REGIANE SOARES da Folha Online
O Ministério Público Estadual quer o bloqueio dos bens do chefe de gabinete da Presidência da República, Gilberto Carvalho, do PT nacional e de outras seis pessoas que teriam participado de um suposto esquema de corrupção na prefeitura de Santo André.
O bloqueio é uma forma de garantir o ressarcimento de R$ 5,3 milhões a empresários vítimas do suposto esquema, além do pagamento de multa de até três vezes o mesmo valor ao poder público.
O pedido consta em ação civil pública apresentada ontem pelos promotores do Gaerco (Grupo de Atuação Especial Regional para Prevenção e Repressão ao Crime Organizado) do ABC, designados pelo procurador-geral de Justiça, Rodrigo Pinho, para acompanhar o caso da propina em Santo André.
Gilberto Carvalho disse por meio de sua assessoria que só vai se pronunciar quando tiver conhecimento da ação e que reitera declarações anteriores sobre o caso e nega todas as acusações. Afirmou ainda que está com sua "consciência tranqüila".
A ação relata o suposto esquema de corrupção que existiu na administração municipal entre 1997 e 2001. Segundo investigação dos promotores, o então secretário de Serviços Municipais, Klinger Luiz de Oliveira Sousa, liderava uma quadrilha que extorquia dinheiro de empresários do setor de transportes da cidade.
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