Bush deixou claro, por meio de seu subsecretário de Estado, Nicholas Burns, de que pretende, junto de Lula, formar os centros de lideranças das Américas.
O recado dele ao Brasil foi claro, e dado nos primeiros segundos de entrevista: "A parceria entre Brasil e Estados Unidos será a voz de liderança no hemisfério", declarou Burns.
“Não diria co-liderança", prosseguiu, "diria centros de liderança. Acho que podemos construir uma cooperação que fará a diferença em muitos assuntos. Na nossa visão, o hemisfério não está voltado para políticas fracassadas do passado, de nacionalizações e confronto".
Burns acha que países como Brasil, Chile e Argentina representam o lado positivo, com os quais os Estados Unidos querem trabalhar.
Chávez, na visão da diplomacia americana, ao lado do Irã, usa o petróleo como arma negativa.
Nesse sentido, Burns acredita que Brasil e Estados Unidos possam fechar ainda este ano um acordo de cooperação na área de biocombustíveis, como o álcool etanol. “Biocombustíveis poderiam se tornar o centro simbólico da relação entre Brasil e Estados Unidos", afirmou Burns.
Apesar das disputas entre os dois países sobre tarifas e subsídios agrícolas, o diplomata americano diz que, juntos, Brasil e Estados Unidos já dominam 70% do mercado mundial de etanol, e devem chegar a um acordo de cooperação até o final do ano.
Mas, para isso, não há lugar às "políticas fracassadas do passado, de nacionalizações e confronto", afirmou Burns. Traduzindo: sem a participação do coronel Hugo Chávez.
"Biocombustíveis poderiam se tornar o centro simbólico na relação entre Brasil e Estados Unidos", afirmou Burns, confiante de que os países podem fechar um acordo sobre o etanol ainda este ano.
Para que o "acordo" e os "centros de lideranças" sejam viáveis e interessantes para os dois países, nossa diplomacia vai ter de trabalhar direito. Se procederem como à época do problema entre Petrobrás e Evo Morales estamos ferrados! Chega de levar ferro, gente!
A oportunidade bate à nossa porta. Basta que o governo Lula faça uma escolha inteligente porque Chávez já fez a besteira dele, e nós a nossa na última eleição...
Leia a entrevista de Burns.
Nicholas Burns é o mais importante diplomata de carreira americano. Ocupa no momento o cargo de vice da secretária de Estado Condolezza Rice, responsável pela formulação de políticas.
O recado dele ao Brasil foi claro, e dado nos primeiros segundos de entrevista: "A parceria entre Brasil e Estados Unidos será a voz de liderança no hemisfério", declarou Burns.
“Não diria co-liderança", prosseguiu, "diria centros de liderança. Acho que podemos construir uma cooperação que fará a diferença em muitos assuntos. Na nossa visão, o hemisfério não está voltado para políticas fracassadas do passado, de nacionalizações e confronto".
Burns acha que países como Brasil, Chile e Argentina representam o lado positivo, com os quais os Estados Unidos querem trabalhar.
Chávez, na visão da diplomacia americana, ao lado do Irã, usa o petróleo como arma negativa.
"Chávez está diminuindo a democracia", afirmou Burns. "Mas ele não é o centro de nossa preocupação", acrescentou. "Nós somos uma potência global, frente a desafios extraordinários. Queremos ter uma agenda positiva. Chávez está levando seu país numa direção completamente oposta em relação à que a maior parte do mundo está indo. Bom, essa escolha é dele. Mas não vamos deixar isso nos desviar de ter uma boa relação com o Brasil”.
Nesse sentido, Burns acredita que Brasil e Estados Unidos possam fechar ainda este ano um acordo de cooperação na área de biocombustíveis, como o álcool etanol. “Biocombustíveis poderiam se tornar o centro simbólico da relação entre Brasil e Estados Unidos", afirmou Burns.
Apesar das disputas entre os dois países sobre tarifas e subsídios agrícolas, o diplomata americano diz que, juntos, Brasil e Estados Unidos já dominam 70% do mercado mundial de etanol, e devem chegar a um acordo de cooperação até o final do ano.
Burns tem ainda um agradecimento a fazer aos colegas diplomatas brasileiros: na crise internacional em torno do programa nuclear do Irã, os Estados Unidos acham que o Brasil adotou uma postura correta: sim à tecnologia nuclear para fins civis, não à bomba iraniana.
Mais aqui
http://jg.globo.com/JGlobo/0,19125,VTJ0-2742-20070206-265370,00.html
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