das famílias pode ter apenas uma criança. Mas, diferentemente dos filhos de outros líderes chineses, Mao não tem fama de ser um "principezinho", apelido depreciativo dado aos que usam as conexões da família para obterem oportunidades de negócios lucrativos ou poder político.
Mao já teve ambições de se tornar prefeito de uma grande cidade, mas acabou adotando o que se tornou uma carreira militar recompensadora. Ele também teve algum sucesso escrevendo livros e artigos dedicados ao legado de seu avô.
O historiador não se atém às repercussões dos erros de Mao, inclusive as dezenas de milhões de pessoas que morreram de fome como resultado do fracasso de suas políticas e da brutalidade da Revolução Cultural, que destruiu tantas vidas.
Durante as entrevistas, Mao tece elogios ao avô, que ele descreve como "espinha dorsal do povo chinês", ou simplesmente o Camarada. "Sem a orientação do pensamento de Mao Tse-tung e a teoria marxista, nossa industrialização e modernização não poderiam ter sido feitas", disse ele em entrevista publicada no mês passado pela "Southern People Weekly".
"A China não vai produzir ninguém tão grande quanto Mao Tse-tung nos próximos mil anos."
Mao disse que não se lembra do avô, que morreu em 1976 e deu a ele seu primeiro nome, Xinyu, que significa "novo universo". Seu pai, Mao Anqing, sofria de doença mental e ele foi criado pela mãe, uma fotógrafa e general do exército conhecida por sua mão de ferro na educação.
Em entrevista publicada no ano passado pelo jornal de Guangzhou "News Express", Mao reclamou da pressão por ter nascido na família mais famosa China moderna. "Como descendente do Líder, sofro muito estresse", disse ele. "Sinto que as pessoas estão sempre observando meu comportamento, então tenho que me sair bem."
Tradução: Deborah Weinberg
http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/nytimes/2009/09/25/ult574u9701.jhtm
terça-feira, 22 de setembro de 2009
ADEUS, EMÍLIA...
Morre, aos 75 anos, a atriz Dirce Migliaccio
Da Redação
São Paulo - Morreu hoje no Rio de Janeiro, aos 75 anos, a atriz Dirce Migliaccio. Segundo a secretaria municipal da Saúde, ela estava internada com quadro de pneumonia e infecção urinária desde o último dia 8, quando deu entrada na enfermaria do Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca. Dez dias depois, ela foi transferida para o Hospital Municipal Álvaro Ramos, em Jacarepaguá, onde faleceu.
Em abril deste ano, Dirce também precisou ser hospitalizada após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC). A atriz ficou mais conhecida por ter interpretado a Emília do Sítio do Pica-Pau Amarelo, em 1977, e uma das irmãs cajazeiras da telenovela "O Bem-Amado", de Dias Gomes. Ela é irmã do também ator Flávio Migliaccio, que acaba de interpretar Karan Ananda em "Caminho das Índias".
(com informações da Agência Estado)
Da Redação
São Paulo - Morreu hoje no Rio de Janeiro, aos 75 anos, a atriz Dirce Migliaccio. Segundo a secretaria municipal da Saúde, ela estava internada com quadro de pneumonia e infecção urinária desde o último dia 8, quando deu entrada na enfermaria do Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca. Dez dias depois, ela foi transferida para o Hospital Municipal Álvaro Ramos, em Jacarepaguá, onde faleceu.
Em abril deste ano, Dirce também precisou ser hospitalizada após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC). A atriz ficou mais conhecida por ter interpretado a Emília do Sítio do Pica-Pau Amarelo, em 1977, e uma das irmãs cajazeiras da telenovela "O Bem-Amado", de Dias Gomes. Ela é irmã do também ator Flávio Migliaccio, que acaba de interpretar Karan Ananda em "Caminho das Índias".
(com informações da Agência Estado)
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
DEMOCRACIA LATINA: DIGA-ME COM QUEM ANDAS...
Deputados argentinos aprovam polêmica lei de radiodifusão
da BBC Brasil
Os deputados argentinos aprovaram, nesta quinta-feira, o polêmico projeto de lei de radiodifusão enviado pelo governo da presidente Cristina Kirchner ao Congresso Nacional, que amplia a regulação às empresas de comunicação do país.
Após catorze horas de debates, o projeto da chamada Lei de Serviços de Comunicação Audiovisual recebeu 146 votos a favor e três contra e será enviado ao Senado, onde há uma expectativa sobre a posição do vice-presidente do país, Julio Cobos, que costuma ser crítico das medidas do governo.
A votação desta quinta-feira terminou com aplausos, uma chuva de papéis picados e a entoação do hino nacional argentino no plenário da Câmara.
O projeto tem 166 artigos e seu texto original foi modificado para que pudesse contar com os votos necessários para a aprovação na Câmara.
Mudanças
Entre as mudanças previstas pelo projeto está a eliminação do artigo que permite que companhias telefônicas tenham o direito de ser proprietárias de meios de comunicação.
