quarta-feira, 30 de abril de 2008

HUAHUAHUAHUAHUAHUA


HORROR SOCIALISTA


Reconstrução da Tchetchênia traz à tona corpos de desaparecidos durante a guerra

Andrew E. Kramer
Em Grozny, Rússia


A surpresa se encontrava sob as lajotas do porão do jardim de infância da Rua Kadyrov, encontrada por operários que trabalhavam aqui, na zona de guerra que se transformou em área de construção, na capital da Tchetchênia.

Os corpos foram exumados e reenterrados com respeito, apesar de praticamente sem pausa no bater de martelos e na aplicação de gesso nas paredes para permitir a análise dos peritos criminais no porão.

E isto, dizem funcionários de direitos humanos, não é incomum em uma cidade mais ou menos em paz agora, mas com muitos porões sombrios e muita reconstrução em andamento.

"Pessoas morreram ali e agora eles acabaram de construir uma escola", disse Natalia Estemirova, uma pesquisadora do Memorial, um grupo de direitos humanos, em uma entrevista. O grupo dela documentou a descoberta dos corpos em meados do ano passado no jardim de infância Zvyozdochka, ou Estrela.

Ela acrescentou: "Nós sabemos que pessoas desapareceram. Nós sabemos que a maioria delas foi morta. E sabemos que precisamos procurar por elas com uma pá".

Mas qualquer trabalho sistemático de perícia criminal poderia reviver questões espinhosas para o presidente russo de saída, Vladimir V. Putin, sobre uma guerra que, juntamente com a recuperação econômica da Rússia, será seu legado dos últimos oito anos.

Em conseqüência, a política geral da Rússia em relação às valas comuns na Tchetchênia é não perturbá-las. Há 57 valas comuns conhecidas mas não abertas na república da Tchetchênia. Inúmeras sepulturas menores se encontram sob os parques da capital, pátios e porões.

Na Grozny pós-guerra, tratores, guindastes e homens com perfuratrizes trabalham ao redor e às vezes sobre os covas das duas guerras. A cidade, sitiada, bombardeada e despovoada pela guerra, agora se tornou cenário de um esforço de reconstrução frenético, financiado pelo petróleo. E as autoridades apontam orgulhosamente para os novos prédios reluzentes como símbolos da paz.

No ano passado, após a Rússia ter empossado como presidente o líder de uma das milícias aliadas, Ramzan Kadyrov, 969 refugiados receberam moradias novas. Uma mesquita que acomodará 10 mil fiéis está sendo erguida na praça central, e muitas escolas foram reconstruídas.

Mas as valas comuns em Grozny continuam sendo um problema irritante. Pelo menos meia dúzia foram discretamente transferidas para abrir espaço para a reconstrução.

Naquele que talvez seja aparentemente o caso mais chamativo, em abril de 2006, trabalhadores exumaram 57 corpos no Parque Kirov para abrir espaço para um complexo de entretenimento para a juventude. Durante os bombardeios em 1999 e 2000, disseram trabalhadores de direitos humanos, os moradores enterraram parentes e vítimas não identificadas no parque. Seis corpos daquele local nunca foram identificados e foram reenterrados em túmulos numerados em um cemitério.

"Muitos, muitos corpos são encontrados", disse Estemirova.

As valas comuns de Grozny simbolizam de forma sombria a paz que a Rússia estabeleceu aqui, uma enfatizando a reconstrução física apesar de ignorar as cicatrizes humanas da guerra. Não há indiciamento sistemático dos crimes de guerra ou identificação dos mortos.

Quantas pessoas desapareceram permanece uma pergunta aberta e contenciosa. Um ombudsman de direitos humanos do governo tchetcheno, Nurdi Nukhazhiyev, identificou 3.018 desaparecimentos não solucionados das duas guerras, que começaram em 1994. Os restos mortais de alguns dos desaparecidos certamente estão enterrados sobre as novas construções.

O promotor regional apresentou um número mais baixo, dizendo que 2.747 civis tchetchenos impetraram queixas de pessoas desaparecidas, e que 574 casos foram solucionados. O Memorial, o grupo de Estemirova, estima o número de pessoas desaparecidas entre 3 mil e 5 mil.

As valas comuns provocaram tensões entre a Rússia e a Europa. O Conselho da Europa, o monitor de direitos humanos, tem pressionado pela exumação das valas comuns e identificação das vítimas e seus assassinos.

"Há um grande número de famílias que tiveram membros desaparecidos", disse Thomas Hammarberg, o comissário de direitos humanos do conselho, durante uma visita à Tchetchênia neste mês. "Logo, muitas pessoas foram afetadas por isso, de forma que não pode ser simplesmente varrido para baixo do tapete."

Mas, é claro, isto é o que está acontecendo, à medida que as novas construções destroem as evidências nos locais dos crimes de guerra. A construção da Escola para Surdos na Praça Minutka, por exemplo, serviu como sede temporária para as tropas do Ministério do Interior que se tornaram o foco de uma rara investigação dos crimes de guerra russos.

O porão, disseram testemunhas, foi usado para tortura. Um oficial russo foi condenado por assassinato. Mas em 2006, o porão foi enchido com entulho, visando estabilizar o lugar para a reconstrução da escola, disse Estemirova.

E enquanto prossegue a construção, até mesmo a questão de como ligar os nomes dos desaparecidos aos corpos não identificados em Grozny é contenciosa.

O Conselho da Europa está encorajando a Rússia a adotar um trabalho sistemático de perícia criminal nas sepulturas, antes que um grande número delas seja afetado pelas obras de construção.

O governo Kadyrov endossou uma proposta de fornecimento anônimo de informações sobre os desaparecidos pela Internet, basicamente separando a questão da identificação da questão politicamente mais carregada da culpabilidade.

Mas os desaparecimentos continuam na Tchetchênia. À medida que a política russa de "tchetchenização" do conflito ganhou impulso e, como até mesmo os críticos dizem a contragosto, sucesso na contenção da violência, os abusos cometidos pelos soldados russos diminuíram. Cada vez mais, os desaparecimentos exibem marcas de violência de tchetchenos contra tchetchenos.

Muitos moradores de Grozny ainda vivem em ruínas, com grandes buracos nas paredes. Mas a cidade está em grande parte pacífica. Ambulantes vendem cigarros, animais empalhados e latas de Red Bull nas ruas. Homens jovens em uniformes policiais matam o tempo nas calçadas, cuspindo sementes de gergelim, com rifles Kalashnikovs pendurados nos ombros. E o boom de construção permanece inabalável.

Mas a construção não fornece consolo para Adeni Idalova, uma moradora de Grozny que perdeu dois filhos. "Nossos filhos nunca caminharão nestas calçadas de ouro", ela disse. "Para que precisamos delas?"

Tradução: George El Khouri Andolfato

Visite o site do The New York Times




"PROGREÇISTAS" SURFAM NO CAPITALISMO


Brasil recebe título de grau de investimento pela agência S&P

Da Redação
Em São Paulo

O Brasil adquiriu nesta quarta-feira o título de grau de investimento pela agência de avaliação de rating Standard & Poor´s.

Com esta nova nota, o país entra no grupo de países considerados de pouca possibilidade de inadimplência. Isso significa que o Brasil passa a ser visto como de baixo risco para aplicações financeiras de estrangeiros.

A nota de crédito (rating) para moeda estrangeira subiu de BB+ para BBB- com perspectiva estável e a nota para moeda local passou de BBB para BBB+, também com perspectiva estável. O rating para moeda local de curto prazo foi ajustado de "B" para "A-3".


"O comportamento do Brasil durante a crise deu espaço para a S&P fazer isso. A economia doméstica está se sustentando bem, o risco-país se mantendo na faixa dos 200 pontos, o crescimento econômico está bom, tanto que o BC está até aumentando juros, mostrando responsabilidade quanto à inflação", afirma o economista-chefe da Fator Corretora, Vladimir Caramaschi.

Caramaschi é, inclusive, um dos que não acreditava nessa nova nota para tão breve.

"Eu particularmente não esperava para agora, em parte pela fragilidade fiscal do país e em parte porque achava que as agências seriam mais cautelosas neste momento de crise", diz.

Já na opinião do diretor-executivo da NGO Corretora de Câmbio, Sidnei Moura Nehme, este greu de investimento veio em um momento difícil em que o dólar está com a cotação baixa.

"Isto vai facilitar o ingresso de moeda estrangeira e a cotação vai ficar mais baixa ainda. É uma coisa boa, mas para o Brasil é perigosa", afirma.

Por fim, o economista-chefe da López León Markets, Flávio Serrano, comenta que a crise mundial de crédito auxiliou o Brasil a conseguir o grau de investimento, pois mostrou que o país tem condições de superar problemas externos.

"Eu já previa que sairia esse ano ainda, mas é sempre uma boa notícia. Pela diferença (entre outros títulos) que o Brasil pagava, o mercado já considerava o Brasil como grau de investimento. Ele veio principalmente pela evolução das contas externas -o Brasil é credor líquido já- e pelas contas do governo, que teve superávit nominal", afirma.


O Brasil é a 14ª economia a ter seus créditos soberanos elevados para grau de investimento, segundo afirma a Standard&Poor´s.

"A atualização reflete a maturação das instituições do Brasil e do quadro político, como demonstra a melhora no âmbito fiscal e da dívida externa, além da melhora nas perspectivas de crescimento", afirma.

A Standard & Poor´s diz que apesar de muitos países "pares" do Brasil, que também possuem grau de investimento terem dívida pública líquida menor, o modo como o Brasil vem gerindo seus compromissos atenua qualquer risco de ficar inadimplente.

Os principais pontos forte selecionados pela agência para elevar a nota de crédito do país destacam-se:


Taxas de inflação que têm conseguindo manter-se dentro da meta

Perfil da dívida pública interna em sintonia com o dos demais países que obtêm grau de investimento

Já entre as maiores fraquezas, a S&P alerta para:


Grande endividamento líquido da máquina pública

Alta rigidez do orçamento

Impedimentos estruturais que mantêm o investimento e o crescimento inferior ao de outras economias também emergentes

A obtenção do grau de investimento pelo Brasil era esperada ainda em 2008 por grande parte dos economistas, mas havia alguns dissidentes que apostavam que esa mudança ocorreria somente no próximo ano.

