quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

O caminho sem retorno


Desde 2002 venho dizendo que o Brasil trilha por um caminho sem retorno. O PT que lutou com unhas, dentes,caixa 2 "bandido" e mensalão para chegar e se perpetuar no poder, não vai querer deixar o governo assim tão fácil.

Também venho dizendo que Lula não deixará seu cargo por vontade própria porque de democrático, só possui aparência.

Mas os intelectuais dizem que aqui não é a Venezuela e que nossas "Instituições" são fortes. Quais? O Congresso de maioria mensaleira, sanguessuga e com ficha criminal desacreditado pelo povo? A Justiça que prende o pobre e solta o rico? Quem mais? Quem é "forte" para se opor ao homem que sempre diz não saber de nada, e que usa a retórica populista para cada vez mais se misturar ao povo?

O PT ligado a Marta Suplicy vai propor o absurdo e terá apoio. Lula vai dizer que não concorda, mas se o projeto for aprovado, irá consultar o povo pobre de quem é "pai" para aquilo que pretende. E sabe que terá apoio. Não se engane. Assim será.

É o caminho sem retornodo socialismo ditatorial latino- americano.

Queira Deus, todo-poderoso, que eu esteja redondamente engando...


Oposição diz que PT pretende copiar modelo de Chávez

Grupo petista quer que presidente possa convocar plebiscitos sem ouvir Legislativo

Ana Paula Scinocca e Ricardo Brandt da AE

BRASÍLIA - A oposição reagiu na quarta-feira à proposta de um grupo de parlamentares do PT, que começa a trabalhar para que o presidente da República possa convocar plebiscitos sem autorização do Legislativo.

Um dos mais indignados foi o líder do PFL na Câmara, Rodrigo Maia, que considerou sem sentido de despropositada a intenção. "Camisa de força neles", reagiu Maia. "Eles enlouqueceram".

Maia classificou a proposta dos petistas de "inaceitável". E rebateu criticando a postura antidemocrática das lideranças do PT. "Essa é a democracia direta deles", afirmou. "Fazer as coisas sem passar pelo principal representante da sociedade, o poder Legislativo".

Hugo Chávez

O deputado pefelista comparou a intenção dos petistas ao modelo adotado pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez. "Isso caberia bem lá para o Chávez", disse Maia. "Aqui, não. Aqui, no Brasil, vigora a democracia".

Para o líder do PFL, nem mesmo os demais deputados do PT podem compactuar com a proposta do grupo ligado à ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy. "Isso não vai vigorar", considerou Maia. "Ninguém pode aceitar isso, nem mesmo os parlamentares do PT".

O senador José Agripino Maia (PFL-RN) também fez coro. E repudiou a intenção dos petistas. "A oposição precisa estar preparada para atitudes desse naipe", disse Agripino. "Devemos ficar alertas para quaisquer atitudes que esses petistas podem tomar após essa eleição da Câmara".

Também mencionando o presidente venezuelano, Agripino ressaltou que o PT parece estar querendo esquecer o poder Legislativo. "É a interlocução direta com a sociedade que eles acham que conquistaram e acham que, com isso, poderão passar por cima do Congresso".

Sucessão

O deputado José Aníbal (PSDB-SP) também reclamou da sugestão "autoritária" do grupo de petistas ligados à ex-prefeita paulistana. Na avaliação do tucano, por trás do projeto dos petistas está o fato de o partido não ter candidato para a disputa presidencial de 2010.

Com a possibilidade de o presidente convocar plebiscitos sem a autorização do Legislativo, o principal interesse seria o de conseguir apoio para a disputa de um terceiro mandato. "Eles sabem que o PT não tem candidato para a Presidência em 2010", afirmou Aníbal. "E vão tentar todas as possibilidades para conseguir fazer o Lula sair candidato novamente".

O tucano foi mais longe. "É uma tendência golpista do governo", acrescentou. Para ele, a proposta dos petistas "é um prenúncio chavista, uma tentação autoritária de passar por cima do Congresso". Ele prosseguiu: "É a mesma tentação de quando eles falam que a torcida do Flamengo torce pela anistia de José Dirceu (ex-ministro da Casa Civil cassado em 2005)".

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