O texto aprovado pelos deputados prevê a criação de um órgão regulador dos meios de comunicação, formado por integrantes que, segundo a oposição, deverão contar com o aval do governo.
O projeto inclui ainda a exigência de uma revisão, a cada dois anos, das licenças e concessões de rádio - sob o argumento de renovação tecnológica.
Além disso, o texto determina ainda que empresas do setor não poderão ser proprietárias de emissoras de televisão aberta e a cabo numa mesma região.
O texto prevê também a exigência de que emissoras de rádio tenham a maioria de sua programação de conteúdo local, o que limitaria a abordagem de temas nacionais. Em contrapartida, a medida prevê a autorização para que os meios de comunicação do Estado assumam essa abordagem e tenham alcance nacional.
"Essa nova lei é importante para o país porque a atual data dos tempos da ditadura", disse a deputada Patrícia Vaca Narvaja, do partido governista Frente para a Vitória.
O deputado opositor Claudio Lozano, do Projeto Sul, justificou o voto a favor da medida afirmando que "é melhor do que a lei hoje em vigor".
Lozano destacou ainda que a "retirada" do direito de propriedade das telefônicas foi decisiva para que ele apoiasse o projeto do governo.
"Poder de controle"
Em contrapartida, o também deputado da oposição, Fernando Iglesias, da Coalición Cívica, afirmou que o projeto é "uma lei mordaça" e dará "poder de controle" ao governo sobre os meios de comunicação.
"É uma lei mordaça e as rádios e TVs abertas estarão diretamente sob controle do governo", disse.
A medida que prevê que empresas de comunicação optem entre uma TV aberta ou a cabo numa mesma região gerou preocupação de que o projeto possa gerar desemprego.
Na quarta-feira, durante o programa "A Dos Voces" (Duas Vozes, em tradução livre) da emissora de TV a cabo TN (Todo Noticias), o apresentador Marcelo Bonelli disse que "canais de televisão, como TN, podem deixar de existir ou correr o risco de desaparecer se essa lei for aprovada".
Segundo ele, hoje "ninguém coloca uma arma na cabeça" dos telespectadores e ouvintes para que optem por determinada empresa de comunicação.
"Fala-se hoje que este projeto é necessário para acabar com os monopólios. Mas os argentinos podem hoje escolher entre várias TVs abertas, a cabo e rádios".
Hegemonia x Pluralização
O deputado Claudio Morgado, da Concertación Forja, que votou a favor do projeto, disse que não acredita que a medida vai gerar desemprego, mas que contribuirá para o fim dos "monopólios".
Caso o projeto vire lei, o grupo Clarín, maior do país e apontado como principal alvo da medida, deveria optar entre a TN e o canal 13, por exemplo.
Na opinião do deputado Adrian Pérez, da opositora Coalición Civica, a lei de radiodifusão garantirá a "hegemonia" do governo e "não o pluralismo" de informação.
Pérez foi um dos deputados que deixaram o plenário antes da votação, argumentando que não houve tempo para o debate do projeto, que chegou ao Parlamento há duas semanas.
Nas eleições legislativas realizadas em junho, a lista de candidatos do governo foi derrotada e a partir de dezembro, oficialmente, o Executivo perderá a maioria dos votos no Parlamento.
Para a oposição, é por isso que o texto está sendo discutido agora, quando o governo ainda tem maioria.
"Apesar da derrota do governo nas urnas, a oposição não ocupou espaço e mais de dois meses depois das eleições, é o governo é quem dita a pauta política do país", disse a analista política Graciela Römer.
da BBC Brasil
Os deputados argentinos aprovaram, nesta quinta-feira, o polêmico projeto de lei de radiodifusão enviado pelo governo da presidente Cristina Kirchner ao Congresso Nacional, que amplia a regulação às empresas de comunicação do país.
Após catorze horas de debates, o projeto da chamada Lei de Serviços de Comunicação Audiovisual recebeu 146 votos a favor e três contra e será enviado ao Senado, onde há uma expectativa sobre a posição do vice-presidente do país, Julio Cobos, que costuma ser crítico das medidas do governo.
A votação desta quinta-feira terminou com aplausos, uma chuva de papéis picados e a entoação do hino nacional argentino no plenário da Câmara.
O projeto tem 166 artigos e seu texto original foi modificado para que pudesse contar com os votos necessários para a aprovação na Câmara.
Mudanças
Entre as mudanças previstas pelo projeto está a eliminação do artigo que permite que companhias telefônicas tenham o direito de ser proprietárias de meios de comunicação.
O texto aprovado pelos deputados prevê a criação de um órgão regulador dos meios de comunicação, formado por integrantes que, segundo a oposição, deverão contar com o aval do governo.
O projeto inclui ainda a exigência de uma revisão, a cada dois anos, das licenças e concessões de rádio - sob o argumento de renovação tecnológica.
Além disso, o texto determina ainda que empresas do setor não poderão ser proprietárias de emissoras de televisão aberta e a cabo numa mesma região.