SEU DINHEIRO: MATILDE ESTÁ EM TODAS!


Cartão custeou viagens de ministros a Estado de origem

Stephanes e Gregolin, além de 3 ex-titulares de pastas, visitaram seus redutos nos finais de semana

Sônia Filgueiras, BRASÍLIA

Os gastos feitos com cartões corporativos mostram que ao menos cinco ministros e ex-ministros privilegiaram viagens financiadas pelos cofres públicos a seus Estados de origem, onde mantêm laços político-partidários e familiares, em especial nos finais de semana. É o caso dos ministros da Pesca, Altemir Gregolin, e da Agricultura, Reinhold Stephanes, e dos ex-ministros Olívio Dutra (Cidades), Miguel Rossetto (Desenvolvimento Agrário) e José Fritsch (antecessor de Gregolin).

Os dados constam de levantamento feito pelo sub-relator de sistematização da CPI dos Cartões mista, Carlos Sampaio (PSDB-SP), sobre gastos discriminados por fim de semana com cartões.

Despesas com viagens são cobertas pelo erário quando são motivadas pelo trabalho. Caso o ministro esteja em agenda oficial, não há restrição à data ou ao destino. Mas, para Sampaio, a coincidência precisa ser investigada. "É algo anormal", diz ele. É comum que ministros, em especial os mais ativos na vida política, retornem às suas bases eleitorais ou fiquem com suas famílias nos finais de semana, mas sem custo extra para o Tesouro. Pelas normas, o cartão só pode ser utilizado em deslocamentos a trabalho.

"É preciso verificar se não está havendo adaptação da agenda oficial a eventuais interesses pessoais ou políticos, distantes das prioridades do ministério'', avalia Sampaio.

De acordo com o banco de dados do deputado, em 14 dos 33 finais de semana em que pagou despesas com o cartão fornecido pelo governo, o ex-ministro da Pesca José Fritsch (PT) estava em cidades de Santa Catarina, seu Estado natal. Fritsch comandou a pasta de janeiro de 2003 a março de 2006. O seu sucessor, Altemir Gregolin, também do PT de Santa Catarina, mostra perfil semelhante nos gastos com o cartão federal: em 11 finais de semana, há gastos realizados em estabelecimentos de Florianópolis, Criciúma e Chapecó. Em outros 18 finais de semana, as despesas foram feitas em estabelecimentos comerciais localizados em outros Estados, como Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso e Maranhão.

O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, pagou despesas com o cartão corporativo em apenas sete finais de semana (sábados ou domingos ou nesses dois dias) desde que assumiu o ministério, em março de 2007.

Mas em todos os casos o ministro estava em Curitiba ou Londrina, cidades do Paraná, seu Estado de origem. No cartão oficial de Stephanes, não há registro de despesas em sábados e domingos em outros lugares do País.

O ex-ministro das Cidades Olívio Dutra também concentra despesas com cartão no Rio Grande do Sul, Estado que já governou. Nesse caso, os gastos feitos também se estendem a dias úteis. Conforme os arquivos da CPI dos Cartões, em seis finais de semana há despesas do ex-ministro em cidades gaúchas como Caxias do Sul, São Borja e Cachoeirinha, além de Porto Alegre. Em outros cinco finais de semana, despesas são feitas em Teresina, Maceió, Rio de Janeiro, São Paulo e Manaus. Em dias úteis, o petista, que ocupou o cargo de janeiro de 2003 a julho de 2005, foi a cidades do Rio Grande do Sul em pelo menos outras 12 datas.

No caso do ex-ministro do Desenvolvimento Agrário Miguel Rossetto, também do PT do Rio Grande do Sul, há gastos em Porto Alegre em cinco finais de semana. Em outros nove casos, as despesas foram realizadas em outros Estados. Rossetto fez pelo menos mais dez viagens ao Rio Grande do Sul usando ao cartão durante a semana.

Já a ex-ministra da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, computou gastos com o cartão de pagamento do governo em estabelecimentos em São Paulo em pelo menos 24 finais de semana (sábados ou domingos ou nesses dois dias), onde ela construiu sua liderança no movimento negro. Em outros 27 finais de semana, as despesas foram pagas em estabelecimentos de outras partes do País.


FATURA DO FIM DE SEMANA

Despesas de ministros e ex-ministros em seus Estados de origem

Reinhold Stephanes
Ministro da Agricultura
O ministro pagou despesas com o cartão corporativo do governo federal em 7 finais de semana. Todos os gastos foram feitos em estabelecimentos comerciais que estão localizados em Curitiba ou
Londrina, no Paraná, seu Estado de origem

Matilde Ribeiro
Ex-ministra da Igualdade Racial
Há despesas em ao menos 24 finais de semana em estabelecimentos de São Paulo, onde Matilde construiu sua liderança no movimento negro. Em outros 27 finais de semana, os gastos ocorreram em outras partes do País

Altemir Gregolin
Ministro da Pesca
O titular da pasta pagou despesas com o cartão em Santa Catarina, seu Estado natal, cobertas pelo erário em 11 finais de semana. Em outras 18 viagens realizadas nos finais de semana, os gastos foram feitos em estabelecimentos de outros Estados

Miguel Rossetto
Ex-ministro do Desenvolvimento Agrário
Em 5 finais de semana, usou o cartão em Porto Alegre, sua cidade-base. Em 9 casos, as despesas ocorreram em outros Estados. Rossetto fez ao menos mais 10 viagens ao Rio Grande do Sul usando cartão durante a semana

José Fritsch
Ex-ministro da Pesca
Antecessor de Gregolin, usou o cartão em Santa Catarina nos finais de
semana em 14 oportunidades, correspondentes a quase metade dos finais
de semana em que usou o benefício. Há gastos em outros Estados em 19 finais de semana

Olívio Dutra
Ex-ministro das Cidades
Em 6 finais de semana, há despesas em cidades gaúchas como Caxias do Sul, São Borja e Cachoeirinha, além de Porto Alegre. Em outros 5 finais de semana, gastos ocorreram em Maceió, Teresina, Rio de Janeiro, São Paulo e Manaus


"PROGREÇISTAS CAMPONEZEZ"


MST expulsa até ex-militantes de fazenda da Cutrale

Invasores ocuparam a casa-sede, os escritórios e todas as instalações existentes no local

José Maria Tomazela , de O Estado de S.Paulo

IARAS - Integrantes do Movimento dos Sem-Terra (MST) expulsaram na segunda-feira as seis famílias de trabalhadores rurais que moravam na Fazenda Turvinho, da empresa Cutrale, em Iaras, no sudoeste paulista. Entre os expulsos, estão assentados e filhos de antigos integrantes do próprio MST. A propriedade de 800 hectares foi invadida no último dia 18 por cerca de 600 militantes, como parte da jornada nacional de luta do movimento - o chamado "abril vermelho". A fazenda faz parte de uma área maior, de 2,7 mil hectares, cultivados com laranja. Os invasores ocuparam a casa-sede, os escritórios e todas as instalações existentes no local. Os empregados da Cutrale que ocupavam as casas da fazenda receberam um ultimato para deixar a propriedade.

"Eles fizeram uma reunião lá e decidiram que a gente tinha que sair", contou o vigilante José Mariano de Oliveira, de 27 anos. Um dos líderes transmitiu o recado ontem cedo. A esposa e a filha de três anos do vigilante já tinham ido para a casa da sogra, no Acampamento Zumbi dos Palmares, que fica na mesma região. A mulher e seu marido são assentados e o casal já foi militante do MST, mas isso não impediu a expulsão da filha e do genro com a netinha. Segundo Mariano, outras duas famílias moram no assentamento. "Muitos assentados trabalham na fazenda." Ele disse que não tinha como resistir à ordem para ir embora. "Eles eram muitos e meu chefe tinha nos orientado para evitar qualquer problema." Os sem-terra não permitiram a retirada de 35 tratores, 4 caminhões-pipas, dezenas de máquinas e implementos da empresa que estão em seu poder. Mariano saiu com uma "mão na frente e outra atrás", como disse. Móveis e objetos pessoais ficaram na casa.

O assentado Adriano Feliciano, de 28 anos, também trabalhava na empresa como tratorista. Ele voltou para o seu lote, no Zumbi dos Palmares, e agora não sabe como vai ser o futuro da família. Sua mulher, Olga Lourenço dos Santos, de 32 anos, também trabalhava nos laranjais. "A empresa é muito boa, dá ônibus, cesta básica e manda presentes para as crianças." Adriano voltou a trabalhar no lote na esperança de que a situação seja resolvida logo. Ele recebe cerca de R$ 600 por mês, dinheiro que mantém a casa e sustenta as crianças - as filhas Silvana, 15, Micaela, 10 e Michele, 7 anos. Com o salário, o tratorista comprou uma motocicleta em prestações. "Ainda falta pagar 20 parcelas de R$ 330." Segundo o trabalhador, em nenhum outro lugar da região ele vai conseguir o mesmo salário. "Emprego por aqui está difícil." O lote no assentamento pertence à sua mãe, que já foi acampada e militante do MST, assim como seu sogro. "Nós somos agregados", disse, referindo-se à mulher e os filhos. A produção do lote não é suficiente para sustentar toda a família. Por essa razão, muitos assentados foram trabalhar na Cutrale.

"O ônibus passa no acampamento recolhendo o pessoal." Ou melhor, passava: desde a invasão, os trabalhadores estão em casa, com medo de perder o emprego. "Está todo mundo na expectativa do que vai acontecer." O pior, segundo ele, é que chegou a época da colheita e as frutas estão amadurecendo nos pés e caindo. Se depender do MST, a Cutrale não volta a colher laranjas na fazenda. De acordo com a líder Claudete Pereira de Souza, da direção estadual do movimento, os sem-terra pretendem lutar "até o fim" pela posse da área. "As terras aqui pertencem à União e a empresa usa indevidamente", disse. Ela contou que cerca de 300 militantes permanecem no local e estão usando a estrutura da fazenda para acomodar principalmente mulheres e crianças. "Montaram uma bela estrutura em terras públicas." Claudete disse que a saída dos funcionários foi decidida pelo grupo.

