No Brasil, culpar os EUA por todas as mazelas mundiais virou esporte nacional. O caso do roubo dos laptops da Petrobras não poderia ser diferente: espionagem industrial americana, leia-se Halliburton, seria a hipótese mais provável. Para muitos fato consumado.
Mas a Polícia Federal trabalhou mais rápido do que se esperava: vigilantes da BricLog, empresa de segurança contratada pela estatal, que seriam os criminosos, foram presos.
Sem esquecer de que mais de trinta pessoas possuiam as chaves do contêiner que transportava o material roubado, que os laptops com informações sigilosas estava sendo transportados de maneira inadequada e que o roubo foi comunicado depois de uma semana à polícia.
Não, os americanos não são santos. Mas culpados pela nossa bandidagem, tenha dó, né?
PF prende quatro suspeitos e recupera parte do material furtado da Petrobras
Juliana CastroNo Rio de Janeiro
A PF (Polícia Federal) prendeu na manhã desta quinta-feira (28) quatro suspeitos do furto de equipamentos e dados da Petrobras, ocorrido no início deste mês. Alexandro de Araújo Maia, Éder Rodrigues da Costa, Michel Mello da Costa e Cristiano da Silva Tavares eram vigilantes da BricLog, empresa de segurança terceirizada da Petrobras. Eles serão autuados por furto qualificado e formação de quadrilha.
Além da prisão, a polícia recuperou uma impressora, quatro laptops, um monitor, dois celulares, uma mochila e uma maleta com ferramentas para informática. Segundo a polícia, os registros dos equipamentos correspondem ao dos que foram furtados de um galpão e de um contêiner da empresa americana Halliburton, enquanto o mesmo ficou parado no porto do Rio.
Na ocasião do furto, foi ventilada a informação de que os computadores continham dados sigilosos sobre as reservas de petróleo e gás na camada ultraprofunda chamada de pré-sal, onde está o megacampo de petróleo de Tupi, na bacia de Santos, uma descoberta recente da empresa.
A PF não confirmou quais dados estavam nos computadores roubados. A PF apenas afirmou que a Petrobras mantinha cópias dos dados que foram roubados. Para a PF, já está totalmente descartada a hipótese de espionagem industrial.
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