Especialista: etanol no Brasil é banhado de sangue
Quando o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, busca na América Latina um "New Deal" de cooperação em torno do etanol, nos canaviais do Brasil se agrava a situação de milhares de trabalhadores que enfrentam condições desumanas, denunciaram especialistas consultados pela Efe.
O Brasil é o principal produtor mundial de açúcar e etanol proveniente da cana, e destino de investimentos maciços no setor. "Mas o açúcar e o álcool no Brasil estão banhados de sangue, suor e morte", afirmou a pesquisadora Maria Cristina Gonzaga, da Fundacentro, organização do Ministério do Trabalho e Emprego.
"Os trabalhadores são massacrados, ficam doentes o tempo todo por diversos motivos", assinalou.
O Ministério da Agricultura prevê que a safra 2006-07 chegue ao nível histórico de 475,7 milhões de toneladas, com alta de 10% em relação a 2005-06. A colheita provém de uma área de 5,84 milhões de hectares, que deve triplicar no médio prazo. Aproximadamente 17,4 bilhões de litros de etanol foram destilados em 2006, um nível que, em 2012, deve chegar a 35,4 bilhões de litros, em grande medida para atender aos mercados da Europa e dos Estados Unidos.
Os trabalhadores recebem seu pagamento segundo o peso da cana cortada diariamente sob o inclemente sol, em meio ao pó. O contrato coletivo vigente entre as filiais da Federação de Agricultura do Estado de São Paulo e os sindicatos rurais estabelece R$ 2,44 por tonelada cortada e empilhada.
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