"Não tem sentido eles ficarem aqui." De acordo com a líder, os acampados pretendem usar os tratores para arar a terra e plantar alimentos. "Não vamos cortar nenhum pé de laranja, pois o plantio será feito entre as linhas do pomar." A reintegração de posse da área já foi dada em favor da Cutrale no dia seguinte ao da invasão pela juíza Luciane Cristina Rodrigues Pereira, da comarca de Cerqueira César, mas o mandado ainda não foi cumprido. Os oficiais de justiça não conseguiram intimar pessoalmente os líderes do movimento e reportaram a situação à juíza, que reiterou a ordem de despejo. A ação operação para a retirada dos invasores está sendo preparada pela Polícia Militar de Bauru. A líder disse que os sem-terra não querem o confronto. "Estamos tentando reverter a liminar na instância superior."


http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac164910,0.htm

DÁ-LHE, ALEXANDRE!


Transparência nos gastos

Não é só uma questão de transparência nos gastos públicos, e sim uma questão de princípio, da natureza da função pública. O pior é que casos assim são cada vez mais freqüentes e desgastam cada vez mais a função pública.

O governador do Ceará, Cid Gomes, diz que não provocou despesa extra ao estado, porque o vôo é cobrado por quilômetro, e não por poltrona. Em um estado em que metade das famílias tem renda per capita de meio salário-mínimo, o que se esperava de uma viagem ao exterior é que, primeiro, fosse essencial. Segundo, que gerasse o menor gasto possível.

Se viajassem o governador, o assessor e o secretário em vôo regular, como há de Fortaleza para Lisboa, e de lá fossem aos cinco países visitados, as passagens custariam R$ 20 mil. Mais as três diárias, pouco mais de R$ 18 mil. Total: exatos 10% do que custou apenas o aluguel do jatinho, necessário para poder levar todo mundo.

O governador também alegou que, pelo menos, dez empresas do Ceará usam jatos para seus executivos. Mas o dinheiro é delas, governador, não é dinheiro do povo. Fica difícil chegar a uma democracia respeitável quando governantes não entendem a diferença entre o público e o privado.

A função pública é uma função de altruísmo. Não é uma função de desfrute, mas de sacrifício. A viagem para fora do país não é a primeira. No ano passado, ele foi a Washigton de jatinho e voltou com parada na Ilha de Saint Martin, no Caribe. E não será a última: a assembléia já lhe deu autorização prévia para viajar o quanto quiser o ano todo.

Dos 46 deputados, 44 apóiam o governador. Quando não há oposição, não há democracia. E prejudica o próprio governante, porque a crítica ajuda a evitar o erro.

CADEIA


Uzbequistão: Pastor batista é solto da prisão

22 de abril de 2008

O pastor Bobur Aslamov, líder de uma comunidade batista na cidade de Samarkand, foi solto pelas autoridades do Uzbequistão após cerca de 15 dias desaparecido. De acordo com informações de agências cristãs de notícias, acredita-se que o pastor uzbeque teria sido preso, agredido e enclausurado durante esse período a fim de intimidá-lo a não prosseguir com as reuniões domésticas.

De acordo com informações da Aliança Batista Mundial, Bobur Aslamov e alguns membros da congregação foram presos enquanto participavam de um culto doméstico. Todos os membros foram liberados em seguida, mas o pastor foi detido sob a acusação de violação às leis do país, onde praticar o cristianismo é proibido. Livros, bíblias, computadores e documentos foram apreendidos. Não há informações da devolução dos materiais confiscados à igreja.

Leis restritas
O Uzbequistão, um país majoritariamente muçulmano, fica no oeste da Ásia, bem próximo a Rússia, e possui um recente histórico de perseguição aos cristãos, especialmente após sua independência da extinta União Soviética, em 1991. Segundo informações de agências cristãs internacionais, autoridades locais vêm sistematicamente perseguindo, fechando igrejas e promovendo entre a população a intolerância aos cristãos. Várias organizações internacionais de direitos humanos e de proteção aos cristãos têm, reiteradamente, realizado protestos e enviado manifestos aos governantes uzbeques notificando-os das violações à liberdade religiosa que praticam. Em alguns casos, os manifestos são enviados à União Européia e para a ONU (Organização das Nações Unidas), a fim de pressionar o Uzbequistão para que cessem as perseguições religiosas aos cristãos e outros grupos minoritários.

As leis no Uzbequistão impedem qualquer atividade religiosa que não esteja devidamente registrada. Muitos evangélicos, em especial os batistas, têm sido perseguidos pela polícia e por agentes da ex-república soviética.

Como há poucas igrejas registradas, muitos cristãos têm de se reunir em casa e em segredo, sob a constante ameaça de prisão por atividade religiosa ilegal. As batidas policiais são comuns e, com freqüência, levam à prisão, ao espancamento e até mesmo à tortura de cristãos, bem como à destruição da literatura cristã e de outros materiais cristãos que possuam.

Ore pelos cristãos uzbeques. Peça por fortalecimento em meio a tanta perseguição. Que suas vidas reflitam o amor de Deus e sirvam como testemunho de fé para a salvação de muitos naquele país asiático.

terça-feira, 29 de abril de 2008

"ANDORINHAS PROGREÇISTAS"


Movimentos inflam números de acampados com "sem-terra de fim de semana"

CRISTIANO MACHADO
da Agência Folha, em Presidente Epitácio e Regente Feijó


Na região de maior conflito agrário de São Paulo, o Pontal do Paranapanema (oeste do Estado), movimentos usam "sem-terra de fim de semana" para engrossar suas fileiras nas invasões de fazendas e protestos pela reforma agrária.

Muitos dos "acampados" vivem em casas (de aluguel ou até mesmo próprias) na zona urbana das cidades e visitam os barracos apenas nos finais de semana para participar de assembléias --nas quais a presença é obrigatória-- ou na data da distribuição de cestas básicas cedidas pelo governo federal.

Nos acampamentos, essas pessoas são chamadas de "andorinhas", porque, segundo alguns sem-terra ouvidos pela reportagem, surgem "como numa revoada" e pouco tempo depois deixam o local.

Apesar de não existirem dados sobre a quantidade desse tipo de sem-terra, os próprios grupos admitem o fato e afirmam tolerar a prática.

No último dia 2 de abril a Folha visitou três acampamentos em dois municípios do Pontal. São inúmeros os relatos sobre a atuação dos "andorinhas".

Nessas cidades, a reportagem encontrou quatro pessoas que admitiram ser sem-terra por alguns dias --uma delas é coordenadora do MLST (Movimento pela Libertação dos Sem Terra) no Pontal.

A Folha apurou que o sem-terra esporádico é aceito pelos movimentos para não evidenciar o esvaziamento dos grupos, afetados por dois motivos: adesão aos programas assistenciais do governo federal, como o Bolsa Família, e oferta de trabalho nos canaviais.

Em novembro, a Folha publicou levantamento baseado em dados do Ministério do Desenvolvimento Social e da CPT (Comissão Pastoral da Terra) que apontou o Bolsa Família como determinante para o esvaziamento dos movimentos sem-terra durante o primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Nesse período, o número de famílias acampadas sofreu redução de 82,6% _em 2003 eram 59.082; em 2006, 10.259.

Já o corte da cana empregou só no ano passado, no Pontal, 3.000 trabalhadores, segundo o sindicato da categoria.

Com mais gente recrutada, os grupos podem intensificar os protestos e a reivindicação de benefícios do governo, como cestas de alimentos.

Da casa para o barraco

Sob a condição de não ser identificado, um homem de 45 anos, morador na periferia de Presidente Epitácio (655 km de SP), disse possuir, há quatro anos, um barraco no acampamento Jahir Ribeiro, que foi criado em 2003 às margens de uma rodovia vicinal do município e que chegou a reunir até 4.000 famílias acampadas.

Hoje o acampamento, propagado pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) como o maior do país e um dos maiores do mundo, é o retrato do abandono _apenas 22 famílias do MST e MLST vivem, de fato, na área.

Nos finais de semana, a presença nas assembléias eleva o número de "moradores" para 70, dizem os próprios acampados. O "andorinha" ouvido pela reportagem afirma que viveu em barraco um ano e meio, até se mudar para uma "casinha de aluguel" de R$ 180 mensais.

Ele disse que trabalha de "servente de pedreiro a piloteiro de barco", uma espécie de guia de pesca.

Ainda em Presidente Epitácio, outro "andorinha" de 39 anos disse que trabalha num frigorífico, mora com a mãe e dois irmãos numa casa na zona urbana, mas também possui um barraco no Jahir Ribeiro.

Ele afirmou que "marca presença" no acampamento quando não está trabalhando.

Outro "andorinha" foi localizado num acampamento do Mast (Movimento dos Agricultores Sem Terra) em Regente Feijó (556 km a oeste de SP).

Aos 50 anos, o homem se identificou apenas como Airton e disse ser agricultor, estar cadastrado no movimento e possuir seu barraco, mas mora com a mulher e dois filhos na área urbana do município.

"Saio cedo de casa para trabalhar e volto à noite, mas estou junto com o movimento na luta pela terra", disse ele.

Como a organização dos acampamentos depende exclusivamente dos movimentos agrários, a questão dos "sem-terra de fim de semana" não é contemplada nas normas de seleção para assentamento dos governos federal e estadual.

PALAVRA DE DEUS


Bíblia é livro pouco conhecido, apesar de ser o mais traduzido

Da Ansa

CIDADE DO VATICANO, 28 ABR (ANSA) - A Bíblia, apesar de ser o livro mais difundido e traduzido no mundo, com versões em 2.454 idiomas, continua sendo quase desconhecida em muitos países que se dizem católicos, segundo pesquisa encomendada pela Federação Bíblica Católica apresentada hoje no Vaticano.

Participaram da pesquisa 13 mil pessoas de nove países: Estados Unidos, Grã-Bretanha, Holanda, França, Alemanha, Itália, Espanha, Polônia e Rússia. Somente 14% dos italianos entrevistados deram respostas corretas a perguntas básicas de conhecimento sobre a Bíblia, como "Os evangelhos são parte da Bíblia?", "Jesus escreveu livros da Bíblia?" e "Quem, entre Moisés e Paulo, era um personagem do Antigo Testamento?".