O texto prevê também a exigência de que emissoras de rádio tenham a maioria de sua programação de conteúdo local, o que limitaria a abordagem de temas nacionais. Em contrapartida, a medida prevê a autorização para que os meios de comunicação do Estado assumam essa abordagem e tenham alcance nacional.
"Essa nova lei é importante para o país porque a atual data dos tempos da ditadura", disse a deputada Patrícia Vaca Narvaja, do partido governista Frente para a Vitória.
O deputado opositor Claudio Lozano, do Projeto Sul, justificou o voto a favor da medida afirmando que "é melhor do que a lei hoje em vigor".
Lozano destacou ainda que a "retirada" do direito de propriedade das telefônicas foi decisiva para que ele apoiasse o projeto do governo.
"Poder de controle"
Em contrapartida, o também deputado da oposição, Fernando Iglesias, da Coalición Cívica, afirmou que o projeto é "uma lei mordaça" e dará "poder de controle" ao governo sobre os meios de comunicação.
"É uma lei mordaça e as rádios e TVs abertas estarão diretamente sob controle do governo", disse.
A medida que prevê que empresas de comunicação optem entre uma TV aberta ou a cabo numa mesma região gerou preocupação de que o projeto possa gerar desemprego.
Na quarta-feira, durante o programa "A Dos Voces" (Duas Vozes, em tradução livre) da emissora de TV a cabo TN (Todo Noticias), o apresentador Marcelo Bonelli disse que "canais de televisão, como TN, podem deixar de existir ou correr o risco de desaparecer se essa lei for aprovada".
Segundo ele, hoje "ninguém coloca uma arma na cabeça" dos telespectadores e ouvintes para que optem por determinada empresa de comunicação.
"Fala-se hoje que este projeto é necessário para acabar com os monopólios. Mas os argentinos podem hoje escolher entre várias TVs abertas, a cabo e rádios".
Hegemonia x Pluralização
O deputado Claudio Morgado, da Concertación Forja, que votou a favor do projeto, disse que não acredita que a medida vai gerar desemprego, mas que contribuirá para o fim dos "monopólios".
Caso o projeto vire lei, o grupo Clarín, maior do país e apontado como principal alvo da medida, deveria optar entre a TN e o canal 13, por exemplo.
Na opinião do deputado Adrian Pérez, da opositora Coalición Civica, a lei de radiodifusão garantirá a "hegemonia" do governo e "não o pluralismo" de informação.
Pérez foi um dos deputados que deixaram o plenário antes da votação, argumentando que não houve tempo para o debate do projeto, que chegou ao Parlamento há duas semanas.
Nas eleições legislativas realizadas em junho, a lista de candidatos do governo foi derrotada e a partir de dezembro, oficialmente, o Executivo perderá a maioria dos votos no Parlamento.
Para a oposição, é por isso que o texto está sendo discutido agora, quando o governo ainda tem maioria.
"Apesar da derrota do governo nas urnas, a oposição não ocupou espaço e mais de dois meses depois das eleições, é o governo é quem dita a pauta política do país", disse a analista política Graciela Römer.
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
CARUNCHOS DO MESMO FEIJÃO III
Mônica Bergamo: Alckmin e Quércia fecham acordo para eleições 2010
da Folha Online
Hoje na Folha Os ex-governadores Orestes Quércia (PMDB-SP) e Geraldo Alckmin (PSDB-SP) se encontraram recentemente na casa do peemedebista e resolveram que o tucano sairá candidato ao governo de São Paulo em 2010, enquanto Quércia disputará uma vaga no Senado, informa a coluna de Mônica Bergamo, publicada nesta sexta-feira pela Folha (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal).
Quércia, que firmou acordo para apoiar o candidato do PSDB no próximo ano, sempre manifestou sua preferência por outro tucano, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), que disputa a indicação do partido com Alckmin.
Lula diz que o "bicho vai pegar" em 2010 e pede presidente melhor que ele
Senadores temem que atraso em reforma inviabilize mudanças para eleições de 2010
Coari (AM) terá nova eleição após cassação de prefeito e vice
Segundo a coluna, a escolha de Alckmin como candidato, no entanto, pode beneficiar o peemedebista: o tucano ficaria fora da disputa pelo Senado em 2010. E Quércia seria então o candidato forte da chapa PSDB-PMDB para o Parlamento.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u622472.shtml
da Folha Online
Hoje na Folha Os ex-governadores Orestes Quércia (PMDB-SP) e Geraldo Alckmin (PSDB-SP) se encontraram recentemente na casa do peemedebista e resolveram que o tucano sairá candidato ao governo de São Paulo em 2010, enquanto Quércia disputará uma vaga no Senado, informa a coluna de Mônica Bergamo, publicada nesta sexta-feira pela Folha (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal).
Quércia, que firmou acordo para apoiar o candidato do PSDB no próximo ano, sempre manifestou sua preferência por outro tucano, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), que disputa a indicação do partido com Alckmin.
