Lula diz que há gambiarras no Palácio do Planalto que podem incendiar o prédio
RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta segunda-feira a reforma no Palácio no Planalto e reagiu às críticas dos que condenam sua decisão de deixar o prédio como nos tempos do ex-presidente Juscelino Kubistchek. Segundo Lula, os tapetes estão sujos e há gambiarras elétricas que podem incendiar a sede do governo federal.
"Foi montando tanta gambiarra que qualquer hora dessa aquilo corre o risco de incendiar e ninguém vai poder reclamar da reforma", afirmou o presidente, durante cerimônia no Palácio do Buriti --sede do governo do Distrito Federal para onde ele e parte de sua equipe vão se transferir por cerca de um a dois anos até a conclusão da reforma no Planalto.
Lula contou que um dia desses, ao ir ao banheiro no segundo andar do Palácio do Planalto, constatou o mau estado dos carpetes do Palácio. "[Parecia que] 80 carretas de petróleo tinham passado por lá", disse o presidente, relatando que o carpete estava sujo, apesar de ser limpo todos os dias.
Para o presidente, o problema no Planalto é que cada ocupante do governo estabeleceu mudanças no prédio, transformando o projeto original do edifício. "Ele foi ocupado de forma desordenada. Foram fazendo repartições e ficou impraticável", afirmou.
Retorno
Lula disse também que espera que a reforma no Palácio do Planalto termine logo, porque ele pretende voltar ao local antes de transmitir o cargo para o seu sucessor. Ele lembrou ainda que quer que o projeto de reforma restabeleça a aparência original do Planalto.
"Eu quero deixar tal e qual no tempo do presidente Juscelino", afirmou. "Eu espero que seja um ano e pouco [o período da reforma] porque eu quero morar lá pelo menos uns dias antes de dar o cargo para outro presidente", disse.
Aos que criticam a reforma, o presidente ressaltou que o Planalto tem quase 50 anos e precisa de restaurações como ocorre nos monumentos no exterior.
"Tem gente que sempre fica arrumando motivo pra fazer crítica. Essas mesmas pessoas que fazem críticas costumam viajar para o exterior, sobretudo para a Europa, e voltam maravilhada com os palácios", afirmou.
Como o Planalto tem quase 50 anos, as obras são amplas e incluem as partes hidráulica, elétrica e revestimentos internos e externos. Só o projeto do arquiteto Oscar Niemeyer custará R$ 1 milhão, sem contar os gastos com a obra em si.
Além do presidente, devem mudar para o Buriti o chamado "núcleo duro" do governo formado pelos ministros Dilma Rousseff (Casa Civil), Luiz Dulci (Secretaria Geral) e Franklin Martins (Comunicação), além dos seguranças.
Já os assessores dos ministros e demais auxiliares do presidente deverão trabalhar, no período das reformas, na sede do CCBB (Centro Cultural do Banco do Brasil) onde o Lula e sua equipe montaram a sede provisória do governo logo após a eleição de 2002.
Visita
Lula, a primeira-dama Marisa Letícia, a ministra Dilma, o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), e a mulher dele, Flávia Peres Arruda, fizeram um passeio hoje pelo Palácio do Buriti para conhecer as futuras instalações do governo federal.
Para receber Lula e parte de sua equipe, o Palácio do Buriti passará por algumas adaptações que devem durar de 30 a 60 dias. A previsão é que Lula se transfira para o Buriti em agosto.
Ainda não está definido com vai arcar com as despesas de modificações no Buriti mas o governo do DF está disposto a pagar, porém não informou o valor.
RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta segunda-feira a reforma no Palácio no Planalto e reagiu às críticas dos que condenam sua decisão de deixar o prédio como nos tempos do ex-presidente Juscelino Kubistchek. Segundo Lula, os tapetes estão sujos e há gambiarras elétricas que podem incendiar a sede do governo federal.
"Foi montando tanta gambiarra que qualquer hora dessa aquilo corre o risco de incendiar e ninguém vai poder reclamar da reforma", afirmou o presidente, durante cerimônia no Palácio do Buriti --sede do governo do Distrito Federal para onde ele e parte de sua equipe vão se transferir por cerca de um a dois anos até a conclusão da reforma no Planalto.
Lula contou que um dia desses, ao ir ao banheiro no segundo andar do Palácio do Planalto, constatou o mau estado dos carpetes do Palácio. "[Parecia que] 80 carretas de petróleo tinham passado por lá", disse o presidente, relatando que o carpete estava sujo, apesar de ser limpo todos os dias.
Para o presidente, o problema no Planalto é que cada ocupante do governo estabeleceu mudanças no prédio, transformando o projeto original do edifício. "Ele foi ocupado de forma desordenada. Foram fazendo repartições e ficou impraticável", afirmou.
Retorno
Lula disse também que espera que a reforma no Palácio do Planalto termine logo, porque ele pretende voltar ao local antes de transmitir o cargo para o seu sucessor. Ele lembrou ainda que quer que o projeto de reforma restabeleça a aparência original do Planalto.
"Eu quero deixar tal e qual no tempo do presidente Juscelino", afirmou. "Eu espero que seja um ano e pouco [o período da reforma] porque eu quero morar lá pelo menos uns dias antes de dar o cargo para outro presidente", disse.
Aos que criticam a reforma, o presidente ressaltou que o Planalto tem quase 50 anos e precisa de restaurações como ocorre nos monumentos no exterior.
"Tem gente que sempre fica arrumando motivo pra fazer crítica. Essas mesmas pessoas que fazem críticas costumam viajar para o exterior, sobretudo para a Europa, e voltam maravilhada com os palácios", afirmou.
Como o Planalto tem quase 50 anos, as obras são amplas e incluem as partes hidráulica, elétrica e revestimentos internos e externos. Só o projeto do arquiteto Oscar Niemeyer custará R$ 1 milhão, sem contar os gastos com a obra em si.
Além do presidente, devem mudar para o Buriti o chamado "núcleo duro" do governo formado pelos ministros Dilma Rousseff (Casa Civil), Luiz Dulci (Secretaria Geral) e Franklin Martins (Comunicação), além dos seguranças.
Já os assessores dos ministros e demais auxiliares do presidente deverão trabalhar, no período das reformas, na sede do CCBB (Centro Cultural do Banco do Brasil) onde o Lula e sua equipe montaram a sede provisória do governo logo após a eleição de 2002.
Visita
Lula, a primeira-dama Marisa Letícia, a ministra Dilma, o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), e a mulher dele, Flávia Peres Arruda, fizeram um passeio hoje pelo Palácio do Buriti para conhecer as futuras instalações do governo federal.
Para receber Lula e parte de sua equipe, o Palácio do Buriti passará por algumas adaptações que devem durar de 30 a 60 dias. A previsão é que Lula se transfira para o Buriti em agosto.
Ainda não está definido com vai arcar com as despesas de modificações no Buriti mas o governo do DF está disposto a pagar, porém não informou o valor.
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