Os resultados não foram muito melhores nos outros países: somente 17% souberam as respostas nos Estados Unidos e na Inglaterra, 15% na Alemanha, 11% na França e 8% na Espanha. Os mais bem classificados foram os poloneses, com 20% de respostas corretas, e os piores foram os russos, com 7% de acertos.

Apesar disso, 75% dos norte-americanos afirmaram ter lido passagens da Bíblia nos últimos 12 meses, sendo que somente 27% dos italianos disseram o mesmo. França e Espanha tiveram respectivamente 21% e 20% de leitores da Bíblia.

Quanto a freqüentar a igreja, 32% dos italianos disseram fazê-lo, contra 55% dos poloneses e 45% dos norte-americanos. Entre os católicos ortodoxos russos, somente 6% vai a missa a cada domingo.

A maioria dos entrevistados afirmou ter a sensação de contar com a proteção de Deus: 86% de norte-americanos, 79% de poloneses e italianos, 78% de russos e 65% de espanhóis, sendo que a França registrou o menor número com somente 47%.

Para 34% dos poloneses, 27% dos norte-americanos, 23% dos italianos e 21% dos russos, os textos bíblicos devem ser considerados a "palavra de Deus" e, portanto, ser interpretados ao pé da letra e não de maneira crítica.

A Bíblia tem versões traduzidas para 2.454 idiomas, mas a tradução completa (incluindo o Antigo e o Novo Testamento) está disponível apenas em 438 idiomas. O Novo Testamento foi traduzido para 1.168 línguas e 848 outros idiomas têm pelo menos um livro bíblico.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

CARUNCHOS DO MESMO FEIJÃO


PT vai se coligar com PSDB em 200 cidades

SIMONE IGLESIAS
RANIER BRAGON
da Folha de S.Paulo, em Brasília

Inimigos no plano nacional, PT e PSDB vão tentar se coligar em cerca de 200 cidades do país nas eleições de outubro, apesar do veto dado na quinta-feira pela Executiva Nacional petista à aliança em Belo Horizonte, sexta maior cidade do país.

Impulsionados por particularidades locais, tucanos e petistas tendem a ampliar a parceria em relação a 2004, quando patrocinaram dobradinhas em 121 municípios --pequenos, em sua maioria--, tendo vencido em 44% deles.

"Cada caso é um caso e vamos estudá-los à luz das conjunturas locais, estaduais e nacional. A decisão sobre Belo Horizonte não cria jurisprudência para nada, mas é claro que alguém pode apelar para isso", disse o presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini.

Na linha do "cada caso é um caso", os dirigentes petistas não querem se comprometer com o veto da Executiva Nacional em cidades sem a dimensão nacional de Belo Horizonte.

Em 2004, o maior município que assistiu à união entre o PT e o PSDB foi Anápolis (GO), o 70º maior do país. No segundo turno, a chapa petista-tucana foi derrotada pelo PSB.

Agora, há conversas em estágios variados em cidades como Aracaju (35ª maior do país), a mineira Juiz de Fora (36ª) e a gaúcha Pelotas (65ª).

"Nas cidades menores, o que prevalece é a questão paroquial. Como os pedidos de aliança em grandes e médias cidades são quase inexistentes, não existe constrangimento", diz o deputado federal Rodrigo de Castro (MG), coordenador nacional no PSDB das eleições.

Campeão

Devido à tentativa do governador Aécio Neves (PSDB) e do prefeito Fernando Pimentel (PT) de patrocinar candidatura conjunta em Belo Horizonte, Minas deve ser o Estado campeão de solicitações de aliança entre PT e PSDB, segundo estimativa do secretário nacional de Assuntos Institucionais do PT, Romênio Pereira.

Segundo ele, são aproximadamente 60. Na cidade histórica de Ouro Preto, por exemplo, o PSDB pode encabeçar a chapa que teria o PT como vice. Em Congonhas (78 km de Belo Horizonte) e Guapé (281 km de Belo Horizonte), os dois partidos também buscam uma dobradinha, nesse caso com o PT concorrendo a prefeito.

Em Juiz de Fora (272 km de BH), petistas e tucanos aguardam os desdobramentos em Belo Horizonte. "A candidatura própria do PT aqui tem uma convergência muito grande, mas o nosso direcionamento não é o de fechar a porteira. Mas estamos aguardando os desdobramentos de Belo Horizonte", diz o presidente do PT local, Rogério de Freitas.

Em Aracaju, o PT e o PSDB buscam aliança para apoiar a reeleição do prefeito Edvaldo Nogueira (PC do B). "O PT aqui ainda não discutiu isso, foi o prefeito que fez um gesto em direção ao PSDB. Agora, a decisão de Belo Horizonte é específica. Para os demais casos, vale a decisão anterior de avaliar caso a caso", diz o presidente do PT de Sergipe, Marcio Macedo.

Na Paraíba, o PSDB e o DEM, os dois maiores adversários do governo Lula, apoiarão a candidata petista Polianna Feitosa (PT) à Prefeitura de Pombal (371 km de João Pessoa) e, em Maturéia (312 km de João Pessoa), o PT será vice dos tucanos.

Complexo

Em Pelotas, quarta maior cidade do Rio Grande do Sul, o candidato do PT, Fernando Marroni, poderá ter o apoio do PSDB, partido da governadora do Estado, Yeda Crusius. "A situação de Pelotas é complexa porque o Rio Grande do Sul é um Estado importante no qual o PT faz oposição ao governo do PSDB", disse Romênio Pereira.

A direção petista determinou por meio de resolução que analisará, prioritariamente, os pedidos de aliança com o PSDB nas cidades com mais de 200 mil eleitores. Como são poucos, se dedicará a todas às solicitações feitas, mesmo que pelos menores municípios do país.

Pereira disse que não há critérios objetivos para o veto ou a aprovação, mas afirmou que é bem mais fácil para o partido liberar alianças em cidades de pouco peso nacional.

No PSDB, a Executiva Nacional analisará as alianças em municípios com mais de 50 mil habitantes. "Em Belo Horizonte, ficou claro que a rejeição do PT foi ao nome do governador Aécio Neves, não ao PSDB", disse Rodrigo de Castro.

POR QUE SERÁ QUE OS "PROGREÇISTAS" QUEREM A VALE REESTATIZADA?


Vale chama atenção por 'crescimento tórrido', diz 'Wall Street Journal'

Empresa é hoje a maior produtora de minério de ferro do mundo.

A companhia mineradora Vale S.A. está chamando a atenção do mundo pelo seu "ritmo de crescimento tórrido", segundo extensa reportagem publicada nesta segunda-feira pelo jornal americano Wall Street Journal.

"Enquanto a gigante da mineração baseada no Rio abre seu caminho para a dianteira do palco de negócios globais, mais e mais pessoas fora do Brasil estão descobrindo", afirma a reportagem, que "a Vale é hoje a maior produtora mundial de minério de ferro, matéria-prima chave do aço."

Segundo a reportagem, "companhias de mercados emergentes como a Vale vêm escalando a lista das maiores e mais bem sucedidas empresas do mundo nos últimos anos".

"A Vale está crescendo em um ritmo tórrido. No ano passado, ela contratou 9.281 novos funcionários no Brasil, elevando seu número total de funcionários em todo o mundo para 124.013. Ela extraiu minério de ferro suficiente para encher 50 mil piscinas olímpicas e gerou receitas de US$ 39,7 bilhões - quase 10 vezes mais do que em 2001."

O jornal atribui o sucesso, entre outras coisas, à demanda da China por matérias primas e outras commodities - que teria provocado aumento no preço do minério de ferro - e a estratégia da Vale de ter comprado outras mineradoras pequenas no Brasil quando o preço ainda era baixo, colocando-a numa boa posição para aproveitar este aumento.

"Os preços do minério de ferro da Vale subiram em percentuais de dois dígitos em quatro dos últimos cinco anos, e o aumento de preço deste ano de 65% deve acrescentar até US$ 12 bilhões às receitas anuais."

O Wall Street Journal explica o histórico da Vale - de empresa estatal à gigante bem sucedida - citando a administração de Roger Agnelli, iniciada em 2000, que determinou uma visão clara para os planos futuros da empresa.

O jornal afirma que Agnelli é famoso por seus "abraços de urso e olhar penetrante", mas cita relatos de funcionários e ex-funcionários que o descrevem como "durão".

A reportagem ainda fala do trabalho de Agnelli junto às agências de classificação de risco, que obteve grau de investimento para a Vale em 2005 e 2006, fazendo com que a empresa conseguisse arrecadar fundos junto a investidores estrangeiros e pudesse competir em pé de igualdade no mercado internacional.

MAIS UM "PROGREÇISTA" NA MIRA


PF cita Paulinho da Força em desvios no BNDES

Relatório reservado da polícia sustenta que deputado 'possivelmente' recebeu dinheiro ilícito da quadrilha

Fausto Macedo e Rodrigo Pereira, de O Estado de S. Paulo

SÃO PAULO - Santa Tereza, missão da Polícia Federal que investiga suposto esquema de desvio de verbas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), sugere envolvimento do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força. O nome do parlamentar é citado freqüentemente em relatório secreto da PF, peça de 38 páginas que embasou decreto judicial de prisão de 11 suspeitos, entre eles João Pedro de Moura, que os federais classificam de "um dos principais assessores da Força Sindical, responsável pela ligação da organização criminosa com o banco".

Paulinho foi monitorado pela Santa Tereza nos corredores da Câmara. Como na manhã de 13 de fevereiro, uma quarta-feira, quando federais disfarçados o filmaram acompanhado de Moura, amigo e ex-assessor do deputado na Força. Os agentes espreitaram por quase 3 horas o conjunto 217 do Anexo IV da Câmara, onde fica o gabinete de Paulinho, mas não chegaram a entrar.

Trecho de documento confidencial da PF informa: "Na data de 15 de fevereiro de 2008, às 17h52, Mantovani (Marcos Vieira Mantovani, empresário) confirma com João Pedro o recebimento da sua parcela do desvio do empréstimo do BNDES à Praia Grande. Ele diz que já retirou o envelope e já separou a parte do RT e do PA."