Lula diz que o "bicho vai pegar" em 2010 e pede presidente melhor que ele
Senadores temem que atraso em reforma inviabilize mudanças para eleições de 2010
Coari (AM) terá nova eleição após cassação de prefeito e vice
Segundo a coluna, a escolha de Alckmin como candidato, no entanto, pode beneficiar o peemedebista: o tucano ficaria fora da disputa pelo Senado em 2010. E Quércia seria então o candidato forte da chapa PSDB-PMDB para o Parlamento.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u622472.shtml
CARUNCHOS DO MESMO FEIJÃO II
Lula testemunhará por escrito em julgamento de Dirceu sobre mensalão
da Efe, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva testemunhará por escrito no julgamento contra o ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu, acusado por formação de quadrilha e corrupção pelo escândalo do mensalão, em 2005, informou ontem o governo.
Lula foi convocado como testemunha pela defesa de Dirceu. O presidente responderá às perguntas do juiz por escrito, mas ainda não há previsão de data para o envio de sua declaração ao STF (Supremo Tribunal Federal).
Também por ligação com o suposto esquema do mensalão, o ex-ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência Luiz Gushiken responde por peculato; o ex-ministro dos Transportes Anderson Adauto foi acusado de lavagem de dinheiro; e o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha, por corrupção passiva.
Depois de renunciar à chefia da Casa Civil no meio do escândalo, em 2005, Dirceu teve seu mandato de deputado federal cassado.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u622464.shtml
da Efe, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva testemunhará por escrito no julgamento contra o ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu, acusado por formação de quadrilha e corrupção pelo escândalo do mensalão, em 2005, informou ontem o governo.
Lula foi convocado como testemunha pela defesa de Dirceu. O presidente responderá às perguntas do juiz por escrito, mas ainda não há previsão de data para o envio de sua declaração ao STF (Supremo Tribunal Federal).
Também por ligação com o suposto esquema do mensalão, o ex-ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência Luiz Gushiken responde por peculato; o ex-ministro dos Transportes Anderson Adauto foi acusado de lavagem de dinheiro; e o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha, por corrupção passiva.
Depois de renunciar à chefia da Casa Civil no meio do escândalo, em 2005, Dirceu teve seu mandato de deputado federal cassado.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u622464.shtml
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
CARUNCHOS DO MESMO FEIJÃO
Presidente do PT recomenda que senadores votem pelo arquivamento das denúncias contra Sarney
Piero Locatelli
Do UOL Notícias
Em Brasília
O presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), divulgou nota no fim da manhã desta quarta-feira (19) pedindo para os senadores da legenda votarem pelo arquivamento definitivo das denúncias contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), no Conselho de Ética da Casa.
"Oriento os senadores do PT que fazem parte do Conselho de Ética que votem pela manutenção do arquivamento das representações em relação aos senadores representados, como forma de repelir essa tática política da oposição, que deseja estabelecer um ambiente de conflito e confusão política, no momento em que os grandes temas do Brasil [?] são propostos pelo presidente Lula como pauta para o necessário debate nacional", escreveu Berzoini.
O Conselho de Ética deve avaliar se as 11 acusações contra Sarney serão de fato arquivadas. O PT é considerado o fiel da balança no conselho, pois seus senadores têm opiniões distintas sobre o arquivamento.
Leia abaixo a íntegra da nota:
A crise do Senado e os recursos no Conselho de Ética
A crise política pela qual passa o Senado Federal tem raízes em práticas administrativas inaceitáveis, que colidem com princípios constitucionais que fundamentam a administração pública.
Nos últimos meses, tomamos conhecimento de uma série de distorções que demonstram que a necessária estrutura de garantia da ação parlamentar converteu-se em uma série de privilégios e desmandos que exigem reparação e mudanças na estrutura da Casa.
É urgente a reformulação da gestão do Senado Federal, criando mecanismos modernos de gestão e instrumentos regulares de transparência. Também é necessária a apuração das irregularidades que se referem aos atos praticados por servidores e parlamentares que tenham ferido a legislação. Para tanto, Ministério Público e Polícia Federal, que já estão investigando, têm instrumentos e metodologia apropriados para apurar de forma isenta as irregularidades apontadas.
No entanto, não podemos ignorar que essa mesma crise é alimentada pela disputa política relacionada às eleições de 2010. A forma como as denúncias concentram-se no presidente do Senado, José Sarney, não deixa dúvidas de que, mais que apurar e reformar, a pretensão é incidir nas relações entre partidos, que apoiam o governo ou que podem constituir alianças para as eleições nacionais e estaduais do próximo ano. Ignoram ou minimizam ilegalidades graves de determinados parlamentares ou partidos e concentram na desconstituição do presidente da mesa, como se ele tivesse responsabilidade exclusiva pelos problemas de todo o Senado.
O PT apresentou ao Senado a candidatura do senador Tião Viana para presidir a instituição, com uma plataforma de reformas que poderiam ser um passo adiante. Nossa candidatura não foi vencedora e reconhecemos o resultado.
