CPI rejeita acesso a informações de gastos de Lula e FHC
Base acusa Marisa Serrano de romper acordo, por onde a CPI teria acesso às auditorias sigilosas feitas pelo TCU
Agência Senado
BRASÍLIA - A CPI mista dos cartões corporativos rejeitou nesta quarta-feira, 16, requerimento que solicitava informações sobre "despesas com contas tipo B, cartões corporativos, sigilosas ou não, do gabinete do presidente da República durante os governos de Fernando Henrique Cardoso e de Luiz Inácio Lula da Silva.O requerimento era da presidente da comissão, senadora Marisa Serrano (PSDB-MS).
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A CPI Mista dos Cartões corporativos aprovou hoje onze requerimentos e rejeitou outros seis , entre eles a convocação da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, para falar sobre o dossiê com os gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Os governistas não deixaram aprovar nenhum requerimento importante. Rejeitaram os pedidos para que a CPI tenha acesso aos cartões corporativos da Petrobrás e as contas de suprimento de fundos.
Parlamentares da base governista acusaram Marisa Serrano de quebra do acordo de procedimento firmado na terça. Pelo acordo, a CPI teria acesso às auditorias sigilosas feitas pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
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A CPI Mista dos Cartões corporativos aprovou hoje onze requerimentos e rejeitou outros seis , entre eles a convocação da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, para falar sobre o dossiê com os gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Os governistas não deixaram aprovar nenhum requerimento importante. Rejeitaram os pedidos para que a CPI tenha acesso aos cartões corporativos da Petrobrás e as contas de suprimento de fundos.
Parlamentares da base governista acusaram Marisa Serrano de quebra do acordo de procedimento firmado na terça. Pelo acordo, a CPI teria acesso às auditorias sigilosas feitas pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
O impasse surgiu diante do entendimento de Marisa Serrano de que qualquer parlamentar da CPMI poderia ir ao TCU verificar os documentos e com o auxílio de técnicos do tribunal. A base aliada defende, no entanto, que uma comissão pequena tenha acesso aos dados, sem a ajuda de técnicos.
“Os deputados e senadores que estão aqui são todos deputados e senadores. Todos foram votados. Não vou dizer que este ou aquele pode ou não pode (ir ao TCU). Ontem, ninguém disse que seria uma comissão. Para mim, qualquer deputado e senador dessa Casa tem direito de ir lá e se informar”, protestou Marisa Serrano.
O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) discordou e afirmou que o acordo era para que uma comissão fosse ao TCU e examinasse os documentos sem a ajuda de técnicos. “A senhora rompeu o acordo de ontem”, disse. “Só concordo que vá uma comissão de parlamentares com horário marcado”, completou.
“Isso é um absurdo. Todas as ações que estão sendo feitas aqui parece que estão sendo feitas para dificultar o trabalho”, protestou a presidente da CPMI.“Absurdo para a gente é a quebra de acordo”, reclamou o deputado Maurício Quintella (PR-AL).
Para colocar fim ao impasse, ficou decidido que a questão será resolvida em reunião interna que ainda será marcada. Neste momento, os parlamentares discutem os requerimentos de informação que estão na pauta.
(Com Agência Brasil e Eugênia Lopes, de O Estado de S.Paulo)
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