A PF suspeita que RT são as iniciais de Ricardo Tosto, advogado de Paulinho e sucessor de Moura no Conselho de Administração do BNDES, que estava preso e foi solto no último sábado. A polícia assinala oficialmente que PA "possivelmente" é Paulinho.

No capítulo dedicado à suposta participação de Ricardo Tosto, a PF faz menção a um repasse de R$ 126 milhões do BNDES ao município de Praia Grande e acentua no primeiro parágrafo: "Tosto participa da divisão do dinheiro desviado da Prefeitura da Praia Grande. A conversa entre Manuel e Boris (integrantes do grupo), do dia 23 de janeiro de 2008, às 14h46, esclarece quem seriam os beneficiados, e as respectivas porcentagens. Relembrando, Mantovani ficaria com R$ 1,3 milhão e seria o responsável pelo pagamento de Paulinho, Tosto e José Gaspar."

Foro privilegiado

Os policiais, porém, não avançaram na direção de Paulinho por uma questão legal - como deputado, ele desfruta de prerrogativa de foro perante o Supremo Tribunal Federal (STF). Se incluísse formalmente o pedetista na investigação, a polícia tornaria nulo tudo o que Santa Tereza apurou, inclusive as provas colhidas sobre empréstimos irregulares concedidos pelo BNDES.

Foi no cumprimento à ordem de missão 71/08 que a PF chegou muito perto de Paulinho e dele até gravou imagens. Dois agentes federais seguiram até Brasília, "com o objetivo de registrar e identificar os encontros do alvo João Pedro". O monitoramento é ilustrado com 17 fotos - extraídas de vídeo -, também do deputado, que os federais destacaram com um círculo.

O braço direito de Paulinho embarcou no vôo 1598, da Gol. Ele chegou às 22h10 de 12 de fevereiro no Aeroporto Juscelino Kubitschek. Os federais o espionavam permanentemente."Durante todo o transcorrer do dia posterior à sua chegada em Brasília, o alvo participou de diversas reuniões e encontros na cidade", descreve o relatório. "Sempre está participando de reuniões com diversos políticos, prefeitos, vereadores, assessores. Estas reuniões têm como escopo a liberação de verbas federais."

Às 9h06 do dia 13, uma quarta-feira, Moura chegou à Câmara de táxi e seguiu para o gabinete 217, de Paulinho. Quando entrou no prédio, mostra a primeira foto do álbum, ele tinha nas mãos uma mochila. "É mister perceber, na foto abaixo, que João Pedro de Moura desembarca pela manhã levando consigo uma mochila, a qual não é mais vista com ele durante o decorrer do dia", diz o relatório.

"João Pedro reúne-se com diversas pessoas no interior do gabinete 217, saindo de lá às 9h26, acompanhado", anotou a PF.

Por quase cinco meses a PF grampeou os telefones dos investigados, com autorização do juiz Marcio Ferro Catapani, da 2ª Vara Federal de São Paulo. Manuel Fernandes de Bastos Filho, o Maneco, único foragido da Santa Tereza, e o coronel da reserva da Polícia Militar Wilson Consani Júnior foram interceptados. O primeiro é sócio da casa de prostituição W.E., na Bela Cintra. O coronel cuida do sistema de segurança.

Eles conversam rotineiramente com Moura, como no dia 28 de janeiro, às 16h41. O tema central: Tosto e Paulinho. O relatório da PF: "Conforme Manuel, Tosto ‘está podendo muito’. Consani concorda, dizendo que ‘dentro do PDT e com Paulinho pode muito’. Diz que ‘está no conselho do BNDES e ele é forte lá’."

http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac163623,0.htm

sexta-feira, 25 de abril de 2008

MEGALULOMANIA REVOLU$$IONÁRIA PROGREÇISTA


AH, SE NÃO FOSSEM OS HUMILDES REVOLUCIONÁRIOS MARXISTAS PROGREÇISTAS!!!



Lula diz que PAC repara erros de 40 anos e chama programa de revolucionário

WANDERLEY PREITE SOBRINHO
colaboração para a Folha Online, em Campinas (SP)


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva saiu hoje em defesa do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Na assinatura do início das obras do PAC, Lula afirmou que o programa repara erros de 40 anos no país.

Lula afirmou que o PAC mudou a forma dos políticos encarem projetos de infra-estrutura, pois a categoria prefere inaugurações a propostas.

"No começo tinha muita gente descrente. Mas este ato o PAC está acontecendo em mais de 5.000 municípios. Todos os municípios do Brasil possuem obras do PAC. Muitas vezes as obras estão atrasadas porque prefeito não tinha o hábito de prefeito fazer projeto. E político não queria trabalhar com obra enterrada debaixo da terra. O que estamos fazendo é reparando um erro acumulado há 40 anos nesse país", disse Lula em Campinas.

O presidente chamou o programa de revolucionário. "O PAC veio para revolucionar a forma de administrar esse país."

Para ilustrar o que chama de revolução, Lula disse que o programa direciona recursos para partidos aliados do governo e de oposição. "Um exemplo é o Estado de São Paulo, do governador José Serra, que recebeu R$ 8 bilhões do PAC."

O presidente afirmou que "não interessa a legenda" na hora de alocar recursos do PAC. "Meu acordo é com povo de Brasil e de São Paulo."

Sobre o fato de ir a Campinas mais de uma vez participar de uma cerimônia do PAC --primeiro sobre o anúncio e depois sobre o início das obras--, Lula comparou o programa com um casamento. "Hoje vocês poderiam perguntar por que estamos aqui falando sobre o PAC. É como o casamento: namora e depois casa. Hoje é o casamento. A partir de segunda, vocês têm de ver a máquina trabalhar."

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u395664.shtml

ARRECADAÇÃO RECORDE. MAS O RETORNO...


Arrecadação federal sobe 13%, para R$ 162,5 bi no trimestre, e bate recorde

BRASÍLIA - A arrecadação total de impostos e contribuições federais e de contribuições previdenciárias alcançou R$ 161,741 bilhões no primeiro trimestre, em termos nominais. Com a correção pelo IPCA, o montante aumenta para R$ 162,581 bilhões, volume recorde para o período de acordo com os dados divulgados pela Super Receita.

O recolhimento total subiu 12,97% em termos reais, ou seja, também com correção pelo IPCA, frente ao mesmo período de 2007 (R$ 143,912 bilhões).

Apenas os recolhimentos apurados habitualmente pela antiga Receita Federal com impostos e contribuições somaram R$ 116,231 bilhões no intervalo de janeiro a março (R$ 116,838 bilhões, com correção pelo IPCA), com crescimento real de 12,84% em relação aos três primeiros meses de 2007 (R$ 103,541 bilhões).

As receitas previdenciárias, por sua vez, somaram R$ 40,307 bilhões (R$ 40,504 bilhões atualizados pelo IPCA), com aumento real de 12,99% sobre o mesmo intervalo do ano passado.

As demais receitas (principalmente royalties da extração de petróleo) ficaram em R$ 5,239 bilhões a preços corrigidos, com variação de 15,81% sobre o primeiro trimestre de 2007 (R$ 4,524 bilhões).

(Azelma Rodrigues Valor Online)

COUNT ON ME SINGAPORE!


Estive em Cingapura há alguns anos. A ilha é moderna, culturalmente rica e lindíssima. É também um grande exemplo de sereidade política.

Penso que o "sistema tradicional de uma família" ainda é aquele estipulado por Deus. o Criador, na Bíblia, condena o homossexualismo. Mas ama o pecador e deseja intensamente que ele se "converta" e "viva".

Tire suas próprias conclusões...



Cingapura volta a multar TV por "promover estilo de vida gay"

da Efe, em Kuala Lumpur (Malásia)

O governo de Cingapura impôs uma multa de aproximadamente US$ 11.000 a uma rede de TV que mostrou um casal de homossexuais com um bebê, duas semanas após sancionar outra emissora por um anúncio em que duas mulheres se beijavam.

Um comunicado publicado no site da Autoridade para o Desenvolvimento dos Meios de Comunicação diz que o conteúdo de um episódio da série "Find and Design", exibida pela MediaCorp TV Channel 5, violou a norma que proíbe redes de TV de promover ou justificar o estilo de vida dos homossexuais.
No episódio em questão, um casal de gays planeja mudar sua sala para transformá-la em um quarto para um filho que adotaram.

Para a censura de Cingapura, a seqüência "considera normal" o "estilo de vida homossexual" e o distanciamento deste "do esquema tradicional de uma família".

Em 9 de abril, os censores da conservadora Cingapura, onde a homossexualismo ainda é um tema tabu, multaram a Starhub, uma das maiores operadoras de TV a cabo da Ásia, em US$ 7.200, por terem exibido um filme comercial em que duas mulheres se beijavam.

MATILDE: CAMPEÃ EM GASTAR SEU SUADO DINHEIRINHO NOS FINS DE SEMANA

Deputado diz que governo gastou R$ 5 mi com cartões aos fins de semana

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O governo federal gastou mais de R$ 5 milhões com cartões corporativos, nos finais de semana, entre os anos de 2002 e 2008. A ex-ministra Matilde Ribeiro (Igualdade Racial) foi a campeã no uso dos cartões aos sábados e domingos, seguida pelo reitor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), Ulysses Fagundes Neto. Levantamento realizado pelo deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), sub-relator de sistematização da CPI dos Cartões Corporativos, mostra que a ex-ministra gastou R$ 51,2 mil com os cartões nos finais de semana ao longo de quase seis anos em que ficou no governo.

Os gastos não podem ser apontados como irregulares, mas Sampaio considerou "estranho" que tamanho montante tenha sido usado aos finais de semana --quando teoricamente as autoridades e funcionários públicos não executam funções de trabalho.

"Não significa que sejam gastos irregulares, mas não são gastos normais. A utilização normal dos cartões é de segunda a sexta-feira, são bens e serviços adquiridos dentro de períodos de trabalho", disse o deputado.