Por entender que essa crise tem raízes reais, mas é manipulada de forma hipócrita para interesses eleitorais, e por defender a estabilidade política e o estado democrático de direito, como bases para um funcionamento pleno da democracia, não há como reconhecer no Conselho de Ética, com os ânimos da radicalização política atual, condições para encaminhar uma investigação isenta e equilibrada, seja sobre o senador Sarney ou sobre o Senador Virgílio, sem falar em outros casos sobre os quais caberia representação ao órgão.
Nesse sentido, oriento os senadores do PT que fazem parte do Conselho de Ética que votem pela manutenção do arquivamento das representações em relação aos senadores representados, como forma de repelir essa tática política da oposição, que deseja estabelecer um ambiente de conflito e confusão política, no momento em que os grandes temas do Brasil, como o Marco Regulatório do Pré-sal e as estratégias para superação da crise internacional, são propostos pelo presidente Lula como pauta para o necessário debate nacional.
Aqueles que desejam investigações efetivas podem buscar as instituições apropriadas, que não faltam à Nação. O Senado deve cumprir seu papel legislativo e reformular sua gestão com a máxima urgência".
Ricardo Berzoini
Presidente Nacional do PT
http://noticias.uol.com.br/politica/2009/08/19/ult5773u2134.jhtm
Com "acordão", Conselho de Ética arquiva denúncias contra Sarney e Virgilio
Claudia Andrade
Do UOL Notícias
Em Brasília
Depois de arquivar todas as acusações contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), os membros do Conselho de Ética também livraram o líder do PSDB na Casa, Arthur Virgilio (AM). O "acordão" entre aliados de Sarney e oposicionistas mostrou-se eficiente no resultado da votação unânime a favor do arquivamento da ação: 15 a zero.
Assim como as ações contra o peemedebista, a representação contra o tucano também já havia sido arquivada pelo presidente do conselho, senador Paulo Duque (PMDB-RJ). No entanto, foi apresentado recurso contra a decisão.
Sobre o arquivamento das denúncias contra Sarney (veja abaixo quais são as acusações), a oposição planeja repetir o movimento, agora recorrendo ao plenário do Senado, em uma nova tentativa de forçar a investigação das acusações contra o presidente do Senado.
Em relação a Virgilio, a justificativa dada por vários dos votantes foi a de que as explicações dadas pelo tucano "foram convincentes". "Estou satisfeito com as explicações dadas pelo nobre senador", manifestou o vice-presidente do colegiado, Gim Argello (PTB-DF).
Foram seis denúncias contra Sarney analisadas em bloco pelos integrantes do colegiado. Quatro foram apresentadas por Virgilio e duas em conjunto por Virgilio e Cristovam Buarque (PDT-DF). As representações foram cinco: três protocoladas pelo PSDB e duas pelo PSOL.
As denúncias têm um peso menor em relação às representações, apresentadas por partidos e que podem resultar em cassação. O caminho até a perda de mandato, no caso de uma denúncia, é mais longo.
Votaram a favor da abertura de processo os seguintes senadores: Demóstenes Torres (DEM-GO), Eliseu Resende (DEM-MG), Marisa Serrano (PSDB-MS), Sérgio Guerra (PSDB-PE), Rosalba Ciarlini (DEM-RN), Jefferson Praia (PDT-AM).
Votaram contra a investigação: Wellington Salgado (PMDB-MG), Almeida Lima (PMDB-SE), Gilvam Borges (PMDB-AP), Inácio Arruda (PCdoB-CE), o vice-presidente do conselho, Gim Argello (PTB-DF), o corregedor Romeu Tuma (PTB-SP). Três petistas também foram contra as acusações: o titular João Pedro (AM) e os suplentes Delcídio Amaral (MS) e Ideli Salvatti (SC).
As votações se repetiram tanto na análise em bloco das denúncias como na avaliação das representações. O presidente do conselho, senador Paulo Duque (PMDB-RJ) só votaria em caso de empate. O petista Eduardo Suplicy (SP) não votou, por ser o terceiro suplente do partido, mas deixou registrado que votaria a favor da investigação.
Denúncias contra Virgilio
O senador tucano foi alvo de uma representação do PMDB com várias acusações. Uma delas referia-se ao pagamento de salário a um funcionário do seu gabinete que estava morando na Europa. O parlamentar também foi acusado de ultrapassar o limite do plano de saúde para pagar despesas com um tratamento de saúde de sua mãe.
Além disso, Virgilio teria recebido empréstimo do ex-diretor-geral do Senado Agaciel Maia para pagar gastos durante uma viagem a Paris. Agaciel é apontado como um dos responsáveis pelo escândalo dos atos secretos utilizados principalmente para criar cargos e aumentar salários. Foi afastado do cargo depois da denúncia de que teria omitido da Receita Federal um imóvel avaliado em R$ 5 milhões.
Virgilio defendeu-se. Disse que devolveria o dinheiro público direcionado para o pagamento ao funcionário afastado. Afirmou também que o empréstimo de Agaciel foi quitado.
