quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

Revisionismo petista

Fazer nosso ministro petista das Relações Institucionais, Tarso Genro, desistir de atacar a "crise de corrupção ética e programática" que assola o partido de Lula, e parar de vez com a idéia de "refundação" daquilo que sobrou do PT que sempre pregou a ética e a honestidade na política, foi mais fácil do que qualquer um poderia pensar: José Dirceu, inimigo mortal do ministro, ameaçou revelar todas as doações que Genro recebeu quando candidato ao governo do Rio Grande do Sul.

Esses são nossos homens públicos, nosso líderes políticos e essa é a maneira mais comum de se fazer política "nesse País".


Carta de Tarso ao PT não cita mais corrupção

Vera Rosa

Depois de muita polêmica e protestos do Campo Majoritário do PT, o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, recuou do propósito de atacar com todas as letras a corrupção que atingiu a sigla e abrandou o documento “Mensagem ao Partido”, na tentativa de ganhar apoio para a construção de outro campo político na cúpula petista. A nova versão não se refere mais à “crise de corrupção ética e programática” que abalou o PT e passa uma borracha no termo “refundação”.

O texto ainda aborda a crise do partido e destaca a necessidade de superar a “hegemonia absoluta de um núcleo dirigente”, mas em tom bem mais ameno. E em nenhum momento cita a corrupção. A mudança ocorreu depois do seminário promovido no fim de semana pelo Campo Majoritário - grupo moderado do PT - em São Roque (SP).

No encontro, petistas protestaram contra o trecho da mensagem que falava de corrupção. Exasperado, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, que detesta Tarso, ameaçou revelar todas as doações que ele recebeu quando foi candidato ao governo do Rio Grande do Sul. Até o vice-presidente do PT, Marco Aurélio Garcia, conversou com Tarso e pediu-lhe que tratasse o tema de forma mais light, para não dividir mais o partido.

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