O levantamento mostra que Matilde usou o cartão nos sábados e domingos para gastos em restaurantes, hotéis e aluguéis de carros. Já o reitor da Unifesp também executou despesas com restaurantes, free shop, farmácia e hotéis aos sábados e domingos. O terceiro no ranking de gastos com cartões aos finais de semana é Afonso Ribeiro, servidor do Instituto Nacional de Metrologia, com o total de R$ 21,2 mil.

Os três realizaram pagamentos com os cartões, mas não aparecem no ranking dos campeões de saques com cartões corporativos no final de semana. O servidor da Agência de Telecomunicações do Amazonas, João Belmiro Serra, sacou o total de R$ 21,1 mil ao longo de sete anos, seguido por Carlos Moreira, do Distrito de Meteorologia de Belém (PA) --que contabilizou saques de R$ 12,8 mil sempre aos sábado e domingos. O terceiro servidor que mais executou saques nos finais de semana foi Raimundo Silva, da Superintendência do Trabalho do Pará, que sacou R$ 11,8 mil.

Sampaio decidiu dar início à organização dos dados da CPI pelos finais de semana porque considera que os gastos nesse período são "atípicos". O deputado vai encaminhar os dados ao deputado Índio da Costa (DEM-PA), sub-relator de fiscalização de gastos, para investigar se houve irregularidades nas despesas efetuadas nos finais de semana.

"Eu apresento e organizo os dados, mas quem vai investigá-los é o deputado Índio", afirmou Sampaio. O deputado disse que, agora, vai selecionar outros gastos do governo baseado em critérios que facilitem a análise da CPI --como os saques realizados pela Presidência da República.

"Vamos pegar outros critérios que sejam factíveis para o relator fazer o seu estudo. Levantamos os gastos para que o relator e os sub-relatores tenham elementos para investigá-los", afirmou.

Sigilosos
O deputado disse que já encontrou irregularidades nos gastos sigilosos do governo federal com os cartões, que estão sob análise de um grupo de parlamentares da CPI no TCU (Tribunal de Contas da União). Como os dados são mantidos sob sigilo, Sampaio não revelou as irregularidades já descobertas pela comissão.

O deputado disse, apenas, que surgiram gastos "exóticos" que normalmente não seriam executados com cartões corporativos. "Há gastos irregulares, graves, e em alguns casos a Presidência da República não adotou providências no TCU e reincidiu no seu erro", afirmou.

UMA VOZ DE ESPERANÇA EM MEIO AO DISCURSO "PROGREÇISTA"


Presidente do STF condena movimentos sociais por invasão e destruição de propriedades

EDUARDO CUCOLO
da Folha Online, em Brasília

O novo presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, que tomou posse ontem, criticou hoje a invasão de prédios públicos e a ação de alguns movimentos grevistas.

Mendes, que também é professor da UnB (Universidade de Brasília), citou a invasão da universidade como um exemplo de ação que contraria, segundo ele, o Estado de Direito.

"Impedir o funcionamento da reitoria, eu já disse, não me parecia correto. E falo isso com a autoridade de professor da UNB", afirmou.

Ele também movimentos sociais que invadem propriedades privadas --como o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). "Isso vale para qualquer movimento. Se for invasão de propriedade, destruição de bens, impedimento de afazeres de órgão públicos, já ultrapassou os limites que a Constituição estabelece."

Ele afirmou que nem mesmo reivindicações de caráter "divino" podem utilizar desses meios. Para ele, os protestos são legítimos, mas não podem comprometer os serviços públicos.

"Se isso esteve em algum momento num quadro de normalidade, é porque nós incorporamos o patológico à nossa mente", afirmou. "Eu não posso ter uma repartição pública impedida de trabalhar nem por um dia."

quinta-feira, 24 de abril de 2008

"LULOCRACIA"


MPs afetam ''processo democrático livre'', critica novo presidente do STF

Gilmar Mendes avalia como perigosa tentação de outros Poderes a substituir Congresso no ato de legislar

Felipe Recondo e Christiane Samarco

Ladeado pelos chefes do Executivo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e do Legislativo, o senador Garibaldi Alves (PMDB-RN) e o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), o novo presidente do Poder Judiciário, ministro Gilmar Mendes, disse ontem, na solenidade de posse, que a forma como são editadas as medidas provisórias "afeta a construção de um processo democrático livre e dinâmico" no País. Mendes - que considera as MPs necessárias - pede que se encontre "um modelo de aplicação das medidas provisórias", mas avalia como perigosa a tentação de outros Poderes quererem substituir o direito de o Congresso legislar.

Gilmar Mendes chamou de "modelo desgastado" a edição de MPs em profusão. Na opinião dele, "os Poderes da República encontram-se preparados e maduros para o diálogo político inteligente, suprapartidário, no intuito de solucionar um impasse que, paralisando o Congresso, embaraça o processo democrático".

Na posse, que reuniu 3.600 pessoas no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), Mendes fez, em um discurso curto, um apelo ao "equilíbrio constitucional", dizendo que o tribunal "tem a real dimensão de que não lhe cabe substituir-se ao legislador, muito menos restringir o exercício da atividade política, de essencial importância ao Estado constitucional". E acrescentou: "Democracia se faz com política e mediante a atuação de políticos."

O ministro considera positiva "a ampla aceitação da jurisdição como via institucional de resolução de conflitos", mas criticou a via "judicialista, o que faz o Judiciário ser chamado a atuar na solução de questões cotidianas, mais afetas às atribuições de competência de setores administrativos". Como solução, disse estar "na hora de a sociedade civil, as organizações não-governamentais, as entidades representativas de classe e órgãos como a Defensoria Pública, por exemplo, mobilizarem-se para combater esse quase hábito nacional de exigir a intermediação judicial para fazer-se cumprir a lei". Ele avalia que, "por mais eficiente que se torne, o Judiciário não pode tudo".

Em um longo discurso, que durou quase uma hora, o ministro Celso de Mello, que falou em nome dos colegas da corte, tratou quase exclusivamente de um tema: o fato de que nenhum dos Poderes da República pode "submeter a Constituição a seus desígnios e manipulações e razões de conveniência política". Mello pediu "respeito incondicional" à Constituição e defendeu o eventual "ativismo judicial" do STF como um remédio para combater a "omissão do poder público". Sentenciou: "É perigoso achar que uma Constituição existe para ser cumprida pela metade."

Todos os discursos da solenidade de posse - falaram também o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, e o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Cezar Brito - demonstraram preocupação com a "crise de funcionalidade do Judiciário", o que pode, diante dos gargalos, da morosidade e da burocracia, afetar a "credibilidade institucional" do Poder.

Mendes disse que o Judiciário está diante "de uma imensa demanda reprimida", provocada pelos "cidadãos que têm consciência de seus direitos". A receita, afirmou, é abandonar "a obsoleta burocracia judicial, o hermetismo dos ritos processuais e da linguagem jurídica". Mendes defendeu ainda fazer mais com os mesmos recursos e pregou "a busca incessante pela melhoria da gestão, com a diminuição de custos".


OS "PROGREÇISTAS" E A "FORÇA DO POVO" SÃO IMBATÍVEIS!


Berzoini foi a evento do PT com conta paga pelo governo

Ministério do Trabalho pagou R$ 170,90 por pernoite no Braston Hotel, em 2004, em dia que petista participou de conferência do partido em SP

Sônia Filgueiras

Documentos remetidos pelo Ministério do Trabalho à CPI dos Cartões mostram que o ex-ministro da pasta Ricardo Berzoini teve despesas de hospedagem pagas pela União em uma viagem que incluiu um evento político do PT, em São Paulo. De acordo com notas fiscais obtidas pelo Estado, o ministério pagou R$ 170,90 ao Braston Hotel, correspondentes a uma diária pelo pernoite de Berzoini do dia 14 para 15 de maio de 2004. Conforme noticiário da época, no dia 14, Berzoini participou da Conferência Nacional de Estratégia Eleitoral realizada pelo PT no Hotel Transamérica, em São Paulo.

A confusão de agendas foi tanta que o hotel chegou a cometer um equívoco, enviando ao gabinete uma nota fiscal em nome do PT. No campo destinado à identificação do destinatário da nota, os funcionários do hotel escreveram "PT, Partido dos Trabalhadores". Dias depois, o Brascon remeteu ao órgão uma retificação, na qual corrigiu o nome do destinatário da nota fiscal, modificando-o para "Ministério do Trabalho". De acordo com a nota fiscal, Berzoini deu entrada no hotel no dia 14, uma sexta-feira, e deixou-o no dia seguinte às 8h42.

Na nota incluída na prestação de contas, constam o carimbo e a assinatura da funcionária do ministério Maria das Graças de Souza, identificada como "secretária do ministro do Trabalho e Emprego", atestando a execução da despesa.

SUPRIMENTO DE FUNDOS

Ainda de acordo com os documentos contidos no processo de prestação de contas, o gasto foi coberto com recursos da rubrica orçamentária "suprimento de fundos", destinada a cobrir gastos emergenciais e despesas de viagens oficiais de ministros e do presidente da República. O suprimento de fundos também financia os gastos realizados por intermédio dos cartões corporativos.

O evento petista freqüentado por Berzoini contou, ainda, com a participação de vários ministros do governo Lula e reuniu aproximadamente 1,5 mil pré-candidatos do partido às eleições municipais daquele ano, além de militantes e dirigentes do partido.

Segundo declarações do presidente do PT na época, José Genoino, o objetivo do encontro era unificar o discurso do PT. Ministros do partido convidados para o encontro fizeram conferências reservadas, às quais a imprensa não teve acesso. Berzoini deixou o hotel por volta das 13h. Do lado de fora, foi abordado por jornalistas .

A assessoria de imprensa do PT informou que o ex-ministro cumpriu agenda oficial em São Paulo naquele dia: representou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na abertura do 4º Congresso dos Metalúrgicos da CUT de São Paulo.

"Mais cedo, o então ministro aproveitara sua estada em São Paulo para também participar da Conferência Nacional de Estratégia Eleitoral do PT, que acontecia no Hotel Transamérica, zona sul da cidade", informou a assessoria, por escrito.

Ainda de acordo com a assessoria, Berzoini retornou a Brasília no dia 15. Procurada para informar se a conduta do ministro foi irregular, a Controladoria-Geral da União informou que só pode se pronunciar sobre casos concretos.