Críticas ao PT
No início da sessão, foi lida no plenário do conselho uma carta do presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, com a orientação para que todos os integrantes do partido votassem pelo arquivamento das representações, por achar que o conselho "não tem condições para encaminhar uma investigação isenta e equilibrada".
O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) criticou a carta do PT. "Essa nota é deplorável em todos os aspectos. Hoje o PT tem um discurso que se dissocia totalmente da prática. Deixou de ser um partido dialético para ser 'duolético'. Perdeu sua identidade e muda de posição toda hora".
Pedro Simon (PMDB-RS) foi ainda mais duro em sua crítica, ao dizer que "hoje é o dia em que o PT abraça o Sarney e o Collor e a (senadora) Marina (Silva) sai. Não sei quem representa o PT lá na origem hoje: se é o Lula do Sarney ou se é a Marina".
Após recorrer do arquivamento sumário das acusações pelo presidente do conselho, a oposição passou a trabalhar em busca dos votos do PT, que seriam decisivos na tentativa de desarquivar as acusações. O debate gerou divergências dentro do Partido dos Trabalhadores a ponto de fazer seu líder no Senado, Aloizio Mercadante (SP), colocar sua liderança à disposição. Ele estaria sendo pressionado por aliados para substituir os petistas que fazem parte do conselho, o que aumentaria a 'blindagem' ao presidente Sarney.
O debate e a articulação da oposição mostraram-se inócuos nesta quarta, depois da orientação do presidente do partido e do seu resultado prático: três votos do PT a favor do arquivamento das acusações.
Acusações contra Sarney arquivadas pelo Conselho no dia 7 de agosto
1. Denúncia de Arthur Virgilio feita em 23 de julho. Acusa Sarney de usar ato secreto para a nomeação do namorado de sua neta 2. Representação do PSDB feita em 28 de julho. Acusa Sarney de obter favorecimentos através de atos secretos 3. Representação do PSDB feita em 28 de julho. Acusa Sarney de favorecer o neto em operações de empréstimo a funcionários do Senado 4. Representação do PSDB feita em 28 de julho. Acusa Sarney de desvio de recursos públicos na Fundação Sarney e de mentir ao negar ter ligações com a administração da Fundação José Sarney 5. Representação do PSOL feita em 29 de julho. Acusa Sarney de omitir casa de R$ 4 milhões da Justiça e de ter conta ilegal no exterior, gerenciada por Edemar Cid Ferreira 6. Denúncia de Arthur Virgilio e Cristovam Buarque (PDT-DF) feita em 29 de julho. Acusa Sarney de vender terras nunca registradas em seu nome, evitando o pagamento de impostos 7. Denúncia de Arthur Virgilio e Cristovam feita em 29 de julho. Acusa Sarney de ter se beneficiado na operação Boi Barrica. A operação da PF investiga seu filho, Fernando Sarney
Acusações contra Sarney arquivadas pelo Conselho no dia 5 de agosto
1. Denúncia de Arthur Virgilio (PSDB-AM) feita em 29 de junho. Contém 19 acusações. Entre elas, está a que acusa Sarney de favorecer a empresa de seu neto em operações de empréstimo a funcionários do Senado, e a que o acusa de ser condescendente com a publicação de atos secretos 2. Representação do PSOL feita em 30 de junho. Acusa Sarney de usar os atos secretos para conceder benefícios e aumentar salários 3. Denúncia de Arthur Virgilio feita em 10 de julho. Acusa Sarney de usar o advogado do Senado no Supremo Tribunal Federal em ação envolvendo causas próprias 4. Denúncia de Arthur Virgilio feita em 14 de julho. Acusa Sarney de ter mentido, ao negar ter ligações com a administração da Fundação José Sarney
http://noticias.uol.com.br/politica/2009/08/19/ult5773u2141.jhtm
Piero Locatelli
Do UOL Notícias
Em Brasília
O presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), divulgou nota no fim da manhã desta quarta-feira (19) pedindo para os senadores da legenda votarem pelo arquivamento definitivo das denúncias contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), no Conselho de Ética da Casa.
"Oriento os senadores do PT que fazem parte do Conselho de Ética que votem pela manutenção do arquivamento das representações em relação aos senadores representados, como forma de repelir essa tática política da oposição, que deseja estabelecer um ambiente de conflito e confusão política, no momento em que os grandes temas do Brasil [?] são propostos pelo presidente Lula como pauta para o necessário debate nacional", escreveu Berzoini.
O Conselho de Ética deve avaliar se as 11 acusações contra Sarney serão de fato arquivadas. O PT é considerado o fiel da balança no conselho, pois seus senadores têm opiniões distintas sobre o arquivamento.
Leia abaixo a íntegra da nota:
A crise do Senado e os recursos no Conselho de Ética
A crise política pela qual passa o Senado Federal tem raízes em práticas administrativas inaceitáveis, que colidem com princípios constitucionais que fundamentam a administração pública.
Nos últimos meses, tomamos conhecimento de uma série de distorções que demonstram que a necessária estrutura de garantia da ação parlamentar converteu-se em uma série de privilégios e desmandos que exigem reparação e mudanças na estrutura da Casa.
