Fazer nosso ministro petista das Relações Institucionais, Tarso Genro, desistir de atacar a "crise de corrupção ética e programática" que assola o partido de Lula, e parar de vez com a idéia de "refundação" daquilo que sobrou do PT que sempre pregou a ética e a honestidade na política, foi mais fácil do que qualquer um poderia pensar: José Dirceu, inimigo mortal do ministro, ameaçou revelar todas as doações que Genro recebeu quando candidato ao governo do Rio Grande do Sul.
Depois de muita polêmica e protestos do Campo Majoritário do PT, o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, recuou do propósito de atacar com todas as letras a corrupção que atingiu a sigla e abrandou o documento “Mensagem ao Partido”, na tentativa de ganhar apoio para a construção de outro campo político na cúpula petista. A nova versão não se refere mais à “crise de corrupção ética e programática” que abalou o PT e passa uma borracha no termo “refundação”.
Esses são nossos homens públicos, nosso líderes políticos e essa é a maneira mais comum de se fazer política "nesse País".
Carta de Tarso ao PT não cita mais corrupção
Vera Rosa
Depois de muita polêmica e protestos do Campo Majoritário do PT, o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, recuou do propósito de atacar com todas as letras a corrupção que atingiu a sigla e abrandou o documento “Mensagem ao Partido”, na tentativa de ganhar apoio para a construção de outro campo político na cúpula petista. A nova versão não se refere mais à “crise de corrupção ética e programática” que abalou o PT e passa uma borracha no termo “refundação”.
O texto ainda aborda a crise do partido e destaca a necessidade de superar a “hegemonia absoluta de um núcleo dirigente”, mas em tom bem mais ameno. E em nenhum momento cita a corrupção. A mudança ocorreu depois do seminário promovido no fim de semana pelo Campo Majoritário - grupo moderado do PT - em São Roque (SP).
No encontro, petistas protestaram contra o trecho da mensagem que falava de corrupção. Exasperado, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, que detesta Tarso, ameaçou revelar todas as doações que ele recebeu quando foi candidato ao governo do Rio Grande do Sul. Até o vice-presidente do PT, Marco Aurélio Garcia, conversou com Tarso e pediu-lhe que tratasse o tema de forma mais light, para não dividir mais o partido.
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