MATILDE

O escândalo dos cartões derrubou um ministro - Matilde Ribeiro, da Igualdade Racial. Matilde pagou com o cartão R$ 175.428,55 em aluguel de carros, além de tê-lo usado numa compra em free shop. Orlando Silva, do Esporte, e Altemir Gregolin, da Pesca, embora não tenham caído, sofreram desgaste por conta de gastos incompatíveis com a finalidade do cartão corporativo. Silva usou o dinheiro de plástico para, entre outras coisas, pagar uma tapioca em Brasília. No caso de Gregolin, as despesas incluem hotéis, restaurantes e um gasto de R$ 70 em uma choperia.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

"PROGREÇISTAS"-LÁ


PF indicia deputado do PT em Alagoas

SÍLVIA FREIRE
da Agência Folha


O deputado estadual Paulo Fernando dos Santos (PT-AL) foi indiciado ontem pela Polícia Federal em Alagoas por suspeita de ter um empréstimo bancário de R$ 30 mil pago pela Assembléia Legislativa.

Ele é o 13º deputado alagoano indiciado por suposto envolvimento em um esquema criminoso que, segundo a Polícia Federal, desviou R$ 280 milhões nos últimos sete anos. A investigação da PF identificou empréstimos bancários de até R$ 150 mil feitos por deputados e pagos com cheques da Assembléia Legislativa.

O deputado Paulão, como é conhecido, foi ouvido ontem na sede da superintendência da PF em Maceió. Ele negou ter se beneficiado do esquema.

À Folha, na semana passada, o deputado disse ter feito um empréstimo de R$ 36 mil, em 2004, para rolar uma dívida do cheque especial -- e que o pagou com recursos próprios.

Para o deputado, o envolvimento de seu nome com os empréstimos fraudulentos é uma tentativa -- feita por parlamentares já indiciados -- de "desviar o foco e colocar todos os deputados numa cova rasa".

O prefeito de Maceió, Cícero Almeida (PP), que foi deputado estadual entre 2003 e 2004, deverá ser indiciado nos próximos dias pela PF por suposta participação no mesmo esquema.
A Polícia Federal identificou um empréstimo de R$ 120 mil feito por Almeida no período que era parlamentar pago pela Assembléia Legislativa.

O prefeito, por meio da Secretária da Comunicação da prefeitura, confirmou que o empréstimo, feito em 2003, foi pago pela Mesa Diretora, mas disse que não ficou com o dinheiro.

Segundo Almeida, os R$ 120 mil foram repassados para o então deputado estadual Francisco Tenório (PMN), hoje deputado federal.

ATÉ TU, TONY?!?!?


Tony Blair é surpreendido viajando sem bilhete em trem inglês

AFP
Em Londres (Inglaterra)


O ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair viveu um episódio embaraçoso ao ser surpreendido em um trem sem bilhete e sem dinheiro para pagar a passagem, revela a imprensa inglesa.

Blair, que já faturou US$ 1 milhão dando conferências desde que deixou o poder em junho do ano passado, ficou diante de um funcionário que exigiu sua passagem no trem que o levava ao aeroporto londrino de Heathrow, onde embarcaria em um avião para os Estados Unidos, informa o jornal Daily Mail.

O ex-premier admitiu que não tinha o bilhete e que tampouco estava com as 24,50 libras para pagar pela passagem, porque não encontrava o dinheiro passado por um assistente.

O jornal, citando um porta-voz de Blair, disse que o segurança do ex-premiê se ofereceu para pagar pelo bilhete, mas que o funcionário da empresa ferroviária permitiu a viagem sem a passagem.

Blair, 54 anos, é o enviado para o Oriente Médio do quarteto diplomático (União Européia, Rússia, Estados Unidos e ONU).

Também ocupa um posto de conselheiro bem remunerado no banco americano JP Morgan e assessora a empresa suíça Zurich Financial Services em vários temas, como a mudança climática.
A AFP não conseguiu falar com o porta-voz de Blair para que comentasse o episódio.


http://noticias.uol.com.br/ultnot/afp/2008/04/23/ult34u203770.jhtm

O MOSQUITO AGRADECE


Governo corta R$ 2,5 bilhões do Ministério da Saúde

Em São Paulo

Apesar de ter o maior orçamento da Esplanada dos Ministérios previsto para este ano, a Saúde sofreu um corte de R$ 2,594 bilhões na previsão orçamentária de 2008. O governo federal decidiu reduzir a verba destinada para a pasta de R$ 43,250 bilhões para R$ 40,656 bilhões. O valor havia sido aprovado pelo Congresso Nacional. O decreto com a definição sobre os cortes foi publicado nesta quarta-feira no Diário Oficial da União.

O maior corte aconteceu no Ministério das Cidades, R$ 2,720 bilhões. A verba destinada para a pasta caiu de R$ 5,934 bilhões para R$ 3,213 bilhões. O terceiro maior corte foi no Ministério do Turismo. A pasta de Marta Suplicy (PT) perdeu R$ 2,233 bilhões e tem R$ 395,5 milhões autorizados para despesas.

O contingenciamento total do Poder Executivo foi R$ 19,192 bilhões. Com os cortes feitos nos orçamentos dos poderes Legislativo e no Judiciário, o contingenciamento total chega a R$ 19,4 bilhões.

O corte foi definido após o governo elevar em R$ 16,9 bilhões sua projeção de despesas para o ano, e aumentar a estimativa de receita em R$ 3,3 bilhões em relação à lei aprovada pelo Congresso.

Os ministérios da Defesa e da Educação aparecem em seguida com cortes de, respectivamente, R$ 1,906 bilhão e R$ 1,613 bilhão. A Presidência da República sofreu uma redução de R$ 687,999 milhões. O ministério da Integração Nacional perdeu R$ 1,271 bilhão e o dos Transportes R$ 1,015 bilhão.

http://noticias.uol.com.br/ultnot/2008/04/23/ult23u1990.jhtm

MAIS UMA DOS "PROGREÇISTAS" DO PT


TSE diz que PT comprou vinho e champanhe com recursos do fundo partidário

Colaboração para a Folha Online

As contas da direção nacional do PT referentes ao exercício de 2006 foram reprovadas pela segunda vez pela Coepa (Coordenadoria de Exame das Contas Eleitorais e Partidárias) do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Segundo os técnicos do Tribunal, o partido recebeu recurso de fonte vedada e usou irregularmente dinheiro do fundo partidário.

Segundo a Coepa, parte do dinheiro foi utilizado para comprar vinhos, champanhe e cigarros, pagar juros de empréstimos bancários e quitar juros de contas de concessionárias de serviço telefônico. O partido também teria apresentado documentos "incompletos e insuficientes" sobre a utilização de recursos do fundo partidário.

O total de despesas com recursos do fundo chegam a R$ 19,3 milhões. Desse montante, R$ 7,6 milhões, ou 39%, foram com gastos eleitorais.

Gastos

Dentre as irregularidades, os técnicos apontam o registro de despesas em nome do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva. O produto indicado na nota fiscal não teria sido entregue na sede do comitê do partido. Por esta razão os técnicos acreditam que as despesas beneficiaram outros candidatos.

O órgão também registrou o pagamento de taxas no endereço do Condomínio Residencial Hill House, em São Bernardo do Campo (Grande São Paulo) no valor de R$ 4.500. Os técnicos afirmam que o PT não explicou porque o dinheiro foi gasto em um imóvel em área residencial.

O diretório nacional também não teria esclarecido a finalidade de gastos de R$ 35 mil em 2006 com hospedagem. A Coepa diz que o partido não entregou documentos que comprovem cerca de R$ 571 mil de um total de R$ 813 mil gastos com serviços de terceiros.

A Coepa também aponta aplicação irregular de recursos do fundo partidário em despesas com assistência médica, com um coquetel e com empréstimo consignado.

Dos gastos de R$ 1,2 milhão com propaganda partidária em 2006, a Coepa diz que faltam informações sobre a utilização de R$ 20 mil e pagamentos no valor de R$ 50 mil. Nesses eventos, os técnicos do TSE afirmam que o PT gastou irregularmente R$ 9.200 com vinhos, champanhe e cigarros.

O Coepa também diz que o PT transferiu R$ 7,6 milhões do fundo partidário para outras contas bancárias destinadas a movimentação de recursos próprios. Essa prática "impede a certificação da aplicação desses recursos, conforme estabelece a lei eleitoral", afirma o parecer dos técnicos. "Os recursos financeiros se misturam e não é possível aferir a aplicação desses recursos públicos".

O PT também é acusado de receber dinheiro de empresas concessionárias de serviços públicos, o que é proibido pela Lei dos Partidos Políticos. Na retificação das contas, o PT informa que devolveu, em julho de 2007, R$ 50 mil à um das empresas doadoras .

Mensalão

O PT declarou que tem dívidas de empréstimos e juros com os bancos BMG e Rural e crédito com do empresário Marcos Valério, acusado, em 2005, de ser o operador do mensalão --esquema que financiava parlamentares do PT e da base aliada em troca de apoio político, segundo denúncia da Procuradoria-Geral da República.

Segundo o diretório do PT, o partido deve R$ 351 mil a Marcos Valério. Ao Banco BMG, o empréstimo contraído é de R$ 2,4 milhões e com o Banco Rural é de R$ 5 milhões.

"É fato público e notório, inclusive com denúncia crime da parte do procurador-geral da República, aceita pelo Supremo Tribunal Federal, que diversos membros da direção nacional do PT supostamente se envolveram em um esquema ilícito de captação e distribuição de dinheiro, público e privado, para angariar apoio à atuação política do partido e Poder Executivo no Congresso Nacional", registra a Coepa no parecer técnico.

"Também é de conhecimento público que alguns bancos privados [Banco BMG S/A e Banco Rural S/A] e um empresário do Estado de Minas Gerais [Marcos Valério] doaram e receberam dinheiro do Partido dos Trabalhadores", completa.

A Coordenadoria propôs ao TSE que o partido se manifeste sobre as irregularidades em 72 horas, mas caberá ao relator, ministro Marcelo Ribeiro, definir o prazo.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u394675.shtml

MAIS UM "PROGREÇISTA"...