É urgente a reformulação da gestão do Senado Federal, criando mecanismos modernos de gestão e instrumentos regulares de transparência. Também é necessária a apuração das irregularidades que se referem aos atos praticados por servidores e parlamentares que tenham ferido a legislação. Para tanto, Ministério Público e Polícia Federal, que já estão investigando, têm instrumentos e metodologia apropriados para apurar de forma isenta as irregularidades apontadas.
No entanto, não podemos ignorar que essa mesma crise é alimentada pela disputa política relacionada às eleições de 2010. A forma como as denúncias concentram-se no presidente do Senado, José Sarney, não deixa dúvidas de que, mais que apurar e reformar, a pretensão é incidir nas relações entre partidos, que apoiam o governo ou que podem constituir alianças para as eleições nacionais e estaduais do próximo ano. Ignoram ou minimizam ilegalidades graves de determinados parlamentares ou partidos e concentram na desconstituição do presidente da mesa, como se ele tivesse responsabilidade exclusiva pelos problemas de todo o Senado.
O PT apresentou ao Senado a candidatura do senador Tião Viana para presidir a instituição, com uma plataforma de reformas que poderiam ser um passo adiante. Nossa candidatura não foi vencedora e reconhecemos o resultado.
Por entender que essa crise tem raízes reais, mas é manipulada de forma hipócrita para interesses eleitorais, e por defender a estabilidade política e o estado democrático de direito, como bases para um funcionamento pleno da democracia, não há como reconhecer no Conselho de Ética, com os ânimos da radicalização política atual, condições para encaminhar uma investigação isenta e equilibrada, seja sobre o senador Sarney ou sobre o Senador Virgílio, sem falar em outros casos sobre os quais caberia representação ao órgão.
Nesse sentido, oriento os senadores do PT que fazem parte do Conselho de Ética que votem pela manutenção do arquivamento das representações em relação aos senadores representados, como forma de repelir essa tática política da oposição, que deseja estabelecer um ambiente de conflito e confusão política, no momento em que os grandes temas do Brasil, como o Marco Regulatório do Pré-sal e as estratégias para superação da crise internacional, são propostos pelo presidente Lula como pauta para o necessário debate nacional.
Aqueles que desejam investigações efetivas podem buscar as instituições apropriadas, que não faltam à Nação. O Senado deve cumprir seu papel legislativo e reformular sua gestão com a máxima urgência".
Ricardo Berzoini
Presidente Nacional do PT
http://noticias.uol.com.br/politica/2009/08/19/ult5773u2134.jhtm
Com "acordão", Conselho de Ética arquiva denúncias contra Sarney e Virgilio
Claudia Andrade
Do UOL Notícias
Em Brasília
Depois de arquivar todas as acusações contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), os membros do Conselho de Ética também livraram o líder do PSDB na Casa, Arthur Virgilio (AM). O "acordão" entre aliados de Sarney e oposicionistas mostrou-se eficiente no resultado da votação unânime a favor do arquivamento da ação: 15 a zero.
Assim como as ações contra o peemedebista, a representação contra o tucano também já havia sido arquivada pelo presidente do conselho, senador Paulo Duque (PMDB-RJ). No entanto, foi apresentado recurso contra a decisão.
Sobre o arquivamento das denúncias contra Sarney (veja abaixo quais são as acusações), a oposição planeja repetir o movimento, agora recorrendo ao plenário do Senado, em uma nova tentativa de forçar a investigação das acusações contra o presidente do Senado.
Em relação a Virgilio, a justificativa dada por vários dos votantes foi a de que as explicações dadas pelo tucano "foram convincentes". "Estou satisfeito com as explicações dadas pelo nobre senador", manifestou o vice-presidente do colegiado, Gim Argello (PTB-DF).
Foram seis denúncias contra Sarney analisadas em bloco pelos integrantes do colegiado. Quatro foram apresentadas por Virgilio e duas em conjunto por Virgilio e Cristovam Buarque (PDT-DF). As representações foram cinco: três protocoladas pelo PSDB e duas pelo PSOL.
As denúncias têm um peso menor em relação às representações, apresentadas por partidos e que podem resultar em cassação. O caminho até a perda de mandato, no caso de uma denúncia, é mais longo.
Votaram a favor da abertura de processo os seguintes senadores: Demóstenes Torres (DEM-GO), Eliseu Resende (DEM-MG), Marisa Serrano (PSDB-MS), Sérgio Guerra (PSDB-PE), Rosalba Ciarlini (DEM-RN), Jefferson Praia (PDT-AM).
Votaram contra a investigação: Wellington Salgado (PMDB-MG), Almeida Lima (PMDB-SE), Gilvam Borges (PMDB-AP), Inácio Arruda (PCdoB-CE), o vice-presidente do conselho, Gim Argello (PTB-DF), o corregedor Romeu Tuma (PTB-SP). Três petistas também foram contra as acusações: o titular João Pedro (AM) e os suplentes Delcídio Amaral (MS) e Ideli Salvatti (SC).