Vitória de Lugo reforça Lula como referência moderada da América do Sul

Com exceção da Colômbia, a região está nas mãos de reformistas e radicais

Jorge Marirrodriga

Em Assunção

Com a vitória de Fernando Lugo nas eleições presidenciais do Paraguai no último domingo, o mapa político sul-americano ficou, com exceção da Colômbia, nas mãos da esquerda. Mas as profundas diferenças que existem entre os dois modelos -um de tom social-democrata e outro populista-revolucionário- tornam necessário esperar as primeiras medidas que o novo presidente paraguaio adotará a partir de 15 de agosto para determinar em qual dos dois modelos de esquerda ele se enquadra.

Em todo caso, a derrota histórica do Partido Colorado representou o naufrágio de um partido tradicional e sua substituição, com amplo apoio nas urnas, por uma nova força surgida da esquerda, assim como na Venezuela, no Equador ou na Bolívia. O venezuelano Hugo Chávez foi dos primeiros a felicitar Lugo assim que soube dos primeiros resultados, mas o presidente eleito paraguaio toma distância. "Sou uma linha intermediária entre Chávez e Lula", declarou a EL PAÍS na semana passada. E hoje na imprensa brasileira afirma que se sente mais identificado com o uruguaio Tabaré Vázquez.

BASTIDORES DA ELEIÇÃO
FIM DO ISOLAMENTO
EXPANSÃO DA ESQUERDA
ENTREVISTA COM LUGO
MAIS NOTÍCIAS DO PARAGUAI

À espera de ver que rumo adota o novo governo paraguaio, o presidente brasileiro, Lula da Silva, moveu suas peças, dando uma pá de cal e outra de areia. Recebeu Lugo como candidato e foi dos primeiros a felicitá-lo como presidente, mas salientou que o Brasil não vai renegociar o tratado que rege a distribuição da eletricidade gerada pela estratégica represa de Itaipu, na fronteira entre os dois países. No que se refere ao Brasil, a vitória de Lugo tem o efeito de colocar definitivamente Lula como a referência moderada da região. Deve-se lembrar que o ex-sindicalista usou as duas semanas anteriores à sua primeira vitória eleitoral, em 2002, para tranqüilizar empresários e investidores preocupados com a chegada do Partido dos Trabalhadores ao poder.

Também fica como referência moderada da esquerda o Chile da socialista Michelle Bachelet, que governa com a Concertación, onde está presente a democracia-cristã. Nesse sentido, a presença fundamental do Partido Liberal paraguaio na coalizão que Lugo lidera poderá desempenhar um papel semelhante de freio nas políticas de esquerda. De fato, o vice-presidente eleito, Federico Franco, não oculta suas simpatias por José María Aznar.

A estes dois países se unem o Uruguai, com Tabaré Vázquez, e sobretudo o Peru, com o socialista Alan García à frente. Entre os países da esquerda moderada, o Peru é o único cujo governo protagonizou um violento choque dialético com o populismo revolucionário liderado por Chávez. Além dos insultos pessoais trocados pelos dois presidentes, as relações diplomáticas estão rompidas. O Peru é uma das peças chaves do quebra-cabeça político latino-americano, tanto que Washington ratificou rapidamente um Tratado de Livre Comércio com Lima, mesmo antes do que tem com seu teoricamente melhor aliado na região, a Colômbia, ainda pendente de ratificação.

Diante desse modelo situam-se Venezuela, Bolívia e Equador, com um padrão semelhante de chegada ao poder, reorganização da ordem constitucional, controle estatal dos recursos energéticos e uma política internacional que não evita o conflito diplomático. Nesse aspecto, Lugo anunciou que em 2009 modificará a Constituição paraguaia, que haverá desapropriação de terras e será revisto o preço da eletricidade exportada pelo país. Chávez e Evo Morales reivindicam o marxismo e a revolução como forma de governo e de "libertação" da América Latina. Correa é mais moderado nas formas, mas segue um roteiro semelhante.

Com um pé em cada margem da esquerda está a Argentina, onde o partido tradicional hegemônico que é o peronismo se proclama de centro-esquerda e mantém boas relações praticamente com todos os governos da região. No entanto, nota-se uma deriva constante para o populismo e os métodos autoritários. Um fato que se reflete no emprego da violência política oficial contra manifestantes da oposição ou nas ameaças à liberdade de imprensa apoiadas em relatórios acadêmicos. A própria presidente Cristina Kirchner começou a definir seu gabinete como "governo popular".

http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/elpais/2008/04/23/ult581u2552.jhtm

Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves
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sexta-feira, 18 de abril de 2008

DÁ-LHE, JABOR!


País dividido

Arnaldo Jabor mostra que polêmicas como as invasões do MST e sobre a política indigenista do governo dividem o Brasil em várias nações.

O MST cumpriu a ameaça anunciada. Ocupou a ferrovia de Carajás, atacando a Vale, uma das maiores mineradora do mundo e que devia ser o orgulho do governo, que não fez nada.

No mesmo dia Lula estranhou as declarações do general Augusto Heleno, comandante geral da Amazônia, porque ele disse que a política indigenista no país é arcaica e caótica.

O presidente irritado chamou o ministro da Defesa e do Exército para explicações. Mas o general apenas clamou por uma reunião com os órgãos responsáveis pelos índios para reformar uma política que não dá certo.

Hoje, o sociólogo Demétrio Magnoli escreveu um artigo profundo falando desse arcaísmo. Ele pergunta: - "Existem nações indígenas distintas da nação brasileira? Nações não existem como rios e montanhas, mas são inventadas na esfera da política".

Há uma loucura rancorosa no país, dividindo-nos em várias nações, índias, negras, menos a brasileira. E isto favorece ONGs picaretas internacionais e daqui lucram com essa divisão para captar dinheiro e controle.

E quanto ao general Heleno, ele sabe do que fala, pois está na floresta e não na burocracia de Brasília. O que foi? Quebra de hierarquia? Esta quebra se dá quando o MST desafia o governo e a lei e ninguém faz nada, porque Lula precisa agradar aliados populistas e comunas de má fé.

www.globo.com/jornaldaglobo - Ache esta matéria em:http://jg.globo.com/JGlobo/0,19125,VTJ0-2742-20080417-320283,00.html

PARA MARXISTA VER?!?


Cubanos poderão sair da ilha sem autorização, diz jornal

Continuando as mudanças, governo de Raúl Castro pode anunciar em breve a esperada reforma migratória

MADRI - O governo de Raúl Castro dará luz verde em breve para uma esperada reforma migratória que simplificará os trâmites de entrada e saída do país, permitindo que os cubanos viajem para o exterior sem necessidade de obter uma permissão específica das autoridades. A existência da chamada 'tarja branca' ou permissão de saída, cuja tramitação custa cerca de 150 pesos (aproximadamente R$ 266) e pode demorar meses sem a garantia de uma resposta positiva, foi muito criticada pela população em um debate convocado por Raúl Castro no ano passado, segundo o jornal El País.

Veja também:
Cuba nega que 'mudanças' de Raúl sejam concessões

Outro requisito, a carta de convite, que era necessária ser apresentada até agora às autoridades quando se viajava, também pode desaparecer, segundo fontes próximas ao governo. A flexibilização migratória já está decidida, faltam apenas ajustar alguns detalhes para a medida entrar em vigor, informaram ao jornal espanhol fontes oficiais.

O anúncio pode ser feito nos próximos dias ou semanas, e provavelmente será divulgado através da imprensa, como ocorreu na liberação da venda de telefones celulares ao cubanos. Não está claro, porém, se a permissão será anunciada como um conjunto de medidas ou se será introduzida pouco a pouco.

Entre outras mudanças, a liberação seria o fim da famosa tarja branca, com exceções - médicos, por exemplo, e universitários recém formados que não cumpriram o serviço social devem continuar precisando obter a autorização. Militares e membros do Ministério do Interior, com acesso à informação que afete a segurança do Estado, também devem seguir utilizando o ofício para sair do país. Para grande parte dos cidadãos, porém, o trâmite de permissão de saída - que gera milhões de dólares para as autoridades - desapareceria.

Em seu discurso para o Parlamento em 24 de fevereiro, antes de ser nomeado presidente, Raúl anunciou a eliminação imediata de proibições "simples", mas destacou que outras levariam mais tempo por necessitarem "mudanças em determinadas normas jurídicas", além de influir nas "medidas estabelecidas contra Cuba" por sucessivas administrações americanas.

Havana acusa Washington de utilizar a questão imigratória com fins políticos e de propaganda - as últimas grandes crises entre os países tiveram este enfoque.

LULA-LÁ, O TRANSPARENTE


ISSO TUDO DEPOIS DE CERTIFICADO DE QUE O TCU NÃO POSSUI TODAS AS INFORMAÇÕES.

LULA-LÁ, O TRANSPARENTE...



Comissão de 8 deputados terá acesso a dados de Lula no TCU

Acordo permitiu criação de quatro sub-relatorias para investigação na CPI mista dos cartões corporativos

Agência Brasil

BRASÍLIA - Um acordo de procedimento permitiu a criação de uma comissão de oito parlamentares que irá ao Tribunal de Contas da União (TCU) ter acesso aos dados sigilosos das auditorias feitas nas contas da Presidência da República. Os nomes dos oito deputados (quatro da base governista e quatro da oposição)devem ser divulgados nesta quinta-feira, 17. A presidente da CPI mista dos cartões corporativos, senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), aguarda a indicação dos partidos.

Marisa avisou que nas visitas ao TCU será proibido o uso de celulares, cartões de memória, máquinas fotográficas ou qualquer aparelho eletrônico que permita a divulgação das informações.

Na última terça-feira, acordo permitiu a criação das quatro sub-relatorias (de sistematização, de fiscalização de gastos, de controle e fiscalização de auditorias e de aprimoramento legislativo).

"Espero que não (haja vazamento dos dados), tenho feito o possível para que isso não aconteça. Para coibir, pelo menos para a saída de documentos, o vazamento, estamos proibindo a entrada de celular e de qualquer outro equipamento que possa transcrever ou fotografar os documentos", disse.

http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac158637,0.htm