As votações se repetiram tanto na análise em bloco das denúncias como na avaliação das representações. O presidente do conselho, senador Paulo Duque (PMDB-RJ) só votaria em caso de empate. O petista Eduardo Suplicy (SP) não votou, por ser o terceiro suplente do partido, mas deixou registrado que votaria a favor da investigação.
Denúncias contra Virgilio
O senador tucano foi alvo de uma representação do PMDB com várias acusações. Uma delas referia-se ao pagamento de salário a um funcionário do seu gabinete que estava morando na Europa. O parlamentar também foi acusado de ultrapassar o limite do plano de saúde para pagar despesas com um tratamento de saúde de sua mãe.
Além disso, Virgilio teria recebido empréstimo do ex-diretor-geral do Senado Agaciel Maia para pagar gastos durante uma viagem a Paris. Agaciel é apontado como um dos responsáveis pelo escândalo dos atos secretos utilizados principalmente para criar cargos e aumentar salários. Foi afastado do cargo depois da denúncia de que teria omitido da Receita Federal um imóvel avaliado em R$ 5 milhões.
Virgilio defendeu-se. Disse que devolveria o dinheiro público direcionado para o pagamento ao funcionário afastado. Afirmou também que o empréstimo de Agaciel foi quitado.
Críticas ao PT
No início da sessão, foi lida no plenário do conselho uma carta do presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, com a orientação para que todos os integrantes do partido votassem pelo arquivamento das representações, por achar que o conselho "não tem condições para encaminhar uma investigação isenta e equilibrada".
O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) criticou a carta do PT. "Essa nota é deplorável em todos os aspectos. Hoje o PT tem um discurso que se dissocia totalmente da prática. Deixou de ser um partido dialético para ser 'duolético'. Perdeu sua identidade e muda de posição toda hora".
Pedro Simon (PMDB-RS) foi ainda mais duro em sua crítica, ao dizer que "hoje é o dia em que o PT abraça o Sarney e o Collor e a (senadora) Marina (Silva) sai. Não sei quem representa o PT lá na origem hoje: se é o Lula do Sarney ou se é a Marina".
Após recorrer do arquivamento sumário das acusações pelo presidente do conselho, a oposição passou a trabalhar em busca dos votos do PT, que seriam decisivos na tentativa de desarquivar as acusações. O debate gerou divergências dentro do Partido dos Trabalhadores a ponto de fazer seu líder no Senado, Aloizio Mercadante (SP), colocar sua liderança à disposição. Ele estaria sendo pressionado por aliados para substituir os petistas que fazem parte do conselho, o que aumentaria a 'blindagem' ao presidente Sarney.
O debate e a articulação da oposição mostraram-se inócuos nesta quarta, depois da orientação do presidente do partido e do seu resultado prático: três votos do PT a favor do arquivamento das acusações.
Acusações contra Sarney arquivadas pelo Conselho no dia 7 de agosto
1. Denúncia de Arthur Virgilio feita em 23 de julho. Acusa Sarney de usar ato secreto para a nomeação do namorado de sua neta 2. Representação do PSDB feita em 28 de julho. Acusa Sarney de obter favorecimentos através de atos secretos 3. Representação do PSDB feita em 28 de julho. Acusa Sarney de favorecer o neto em operações de empréstimo a funcionários do Senado 4. Representação do PSDB feita em 28 de julho. Acusa Sarney de desvio de recursos públicos na Fundação Sarney e de mentir ao negar ter ligações com a administração da Fundação José Sarney 5. Representação do PSOL feita em 29 de julho. Acusa Sarney de omitir casa de R$ 4 milhões da Justiça e de ter conta ilegal no exterior, gerenciada por Edemar Cid Ferreira 6. Denúncia de Arthur Virgilio e Cristovam Buarque (PDT-DF) feita em 29 de julho. Acusa Sarney de vender terras nunca registradas em seu nome, evitando o pagamento de impostos 7. Denúncia de Arthur Virgilio e Cristovam feita em 29 de julho. Acusa Sarney de ter se beneficiado na operação Boi Barrica. A operação da PF investiga seu filho, Fernando Sarney
Acusações contra Sarney arquivadas pelo Conselho no dia 5 de agosto
1. Denúncia de Arthur Virgilio (PSDB-AM) feita em 29 de junho. Contém 19 acusações. Entre elas, está a que acusa Sarney de favorecer a empresa de seu neto em operações de empréstimo a funcionários do Senado, e a que o acusa de ser condescendente com a publicação de atos secretos 2. Representação do PSOL feita em 30 de junho. Acusa Sarney de usar os atos secretos para conceder benefícios e aumentar salários 3. Denúncia de Arthur Virgilio feita em 10 de julho. Acusa Sarney de usar o advogado do Senado no Supremo Tribunal Federal em ação envolvendo causas próprias 4. Denúncia de Arthur Virgilio feita em 14 de julho. Acusa Sarney de ter mentido, ao negar ter ligações com a administração da Fundação José Sarney
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